Guimagüinhas
Memórias familiares e de minha terra natal
Meu Diário
31/10/2019 13h32
MEMÓRIAS DE AGUINHAS - Nos tempos da TV Tupi

Ilustração: Logo da TV Tupi. Reprodução. Revista Manchete, anos 1960


SUMÁRIO

 


Apresentação

(...) "minha primeira TV" foi a do Hotel Rezende 

(mas)... não podíamos fazer barulho na hora do Repórter Esso...

(e também era eu)... que mantinha sob controle, na ponta da língua, a programação dos desenhos, das séries e dos filmes que a turma não podia perder. Quem chegava cedo, pegava os melhores assentos, é claro, e

ficava lá esperando que a imagem do indiozinho da TV TUPI desse lugar ao início da programação.

Do livro MENINO-SERELEPE *


No post A televisão em Aguinhas (aqui), eu conto os primórdios da TV em nossa cidade, e começo dizendo assim:

Televisão foi coisa demorada e custosa, que só surgiu em Aguinhas em 1960, pelas mãos do Jairo Ferreira (da Casa Ferreira, que vendeu as primeiras TVs em Aguinhas), Benedito Garcia, Vadinho Biaso e Tião Ferreira.

E, a seguir, narro as peripécias dessa implantação e as do Menino-Serelepe para ver televisão no Hotel Rezende, e na "televizinho" das casas de minha avó e de Dona Catarina Bacha.

Pois bem, neste post vamos recordar a TV Tupi, a grande emissora daqueles anos pré-Rede Globo.

Vamos lá!

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A Rede Tupi de Televisão

A Rede Tupi de Televisão (também conhecida como TV Tupi ou apenas Tupi) foi o conjunto de emissoras de televisão, inauguradas em setembro de 1950 em São Paulo, e em janeiro de 1951 no Rio de Janeiro. Depois, foram incorporadas a TV Itacolomi (1960)  e a TV Brasília.

A TV Tupi foi a primeira emissora de televisão do Brasil e da América do Sul, e a quarta do mundo; fazia parte do grupo Diários Associados.

Em 18 de julho de 1980, devido aos vários problemas administrativos e financeiros, a concessão foi cassada pelo governo brasileiro. Outras seis emissoras, afiliadas dela, também saíram do ar. (CPDOC/TV Tupi Wikipedia)


Veja também:

  • A fantástica história da TV Tupi - Youtube - aqui e aqui

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A cobertura da TV Tupi

A TV Tupi Canal 6, do Rio de Janeiro, cobria diversas cidades da seguinte região, Lambari, entre elas:

O nome de nossa cidade aparecia nas propagandas da TV Tupi. Reprodução. Fonte: Revista Manchete (bn.digital.gov.br)

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Os programas da TV Tupi

No texto TV Tupi, disponível na página eletrônica do CPDOC, informa-se que

Durante a primeira fase da televisão brasileira, as agências de publicidade criavam, redigiam e até produziam boa parte dos programas. O espaço publicitário era loteado entre os clientes, e estes o preenchiam como quisessem, geralmente batizando o programa com o nome do anunciante. Divertimentos Ducal, Gincana Kibon e Sabatinas Maizena eram alguns dos títulos de sucesso da TV Tupi (CPDOC/TV Tupi)

Vinheta da TV Tupi. Reprodução. Frame de filme do Youtube

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Entre os grandes programas e novelas de sucesso da TV Tupi estão os seguintes:

Jornais

  • Repórter Esso

  Reprodução. Frame de filme do Youtube

Séries

  • O Vigilante Rodoviário

  • Bonanza

  

Programas infantis

  • Clube do Capitão Aza

      Reprodução. Frame filme Youtube

  • Desenhos e séries

Corrida Maluca e Speed Racer e séries como A Feiticeira e Jeanne é um Gênio

             Reprodução. Montagem. Desenhos e séries antigos. Fonte: Internet

Programas de auditório

  • Clube dos Artistas 

      Reprodução. Frame filme Youtube

  • Almoço com as estrelas
  • Programa Flávio Cavalcanti

      Reprodução. Frame filme Youtube

  • Programa Sílvio Santos
  • Programa J. Silvestre
  • Buzina do Chacrinha
  • Programa da Hebe

Novelas

      Reprodução. Frame filme Youtube

Disponível aqui: https://www.youtube.com/watch?v=Kg6cSCgSZj0

      Reprodução. Frame filme Youtube

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Comerciais

Bem, agora, um minuto pro comercial: 

      Reprodução. Frame filme Youtube

      Reprodução. Frame filme Youtube

        Reprodução. Frame filme Youtube

       Reprodução. Frame filme Youtube

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Programas espíritas

Programa Pinga-Fogo com Chico Xavier

      Reprodução. Frame filme Youtube

No dia 28 de julho de 1971, o programa Pinga Fogo da TV Tupi Canal 4, de São Paulo, entrevistou o médium Chico Xavier. Foi a primeira entrevista do médium mineiro a uma rede de televisão.

O programa foi mediado por Almir Guimarães, tendo como entrevistadores os jornalistas: Realli Jr., João de Scatimburgo, Saulo Gomes e Héli Alves e J. Herculano Pires (jornalista, espírita).


A Viagem

Novela de Ivani Ribeiro, baseada na obra do Espírito André Luiz, psicografada por Francisco Cândido Xaviver e consultoria doutrinária de José Herculano Pires.

 

      Reprodução. Frame filme Youtube

Abertura da novela A viagem, de 1975, com Ewerton de Castro, Rolando Boldrin, Yolanda Cardoso, Ana Rosa, Cláudio Correa de Castro, Eva Wilma e Arlete Montenegro.

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Futebol na TV Tupi

Reprodução. Frame de filme do Youtube

Nos anos 1960, ouvia-se futebol pelo rádio, pois não havia transmissão ao vivo pela TV. Restava o Canal 100, que, nos cinemas, fazia a festa da geração lambariense de amantes do futebol.

Além disso, aguardávamos, tarde da noite, os programas esportivos da TV Tupi e os tapes dos jogos mais importantes, geralmente de clubes do Rio e de São Paulo.

Esses tapes, em TVs preto e branco, com imagem de má qualidade, geralmente "correndo" (como dizíamos quando a imagem da TV ficava entrecortada), me fizeram amar craques geniais como Pelé, Ademir da Guia e Garrincha, e os extraordinários times do Santos, Palmeiras e Botafogo da época.

Na equipe da Tupi, entre outros: Walter Abraão (narrador), Roberto Petri (narrador), Ely Coimbra (repórter).

1974 - Pelé despede-se do Santos, atuando contra o Corínthians

Reprodução. Frame de filme do Youtube

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Para saber mais sobre a TV Tupi

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Referências

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Publicado por Guimaguinhas
em 31/10/2019 às 13h32
 
28/10/2019 09h19
PINTURAS E PINTORES DE AGUINHAS (1) - Farol do Lago

Ilustração: Farol do Lago, que iluminava o Cassino de Lambari e as gôndolas que navegavam à noite pelo Lago Guanabara (Desenho de Fabiana Martins)


SUMÁRIO


Apresentação

Cassino, Lago, Farol, Cascata do Lago e Piscina do Parque Novo — esses e muitos outros lugares de nossa cidade, por sua beleza, história e referência turística — sempre foram objeto de fotografias, postais e pinturas.

Nessa série vamos lembrar alguns pintores e pinturas de Águas Virtuosas de Lambari.


Desenho de William Gorgulho (parede do restaurante do Shopping Águas Virtuosas)


Hoje focaremos o Farol do Lago, que custou 15 contos de réis, de um total de 2.200 contos que foram gastos nas obras de remodelação da cidade (aqui).

Ao tempo de Américo Werneck, ao lado desse holofote, pretendia-se construir um bar, o que não foi concretizado.

Vamos lá!


(1) Farol do Lago e Parque Wenceslau Braz, logo após a inauguração (1911)

  

(1) Farol do Lago em 1920 [*]     (2) Farol do Lago em 2019, dois anos após ter sido reformado e recebido nova lâmpada

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O Farol do Lago

Como se sabe, o Farol do Lago Guanabara (Lambari, MG), também chamado Farol da República ou Holofote, faz parte do conjunto de obras de embelezamento da estância, realizadas por Américo Werneck na primeira década dos anos 1900. (aqui)

Farol da República seria uma referência ao republicanismo de Werneck, que, como parlamentar e homem público, sempre foi um defensor desse regime.


Fonte: Anuário de Minas Gerais de 1913


Ao fundo, o Farol da República, visto da balaustrada do Cassino


Sobre o Farol do Lago, veja estes posts:


O holofote: iluminação do Lago e ilhas para passeios noturnos de gôndola. De seu topo, podia-ver também o espelho do lago, o Parque Novo e outros pontos da cidade.

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Pinturas do Farol

Abaixo, algumas pinturas do nosso Farol:


Aquarela feita por Carlos Augusto Lorenzo Castilho, existente no Cartório de Registro Civil (Lucas Nascimento), em Lambari.

O efeito da lâmpada do teto refletida no vidro do quadro dá a impressão de estar aceso o farol (Veja aqui)


Pintura de William Gorgulho


Pintura - Farol do Lago - Por R. Martins


Farol do Lago. Jonas Lemes. Reprodução (ímã de geladeira)


 

Pintura de Eurico Aguiar


Pintura feita numa flâmula sobre passeios de Lambari

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Referências

[*] - Recorte antigo postal (1920) da Casa Nogueira

- Fotos: Museu Américo Werneck (LamBari, MG)

- Reprodução de pinturas de William Gorgulho, Carlos Augusto Lorenzo Castilho, R. Martins, Jonas Lemes e Eurico Aguiar

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Publicado por Guimaguinhas
em 28/10/2019 às 09h19
 
08/10/2019 05h21
Vocabulário de Aguinhas (12) Letra "J"

Ilustração: Meninos brincando, gravura de Cândido Portinari. Reprodução. Internet


SUMÁRIO


Também nos divertíamos muito, lembrando ditos, expressões e

trovas populares, além de colecionar palavras em desuso na

língua, catadas tanto aos clássicos como aos matutos do

Sul de Minas Gerais.

(Do livro inédito : Pai Véio, um contador de histórias, de Antônio Lobo Guimarães)

 Pelo que respeita à linguagem, tanto culta, como familiar ou popular,

é lá [em Minas Gerais] que me parece estar a feição primitiva.

(Gladstone C. de Melo, linguista e professor, de Campanha, MG,no livro A língua do Brasil)


Apresentação

Série Vocabulário de Aguinhas trata-se de uma coleção de palavras e expressões, típicas de Lambari (MG) e região Sul do Estado de Minas Gerais, utilizadas no livro Menino-Serelepe.

Entre essas palavras e expressões, há algumas que são caracteristicamente lambarienses, como já mostramos aqui.


E quem por aqui do Sul de Minas já não ouviu também estas expressões:

  • Ah, o couro vai comer! (ou andar, ou correr promessa de mãe, quando se aprontava alguma arte
  • Tá pra existir (alguém ou algo assim)  para referir alguém ou alguma coisa diferente ou inusitada
  • Êh dois!  para referir uma dupla de moleques arteiros

Abaixo vai o número 12 da série VOCABULÁRIO DE AGUINHAS.

Confira.

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Vocabulário de Aguinhas

Jacá: Espécie de cesto feito de taquara ou de bambu. Em sentido figurado: roupa ou sapato grandes.

  • Exemplo de uso no livro Menino-Serelepe:

Mais dali a pouco, com as crianças ficando pra trás e o Verinho com um conga jacá que lhe saía toda hora dos pés, tio Rubens falou: — Larga de ser teimoso, Verinho, e me dá essa muchila pesada, que ocê num pode cuma gata pro rabo e fica teimando, querendo carregá esse peso todo!

Reprodução. Internet (www.propagandashistoricas.com.br)


Jangar: Balançar; Jogar. Rodear. Andar jangando. Ficar com o sapato jangando no pé. O peru ficou jangando em torno.

  • Exemplo de uso no livro Menino-Serelepe:

E assim, logo juntamos em frente ao bar do João da Mariaça pra jogar bolinha de gude, às brinca, porque era tudo amigo. Pois foi só botar bolinha na barca, nem deu tempo de jogar a tacadeira no ponto, que o Babão chegou com sua colondria, corpos jangando, encostou-se ao barranco e começou a azucrinar nossa turma.

Jardineira rasga-roupa: Corresponde aos ônibus velhos, com bancos soltando molas, que costumavam rasgar as roupas dos usuários. [Gíria ocorrente em Aguinhas.]

  • Exemplo de uso no livro Menino-Serelepe:

E o fato triste se deu quando a monstrenga da jardineira rasga-roupa de Jesuânia atropelou a Futrica, uma perdigueira ainda filhote, que o tio João vinha ensinando a caçar, pois que o Biriba já trabalhara bastante e estava na hora de pendurar as chuteiras.

Reprodução. Internet. Ônibus antigo Chevrolet na garagem da Util em BH com Waguinho Guitar (https://www.youtube.com/watch?v=qRZm-tmXxMk)


Judeu: Espécie de virado feito com as sobras do almoço.

  • Exemplo de uso no livro Menino-Serelepe:

À noite, pra janta, na terrina: sopa, caldo, canjas; ou mexidão na panela; ou judeu com queijo na frigideira. Num domingo farto, no almoço, angulê; no lanche da tarde, bolo de laranja. (Xii, mãe, o bolo batumou!)

Juízo verde: Pouca experiência. 

  • Exemplo de uso no livro Menino-Serelepe:

​​​​​​​E aí, como em terra de mineiro qualquer bobo aparta o gado, uma professorinha substituta, sem sal e sem gordura, vinda recentemente de outro Estado e de juízo verde na lida com crianças, foi posta para concluir o ano letivo.

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O livro Menino-Serelepe

  (**) Este Vocabulário de Aguinhas faz parte do livro Menino-Serelepe - Um antigo menino levado contando vantagem, de Antônio Lobo Guimarães, pseudônimo com que Antônio Carlos Guimarães (Guima, de Aguinhas) assina a coletânea HISTÓRIAS DE ÁGUINHAS. V. o tópico Livros à Venda.

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Veja os demais números desta Série:

  1. Letra "A" - http://www.guimaguinhas.prosaeverso.net/blog.php?idb=36347
  2. Letra "B" - http://www.guimaguinhas.prosaeverso.net/blog.php?idb=37267
  3. Letra "C" - http://www.guimaguinhas.prosaeverso.net/blog.php?idb=37892
  4. Letra "D" - http://www.guimaguinhas.prosaeverso.net/blog.php?idb=41044
  5. Letra "E" - http://www.guimaguinhas.prosaeverso.net/blog.php?idb=42798
  6. Letra "F" http://www.guimaguinhas.prosaeverso.net/blog.php?idb=43080
  7. Letra "G" - http://www.guimaguinhas.prosaeverso.net/blog.php?idb=44623
  8. Letra "G" - http://www.guimaguinhas.prosaeverso.net/blog.php?idb=43540
  9. Letra "G" - http://www.guimaguinhas.prosaeverso.net/blog.php?idb=48772
  10. Letra Ihttp://www.guimaguinhas.prosaeverso.net/blog.php?idb=53494
  11. Topônimos de Aguinhas http://www.guimaguinhas.prosaeverso.net/blog.php?idb=45064

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Publicado por Guimaguinhas
em 08/10/2019 às 05h21
 
11/08/2019 08h26
ÁGUAS VIRTUOSAS FUTEBOL CLUBE (74) - Vídeos do bicampeonato (1987)

Ilustração: Montagem. Escudo do Águas Virtuosas e bandeira do Cruzeiro, de Pouso Alto, sobrepostos ao logo do SPT (Sistema Pousoaltense de Televisão)


SUMÁRIO


Apresentação

O Campeonato da Liga de São Lourenço de 1987 foi decidido entre o Águas Virtuosas e o Cruzeiro, de Pouso Alto, como sabemos.

Abaixo vai um resumo dessa final e alguns vídeos que ilustram partidas memoráveis entre essas duas equipes.

Confiram.

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O bicampeonato

Dos quatro campeonatos da Liga de São Lourenço que o Águas Virtuosas Futebol Clube conquistou nos anos 1980/90, a decisão do bicampeonato  — contra o time do Cruzeiro, de Pouso Alto — foi a mais sensacional, visto que ocorreram 4 partidas para chegar-se ao campeão.

Confira os resultados:

  • 1°. dez 1987 - em Pouso Alto - 2 a 2
  • 8 dez 1987 - em Lambari - 1 x 1
  • 15 dez 1987  - em São Lourenço - 1 x 1
  • 22 dez 1987 - em São Lourenço - Águas 2 x 0

Pois bem, essa campanha está resumida neste post:

Agora, vídeos de partidas entre essas equipes estão disponíveis no YouTube, como se pode conferir abaixo. 

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Vídeos

No YouTube, canal Histórias de Futebol e outras

Estão estes vídeos:

   Aqui

2 x 0 - Jogo em São Lourenço, em dezembro de 1987

   Aqui

1 x 1 - Jogo em Pouso Alto, em junho de 1987

  Aqui

1 x 1 - Jogo em Lambari em dezembro de 1987

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Referências

  • Facebook/Cruzeiro de Pouso Alto - aqui
  • SPT - Sistema Pousoaltense de Televisão - SPT
  • Canal Youtube - Histórias de Futebol e outras
  • Série Time do Águas Virtuosas - site Guimaguinhas
  •  Time do Águas Virtuosas

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Publicado por Guimaguinhas
em 11/08/2019 às 08h26
 
30/07/2019 07h14
RECANTO DOS NETOS (3) A Casa Gorda e o Coitado do Lobo Mau

Ilustração: Placa indicativa da CASA GORDA - homenagem aos nossos filhos, noras e netos


SUMÁRIO


Apresentação

Como dissemos em post anterior, eu e Celeste tivemos quatro filhos — todos homens — e uma filha de criação. Eles nos deram muitos netos. 

Dois homens (Léo e Rafa) e duas mulheres (Maria Elisa e Isabela). Aqueles estão completando 14 anos (julho), e as meninas estão com 9 e 8 anos (são de julho e agosto). 

Mas chegaram outros... Em outubro de 2015, chegou o Paulo Emílio, em junho de 2016, a Rafaela, em outubro de 2019 chegou Cecília e tempos depois, Gustavo, seu irmão.


  • Vejam estes posts:

Pois bem, hoje, em homenagem aos aniversariantes de junho, julho e agosto, vamos contar a história da Casa Gorda e a Coitado do Lobo Mau.

Vamos lá.

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Uma renca de netos

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A Casa Gorda

Morando em Brasília, Leo e Rafa sempre passam as férias de julho em Lambari, alternando a estadia entre as casas dos avós maternos — Alencar e Beatriz — e paternos — eu e Celeste.

Pois bem, eles deviam ter pouco mais de 3 anos, e estavam na casa dos avós maternos há alguns dias, quando disseram pra sua mãe, Flávia:

— Mããeee, a gente quer ir pra outra casa!

— Outra casa? Que casa, meninos?

— A outra...

— Que outra?...

— Aquela outra...

— A casa da vó Celeste? — Flávia perguntou.

— É... a casa... a casa... a casa gorda! Eles disseram.

No caso, a casa era "gorda", porque era maior do que a da vó Bia (Beatriz).

E assim foi que batizamos a nossa casa, que é mais dos netos do que nossa, de

 


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Celeste, netas e neto, no Alto do Cruzeiro

Rafael e Leonardo, em Brasília

Rafaela e Paulo Emílio, em Brasília

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Coitado do Lobo Mau!

Isabela foi quem escolheu o nome da irmãzinha que iria nascer... E quis que rimasse!

Daí veio a Rafaela — uma menininha esperta e... mandona! E que demorou a falar, mas hoje, três anos completados, fala pelos cotovelos!

Pois bem, vejam o que essa menina aprontou com o pobre do Lobo Mau:

Nesse último dia das mães, fomos almoçar no Restaurante do Gerardo, em Nova Baden. Estavam presentes os pais e avós de Rafaela e Isabela, e logo terminou o almoço saí para dar um passeio com as meninas, e fomos por uma estradinha em direção ao Horto Florestal.

E fui conversando e lhes mostrando as árvores, o ribeirão, a mata, os pássaros, os insetos. Já estávamos distantes do restaurante, quando Rafaela insistiu que entrássemos numa pequena mata que havia a beira da estrada. E eu fiz o que todo avô faz numa hora dessas, e disse:

— Aí não, minha filha! Aí mora o Lobo Mau!

E ela me respondeu na lata:

— Num tem perigo não, vovô! Eu sou amiga do Lobo Mau!

— Amiga?! perguntei intrigado.

— Sim. Eu disse pra ele: — Cê num vai mais comer a vó Celeste, nem vó Mara, nem vô Guimão, nem vô Paulão, nem minha irmã, viu?

É..., filha...??? — eu disse. — E o que o Lobo Mau respondeu? — perguntei.

Tá bããaoooo!!!... Ela disse num tom elevado, bravo e conformado...

De volta a casa, contei a história pro restante da família e tornei a perguntar à Rafaela o que o Lobo Mau dissera, esperando que ela confirmasse a história: 

E o que o Lobo Mau respondeu, Rafa?

E ela tornou do mesmo modo, mas com as seguintes palavras:

 Pôooxaaa!!!...

Pobre Lobo Mau, já não te respeitam mais!


Olhem só a cara do lobo: — Pobre Lobo Mau, já não te respeitam mais! [*]

 

[*] Reprodução. Fonte: Biblioteca Mario de Andrade expõe obras

infantis rarasRevista Exame.28/05/2019. Disponível aqui


Dizem que o Lobo Mau que anda por aí, bonzinho, contando

histórias para criançada, é o tal Lobo amansado pela Rafa...

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Referências

Estas e outras histórias estão no segundo livro que Celeste Krauss está escrevendo sobre os netos.

Como se recorda, ela já escreveu

que pode ser baixado gratuitamente neste link:

https://rl.art.br/arquivos/4273942.pdf?1402659908

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Série RECANTO DOS NETOS

 

Confira os posts já publicados:

  1. Netos e livros
  2. Netos musicais
  3. Coitado do Lobo Mau
  4. A Casa Gorda
  5. O monstro da antena
  6. As profissões de Maria
  7. Cecília chegou!
  8. Os gols do Paulinho
  9. O vocabulário da Rafa
  10. Desenhos, leituras e contação de histórias
  11. Histórias assustadoras da Vó Celeste
  12. Ano Novo na Casa Gorda/Shangrilá
  13. Chuva feia na Casa Gorda
  14. Um "estranho animal" visita a Casa Gorda
  15. Vai morar com os "arrenígenas"...

Confira os áudios vinculados aos posts:

  1. (12) Chuva feia na Casa Gorda (1)
  2. (12) Chuva feia na Casa Gorda (2)
  3. (12) Chuva feia na Casa Gorda (3)
  4. (13) Um "estranho animal" (1)
  5. (13) Um "estranho animal" (2)

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Publicado por Guimaguinhas
em 30/07/2019 às 07h14
Página 27 de 108

Espaço Francisco de Paula Vítor (Padre Vítor)

 

Aprendizado Espírita Net

 

 

PEQUENA HISTÓRIA DE ÁGUAS VIRTUOSAS DE LAMBAR... R$ 86,87
A FACE DESCONHECIDA DA MEDIUNIDADE - A sensib... R$ 29,78
A Guerra das Espingardinhas R$ 35,19
LIVROS/E-BOOKS DO AUTOR NA UICLAP E AMAZON/KI... R$ 1,00
As Águas Virtuosas de Lambari e a devoção a N... R$ 22,87
Os Curadores do Senhor R$ 36,40
Abigail [Mediunidade e redenção] R$ 33,55
Menino-Serelepe R$ 41,35
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