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Meu Diário
22/03/2021 05h48
SUBSÍDIOS PARA A HISTÓRIA DO ÁGUAS VIRTUOSAS F. C. (18) - Os times profissionais do Águas Virtuosas da década de 1960

 Ilustração: Zezé Gregatti e Betinho Nascimento. Dois dos maiores jogadores do time profissional do Águas Virtuosas de Lambari, MG - Anos 1968-69


SUMÁRIO


APRESENTAÇÃO

A década de 1960 foi imensamente rica para o futebol lambariense.

De fato, naqueles anos nós tivemos:

  • A passagem do time do Vasquinho para o campo do Esporte (campo que antecedeu o Estádio do Águas Virtuosas)
  • A construção do Estádio do Águas Virtuosas
  • A vinda da Seleção Brasileira de Futebol a Lambari
  • A formação do time profissional do Águas Virtuosas
  • A disputa pelo Águas Virtuosas de vaga na primeira divisão profissional do campeonato mineiro
  • A formação dos times mirim e juvenil do Águas Virtuosas

Para essas grandes realizações, o Águas Virtuosas contou com diretores e colaboradores de peso, entre eles: Manoel Correia, Manoel Mota, Chico de Castro, Jairo Ferreira, Dr. Ismael Gesualdi, Daniel Gregatti , Dr. Antônio FerreiraDomingos Gregatti e José Capistrano.

O time do Águas Virtuosas dos anos 1960 (amador, depois profissional) foi, sem sombra de dúvida, um dos melhores da história do clube. Nos esquadrões formados àquela época, destacaram-se zagueiros como Guinho, Chanchinha, Chá, Zé Carlos, Ademir, Bulau, Pulga, Folhão, Tinz e Delém, e um meio campo/ataque em que jogaram craques como Miltinho, Wilsinho, Paulinho, Motinha, Walmando, Betinho Nascimento, Damião, Evaldo, Alemão, Zezé Gregatti.

Para elaborar este post sobre os grandes times do Águas Virtuosas dos anos 1960, entrevistamos e recolhemos fotos com Betinho Nascimento.

E também recordamos nossa passagem pelo juvenil do Águas Virtuosas (1966-67) e a subida para o time de reservas do Águas profissional (1968-69), quando, a convite do Sr. Jaime, técnico de futebol vindo de Belo Horizonte, eu fui participar das atividades do time profissional (preparação física, treinos, etc.), ao lado de Dimas Nascimento, e mais tarde de Zé Helvécio Moreira.

Confira a seguir.

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ENTREVISTA COM BETINHO NASCIMENTO

Antes de prosseguir, assista os vídeos da entrevista mencionada acima,  acessando:


O TIME DO VASQUINHO PASSA A ATUAR NO CAMPO DO ESPORTE

O campo do Esporte

Como sabemos, nos idos de 1909-10, para construção do Cassino e do Parque Novo, o primeiro prefeito de Lambari Américo Werneck aterrou a área que começava no antigo Grande Hotel até a margem direita do Rio Mumbuca. (Veja: Memórias de Aguinhas (15) - História da fundação de Águas Virtuosas -2)

Nesse espaço, foi construído o Grupo João Bráulio, e entre o grupo escolar e o prédio do Cassino formou-se uma vargem, em parte alagada, onde tempos depois se fez um aterro, dando origem a um campo de futebol de várzea.


Sobre essa antiga vargem e seus alagados, veja este post:


Nesse campo, anos mais tarde, veio a treinar e jogar o time amador do Esporte, e o espaço ficou conhecido por: Campo do Esporte.


Time de Nova Baden, anos 1960, em jogo realizado no antigo Campo do Esporte, onde passou a treinar e jogar o time do Vasquinho, no início dos anos 1960. Neste local seria construído, em 1966, o Estádio do Águas Virtuosas.


Outros times amadores dos anos 1950/60

No primitivo campo do Águas, nos anos 1950 e início dos anos 1960, além do time principal do Águas Virtuosas, jogavam também outros times amadores da cidade, e lá muitos campeonatos internos foram então disputados. (Veja: ÁGUAS VIRTUOSAS F.C. (60) - Outros times dos anos 1950/60)


O mais importante desses times foi o Vasquinho, que sagrou-se campeão da cidade no ano de 1961.


Vasquinho. Equipe campeã lambariense de 1961


Time do Vasquinho. 1962. Em péGuinho, Zoinho, Cabritinha, Gil, Nambu, Tinz, Delém, Jaú e ChanchinhaAgachados: [?], Zé Aírton, Sérgio, Zezé, Betinho e Chá


Jovens atletas em meio a veteranos do Águas Virtuosas. Início anos 1960. Ainda no campo antigo. Em pé: Crisóstomo, Guinho, Zé Aírton, João André, Chá e Chanchinha. Agachados: Walmando, Pé-de-ferro, Galaor, Betinho e Chanchão. 


Uma outra formação do Vasquinho (anos 1960), já atuando no novo Estádio: Motinha, Chá, Jaime, Gil, Alencar, Zé Carlos, Guinho e Zé Roberto (Juiz). Agachados: Cabritinho, Zezé Gregatti, Alemão, Pé-de-ferro e Sérgio.

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A CONSTRUÇÃO DO ESTÁDIO DO ÁGUAS VIRTUOSAS

Em 1966, para receber a Seleção Brasileiro de Futebol, o Águas Virtuosas Futebol Clube construiu o seu estádio, cuja história já contamos neste post:


Reprodução: Correio da Manhã, 10, abr, 1966

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A VINDA DA SELEÇÃO BRASILEIRA DE FUTEBOL A LAMBARI

Como escrevi no meu livro de memórias (MENINO-SERELEPE),  a vinda da Seleção Brasileira de Futebol a Lambari, em 1966, foi um acontecimento inesquecível:

Por toda a cidade e de modo especial na turminha do futebol da Igreja Protestante, a notícia caiu como uma bomba: A seleção brasileira de futebol, como parte dos preparativos para a Copa do Mundo na Inglaterra, fará um período de treinamento em Aguinhas. E a notícia eletrizou a cidade. Em Aguinhas? Não é possível. Ninguém acreditava e todos correram ao jornal, ao rádio, à TV, à Prefeitura...

Do livro MENINO-SERELEPE

Por essa razão, e por eu ter vivido aqueles dias extraordinários, o site GUIMAGÜINHAS elaborou uma série de posts sobre a vinda da Seleção a Lambari. 

Confira aqui:


Treino da Seleção Brasileira em Lambari (1966). Reprodução

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A FORMAÇÃO DO TIME PROFISSIONAL DO ÁGUAS VIRTUOSAS

Grandes times do Águas Virtuosas anos 1950/início 1960

Como se sabe, nos anos 1950/início 1960, o Águas Virtuosas formou grandes times de futebol, reconhecidos em todo o Sul de Minas Gerais.

Em pé: Dr. Ferreira, Cunha, João Rely, Crisóstomo, Gidão, João André, Lilico, Vaca e Manoel Correia. Agachados: Prof. Raimundo, Quinzinho, Neném Nascimento, Laerte, Hélio Fernandes, Pinelinho e Chico de Castro.


Como se vê do programa acima, em 18 de julho de 1954, o Águas Virtuosas— consagrado esquadrão do Sul de Minas — estava invicto a 25 partidas, tendo goleado times de São Lourenço, Itajubá, Itanhandu, Campo Belo, Machado, entre outros.


Águas Virtuosas com a faixa de Campeão Sul Mineiro de 1960. Em pé: entre outros: Dr. Ferreira (treinador), Crisóstomo, Lilico, Guinho, Zé Aírton, Zezé Gregatti, Chanchinha. Agachados: Pé-de-ferro, Marron, Alemão e Pinellinho

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Jogadores do Vasquinho vão compor o novo time do Águas

Com a construção do Estádio do Águas Virtuosas, em 1966, o time do Vasquinho passou a atuar no novo campo, mas, o então presidente do Águas Manoel Correia exigiu que usassem o uniforme do Águas Virtuosas. 

Com isso, a diretoria do clube lançava a semente do renascimento dos grandes times do Águas dos anos 1950/início dos anos 1960.


Time do Águas, no novo Estádio. Em pé: Geraldo, Chá, Cabritinho, Tinz, Delém, Zé Carlos e Jaú. Agachados: Chiquinho Barletta, Betinho, Walmando, Zoinho e Serginho Barletta

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O Águas Virtuosas começa a fase profissional

Após a vinda da Seleção Brasileira de Futebol a Lambari, o Águas Virtuosas, em 1967, montou um grande time com jogadores da cidade (oriundos do Vasquinho) e alguns outros vindos de fora (entre eles: Damião, Folhão, Evaldo).

Águas do ano 1967. Em pé: Motinha, Folhão, Damião, Zezé Gregatti, Evaldo, [?], Ademir e Sérgio. Agachados: [?], Chá, Cabritinho, Delém, Walmando, Chanchinha, Betinho e Jaime.


Em 1968, o Águas formou um time profissional, visando a alcançar a primeira divisão do Futebol Mineiro. Para tanto, trouxe de Belo Horizonte um técnico (sr. Jaime) e alguns jogadores, entre eles Bulau e Liu.

 

Sr. Jaime, técnico do Águas Virtuosas profisssional (1968-69)


Águas Virtuosas. 1968. Os craques lambarienses Zezé Gregatti e Betinho Nascimento ao lado de jogadores profissionais: Bulau, Miltinho, Sarará e Liu. Ao fundo, o lateral Baiano e o goleiro Carlinhos.


Águas Virtuosas. 1968. Em pé: Paulinho, Wilson, Baiano, Bulau, Folhão e Chá. Agachados: Miltinho, Sarará, Varlei, Walmando e Wilsinho


Águas Virtuosas. 1968, com jogadores da cidade e outros vindos de fora. Em pé: Wilson, Bulau, Pulga, Baiano, Liu e Motinha. Agachados: Sérgio, Walmando, Miltinho, Betinho e Paulinho


Águas Virtuosas. 1969. Em pé: Sr. Jaime, Jerri, Maurício, Bulau, Pulga, Paraguaio, Baiano, Liu e Geraldo. Agachados: Betinho, Alemão, Valmando, Varlei, Rivelino, Sabadine e Sérgio Raimundi.

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Jogadores profissionais do Águas Virtuosas (1968-69)

Dentre os jogadores profissionais que passaram pelo time do Águas Virtuosas em 1968/69, estão os seguintes:

  • Wílson - goleiro - de Monte Sião
  • Carlinhos - goleiro - de Itanhandu
  • Jerri - goleiro - Rio de Janeiro
  • Folhão - Zagueiro - de Cruzília
  • Bulau - Zagueiro - de Belo Horizonte
  • Pulga - Zagueiro - de Cambuquira
  • Liu - Volante - de Belo Horizonte
  • Varlei - atacante - Nepomuceno
  • Paraguaio - lateral - do Flamengo de Varginha
  • Rivelino - meia - de São Paulo
  • Sabadine - ponta-esquerda - de Vitória, ES
  • Paulinho - meia - de São Paulo
  • Miltinho - ponta-direita - de Campinas
  • Wilsinho - ponta-esquerda - Rio de Janeiro
  • Baiano - lateral - Rio de Janeiro
  • Maurício (Sapo) - lateral - Varginha

Pulga - o grande craque do time profissional do Águas Virtuosas (1968-69)

 Natural de Cambuquira, MG, onde também veio a falecer, José Divino Filho, o Pulga (3 de novembro de 1941- 1o. de janeiro de 2010) foi o grande destaque do time profissional do Águas Virtuosas dos anos 1968-69. Zagueiro técnico, excelente cabeceador e com saída de bola perfeita pelo lado esquerdo da defesa.

Ele jogou no Atlético de Três Corações-MG, Flamengo de Varginha-MG e Hepacaré de Lorena-SP.  Em 1967, Pulga (então chamado de Mineiro) foi campeão da segunda divisão de futebol pelo Bragantino, o que levou o clube à elite do futebol paulista.

Diz Mílton Neves que Pulga esteve próximo de acertar com Corinthians e Palmeiras, mas sua carreira declinou por causa do alcoolismo, seu algoz (site Terceiro Tempo).

 Pulga com faixa de campeão de 1967 da 2a. Divisão pelo Brangantino (Bragança Paulista).

 Reprodução. https://www.facebook.com/Memorias-do-Esporte-Cambuquirense

Veja também este post do site Terceiro Tempo, de Mílton Neves:

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A DISPUTA DE VAGA NA PRIMEIRA DIVISÃO PROFISSIONAL DO CAMPEONATO MINEIRO

Em 1968, o time profissional do Águas Virtuosas disputou vaga na primeira divisão profissional do Campeonato Mineiro.

Sobre isso, encontramos no blog do Cacellain:

Na década de 60, a segunda divisão em termos de hierarquia no Campeonato Mineiro era a Primeira Divisão de Profissionais entre 1968 e 1968 e, em 1969, a Divisão de Acesso. Apesar de a competição ter crescido dramaticamente em termos de quantidade ano a ano, poucos foram os times que suportaram os gastos de uma competição profissional por várias temporadas, tendo a maioria disputado no máximo três edições do certame.

Ao longo da década, estes foram os que primeiro se aventuraram pelos gramados do interior em busca de um lugar ao sol, ou seja, na Divisão Extra:

Alfenense Futebol Clube (Alfenas)

Acesita Esporte Clube (Timóteo)

Águas Virtuosas Futebol Clube (Lambari)

América Futebol Clube (Barbacena)

América Futebol Clube (Caratinga)

América Futebol Clube de Alfenas (Alfenas)

..................................

Fonte: http://cacellain.com.br/blog/?p=41079 (os grifos são nossos)

 


Filiação do Águas Virtuosas à Federação Mineira de Futebol

Fonte: https://historiadofutebol.com/blog/?p=688


Equipes que disputaram o Campeonato Mineiro de Profissionais

Fonte: https://historiadofutebol.com/blog/?p=51521 


Lista de participantes da Primeira Divisão de Profissionais e Divisão de Acesso em Minas Gerais (1916-1969)

Fonte: https://historiadofutebol.com/blog/?p=41079 


O lance decisivo que tirou o Águas Virtuosas da primeira divisão

O time profissional do Águas Virtuosas de 1968-69 não era uma grande equipe, sem padrão de jogo e com constantes alterações na formação do time.

Mas, não obstante isso, seus valores individuais conseguiram levar o clube a uma final decisiva.

Ela ocorreu em 1969, em Três Corações

Infelizmente, o Águas Virtuosas, jogando pelo empate, perdeu a vaga para acesso à primeira divisão numa final histórica contra o Atlético Clube de Três Corações. 

Placar de 1 x 0, gol contra do extraordinário zagueiro Pulga, em um lance de rara infelicidade: uma bola cruzada, um cabeceio dentro da área e a bola bateu-lhe na nuca e entrou.

O sonho da primeira divisão foi embora — e o Águas Virtuosas nunca mais disputou futebol profissional.

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A FORMAÇÃO DOS TIMES MIRIM E JUVENIL DO ÁGUAS VIRTUOSAS

O time Mirim do Águas Virtuosas

Após a estada da Seleção Brasileira de Futebol em Lambari (1966) e a montagem do novo time do Águas Virtuosas (1967), formou-se o Mirim do Águas Virtuosas, cujo treinador foi o Damião, atleta do Águas que viera do estado do Rio de Janeiro.

Veja esta história aqui:

Águas Virtuosas Futebol Clube (9) - Times Mirim e Juvenil


 Damião Silva, atleta do Águas Virtuosas (1966-69) e técnico do mirim do Águas Virtuosas


Mirim do Águas, 1967: Alexandre, Geraldinho, Ieié, Celinho, Décio e Biguá. Agachados: Andrezinho, Zé Maria, Xepinha, Rubens Nélson e Roberto.


Juvenil do Águas. Final dos anos 1960. Em pé: Ieié, Zé Paulo, Adão, Guima, Vaca e Celinho. Agachados: Xepinha, Roberto, Pedro Guela, Rubens Nélson e Dílson

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O time Juvenil do Águas Virtuosas

Como dissemos acima, em 1968, para formação do time profissional, o Águas Virtuosas contratou o sr. Jaime, técnico de futebol vindo de Belo Horizonte. Assim, coube a ele indicar e trazer jogadores profissionais e também promover alguns atletas do juvenil para o time principal.

Por essa razão, passou a comandar o juvenil do Águas Virtuosas, dando treinamento físico, tático e de fundamentos de futebol. Naqueles anos 1968-69, jogavam no juvenil, entre outros: Eu, Dimas Nascimento, Zé Helvécio, Ieié, Vaca, Adão, Firmino, Celinho, Roberto, Xepinha, Zé Paulo, Pedro Guela, Dílson. 


Juvenil do Águas, 1970: Ieié, Vaca, Adão, Guima, Firmino e Celinho. Agachados: Roberto, Xepinha, Zé Paulo, Pedro e Dílson.


Os reservas do time profissional do Águas Virtuosas

Tempos depois, Eu, Dimas, e mais tarde, Zé Helvécio, fomos promovidos para o time de reservas, passando a atuar ao lado de Carlinhos e Geraldo (goleiros), Maurício Sapo, Sérgio Raimundi, Edson e Nego Rambaldi, Neguita, Fausto, Rubinho e outros mais.

Essa foi uma parte inesquecível de minha vida como atleta do Águas Virtuosas. Eu com quinze anos para dezesseis anos participando de um time profissional!

Exercícios físicos, orientação tática, treino com bola — tudo o que um menino boleiro quer do futebol. E mais: massagista, tênis profissional, chuteira de trava, suspensor Big, uniforme de educação física, uniforme de treino — tudo lavadinho e passadinho, entregue no vestiário pelo Zé Boião — grande sujeito e então roupeiro do time do Águas.


 O saudoso Zé Boião, dedicado roupeiro do Águas Virtuosas

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VEJA TAMBÉM

Sobre outros assuntos conversados com Betinho Nascimento, veja estes posts:

 

  • Recebendo a faixa de Campeão da cidade pelo Vasquinho

    Campeão de 1961, na foto com a irmã Márcia

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REFERÊNCIAS

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Publicado por Guimaguinhas
em 22/03/2021 às 05h48
 
15/03/2021 07h46
ÁGUAS VIRTUOSAS FUTEBOL CLUBE (82) - Zezé Gregatti, outro craque do Águas que nos deixa (1939-2021)

Ilustração: Zezé Gregatti assinando a camisa do Águas Virtuosas, ele que foi o maior atacante da história do clube.


SUMÁRIO


APRESENTAÇÃO

Dias atrás, noticiamos aqui no site GUIMAGUINHAS o falecimento de Guinho Gregatti (aqui).

E nesta madrugada partiu outro talento futebolístico da família Gregatti e de nossa cidade: faleceu Zezé Gregatti (1939-2021) — o maior atacante do Águas Virtuosas.

Sobre ele, tempos atrás escrevi aqui no site:

Ainda menino, frequentando os treinos e os jogos do Águas no campo novo, vi Zezé Gregatti jogar algumas vezes. Joguei com ele também diversas partidas no Vasquinho de 1971 e num campeonato que disputamos em Heliodora, também nos anos 1970.

Atacante alto, forte, rápido, chute potente com ambas as pernas, e o melhor cabeceador que vi atuar. Uma contusão no joelho, infelizmente, fez que encerrasse muito cedo sua carreira.

Foi meu técnico no time Juvenil do Águas Virtuosas em 1970 e também no time do Veteranos do AVFC, na campanha do título Sul Mineiro de 1982.

Abaixo vai um pouco de sua história.

Deus lhe acompanhe, meu amigo!


Assinatura de Zezé Gregatti na camisa do Águas, que vai compor o acervo de futuro museu do clube (confira aqui)

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ZEZÉ GREGATTI E SEU GOL MAIS ESPETACULAR

Como já contei aqui no site GUIMAGUINHAS, em 1967, no Estádio do Águas Virtuosas, contra o Flamengo de Varginha, foi que Zezé Gregatti fez seu gol mais espetacular.

Confira:

Ano 1967, Estádio do AVFC cheio. Águas e Flamengo de Varginha, finalzinho do jogo, 2 X 1 para o Flamengo. Jogo importantíssimo, nervos à flor da pele, envolvendo dois grandes rivais da época.

Falta de meia distância a favor do Águas, no gol que dá para o Farol do Lago. 43 minutos do segundo tempo, a cinco metros da entrada da área, mais pelo lado esquerdo. Zezé ajeita carinhosamente a bola, posiciona o pé esquerdo ao lado dela, e recua alguns passos. Corre e bate forte de pé direito. Cobrança perfeita - a bola entra na gaveta esquerda do goleiro.

Apito! Confusão! Gritos! Xingamentos! Empurra-empurra! Vaias e vaias da grande torcida do Águas! O juiz anulara a cobrança, alegando que não autorizara!

Jogo interrompido! Xingamentos! Brigas! Confusão! Vaias! Vaias! Vaias! Pobre da mãe do Juiz! Ameça de invasão! Polícia!

Quase meia hora depois, é que a cobrança pôde ser repetida. Zezé segue exatamente o mesmo ritual da primeira cobrança: ajeita a pelota, posiciona o pé esquerdo ao lado da bola, e recua alguns passos. E respira fundo, mão na cintura, e espiando pelo lado da barreira o posicionamento do goleiro, aguarda a autorização.

Cobrança mais que perfeita! A bola entra exatamente no mesmo ângulo da primeira cobrança! Gol do Águas!!! Gol do Águas!!! O jogo termina, a torcida invade o campo. Todos carregam o Zezé às costas e dão com ele a volta olímpica.

Zezé fazendo gol de pé esquerdo. Amistoso Águas Virtuosas x Itanhandu, anos 1960


POSTS SOBRE ZEZÉ GREGATTI

Veja estes posts sobre Zezé Gregatti:

  • Grandes craques do Águas Virtuosas - Zezé Gregatti - aqui
  • Zezé Gregatti, o maior atacante do Águas Virtuosas - aqui

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ZEZÉ GREGATTI E SUAS HISTÓRIAS

Em janeiro de 2017, fizemos uma entrevista com Zezé Gregatti e gravamos um vídeo, no qual ele conta histórias de futebol. 

Veja esta história sobre o — Chá um dos maiores amigos de Zezé:

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FOTOS


Time do Vasquinho. 1960. Em péGuinho, Zoinho, Cabritinha, Gil, Nambu, Tinz, Delém, Jaú e ChanchinhaAgachados?, Zé Aírton, Sérgio, Zezé, Betinho e Chá


Águas Virtuosas com a faixa de Campeão Sul Mineiro de 1960. Em pé: entre outros: Dr. Ferreira (treinador), Crisóstomo, Lilico, Guinho, Zé Aírton, Zezé Gregatti, Chanchinha. Agachados: Pé-de-ferro, Marron, Alemão e Pinellinho


Águas profissional, anos 1960: Zezé Gregatti, Betinho, Bulau, Paulinho, Miltinho e Liu

Time do Veteranos do Águas Virtuosas, campeão Sul Mineiro de 1982. Em pé: João Fubá (presidente), Édson, Bita, Chá, João do Banco, Zoinho, Nem e Zezé Gregatti (técnico)Agachados: Xepinha, Alemão, Paulo, Betinho, Guima e Véio.

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REFERÊNCIAS

  • Posts do site GUIMAGUINHAS
  • Entrevista com Zezé Gregatti (janeiro/2017)
  • Youtube

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Publicado por Guimaguinhas
em 15/03/2021 às 07h46
 
05/03/2021 16h48
ÁGUAS VIRTUOSAS FUTEBOL CLUBE (81) - Guinho Gregatti, um dos maiores personagens do nosso futebol (1943-2021)

Ilustração: Guinho, em 2020, após assinar a camisa do Águas Virtuosas, que ele honrou como jogador e técnico multicampeão

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SUMÁRIO

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APRESENTAÇÃO

Faleceu ontem DOMINGOS GREGATTI FILHO (1943-2021), conhecido por Guinho, um dos maiores personagens do nosso futebol. 

De fato, como jogador pelo Águas Virtuosas e pelo Vasquinho, e também como técnico desses dois clubes, foi o maior ganhador de títulos do futebol lambariense.

Pelo Vasquinho, foi campeão interno em 1964.

Pelo Águas Virtuosas , como jogador, foi campeão Sul Mineiro em 1960.

E depois, como técnico, tetracampeão pela Liga de São Lourenço (19861987, 1988, 1990).

Sempre ligado ao futebol, descobriu, incentivou e formou gerações de jogadores lambarienses.

Este post é uma homenagem ao nosso grande amigo. Deus te acompanhe, Guinho!


Guinho Gregatti, em 2020, na Bitaca do Veiaco, local onde se reúniam ex-jogadores, ex-técnicos, ex-árbitros, ex-torcedores e cornetas ainda em atividade, para (re)contar histórias, causos e lendas do glorioso futebol lambariense.

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GREGATTI - UMA FAMÍLIA DE GRANDES JOGADORES DE FUTEBOL

A família Gregatti teve grandes jogadores que atuaram pelo Águas Virtuosas.

Confira:

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FOTOS

Time do Vasquinho. 1960. Em pé: Guinho, Zoinho, Cabritinha, Gil, Nambu, Tinz, Delém, Jaú e Chanchinha. Agachados: ?, Zé Aírton, Sérgio, Zezé, Betinho e Chá



Time do Vasquinho. Campeão da cidade. 1964


Vasquinho. Final dos anos 1960. Em pé: Motinha, Chá, Jaime, Gil, Alencar, Zé Carlos Guinho e Zé Roberto (árbitro) - Agachados: Cabritinho, Zezé Gregatti, Alemão, Pé-de-Ferro e Sérgio


Vasquinho. 1971. Em pé: João Fubá, Zezé Gregatti, Edson, Vaca, Celinho, Cafezinho, Guima, Sérgio e Adão. Agachados: Roberto, Valmando, Egberto, Picolé, Betinho, Pedro Guela, Xepinha e Tucinho


Vasquinho. 1971. Guinho (técnico), Augusto (presidente) e Chá (atleta)


Time do Águas Virtuosas. Campeão Sul Mineiro - 1960. Em pé: Dr. Ferreira, Crisóstomo, Lilico, Guinho, Zé Aírton, Zezé e Chanchinha. Agachados: Pinellão, Pé-de-ferro, Marron, Alemão e Pinellinho


Jogadores, diretores, colaboradores e Guinho Gregatti com a faixa de Campeão de 1986.


Águas Virtuosas. Bicampeão 1986-87


Águas Virtuosas. Tricampeão. 1988. Em pé: Guinho, Márcio Krauss, Luiz Cláudio, Edílson, João Pretinho, Pedro, Zé Luiz, Turquinho, Amador, Chiquinho e Cafuringa. Agachados, entre outros: Chá, Gadiego, Heitor, Gabriel, Zé Mauri, Luizinho e Sansão.


Águas tetracampeão. 1990. Em pé: Márcio, Joãozinho, Rildo, Pedro Luiz, Jorge André e Gadiego. Abaixo: Zé Amauri, Sansão, Zé Gabriel, Zé Luiz, Beto e Nambu

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VÍDEO - LAMBARI E AS MEMÓRIAS DO ÁGUAS VIRTUOSAS FUTEBOL CLUBE

No final de 2020, Guinho Gregatti participou do documentário acima, produzido pelo Museu Américo Werneck.

Confira aqui: https://guimaguinhas.prosaeverso.net/blog.php?idb=59460


Instagran Museu Américo Werneck - 5, março, 2021

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REFERÊNCIAS

  • Posts do site GUIMAGUINHAS
  • Vídeo: Museu Américo Werneck

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Publicado por Guimaguinhas
em 05/03/2021 às 16h48
 
03/03/2021 13h23
RECANTO DOS NETOS (12) - Chuva feia na Casa Gorda

Ilustração: Árvore derrubada sobre o muro da Casa Gorda pela tempestade de 1o. de janeiro de 2021, em Lambari, MG

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SUMÁRIO

1253689.pngAPRESENTAÇÃO

Como dissemos em post anterior desta Série RECANTO DOS NETOS (Ano Novo na Casa Gorda/Shangrilá), a pandemia Covid19 afastou alguns membros da nossa família da convivência habitual de férias de final/início de ano.

Desse modo, parte das crianças estava em Lambari e outra em São Lourenço.


 

Na passagem do ano, Leonardo, Rafael, Maria, Paulinho e Cecília estavam em Lambari; Isabela e Rafaela, em São Lourenço


Pois bem, ocorre que no dia 1º de janeiro de 2022, pouco antes da hora do almoço, uma tempestade violenta — acompanhada de raios intensos, trovões assustadores e forte ventania — caiu sobre Lambari.

Vejamos como foi.

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CHUVA FEIA NA CASA GORDA

Naquele dia, várias ruas da cidade ficaram alagadas, barrancos desmoronaram, calçamentos foram arrancados, árvores caíram, casas foram destelhadas. Bairros inteiros ficaram sem eletricidade... Um caos!

Na Casa Gorda — graças a Deus! — os estragos foram pequenos, mas o susto foi enorme  — plantas destruídas, calhas entupidas, água na laje, folhas e galhos por todo o lado.


Vó Celeste assustada

 E vó Celeste, logo que a chuvarada começou, saiu orando e gritando: — Gente, cadê o Paulinho! Cadê o Paulinho! — pois o Paulinho descera da piscina e estava "perdido" no terreiro da Casa Gorda...


Vó Celeste assutada com a árvore que caiu.


Uma árvore caiu sobre o muro

Uma árvore caiu do terreno vizinho sobre o nosso muro, com um grande estrondo, deixando todos assustados.


Ninhos de passarinhos

Havia ninhos de passarinhos na árvore que caiu:

Maria vistoriando a árvore a procura de ninhos

O filhote de sanhaço salvo pela vó Celeste, que no dia seguinte voou livremente com seus pais


Conversas no WhatsApp

Passado o susto, todos corremos aos celulares para saber notícias das crianças em São Lourenço, e vice-versa.

E os diálogos foram ótimos.

Especialmente os travados entre Rafaela e Paulinho, que regulam em idade e estavam há meses sem se ver.

Como se recorda, a Rafaela tem um modo todo seu de se expressar, conforme já contamos neste post (O vocabulário da Rafa). E foram dela e do Paulinho as passagens mais divertidas.

Confira:


  • Primeira conversação
    • Tendo visto as fotos dos estragos provocados pela chuva na Casa Gorda e da árvore que caiu, Rafaela, assustada, falou com vó Celeste:
  • Segunda conversação
    • Em seguida, quis falar com Paulinho, e saiu esta divertida conversação:
  • Terceira conversação
    • E por fim, conversamos sobre os ninhos de passarinhos que estavam na árvore que caiu:

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REFERÊNCIAS

  • Fotos e mensagens de WhatsApp: Acervo familiar

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SÉRIE RECANTO DOS NETOS

Confira os posts já publicados:

  1. Netos e livros
  2. Netos musicais
  3. Coitado do Lobo Mau
  4. A Casa Gorda
  5. O monstro da antena
  6. As profissões de Maria
  7. Cecília chegou!
  8. Os gols do Paulinho
  9. O vocabulário da Rafa
  10. Desenhos, leituras e contação de histórias
  11. Histórias assustadoras da Vó Celeste
  12. Ano Novo na Casa Gorda/Shangrilá
  13. Chuva feia na Casa Gorda
  14. Um "estranho animal" visita a Casa Gorda
  15. Vai morar com os "arrenígenas"...

Confira os áudios vinculados aos posts:

  1. (12) Chuva feia na Casa Gorda (1)
  2. (12) Chuva feia na Casa Gorda (2)
  3. (12) Chuva feia na Casa Gorda (3)
  4. (13) Um "estranho animal" (1)
  5. (13) Um "estranho animal" (2)

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Publicado por Guimaguinhas
em 03/03/2021 às 13h23
 
01/03/2021 06h27
AS ÁGUAS VIRTUOSAS DE LAMBARI - Breve relato sobre as Águas Virtuosas de Lambari (Séc. XIX)

Ilustração: Antigo balneário construído dentro do Parque das Águas em 1872. Reprodução. Fonte: Lambary e Cambuquira - Hydro-estações ao Sul do Estado de Minas Gerais - Brazil. Dr. Pires de Almeida. Site: Codemge

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SUMÁRIO

1253689.pngAPRESENTAÇÃO

O livro Lambary e Cambuquira - Hydro-estações ao Sul do Estado de Minas Gerais - Brazil, de autoria do Dr. Pires de Almeida, editado em 1896, do qual falamos aqui, traz um pequeno relato sobre nossas águas virtuosas, que reproduzimos neste post.

Confira:

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BREVE RELATO SOBRE AS ÁGUAS VIRTUOSAS DE LAMBARY (SÉCULO XIX)

A descoberta das águas, seus efeitos curadores e formas de uso



As primeiras obras de proteção das fontes, notícias da "Água Santa" por viajantes e tropeiros e a família Breves

Quando em 1834 a Câmara de Campanha providenciou as primeiras obras de proteção das fontes, as "águas santas" ou "virtuosas" já eram conhecidas há mais de 60 anos por viajantes e tropeiros, que levavam notícias de suas "virtudes curativas" para as províncias de São Paulo e Rio de Janeiro.

Recorde-se, como dissemos no post A devoção a Nossa Senhora Aparecida e a descoberta da “Água Santa” em Lambari (aqui), que esses viajantes trouxeram de Guaratingueta notícias sobre o culto a Nossa Senhora da Conceição Aparecida e levaram os primeiros relatos de curas, atribuídas a Nossa Senhora da Saúde, que viria a ser padroeira de Águas Virtuosas de Lambari.



Proteção às fontes - Final anos 1800


Veja este texto:


Obras de melhoramento da povoação


Visita da Princesa Isabel e vinda de Garção Stockler


Veja este post:


A chegada da estrada de ferro e o novo contrato de concessão das águas

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REFERÊNCIAS

  • Lambary e Cambuquira - Hydro-estações ao Sul do Estado de Minas Gerais - Brazil.  Por Dr. Pires de Almeida - Typ. Leuzinger, Rio de Janeiro, 1896
  • www.codemge.com.br

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Publicado por Guimaguinhas
em 01/03/2021 às 06h27
Página 15 de 108

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A Guerra das Espingardinhas R$ 35,19
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