Guimagüinhas
Memórias familiares e de minha terra natal
Meu Diário
30/08/2022 07h30
HISTÓRIA DE LAMBARY E DE SUAS ÁGUAS VIRTUOSAS (1) Águas de Lambari - Benício Chaves

Ilustração: Capa e contracapa do livro ÁGUAS DE LAMBARY, de Benício Chaves. 2a. edição, 1932


SUMÁRIO

Apresentação

Águas de Lambary - de Benício Chaves

               O livro Águas de Lambary

               O Poder Phylactico das Aguas de Lambary

Referências


APRESENTAÇÃO

Como sabemos, é precária a memória histórica de Lambari, e quem pretende estudá-la vai encontrar imensa dificuldade em localizar fontes para desenvolver o seu trabalho — seja porque são poucas, seja porque são de difícil acesso.

As obras mais próximas de nós, como as de CAPRI, AIROSA, CHAVES, LISBOA JÚNIOR, MILEO, MARTINS, CARROZZO, VIOLA, por exemplos,  mencionadas na Bibliografia sobre Águas Virtuosas de Lambari (aqui), há muito estão esgotadas, e nem nossa principal biblioteca (aqui) possui a maioria delas.

Pois bem, nesta série vamos recordar algumas dessas obras.

Vamos lá!

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ÁGUAS DE LAMBARY - DE BENÍCIO CHAVES

Sobre o dr. Benício Chaves já escrevemos no site GUIMAGÜINHAS o post Dr. Benício Chaves, estudioso das Águas de Lambari e fundador do seu Hospital, que pode ser visto aqui, e também este outro post, sobre sua casa centenária, que foi recentemente demolida: aqui.


O livro Águas de Lambary

Neste seu livro sobre as águas de Lambari, dr. Benício Chaves explana os seguintes temas (mantida a grafia da época):

  • Dados Historicos, Topographia e clima. Observações
  • Captação
  • Quadro das Analyses das aguas Lambary Mineraes Naturaes
  • Acção da Agua de Lambary e sua Radioatividade
  • Poder Agocytico e Anagocytico. Poder Anagotoxico
  • Poder Phylactico
  • Prescripção
  • Indicações e Contra-Indicações
  • Adendo: Lambary - A Rainha das Águas desta Serra - por Dr. Linnéo Cordeiro
  • Há Necessidade de um Regimen Alimentar Quando Em Uso da Agua Mineral?
  • Temperatura dos Alimentos
  • Contra Indicações das Águas de Lambary

Filático = Do latim phylaktilós, significando que protege, preserva.

Anagotóxico = propriedade que certas águas minerais têm de atenuar a ação de substâncias tóxicas.

Agocítico – Anagocítico = Poder de certas águas minerais de intensificar ou retardar a proliferação celular (segundo Billard)


O Poder Phylactico das Aguas de Lambary

Ao discorrer sobre esse tópico e especificamente sobre toxinas do veneno da cascavel — Benício Chaves transcreve carta do cientista campanhense Vital Brazil, data de 19 de fevereiro de 1932, que à época estudava essa temática.

Confira aqui:

CHAVES, Benício. Água de Lambary, págs. 19 a 32


 

CHAVES, Benício. Água de Lambary. Lambary, MG : Pinto & Cia., 1932. A 1a. edição é de 1912.

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REFERÊNCIAS

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Publicado por Guimaguinhas
em 30/08/2022 às 07h30
 
19/07/2022 10h47
MEMÓRIAS DE AGUINHAS - Planta de Águas Virtuosas ao tempo de Werneck (1909) - Parte 4 - Lago de Lambari

Ilustração: Reprodução. Planta cadastral da Villa de Águas Virtuosas, ao tempo do prefeito Américo Werneck (1909), mostrando os cursos d'água que formaram o Lago Guanabara. Acervo de Bibianinho Carvalho Rocha.


SUMÁRIO

Apresentação

A formação do Lago Guanabara

O lago na planta de 1909

Referências


APRESENTAÇÃO

No número 1 desta série sobre a Planta cadastral mandada organizar por Américo Werneck em 1909, falamos sobre a área central e o Parque das Águas de Lambari (veja aqui).

No número 2, falamos sobre o ribeirão Mumbuca (veja aqui).

No terceiro post, tratamos de antigos hotéis de Águas Virtuosas, mostrados na referida planta (veja aqui).

Neste post, vamos comentar a formação do Lago Guanabara.

Vamos lá.

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A FORMAÇÃO DO LAGO GUANABARA

Vejamos a seguinte descrição feita pelo Anuário de Minas Gerais de 1913:

Fonte: Anuário de Minas Gerais de 1913

O texto menciona os seguintes cursos d'água represados para formação do Lago: Lambary, Lambary Pequeno e Córrego Aurélio. Como sabemos, o rio Lambary citado corresponde ao São Simão, e o Lambary pequeno, ao Ribeirão das Flores. 

O Córrego do Aurélio, ao que parece, não desagua mais diretamente no Lago Guanabara.

Sobre esse ponto, veja este post:


1909: Vista da bacia onde se construiria o Lago Guanabara. Ao fundo, à esquerda, a atual Volta da Mata.

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O LAGO NA PLANTA DE 1909

 

Nesta planta de 1909, elaborada antes da formação do Lago Guanabara, podemos ver o curso original do Rio São Simão e do Ribeirão das Flores  as duas principais fontes de alimentação do lago. O pequeno curso d'água que aparece acima, e que desaguava no Ribeirão das Flores, talvez seja o referido Córrego do Aurélio.

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REFERÊNCIAS

  • Planta da Villa de Águas Virtuosas - Mandada organizar pelo exmo. sr. Prefeito Municipal Dr. Américo Werneck - 1909. Pertencente ao acervo de Bibiano José Carvalho da Silva Rocha
  • MEMÓRIAS DE AGUINHAS - Fontes do Lago Guanabara - Antônio Carlos Guimarães - https://guimaguinhas.prosaeverso.net/blog.php?idb=55819
  • Anuário de Minas Gerais (1913) - bn.digital.gov.br
  • Museu Américo Werneck

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Publicado por Guimaguinhas
em 19/07/2022 às 10h47
 
24/06/2022 07h47
ÁGUAS VIRTUOSAS FUTEBOL CLUBE (89) - Tins, um zagueiraço do Águas Virtuosas

Ilustração: Tins, ao lado de banner com fotos dos times de Lambari pelos quais atuou (Águas, Vasquinho e G.R.ABI)


SUMÁRIO


APRESENTAÇÃO

Há tempos, eu, Celinho, Xepa, Tucinho, Zé Gabriel, Décio, Joãozinho, Egberto e outros que atuamos ao lado do Tins (Vítor Luiz Dantas) nos times de futebol de Lambari, queríamos visitá-lo em Varginha.

Mais recentemente, o Alexander dos Santos, que conhecia o endereço do Tins, sempre nos lembrava dessa visita.

Pois bem, marcamos e adiamos essa visita pelo menos umas 5 vezes.

Mas, enfim, ela se realizou nesta 5a. feira, dia 23 de junho de 2022.

Infelizmente, não puderam ir todos os que queriam participar desse reencontro. 

Por isso, acabei saindo sozinho de Lambari, mas levando meu primo Miguel Lobo para fazer companhia.

E fomos encontrar o Celinho Machado e o Alexander dos Santos em Varginha, e seguimos para a casa do Tins quase 20 anos depois da última vez que o tínhamos visto.

Abaixo, um registro desse reencontro emocionante para todos nós.

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UM ZAGUEIRAÇO

Dos filhos do seu Geraldo Dantas, jogaram futebol com os atletas da minha geração: Delém, Rubinho, Geraldinho e Tins.

Os mais velhos: Delém (zagueiro), Tins (começou como atacante e depois foi jogar de zagueiro) e Rubinho (lateral esquerdo) chegaram a jogar juntos num mesmo time. 

Geraldinho, o mais jovem, que era goleiro, faleceu ainda moço, mas jogou nos times mirim e juvenil do Águas.

Geraldinho, no mirim do Águas (1967)

 

 

 

 

 

 

 

 


Seu Geraldo Dantas, torcedor fanático, não perdia um jogo de futebol. E quando um dos seus "meninos" errava uma jogada, com seu vozeirão, gritava do alto da arquibancada: Eita, menino mole! Parece que não come arroz, feijão e carne em casa!

Mas, dentre os filhos do seu Geraldo, destacou-se mais o Tins.

De boa estatura, forte, ágil, excelente cabeceador e muita técnica ao dominar a bola e combater o adversário, Tins foi um zagueiraço da sua época!

            Guima, Tins, Edson e Tatá, no jogo Águas x Ubiratan, em Lambari, 1973.

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A VISITA

A recepção "calorosa"

Quando chegamos, fomos recebidos "calorosamente" pela cachorrinha da família — uma pequinês barulhenta não muito fã de estranhos.

 

Eis aí o nossa recepcionista, aos pés do Tins

 E, assim, só depois de algum tempo conseguimos cumprimentar os que estavam na residência o Tins, sua esposa, d. Ana, sua filha, Lúcia, o genro, Francisco, e o jovem Tallison, casado com sua neta.

E seguiram-se abraços, cumprimentos, pequenos gestos de amizade e calor humano.


Emoção e lágrimas

Então, entregamos ao Tins o banner abaixo, o que lhe trouxe grande emoção e lágrimas nos olhos: uma linha do tempo com equipes pelas quais atuou no Vasquinho, G.R. ABI e Águas Virtuosas, nos anos 1960/70.

Confira:

 Tins, Guima, Celinho, Alexander e Miguel - segurando o banner oferecido ao grande zagueiro do Águas Virtuosas


Recordações e resenhas

E vieram recordações de velhos companheiros e resenhas de partidas e jogos memoráveis que realizamos.

Falamos dos grandes craques do passado. Falamos dos amigos e companheiros que já partiram. Falamos dos antepassados.

Contamos casos, recordamos lances de jogos, e também brigas e confusões por que passamos nos mais de 20 anos que jogamos juntos.

Só um boleiro sabe o encanto dessas resenhas!

Depois, pedimos ao Tins que assinasse a camisa do Águas Virtuosas, na qual venho coletando assinaturas de amigos que a vestiram, visando um dia a depositá-la — quem sabe? — num Museu do Águas Virtuosas Futebol Clube.

Celinho Machado e Alexander dos Santos


Miguel Lobo com a camisa do Águas Virtuosas


O cafezinho da D. Ana

Para D. Ana, esposa do Tins, levamos alguns presentes de Lambari, para que pudesse matar a saudade da terrinha. 

E fechamos nosso encontro com um delicioso cafezinho oferecido por ela, com mistura, como se diz em Minas: pão de queijo, bolo, salgadinhos.

Dona Ana, para quem não sabe, é irmã do Jaime, goleiro que também atuou pelo Vasquinho e pelo Águas:

     

Motinha, Chá, Jaime, Gil e Alencar, no Vasquinho (anos 1960)

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O BANNER

Para homenagear o Tins e celebrar o nosso reencontro, entregamos a ele um banner com fotos de sua atuação pelos times do Águas Virtuosas, G.R. ABI e Vasquinho, nos anos 1960/70.

Nas fotos, muitos amigos nossos já falecidos, como: Chá, Zezé Gregatti, Guinho, Chanchinha, Delém, Betinho, Cabritinho,  Chiquinho Barletta, Tatá, Vaca, Gil, Zoinho e outros, dos quais nos lembramos com saudades...

Confira:


Águas. 1976. Chicão, Tins, Zé Gabriel, Hélio Alves, Tucci e Sérgio. Agachados: Zé Paulo, Joãozinho, Xepinha, Jorginho Coca-Cola e Guima

G.R. ABI. 1973. Edson, Vaca, Tinz, Delém, Guima, Celinho e Zé Paulo. Agachados: Xepinha, Serginho, Chiquinho, Tatá e Sérgio

Vasquinho. 1970. Geraldo, Tinz, Cafezinho, Delém, Tatá e Celinho. Agachados: Chá, Egberto, Betinho, Evaldo e Zoinho

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REFERÊNCIAS

  • Agredecemos ao Tins e seus familiares a recepção, a amizade e o café com que nos receberam.
  • Agradecemos ao Alexander dos Santos, nosso guia e companheiro dessa empreitada.
  • Agradecemos ao Celinho, que tantas vezes nos cobrou essa visita.
  • Agradecemos aos amigos que não puderam participar dessa visita, mas que certamente lerão com prazer e saudades este post. 

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Publicado por Guimaguinhas
em 24/06/2022 às 07h47
 
14/06/2022 10h49
MEMÓRIAS DE AGUINHAS - Receituário de crenologia do Dr. Manoel Airosa

Ilustração: Cabeçalho do formulário de receitas adotado pelo Dr. Manoel Airosa, em Águas Virtuosas de Lambari (1930/50). Fonte: Acervo da família de Manoel Airosa


SUMÁRIO


APRESENTAÇÃO

Prosseguindo a série sobre o Dr. Manoel Airosa, crenólogo que trabalhou em Lambari nos anos 1930/1950, neste número 2 examinaremos como era o seu receituário, utilizando as águas de Lambari para tratamento e prevenção de doenças.

Vamos lá.


Veja também:

1 - Dr. Manoel Airosa, antigo crenólogo de Águas Virtuosas de Lambari
3 - Obras literárias do Dr. Manoel Airosa

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CRENOLOGIA E CRENOTERAPIA

O que é Crenologia

Crenologia é o estudo das fontes de águas minerais, sendo um capítulo da hidrologia.

A Wikipedia assim define a Crenologia:

é o estudo das propriedades medicinais das substâncias encontradas na análise físico-química das águas minerais, sendo uma ciência que estuda a utilização da água mineral natural com fins medicinais e o tratamento com águas minerais nas fontes. (Wikipedia)

Crenólogo é, pois, o profissional médico especializado em crenologia.

O que é Crenoterapia

E crenoterapia  o que é?

Segundo está descrito na Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares no SUS - PNPIC-SUS /Ministério da Saúde (FNPIC/2015)

crenoterapia é o  tratamento pelas águas minerais. Consiste na indicação e uso de águas minerais com finalidade terapêutica, atuando de maneira complementar aos demais tratamentos de saúde.

Águas minerais: “são aquelas provenientes de fontes naturais ou de fontes artificialmente captadas que possuem composição química ou propriedades físicas ou físico-químicas distintas das águas comuns, com características que lhes confiram uma ação medicamentosa” (DL 7841/1945).

No Brasil, a crenoterapia foi introduzida com a colonização
portuguesa, que trouxe ao País os seus hábitos de usar águas minerais
para tratamento de saúde. Durante algumas décadas, foi disciplina
conceituada e valorizada, presente em escolas médicas, como a
Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e a Universidade Federal
do Rio de Janeiro (UFRJ).

 O médico lambariense João de Almeida Lisboa (veja aqui), estudioso de nossas águas e autor de teses e livros sobre o seu uso medicinal, assumiu, em 1952, a Cátedra de Crenologia da Faculdade de Medicina de Minas Gerais, em Belo Horizonte.

Declínio da Crenologia

O campo sofreu considerável redução de sua
produção científica e divulgação com as mudanças surgidas no campo da
medicina e da produção social da saúde como um todo, após o término
da Segunda Guerra Mundial.
.............
A partir da década de 1990, a medicina termal passou a
dedicar-se a abordagens coletivas, tanto de prevenção quanto de
promoção e recuperação da saúde, inserindo neste contexto o
conceito de turismo saúde e de termalismo social, cujo alvo principal
é a busca e a manutenção da saúde.
...............

(Fonte: PNPIC/Ministério da Saúde, 2015, 2ª. edição)

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BIBLIGRAFIA SOBRE A ÁGUA MINERAL DE LAMBARI

Sobre o uso medicamentoso das águas minerais de Lambari, conhecemos as seguintes publicações:

      

  • CHAVES, Benício. Água de Lambary. Lambary, MG : Pinto & Cia., 1932
  • LISBOA JÚNIOR, João. Aplicações terapêuticas das águas minerais de Águas Virtuosas do Lambary e épocas de estação. 1928
  • MILEO, José N. A água mineral de Lambari. Cruzeiro, SP : Ed. Liberdade, 3a. ed., 1968
  • LOPES, Renato Souza. Águas minerais do Brasil - Composição, valor e indicações terapêuticas. Ministério da Agricultura. Serviço de Informação Agrícola. Rio de Janeiro, 1956, 2a. edição.
  • MOURÃO, Dr. Mario. Tratamento hydro-mineral das moléstias do fígado. Jornal do Commercio/Rodrigues & Cia., Rio de Janeiro, 1939
  • BELLINI AMORIM, Antonio Carlos [Editor]. Águas minerais do Brasil.  Antonio Bellini Editora & Cultura. São Paulo, 2005

A esses, devemos juntar a seguinte bibliografia de autoria do Dr. Manoel Airosa:

  • AIROSA, Manoel. Ensaio dos banhos hidrocarbogasosos com as águas de Lambari – Folha Médica, 15 de março de 1937
  • AIROSA, Manoel. A propósito dos 21 dias. Guaratinguetá: Gráfica e Editora “EDIGRAF” Ltda, 1947

E mais estes outros trabalhos:

  • O Gás Carbônico como terapêutica interna - 1928
  • Regime frutariano com as águas de Lambari - 1928
  • Estudos das águas medicinais de Lambari - 1939
  • A eliminação de cálculos, areias e cristais renais, vesiculares, uretrais e intestinais, com as águas de Lambari - 1940

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O USO MEDICAMENTOSO DAS ÁGUAS DE LAMBARI

O uso crenoterápico das águas de Lambari dava-se tanto interna quanto externamente, no tratamento e prevenção de afecções dos aparelhos digestivo e urinário ou medicação de reumatismos, feridas e eczemas, mediante ingestão, aplicação intramuscular ou banhos, conforme o caso.

No final da década de 1930, o médico Dr. Theodoreto Nascimento - Inspetor das Estâncias Hydro Mineraes - elaborou seu relatório anual, dirigido ao sr. Raul D'Almeida Magalhães, então Diretor da Saúde Pública do Estado. 

Este relatório foi publicado pelo Jornal do Commercio do Rio de Janeiro, na edição de 13 de julho de 1930, e dele extraímos as seguintes referências acerca do uso medicamentoso de nossas águas minerais: 

  • pesquisas clínicas do Dr. Vital Brasil da ação filática e inativante sobre o veneno de cobra
  • pesquisas clínicas do Dr. João de Almeida Lisboa sobre a utilização da água mineral, via intramuscular, para cicatrização de edemas e úlceras
  • pesquisas clínicas do Dr. Manoel Airosa sobre a classificação e individualização, sob o ponto de vista terapêutico, das águas de Lambari

Confira:

Estudos do Dr. Vital Brasil

Ação filática das águas de Lambari:

Estudos do Dr. João Lisboa Júnior

Destaca-se trecho em que uma comissão de médicos argentinos e uruguaios, que visitavam Minas Gerais a convite do Governo do Estado para conhecer o uso terapêutico de nossas águas minerais, faz referência ao trabalho do Dr. João Lisboa Júnior:

Os resultados das pesquisas do Dr. João Lisboa (veja box acima) constam do seu livro Aplicações terapêuticas das águas minerais de Águas Virtuosas do Lambary e épocas de estação, de 1928.

Colaboração do Dr. Manoel Airosa

Informa o relator, Dr. Theodoreto Nascimento, que havia solicitado, por duas vezes, aos prefeitos e crenólogos das estâncias hidrominerais sul-mineiras que, tendo em vista a prática clínica de seus colegas médicos, informassem a melhor classificação e individualização, sob o ponto de vista terapêutico, das águas que utilizavam em seus tratamentos.

Em razão disso, o relator escreveu que:

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O RECEITUÁRIO DO DR. MANOEL AIROSA

Confira os formulários abaixo, utilizados pelo Dr. Airosa em seu receituário crenoterápico, e veja como eram rigorosas as indicações tanto da dosagem da água, como da alimentação, controle de peso, controle da pressão arterial, horas de descanso, exercícios, etc.:

A duração da estação de cura

Segundo conclusão do Dr. Manoel Airosa, em seu livro A propósito dos 21 dias, de 1947:

  • O prazo, em dias, para uma estação de cura creno-termal deve ser de 30 a 40 dias
  • As observações e recursos terapêuticos de uma estância termal e os benefícios colhidos pelos doentes demonstram a necessidade de ser prolongada toda estação de cura, além dos habituais 21 dias.
  • Somente com uma permanência de 30 a 40 dias em uma estância hidro-mineral é possível ser conseguida uma boa cura creno-termal.

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REFERÊNCIAS

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Publicado por Guimaguinhas
em 14/06/2022 às 10h49
 
06/06/2022 07h19
MEMÓRIAS DE AGUINHAS - Dr. Manoel Airosa, antigo crenólogo de Águas Virtuosas de Lambari

Ilustração: Dr. Manoel Airosa - médico. Reprodução. Acervo da família Airosa.

SUMÁRIO

 

APRESENTAÇÃO

"UBI SUNT THERMOMIRALES FONTES, IBI SALUS"

Onde houver fontes termominerais, encontra-se saúde.


Na série de posts a seguir, vamos falar do médico Dr. Manoel Airosa, que atuou longos anos em Águas Virtuosas de Lambari, onde foi Diretor-clínico do Estabelecimento Hidroterápico de Lambari e Médico efetivo da Santa Casa Boa Vista.

Aqui, praticou a crenoterapia, estudou nossas águas minerais e escreveu artigos e livros sobre seus efeitos medicamentosos.

Foi fundador e diretor da Santa Casa Boa Vista.

Dividimos esta série de posts da seguinte maneira:

  • 1 - Dr. Manoel Airosa, antigo crenólogo de Águas Virtuosas de Lambari
  • 2 - Receituário de crenologia do Dr. Manoel Airosa
  • 3 - Obras literárias do Dr. Manoel Airosa

Vamos lá ao post número 1.

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ESBOÇO BIOGRÁFICO

Manoel Airosa nasceu em Paracambi, RJ, em 25/10/1889, sendo filho do Capitão-Tenente José Antônio Airosa e D. Adelaide Xavier Airosa. Formado pela Faculdade de Medicina da Universidade do Rio de Janeiro, era médico operador e especializado em crenologia.

Em sua formatura, em 1912, defendeu a seguinte tese, aprovada com distinção:

Sempre atualizado com sua profissão, fez cursos especializados, participou de congressos e encontros médicos, escreveu ativamente artigos técnicos em revistas de medicina.

Além da atividade médica e intelectual, foi sócio-fundador e diretor do Jockey Club de Lambari e do Águas Virtuosas Futebol Clube (veja aqui e aqui).


Em 26 de julho de 1948, o AVFC comunica à Liga de Futebol Caxambuense sobre a nova diretoria do Águas Virtuosas Futebol Clube, na qual Manoel Airosa figurava como vice-presidente


Teve também atividade política em nossa cidade.

De fato, na nota seguinte, publicada no jornal O Fluminense (11-jan-1930), o dr. Airosa é designado como chefe político da situação dominante do Estado de Minas e Presidente do Direcório Político de Águas Virtuosas.

Confira:

Jornal O Fluminense, 11, jan, 1930. Reprodução. [bn.digital.gov. br]

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A SANTA CASA BOA VISTA

Manoel Airosa foi fundador, diretor e clínico geral da Santa Casa Boa Vista, atividade pela qual, ao lado do dr. José dos Santos, não recebia nenhuma remuneração.

Confira abaixo:

 

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LIVROS SOBRE NOSSAS ÁGUAS MINERAIS

Além de outros trabalhos mencionados no tópico a seguir, publicou o Dr. Manoel Airosa o seguinte:

  • AIROSA, Manoel. Ensaio dos banhos hidrocarbogasosos com as águas de Lambari – Folha Médica, 15 de março de 1937
  • AIROSA, Manoel. A propósito dos 21 dias. Guaratinguetá: Gráfica e Editora “EDIGRAF” Ltda, 1947

Neste trabalho apresentado ao II Congresso Nacional de Hidro-Climatismo, ocorrido no Rio de Janeiro em 1942, concluiu o dr. Airosa:

  • (...) devemos repetir que a permanência de um doente em uma estância hidro-mineral-climática, com o fim de submeter-se a um tratamento creno-termal, deverá ser de um prazo nunca inferior a 30 dias, pois do contrário não obterá, podemos afirmar, uma cura completa.

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OUTROS TRABALHOS DO DR. AIROSA

Dono de um estilo escorreito, claro e didático, Manoel Airosa, ao tempo em que viveu e praticou sua profissão em Águas Virtuosas de Lambari, escreveu sobre nossas águas, sobre homens públicos daqui e sobre a beleza de nossa terra.

Confira este post:

  • 3 - Obras literárias do Dr. Manoel Airosa

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FOTOS

O dr. Manoel Airosa residia e mantinha escritório no centro da cidade, na Rua Tiradentes.

Confira estas fotos:

Rua Tiradentes antiga

Consultório e casa do dr. Airosa

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REFERÊNCIAS

  • Informações e fotos pertencentes ao acervo da família Airosa foram gentilmente enviadas por Míriam Airosa Villano e Maria Alice Airosa, netas do Dr. Manoel Airosa, a quem agradecemos.
  • Regimento Interno da Santa Casa Boa Vista de Lambari, MG - Rio de Janeiro, Papelaria Queirós, 1941 - Oferta da família de José Sgarbi Astério, a quem agradecemos.
  • Airosa, Manoel. A propósito dos 21 Dias. Guaratinguetá: Gráfica e Editora “EDIGRAF” Ltda, 1947
  • Jornal O Fluminense, 11, jan, 1930. [bn.digital.gov. br]
  • Museu Américo Werneck

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Publicado por Guimaguinhas
em 06/06/2022 às 07h19
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