Guimagüinhas
Memórias familiares e de minha terra natal
Meu Diário
05/02/2020 15h20
MEMÓRIAS POLÍTICAS DE AGUINHAS - Um velho programa político tão atual...

Ilustração: Recorte. Panfleto político de autoria de João Luiz Fernandes. Eleições de 1954


SUMÁRIO


APRESENTAÇÃO

No seu livro de memórias, João Luiz Fernandes narra sua rápida passagem pela política de Lambari, sua terra natal, nos anos 1940/50. (FERNANDES, 2013, págs. 44/47)

Conta ele que ainda jovem foi "fazer a vida" no Rio de Janeiro, mas retornou a Lambari, em 1942, época em que comprou o Bar Pinguim, que se tornou famoso point das noites lambarienses de outrora (aqui), além de empreender diversos outros negócios no ramo de imóveis e participar da política local.

Abaixo vamos comentar as atividades políticas de João Luiz Fernandes em Lambari, nos anos 1940/50.

Vamos lá.


João Luiz e sua esposa Othonira. Inauguração do Shopping Águas Virtuosas (2008)


Sobre João Luiz Fernandes, veja também:


Sala Othonira Fernandes

Conheça a Sala Othonira Fernandes, que funciona nas dependências do Shopping Águas Virtuosas - aqui


A União Lambariense

Logo após o término da Segunda Grande Guerra (1939-1945), e com a queda de Getúlio Vargas, deu-se a criação de novos partidos e a realização de eleições diretas, inclusive para a prefeitura de Lambari, cujos governantes eram, até então, nomeados por interventores do Estado (veja aqui).

Foi por essa época que João Luiz filiou-se ao recém-criado Partido Repúblicano Mineiro (PRM), chegando a ser presidente do Diretório do PR em Lambari.

Em 22 de junho de 1947, foi criada a União Lambariense (UDN, PR e PRP), visando à eleição do prefeito e de vereadores municipais. A União apoiou Hélio Salles, que acabou eleito para o período de 1948-1951 com expressiva votação.

Informa João Luiz que participou como Diretor de Obras do governo de Hélio Salles, tendo executado obras de limpeza e remodelação do Parque Novo, saneamento do seu pequeno lago e construção da ponte que o liga ao à alameda do parque. Realizou também uma limpeza geral na cidade e calçou várias ruas com paralelepípedos. (FERNANDES, 2013, p. 47)

Nas eleições de 1950, foi eleito vereador, tendo alcançado o segundo maior número de votos entre os doze concorrentes ao cargo. (FERNANDES, 2013, p. 49)

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PANFLETO - ELEIÇÕES DE 1954

Em setembro de 1954, João Luiz Fernandes ainda continuava em Lambari, fora da política, mas ainda fazendo política.  

Assim, em seu nome pessoal, e tendo em vista próxima eleição legislativa, pediu votos para os seguintes candidatos:

  • Hélio Salles - Deputado Estadual
  • Bento Gonçalves Filho - Deputado Federal
  • Abgar Renault e João Franzen de Lima - Senado Federal

Interessante destacar no panfleto que vai abaixo o programa do governo para a prefeitura de Lambari defendido por João Luiz Fernandes.

De fato, diz ele no livro supracitado:

Em 30 de setembro de 1954, às vésperas da eleição para Senadores, Deputados Estaduais e Federais, dei a público minha última folha volante "Ao Povo de Lambari", na qual oferecia "aos Lambarienses em particular e aos eleitores que me elegeram vereador no pleito anterior", um programa mínimo de realizações que continuava a considerar necessárias para Lambari e colocava "à disposição dos interessados" (...) (FERNANDES, 2013, p.50)

Passados 65 anos, os tempos são outros, mas há ainda neste antigo programa algumas propostas de uma atualidade espantosa.

Confira:


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REFERÊNCIAS

  • FERNANDES, João Luiz. Reminiscências de um brasileiro do Século XX. Lambari, MG - Kirios Gráfica/Edição do Autor 2013
  • FERNANDES, João Luiz. Ao povo de Lambari [Volante político], 27, set, 1954
  • Agradecemos aos familiares de José Sgarbi Astério a cessão dos documentos que ilustram este post.

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ÍNDICE DA SÉRIE MEMÓRIAS POLÍTICAS DE AGUINHAS

  1. O prefeito Dr. José dos Santos
  2. Dr. Antônio Pimentel Júnior, sucessor de Américo Werneck
  3. Garção Stockler, o criador de Águas Virtuosas 
  4. Intrigas políticas
  5. E então ÁGUAS VIRTUOSAS virou LAMBARI
  6. Evolução Administrativa de Águas Virtuosas do Lambary
  7. João de Almeida Lisboa
  8. 1926 - Posse do primeiro Juiz de Direito
  9. Os prefeitos de Lambari, MG

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Publicado por Guimaguinhas
em 05/02/2020 às 15h20
 
04/02/2020 13h55
RECANTO DOS NETOS (5) As profissões de Maria Elisa

Ilustração: Pintura no braço de Maria Elisa, retratando a própria. Festa de aniversário. 2017


SUMÁRIO


APRESENTAÇÃO

Nesta série RECANTO DOS NETOS contamos histórias das únicas criaturas que são mais encantadoras do que nossos filhos: os filhos dos nossos filhos — os nossos netos.


Como vimos contando nesta série RECANTO DOS NETOS, eu e Celeste temos 8 netos: Quatro homens (Léo, Rafa, Paulinho e Guga) e quatro mulheres (Maria Elisa, Isabela, Rafaela e Cecília).


A bisavó Neli e seus bisnetos: Paulo Emílio, Leonardo, Rafael, Isabela, Rafaela, Maria Elisa e a caçulinha Cecília. Passagem do ano de 2020

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Já contamos algumas histórias dessa turminha. Vejam estes posts:

E hoje vamos falar sobre as profissões de Maria Elisa.

Vamos lá!


UMA RENCA DE NETOS

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AS PROFISSÕES DE MARIA

Maria Elisa é uma menina responsável, compenetrada, estudiosa e sempre preocupada com o futuro.

Antes mesmo de saber ler ou escrever, queria ser cartista — nome que inventou para designar aquele que escreve cartas. Nessa época, "trocava cartas" com a vó Celeste, ela em Brasília e a vovó escondida aqui atrás das Serras das Águas. Essas cartas continham "desenhos", geralmente figurando a vó ou seus pais e primos... E muitos, muitos coraçõeszinhos!

Depois pensou em várias outras profissões: artista, dançarina — e a mais curiosa: borracheira... 

Ao ver o conserto do pneu do carro que seu pai dirigia, perguntou o que o homem fazia. O pai explicou: — Tá consertando o pneu que furou, filha. Ele é borracheiro! E na mesma hora, decidiu sua nova profissão: — Papai, quero ser borracheira!

Tão entusiasmada ficou com a nova profissão, que tive de levá-la numa borracharia para um treinozinho na futura atividade!


Maria ensaiando uma futura profissão

Mas acabou desistindo da profissão, que achou muito penosa.

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MARIA ESCRITORA

Maria, depois, pensou ainda em outras: tenista, veterinária, escritora. E parece que acertou nessa última, pois sua vocação está ligada ao livro.

De fato, desde pequena examinava livros e revistas e os "lia", inventando textos supostamente escritos. Tinha loucura por aprender a ler e escrever, ao tempo que ia desenhando figuras com diálogos imaginados e transcritos em forma de rabiscos!

E vivia me perguntando: — Vovô, como se faz um livro?


 

Maria esperando autógrafo numa feira de livros em Brasília

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E assim que aprendeu a ler e escrever, tratou de escrever e ilustrar seu primeiro livro:

LÚCIA: AVENTURAS NO LUGAR MÁGICO

Veja alguns trechos do livro:


 

[1] Capa: Lúcia: Aventuras no lugar mágico

[2] Início: Era uma vez duas corujas que viram uma luz de longe. Ilustração: duas corujas no galho... vendo a luz ao longe

 

[3] Meio: Chegando lá elas viram uma moeda. Ilustração: uma porta, com uma moeda no topo

[4] Continuação: Elas descobriram o que era aquilo. Ilustração: duas corujas vendo a luz (uma moeda dourada)


Depois, deu maravilhoso presente ao seu avô: um livro escrito, ilustrado, editado e montado por ela mesma, intitulado:

A     S U R P R E S A

Confira alguns trechos:


 

[1] Capa: A surpresa - Escritora: Maria Elisa. Ilustração: embrulho de presente

[2] Era uma vez... Uma garotinha que queria dar uma supresa pro seu avô. Ilustração: Menina (autora) pensando: Não sei o que dou pro vô...

 

[3] Um tempo depois... — Já estou quasi acabando! Ilustração: menina (autora)

[4] — Acabei: agora é só dá pro vovô!


E qual vovô não ficaria radiante e orgulhoso com uma "surpresa" dessas?

Obrigado, minha neta.

Maria Elisa na Livraria Estação 98, em Lambari, num sábado de contação de histórias

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REFERÊNCIAS

  • Lúcia: Aventuras no lugar mágico. Maria Elisa Cocco Guimarães [texto e ilustrações]. Edição da Autora, Brasília, 2017
  • A surpresa. Maria Elisa Cocco Guimarães [texto e ilustrações]. Edição da Autora, Brasília, 2017
  • Fotos: acervo da família

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SÉRIE RECANTO DOS NETOS

Confira os posts já publicados:

  1. Netos e livros
  2. Netos musicais
  3. Coitado do Lobo Mau
  4. A Casa Gorda
  5. O monstro da antena
  6. As profissões de Maria
  7. Cecília chegou!
  8. Os gols do Paulinho
  9. O vocabulário da Rafa
  10. Desenhos, leituras e contação de histórias
  11. Histórias assustadoras da Vó Celeste
  12. Ano Novo na Casa Gorda/Shangrilá
  13. Chuva feia na Casa Gorda
  14. Um "estranho animal" visita a Casa Gorda
  15. Vai morar com os "arrenígenas"...

Confira os áudios vinculados aos posts:

  1. (12) Chuva feia na Casa Gorda (1)
  2. (12) Chuva feia na Casa Gorda (2)
  3. (12) Chuva feia na Casa Gorda (3)
  4. (13) Um "estranho animal" (1)
  5. (13) Um "estranho animal" (2)

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Publicado por Guimaguinhas
em 04/02/2020 às 13h55
 
03/02/2020 06h51
Vocabulário de Aguinhas (13) Letra "L"

Ilustração: Carinha verde, língua de fora - Ilustração verbete Linguarar, do Vocabulário de Aguinhas. Fonte: www.publicdomainpictures.net/pt


SUMÁRIO


Também nos divertíamos muito, lembrando ditos, expressões e

trovas populares, além de colecionar palavras em desuso na

língua, catadas tanto aos clássicos como aos matutos do

Sul de Minas Gerais.

(Do livro inédito : Pai Véio, um contador de histórias, de Antônio Lobo Guimarães)

 Pelo que respeita à linguagem, tanto culta, como familiar ou popular,

é lá [em Minas Gerais] que me parece estar a feição primitiva.

(Gladstone C. de Melo, linguista e professor, de Campanha, MG,no livro A língua do Brasil)


APRESENTAÇÃO

Série Vocabulário de Aguinhas trata-se de uma coleção de palavras e expressões, típicas de Lambari (MG) e região Sul do Estado de Minas Gerais, utilizadas no livro Menino-Serelepe.

Entre essas palavras e expressões, há algumas que são caracteristicamente lambarienses, como já mostramos aqui.


E quem por aqui do Sul de Minas já não ouviu também estas expressões:

  • Ficar olhando pra lua ⇒ Estar distraído, desatento. ⇒ Ficou olhando pra lua, e levou gol do meio de campo!
  • Não aguentar o tipo ⇒ Diz-se quando alguém sucumbe diante da beleza ou encanto de alguém. ⇒ Viu a moça uma vez, não aguentou o tipo, e já falou em casamento!
  • Foi meio pro rumo ⇒ Seguir sem direção, desorientado, sem método ⇒ Aquele pedreiro faz as coisas meio pro rumo
  • Pegar o boi ⇒ Ele pegou o boi, ainda fica reclamando! ⇒ Alcançar ou conseguir alguma coisa sem merecimento ou pegar a parte boa de alguma coisa

 

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VOCABULÁRIO DE AGUINHAS

Abaixo vai o número 13 da Série VOCABULÁRIO DE AGUINHAS.

Confira.


Lambuja: Lambujem = O que se ganha ou se dá além do combinado; quebra, sobra.

Laia: Espécie, tipo.

Lambisgóia: Pessoa intrometida, metediça, atrevida.

Latoeiro: Folheiro = aquele que trabalha com folha-de-flandres. No interior de Minas Gerais, artesão que usa como matéria-prima latas de óleo, de banha, de conservas, com as quais fabrica canecas, latas, litros de medida, pratos, brinquedos, lamparina, funil, pequeno artesanato.

  • Exemplo de uso no livro Menino-Serelepe:

Veja este post: E fogões de lenha não há mais!

(...)  o esmaltado das canecas, o prateado dos trens areados, o dourado das canecas de latas (Pedro Bento era o famoso latoeiro da Vila Nova), o azul colonial patinado do guarda comida, o brilho do tampo da mesa lavada de velho (...)

 

Lazarone: Gente pobre; ocioso; mendicante.

Lerdiar: Corruptela de lerdear = demorar-se; descuidar-se.

Leguleio: Cumpridor rigoroso das formalidades legais. Rábula [pejorativo].

Leréias: Lorotas, mentiras sem importância.

Levado da breca: Muito levado, muito travesso.

Levar uma tábua: Ser rejeitado ao tirar uma moça pra dançar.

Levar um tomé: Ser enganado por alguém que não cumpre o combinado.

Leviano: Maneiro, leve.

  • Exemplo de uso no livro Menino-Serelepe:

 E que a gente devia procurar outros modos de corrigir o mal, onde o mal de fato houvesse, já que vingar, matar, pagar na mesma moeda contrariava o ensino de Jesus. (Saí feliz, leviano, levianinho, meditando naquelas palavras, me dizendo: — “Ah, vó quando ‘stá intuída sabe falar bonito...”)
 

Lido e corrido: Sujeito conhecedor e experiente em alguma coisa.

Lojeca: Lojinha ordinária. 

Linguarar: Contar, fazendo fofoca.

  • Exemplo de uso no livro Menino-Serelepe:

Bolinha de gude o pai pôs tudo no forro, causa que foram linguarar pra ele que eu fugi da mãe pra jogar às deva com os moleques grandes da Rua de Cima e isso até ele já falou que não pode... Deixa pensar direito...”

Reprodução. FotoStock. publicdomainpictures.net/pt

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O LIVRO MENINO-SERELEPE

  (**) Este Vocabulário de Aguinhas faz parte do livro Menino-Serelepe - Um antigo menino levado contando vantagem, de Antônio Lobo Guimarães, pseudônimo com que Antônio Carlos Guimarães (Guima, de Aguinhas) assina a coletânea HISTÓRIAS DE ÁGUINHAS. V. o tópico Livros à Venda.

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VEJA OS DEMAIS NÚMEROS DESTA SÉRIE

  1. Letra "A" - http://www.guimaguinhas.prosaeverso.net/blog.php?idb=36347
  2. Letra "B" - http://www.guimaguinhas.prosaeverso.net/blog.php?idb=37267
  3. Letra "C" - http://www.guimaguinhas.prosaeverso.net/blog.php?idb=37892
  4. Letra "D" - http://www.guimaguinhas.prosaeverso.net/blog.php?idb=41044
  5. Letra "E" - http://www.guimaguinhas.prosaeverso.net/blog.php?idb=42798
  6. Letra "F" http://www.guimaguinhas.prosaeverso.net/blog.php?idb=43080
  7. Letra "G" - http://www.guimaguinhas.prosaeverso.net/blog.php?idb=44623
  8. Letra "G" - http://www.guimaguinhas.prosaeverso.net/blog.php?idb=43540
  9. Letra "G" - http://www.guimaguinhas.prosaeverso.net/blog.php?idb=48772
  10. Letra "I" - http://www.guimaguinhas.prosaeverso.net/blog.php?idb=53494
  11. Letra "J" https://guimaguinhas.prosaeverso.net/blog.php?idb=56505
  12. Topônimos de Aguinhas http://www.guimaguinhas.prosaeverso.net/blog.php?idb=45064

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Publicado por Guimaguinhas
em 03/02/2020 às 06h51
 
28/01/2020 07h40
RECANTO DOS NETOS (4) Léo e Rafa contra o Monstro da antena

Ilustração: Léo e Rafa ao lado do Monstro da antena (vó Celeste fantasiada)


SUMÁRIO


APRESENTAÇÃO

Nesta série RECANTO DOS NETOS contamos histórias das únicas criaturas que são mais encantadoras do que nossos filhos: os filhos dos nossos filhos — os nossos netos.


Como vimos contando nesta série RECANTO DOS NETOS, eu e Celeste tivemos quatro filhos — todos homens — e uma filha de criação. Eles nos deram muitos netos. 

Quatro homens (Léo, Rafa, Paulinho e Guga) e quatro mulheres (Maria Elisa, Isabela, Rafaela e Cecília).

Já contamos algumas histórias dessa turminha. Vejam estes posts:

E hoje vamos contar mais uma: Léo e Rafa contra o Monstro da antena

Vamos lá!

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Uma renca de netos

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LÉO E RAFA CONTRA OS MONSTROS

Heróis japoneses sempre fizeram sucesso na TV Brasileira, desde National KIid e Ultraman nos anos 1980, passando, nos anos 1990, por Jaspion, JiraiyaJiban, até os Power Rangers dos anos 2000, esses renovados pela Disney a partir de 2010.

Super-heróis japoneses: National Kid, Jaspion e Power Rangers

Com armaduras, espadas, pistolas de laser e golpes de lutas marciais, enfrentando monstros ameaçadores que queriam destruir o planeta, os heróis japoneses encantaram as crianças das últimas décadas.

E, claro, meus netos gêmeos — Léo e Rafa — pegaram a última geração desses heróis: Os Power Rangers (veja aqui).

Power Rangers Megaforce. Fonte Wikipedia


Tiveram até mesmo um aniversário com motivos de Power Rangers, que fez muito sucesso à época.

Os Power Rangers Rafa e Léo (ou será Léo e Rafa?) prontos para a batalha

Os super-heróis sopram as velinhas de 3 anos


O monstro da antena

E, claro, a partir daí, uma de suas brincadeiras prediletas passou a ser as fantasias dos super-heróis.

Tudo bem, mas e o monstro?

Quem arranjou a solução foi vó Celeste, que tratou de improvisar um monstro — o Monstro da antena — com o qual os gêmeos Power Rangers pudessem lutar. Quanto às armas dos heróis: os escudos eram almofadas, as armas, pentes de cabo e as granadas, fraldas descartáveis.

Rafa e Léo contra o Monstro da antena


Godzila

Tempos depois, a luta foi contra Godzila, porque vida de super-herói é assim: não se escolhe adversário! Qualquer monstro que ameace a segurança da humanidade tem de ser combatido!

Pôster japonês do filme "Gojira", de 1954, que inspirou o Godzilla. Recorte. Fonte: Wikipedia


Rafa e Léo, a mão desarmada, enfrentam o tiranossauro rex (Godzila)


O Monstro sideral

Mas houve um dezembro de férias na qual vó Celeste preparou uma surpresa para a dupla de heróis: fez não só a fantasia do monstro como também a dos super-heróis.

Pudera! A luta se daria no espaço sideral e lá é preciso roupas especiais. E assim foi feito.

Confiram as fotos: Monstro sideral  x  Léo e Rafa — esses com trajes espaciais e armas atômicas à mão!

Léo se preparando para a grande luta

Rafa bate os escudos para assustar o Monstro sideral

Léo e Rafa prontos para enfrentar o Monstro sideral

Cena da luta no espaço: Rafa e Léo contra o Monstro sideral


E o sucesso aumentou a freguesia!

Pois bem, todo final de ano era assim: sempre tinha um monstro e muitas lutas. E a coisa foi indo, até que vó Celeste foi passar férias em Brasília...

No segundo dia, a avó brincava de bola com os gêmeos na quadra de esportes em frente ao prédio em que moravam. Logo, chegaram amiguinhos de Rafa e Léo, todos na faixa dos seis, sete anos.

E um deles se achegou tímida e mansamente à "famosa vó Celeste que virava monstro" e disse:

— Quando ocê virar monstro, cê deixa eu lutar também!

Com novos super-heróis, as lutas continuaram nas férias de Brasília...

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REFERÊNCIAS

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SÉRIE RECANTO DOS NETOS

Confira os posts já publicados:

  1. Netos e livros
  2. Netos musicais
  3. Coitado do Lobo Mau
  4. A Casa Gorda
  5. O monstro da antena
  6. As profissões de Maria
  7. Cecília chegou!
  8. Os gols do Paulinho
  9. O vocabulário da Rafa
  10. Desenhos, leituras e contação de histórias
  11. Histórias assustadoras da Vó Celeste
  12. Ano Novo na Casa Gorda/Shangrilá
  13. Chuva feia na Casa Gorda
  14. Um "estranho animal" visita a Casa Gorda
  15. Vai morar com os "arrenígenas"...

Confira os áudios vinculados aos posts:

  1. (12) Chuva feia na Casa Gorda (1)
  2. (12) Chuva feia na Casa Gorda (2)
  3. (12) Chuva feia na Casa Gorda (3)
  4. (13) Um "estranho animal" (1)
  5. (13) Um "estranho animal" (2)

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Publicado por Guimaguinhas
em 28/01/2020 às 07h40
 
27/01/2020 11h03
ÁGUAS VIRTUOSAS FUTEBOL CLUBE (75) - Dílson Junqueira de Souza [*1953 - + 2020]

Ilustração: Xepinha, Guima e Dílson, Veteranos do Águas - partida contra o Master do Flamengo (RJ) - Setembro de 1994


SUMÁRIO

 


APRESENTAÇÃO

Faleceu ontem, aos 66 anos de idade, Dílson Junqueira de Souza, da Farmácia Saúde, em Lambari, MG.

Nossos pais Dé Guimarães (da Farmácia Santo Antônio) e Nenzinho Junqueira (da Kombi) — , foram amigos e companheiros de caçada, principalmente na caça ao macuco,  na Serra do Mar (época em que tal tipo de caça era permitida...)


Caraguatatuba, anos 1960: Na frente: Toninho. Ao centro: Expedito, seu Bié, Zé Vicente, João André, Nenzinho e Josué. Ao fundo: Vicente, Miquéias e Dé.


E nós dois fomos colegas de infância e de futebol. 

Abaixo, lembro um pouco daquela época, como homenagem ao amigo que se foi.

Vá em paz, Dílson!


FURTAÇÃO DE FRUTAS

No meu livro de memórias da infância (MENINO-SERELEPE) conto sobre uma das grandes aventuras do meu tempo de menino: as emoções e os sustos da tentadora e vetusta arte da furtação de frutas, à qual até mesmo Santo Agostinho se refere. 

Pois bem, a turma que nos idos de 1960 brincava de pique-esconde, à noite, no Jardim da Igreja, entre eles eu, Xepinha, Baiano e Dílson, a tantas horas saíamos em busca dos quintais vizinhos... e neles as jabuticabeiras carregadinhas.

Vejam como narrei:

(...) E furtar jabuticabas era o máximo! As bichinhas iam pintando e a turma sondando, na boca de espera, aguardando a hora. Havia pés de jabuticabas nos fundos da Igreja Protestante, todos liberados, visto que eu já enturmara com os meninos de lá. Mas era mais emocionante fazer isso à noite, de grupo, às ocultas, e incluir, também, as jabuticabeiras do seu Jairo Ferreira e do seu Lili Ferraz, cujas hortas eram vizinhas do quintal da Igreja, aumentando assim a variedade das espécies. 

...........................

Uma vez plaft! um gambá se debatendo no telhado de zinco do galinheiro. Uma assombração!... Um pavor tamanho!... Em tempo de cairmos do muro com a peça desse fedido! E tivemos de fugir apressadamente, visto que o seu Jairo acendeu as luzes da casa, procurando divisar no escuro do terreiro o que causara a barulheira e o alvoroço das galinhas. Uma outra foi quando tiros de chumbinho, saídos de não sei onde, passaram triscando e nos puseram a correr tremelicando das jabuticabeiras do seu Lili Ferraz. E uma outra, ainda, se deu quando trepados nas jabuticabeiras da Igreja lerdiamos e fomos surpreendidos pelo Tchatião, tomador de conta da Igreja, um velhinho canguiço e ranheta que encrespava a três por dois com a criançada. Nós, eu, Baiano, Dílson e Xepinha no topo das árvores, e o homem embaixo com um bambu pronto para nos chuchar. Mas fomos desconversando, dando trela, nos desculpando, tudo neguinho escolado, mas dizendo é a primeira vez, seu Tchatião, e jurando pelo que há de mais sagrado que nunca havíamos feito aquilo... 


FOTOS DE FUTEBOL

Lembranças do futebol, no time Juvenil e no Veteranos do Águas Virtuosas.


Juvenil do Águas, anos 1970: Ieié, Zé Paulo Brasilino, Adão, Guima, Vaca e Celinho. Agachados: Xepinha, Robertol, Pedro Guela, Rubens Nélson e Dílson


Juvenil do Águas, anos 1970: Ieié, Vaca, Adão, Guima, Firmino e Celinho. Agachados: Roberto, Xepinha, Zé Paulo, Pedro e Dílson.


Veteranos do Águas. Campeão da cidade, 1989. Em pé: Luizinho, Turquinho, Ró, Manezinho, Paulo de Tarso, Edmar, Tucci e Cafu. Agachados: Negão, Cao, Guima, Chiquinho, Marquinho, Dílson (1) e Dílson Junqueira (2)


Amistoso Veteranos do Águas x  Masters Flamengo. 1994. Em pé: Sérgio, Turquinho, Alexandre, Jorge André, Flavinho, Luizão, Quati, Marquinho, Manezinho e Xepinha. Agachados: Zé Luiz, Dílson, Negão, Misca, Guima, Gabriel, Tucci, Dadá e Joãozinho.


O LIVRO MENINO-SERELEPE

 O livro Menino-Serelepe - Um antigo menino levado contando vantagem é uma ficção baseada em fatos reais da vida do autor, numa cidadezinha do interior de Minas Gerais, nos anos 1960.

O livro é de autoria de Antônio Lobo Guimarães, pseudônimo com que Antônio Carlos Guimarães (Guima, de Aguinhas) assina a série MEMÓRIAS DE AGUINHAS.

Para saber mais sobre MENINO-SERELEPE e outros livros do autor, veja acima o tópico Livros à Venda.

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Publicado por Guimaguinhas
em 27/01/2020 às 11h03
Página 24 de 108

Espaço Francisco de Paula Vítor (Padre Vítor)

 

Aprendizado Espírita Net

 

 

PEQUENA HISTÓRIA DE ÁGUAS VIRTUOSAS DE LAMBAR... R$ 86,87
A FACE DESCONHECIDA DA MEDIUNIDADE - A sensib... R$ 29,78
A Guerra das Espingardinhas R$ 35,19
LIVROS/E-BOOKS DO AUTOR NA UICLAP E AMAZON/KI... R$ 1,00
As Águas Virtuosas de Lambari e a devoção a N... R$ 22,87
Os Curadores do Senhor R$ 36,40
Abigail [Mediunidade e redenção] R$ 33,55
Menino-Serelepe R$ 41,35
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