Guimagüinhas
Memórias familiares e de minha terra natal
Meu Diário
21/06/2013 05h00
A Seleção em Aguinhas - Caderneta de autógrafos

Já transcrevi aqui alguns trechos do livro Menino-Serelepe* contando a natural ebulição que acometeu a meninada de Aguinhas à busca de autógrafos dos craques da Seleção de 66, quando de sua temporada em Lambari. (1)

Eu - entre dezenas de outros - fui um desses meninos, ou como narrei:

A garotada de Aguinhas, do mesmo modo que todas as crianças do mundo, vivia também acotovelada à entrada do Hotel Itaici, no costumeiro empurra-empurra, olhos fixos na portaria, na expectativa de qualquer um que pudesse dar-lhes um autógrafo. Munido de uma pequena caderneta, eu estava lá também...

...........
Fui me aproximando, rondando, cismado, com medo de interromper a conversa, e sem sacar do bolso os equipamentos daquele novo esporte que inflamara os miúdos de Aguinhas: disputar autógrafos dos craques da Seleção.
...........
 
E, claro, consegui o autógrafo de todos os jogadores da Seleção:
 
No dia em que a Seleção deixou Aguinhas, minha caderneta preciosa já registrava os históricos quarenta e sete autógrafos.
 
Mas registrei também como se deu a inestimável perda desse meu tesouro:
 
Infelizmente, quando mãe teve de vender um velho tager para o tio Messias, com ele foi a minha suada coletânea, que nunca mais ninguém viu.
...........
O tager se foi, e com ele minha caderneta de autógrafos da Seleção de 66...
 

Pois bem, desde essa época eu jamais vira novamente qualquer caderneta ou coletânea de autógrafos desses jogadores.

Isso até a data de hoje, pois acabo de receber um e-mail de André Gesualdi, no qual ele diz

Recentemente olhando minha coleção de plásticos achei este de 66 com autógrafos no verso do Pelé, Bellini, Altair...

E me encaminhou cópia dessa preciosidade, que compartilho com os amigos deste site:


                      

                     


Vocabulário de Aguinhas

Tager: Etager = móvel, cômoda. [A pronúncia corrente era tager.]

Nota:  André Gesualdi já apareceu aqui neste espaço virtual. É o ponta-direita do time Mirim do Águas, cuja foto está neste link:

http://www.guimaguinhas.prosaeverso.net/blog.php?idb=37017


(1) Ver os posts: 

- Autógrafos de Pelé e Garrincha - http://www.guimaguinhas.prosaeverso.net/blog.php?idb=37578

A Seleção em Aguinhas: http://www.guimaguinhas.prosaeverso.net/visualizar.php?idt=4179693

AVFC - Visitantes ilustres: http://www.guimaguinhas.prosaeverso.net/blog.php?idb=36972

 


(**) Esta narrativa faz parte do livro Menino-Serelepe - Um antigo menino levado contando vantagem, uma ficção baseada em fatos reais da vida do autor, numa cidadezinha do interior de Minas Gerais, nos anos 1960.

O livro é de autoria de Antônio Lobo Guimarães, pseudônimo com que Antônio Carlos Guimarães (Guima, de Aguinhas) assina a série MEMÓRIAS DE ÁGUINHAS. Veja acima o tópico Livros à Venda.

 

Publicado por Guimaguinhas
em 21/06/2013 às 05h00
 
20/06/2013 14h43
O PARQUE DAS ÁGUAS (3)

Aguinhas velha

Com a criação da Hidrominas - Águas Minerais de Minas Gerais S/A, em 17/05/1961, as estâncias hidrominerais do Estado passaram a ser administradas por essa estatal.

Diz o memorialista José Nicolau Miléo que, na época em que o Parque das Águas estava sob a direção da Hidrominas, o pavilhão construído quando da captação das águas, corroído pelo tempo, e imprestável, veio a ser substituído e o parque totalmente reformado. (1)

As fotos abaixo registram momentos anteriores, contemporâneos e posteriores a essa reforma.


O Pavilhão construído na gestão da Hidrominas

Vista das Fontes, anos 1950

Vista das  Fontes n. 1 e 2 (perto dos anos 1970)

A  Fonte n. 5


Copos - uma antiga tradição

Anúncio de copos em 1898

Jornal A Peleja - Águas Virtuosas - 15/05/1898

 

COPOS DE ÁGUA

Os copos de tirar água na fonte são uma tradição antiga, como se vê do anúncio acima. Os da minha época - anos 1960/70 eram os de cristal ou vidro, decorados e chiques, ou os mais simples, feitos de plástico.

Durante muitos anos, funcionou no Pavilhão das Fontes um serviço de guarda-copos, no qual os particulares - ou famílias - guardavam seus copos. Nos escaninhos numerados, famílias tradicionais depositavam finos copos com nomes gravados.

CENA ANTIGA

Por aqueles tempos, a cena seguinte constituía um programa de  manhã de domingo:

As famílias saíam das igrejas, após a missa ou o culto, retiravam os copos e saboreavam a água colhidas às fontes. Depois, misturadas aos veranistas, passeavam pelo Parque, entrevendo amigos e conhecidos, ou sentavam-se nos bancos de madeira, enquanto as crianças corriam pelas alamedas e brincavam pelos jardins...

      

Água engarrafada pela

Hidrominas, por

essa época.

 

 

Antiga casa de copos no Parque das Águas. Reprodução. Fonte: Facebook


Guarda copos no Parque das Águas. Reprodução. Fonte: Kit Miranda/Facebook


Alameda do Parque das Águas, antes da reforma da Hidrominas

Alameda do Parque das Águas uma vista mais recente


Três momentos do Coreto do Parque

Vista

antiga do

Coreto do Parque

 

Vista do

Coreto do Parque

Anos antes da reforma da Hidrominas

Vista 

do

Coreto do Parque

(anos 2000)


Vista do

Parque das Águas 

após reforma da Hidrominas

Vista do

Parque das Águas 

após reforma da Hidrominas

Pavilhão das Fontes 

após reforma da Hidrominas

Vista interna do

Pavilhão das Fontes

após reforma da Hidrominas


Vista do

Pavilhão das Fontes

 

Após última

reforma

(anos 1990)

Vista da

área de lojas no 

Parque das Águas 

 

Após última 

reforma 

(anos 1990)

Vista das 

Fontes das Águas 

 

Após última 

reforma 

(anos 1990)


(1) MILÉO, José Nicolau. Ruas de Lambari. Guaratinguetá, SP : Graficávila, 1a. edição, 1970, p. 26.

Fonte das fotos:

- Foto Teixeira (Lambari, MG); Foto São Luiz (Lambari, MG); Casa José Silva (Cambuquira, MG); Facebook/Lambari em Textos e Fotos; e coletânea de postais do autor


(1) A 1a. e 2a. partes desta série estão nos links abaixo:

http://www.guimaguinhas.prosaeverso.net/blog.php?idb=37704

http://www.guimaguinhas.prosaeverso.net/blog.php?idb=37712

 

Publicado por Guimaguinhas
em 20/06/2013 às 14h43
 
19/06/2013 21h38
O PARQUE DAS ÁGUAS (2)

Aguinhas de antigamente


Sumário


O primeiro Pavilhão das Fontes

Após as obras de captação e separação das nascentes das águas, ocorridas em 1905/1906, o velho prédio que protegia o poço, construído em 1865, foi demolido e em seu lugar se ergueu vistoso pavilhão mourisco para proteger as atuais fontes. (1)

Próximo do pavilhão, foram construídas as instalações para o engarrafamento das águas.


 

                                   Pavilhão das Fontes. Ao fundo, galpão de engarrafamento (1905)

 Turistas, no Parque das Águas. Anos 1880

Uma antiga vista do Parque das Águas (ao fundo). No primeiro plano, a Praça da Liberdade


Parque das Águas - Anos 1900/1910 - Reprodução. Fontes: Museu Américo Werneck - APM

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Arquivo Público Mineiro

Visão do site do 

Arquivo Público Mineiro

 

Neste site podem ser

pesquisados arquivos, jornais,

fotos e textos

sobre a história de Águas

Virtuosas/Lambari

http://www.siaapm.cultura.mg.gov.br/

 

 

Veja fotos antigas de Águas Virtuosas/Lambari, clicando os links a seguir.

Entrada do Parque das Águas (1)

Entrada do Parque das Águas (2)

Vista parcial do Parque das Águas

Vista do Pavilhão das Águas

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A era Werneck

Na década de 1890, Américo Werneck se fixou em Águas Virtuosas e, juntamente com Garção Stockler e João Bráulio Júnior, passou a lutar pelo desenvolvimento da estância. Em 1898, João Bráulio reelegeu-se deputado e Américo Werneck tornou-se Secretário de Agricultura do Estado, tendo passado também rapidamente pela Prefeitura de Belo Horizonte. (2)
 
A partir do governo de Silviano Brandão (1898), o Governo de Minas passou a incentivar o desenvolvimento das estâncias hidrominerais, investindo em seu melhoramento e embelezamento. Inicialmente esquecida, a estância de Lambary veio a receber, contudo, substancial investimento a partir de 1909, quando foi criada a Prefeitura do Município e Américo Werneck nomeado o primeiro prefeito, com a missão de dar continuidade às obras de melhoramento e torná-la um moderno complexo hidromineral. (3)
 
E coube, assim, a Werneck a execução do plano de saneamento e de urbanização da cidade, a construção do Cassino, do Parque Wenceslau Braz, do Farol do Lago, do Lago Guanabara e do aumento do Parque das Águas, da Fábrica de Gelo, da instalação da Rede Elétrica. (4)

Veja também

Sobre essas obras de Américo Werneck, veja também:

  • As obras fundadoras de LambariAQUI
  • Inauguração das obras de Werneck: AQUI
  • Inauguração da "Vichy Brazileira" - AQUI e AQUI
  • Os planos de Américo Werneck para a estância hidromineral de Águas Virtuosas - AQUI  e   AQUI
  • Fotos históricas da inauguração das obras de Werneck em Águas Virtuosas - AQUI
 

O embelezamento da estância do Lambary

Ainda sobre esse tema, veja-se o trabalho de Francislei Lima da Silva, em que o autor estuda como se deu o processo do chamado aformoseamento da estância de Águas Virtuosas.

Nesse texto acadêmico, o autor também ilustra e discorre sobre

projetos decorativos para os parques e jardins, com temas para fontes, pavilhões e prédios idealizados no programa de obras para embelezamento da estância do Lambary, pela empresa de Arquitetura do Rio de Janeiro: Poley & Ferreira, a pedido do próprio Werneck em seu mandato como prefeito em 1909.

Como se sabe, com as verbas já garantidas pelo Estado para a construção da Estância de Águas Virtuosas, Américo Werneck partiu para a Europa em circuito turístico pelas estâncias hidrominerais do Velho Mundo, e de lá voltou cheio de ideias que a firma Poley & Ferreira transformou em requintados projetos.

 

Fonte do Novo Parque   

   

Novo Pavilhão

Blueprints* de alguns projetos encomendados por Américo Werneck.

(*) O nome blueprint deriva desse papel azul utilizado em projetos de arquitetura e engenharia.


SILVA, Francislei Lima da. Monumentos da água no Brasil: Pavilhões, fontes e chafarizes nas estâncias Sul Mineiras (1880-1925) [Dissertação (Mestrado em História) – Universidade Federal de Juiz de Fora, Juiz de Fora, 2012.

Disponível em: http://www.ufjf.br/ppghistoria/files/2011/01/Francislei-Lima-da-Silva.pdf    - Consultado em 16, jun. 2013.

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Fotos

 Ao centro, o Parque das Águas, nos anos 1920

 Pavilhão das Fontes (1920)

Vista interna do Parque das Águas

 Trecho do Parque das Águas
 
 A Fábrica de Gelo e, ao lado, o Mercado de Flores.  [5]
 
 Mercado de Flores, visto do interior do Parque das Águas

Vídeos

No vídeo abaixo, dos anos 1950, pode-se se ver [entre 05:00/06:00 min] um filme sobre o Congresso Eucarístico realizado em Lambari, no qual aparecem autoridades eclesiásticas visitando o Parque das Águas e tomando água nas fontes.

VÍDEOS - Lambari - Ano de 1955

https://www.youtube.com/watch?v=SJ4bRbbOe1k  

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Referências bibliográficas

(1) MILÉO, José N. Ruas de Lambari. Guaratinguetá, SP : Graficávila, 1a. edição, 1970, p. 26.

(2) Para ver algumas informações biográficas de Américo Werneck, clique este link: http://www.guimaguinhas.prosaeverso.net/blog.php?idb=36346

(3) CASTILHO, Fábio Francisco de Almeida. A Construção da Estância Balneária de Águas Virtuosas. In Como Esaú e Jacó: as oligarquias sul-mineiras no final do Império e Primeira República. Tese (Doutorado em História). Universidade Estadua Paulista, 2012, págs.123/153. - Disponível em http://www.franca.unesp.br/Home/Pos-graduacao/FABIO.pdf - Visitado em 16, jun, 2013.

(4) MILÉO, op. cit., p. 35.

(5) "Por ocasião das grandes obras efetuadas pelo prefeito Américo Werneck, o parque foi muito aumentado e foram construídos, na área do parque, prédios (mercado de flores e fábrica de gelo) que jamais entraram em funcionamento." [MILÉO, op. cit., p. 26.]


(*) Como se sabe, a polêmica que envolveu Américo Werneck e o Governo de Minas, iniciada em 29/07/1913, foi muito prejudicial ao desenvolvimento de Lambari.

Veja neste link um texto sobre esse caso, que ficou conhecido nacionalmente como Questão Minas X Werneckhttp://www.guimaguinhas.prosaeverso.net/visualizar.php?idt=4299669


Fonte das fotos:

  • Museu Américo Werneck c
  • Coletânea de postais do autor.

(a) A 1a. parte desta série está neste link: 

http://www.guimaguinhas.prosaeverso.net/blog.php?idb=37704

(b) A 3a. parte e última parte desta série está neste link: 

http://www.guimaguinhas.prosaeverso.net/blog.php?idb=37718

 


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Publicado por Guimaguinhas
em 19/06/2013 às 21h38
 
19/06/2013 07h29
O PARQUE DAS ÁGUAS (1) - Índice da Série Parque das Águas

Apresentação

Este post sobre o Parque das Águas inicia a Série Parque das Águas, cujo índice vai ao pé desta página.


Sumário


O Parque das Águas (1)

As pessoas que precisarem usar das águas minerais do Lambary devem ficar sabendo que, partindo da corte, lhes é indispensável tomar o expresso que sai do Rio de Janeiro às 5 horas da manhã, indo ter à estação do Cruzeiro, onde tomarão os carros da (Estrada de Ferro) Minas e Rio até a estação de Contendas.Daí a viagem far-se-á a cavalo ou de liteira, em bons caminhos, que tem de extensão pouco mais de 5 léguas, até a povoação das Águas.

Para não alongar demais a viagem convém que os doentes só deixem a Conceição do 
Rio Verde, que é onde está a estação de Contendas, na manhã do dia seguinte.
Nas Águas do Lambary encontra-se facilmente quem forneça as conduções precisas, 
do modo que for exigido, por preço cômodo, e a redação deste periódico dá à 
respeito as informações que lhe forem solicitadas
 
(Do periódico Águas Virtuosas, de 1884)

Aguinhas de antigamente

Apresentação

Nesta série Parque das Águas, vamos fazer breve histórico sobre a origem de nossas águas minerais, da criação da vila, das primeiras fontes, da captação realizada em 1905/06, das obras de Américo Werneck e das remodelações e reformas por que o parque passou.

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Histórico do município de Lambari

Para informações acerca do surgimento da povoação e da cronologia de Águas Virtuosas de Lambari — a descoberta das águas, o surgimento e evolução da vila, as primeiras obras de saneamento, a captação inicial das águas e as primeiras pesquisas sobre sua natureza curativa — pode-se acessar estes textos:

A história da formação cidade de Lambari é conhecida basicamente pelas obras dos memorialistas José Nicolau Mileo, Armindo Martins e João Carrozzo. (*) 

A documentação ainda existente encontra-se, principalmente, no Instituto Histórico e Geográfico de Campanha, no Museu Américo Werneck e no Arquivo Público Mineiro. (**) 

  

Centro da vila - meados Século XIX.

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As fontes das águas de Lambari 

A partir de 1840, surgiram os primeiros trabalhos médicos sobre as águas virtuosas [1], mas, mesmo assim, até 1880, suas propriedades curativas eram quase desconhecidas do mundo médico e do público em geral. [2]

Em 1872, o Dr. Eustáquio Garção Stockler fixou residência na então povoação das Águas, e durante os anos de 1884 e 1885 realizou intensa propaganda acerca das virtudes da água, criando para isso um periódico quinzenal intitulado Águas Virtuosas.

Em 1888, lei estadual conferiu-lhe o direito de exploração das águas, e em sua gestão foi reformado o estabelecimento hidroterápico, que, inaugurado em 1872, jamais entrara em funcionamento e aumentada a área do parque das fontes, formando o respectivo jardim. Stockler fundou também a primeira empresa exportadora das águas e formou a temporada de veraneio (de janeiro a março e de setembro a dezembro). [3]

 

Pavilhão protetor do poço da água (1865) [4]


A seguir, a Companhia União Industrial do Brasil, que explorava comercialmente as águas, realizou, por volta de 1894, a construção do galpão de engarrafamento, a instalação das máquinas de gaseificação, a cobertura das fontes, a instalação de banheiras e outros serviços, o aumento e cercamento do parque por grades de ferro. [5] [6]

Em 25 de janeiro de 1895, a Empresa de Águas Minerais Lambari-Cambuquira assinou contrato para exploração das águas; tal empreendimento durou até princípio de 1904, quando a empresa entrou em liquidação forçada. E, por essa razão, em 18 de maio de 1906, mediante o Decreto n. 1903, o Governo do Estado encampou os bens e direitos da empresa, entre eles — o parque, o balneário (com duchas, banheiras, mobiliário), o cassino (existente dentro do recinto do parque), as fontes recentemente captadas, o galpão de engarrafamento e os terrenos, casas e benfeitorias anexos à fonte do parque.


Uma vista antiga do Parque das Águas

            

O balneário  

                                             

Máquinas de gaseificação

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A evolução do espaço em torno das nascentes

Em 1834, os poços das duas nascentes de águas minerais não possuíam nenhuma proteção e se localizavam em um largo denominado Largo da Fonte. Com as chuvas, os poços costumavam ser invadidos pelas águas do Ribeirão Lambarizinho (atualmente, Mumbuca).

Em 1850, os poços foram protegidos por esteiras, para evitar a queda de pequenos animais. [7] Em 1860, deu-se o desvio do Rio Mumbuca, então vizinho às fontes.  [8]

Na segunda metade da década de 1860, o Largo da Fonte foi reformado e melhorado, e as duas nascentes foram reunidas em um único poço, abrigado em prédio ladrilhado, coberto de telhas e protegido por grades de ferro. Então, ajardinou-se o Largo, construiu-se um pequeno chafariz e deu-se início à construção do balneário. Com essas melhorias, o Largo da Fonte passou a ser chamado de Praça dos Poços.  [7]

Em 1888, quando Garção Stockler era o concessionário das águas, a Praça dos Poços foi cercada com grades de ferros e o balneário foi reformado e posto em funcionamento. A partir daí passou o complexo passou a ser denominado de Parque das Águas. [7]

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A captação e separação das águas

A captação das águas, separadamente por nascentes, porém reunidas sob um só pavilhão, foi feita pelo engenheiro Dr. Benjamin Jacob, no ano de 1905. [9]

Nesse trabalho, Jacob recebeu ajuda do prático Venancinho da Rocha Figueiredo. Esse Venancinho trata-se certamente do mesmo Venâncio da Rocha Figueiredo Junior, que trabalhou na separação das águas minerais do parque de Caxambu. [10]

Vejamos como se deu a perfuração do solo e a captação das águas, com base em informações colhidas em José N. Miléo [11] e fotos do Museu Américo Werneck.

(As fotos originais foram colorizadas por computador)


 

1a. FASE: 

 

Proteção e separação das

nascentes 

situadas em plena rocha

a 8 metros de 

profundidade.


  

2a. FASE

As águas das fontes n. 1 e 2 já

trazidas à superfície por intermédio de

manilhas de 8 polegadas.

 

Vê-se no primeiro plano,

o engenheiro Benjamin Jacob 

 

  

3a. FASE

 

Base das fontes n. 1 e 2, vendo-se

também as manilhas que canalizam

para o ribeirão Mumbuca a água que

jorra dia e noite

 

 

O registro fotográfico dessas obras de

canalização das águas das

nascentes,  separadas cada uma  

conforme a sua propriedade

   terapêutica, foi realizado por João

Gomes D'Almeida, supervisionado pela 

equipe de Benjamin Jacob,  Eles foram

os  primeiros profissionais a

efetuarem esse trabalho com recursos

e técnicas modernos. (***)

Sobre essas fotos, confira este post (aqui)

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(*) Livros sobre a história de Lambari

MARTINS, Armindo. Lambari - A cidade das Águas Virtuosas. 1a. edição, 1949; 

MILÉO, José Nicolau. A água mineral de Lambari. Cruzeiro, SP : Grafica Liberdade, 3a. edição, 1968.

MILÉO, José Nicolau. Subsídios para a história de Lambari. Guaratinguetá, SP : Graficávila, 1a. edição, 1970a; 

MILÉO, José Nicolau. Ruas de Lambari. Guaratinguetá, SP : Graficávila, 1a. edição, 1970b.

CARROZZO, João. História cronológica de Lambari. Piracicaba, SP : Shekinah Editora e Gráfica, 1988.

Para conhecer uma bibliografia sobre a cidade de Lambari, leia este texto: 

http://www.guimaguinhas.prosaeverso.net/blog.php?idb=37327

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(**) Documentação sobre a história de Lambari

Instituto Histórico e Geográfico de Campanha: 

http://istoecampanha.blogspot.com.br/2011/06/instituto-historico-e-geografico-da.html

Museu Américo Werneck: http://www.guimaguinhas.prosaeverso.net/blog.php?idb=36378

Arquivo Público Mineiro: http://www.siaapm.cultura.mg.gov.br/


(***) Monografia sobre o embelezamento de Lambari

SILVA, Francislei Lima da. Monumentos da água no Brasil: Pavilhões, fontes e chafarizes nas estâncias Sul Mineiras (1880-1925) [Dissertação (Mestrado em História) – Universidade Federal de Juiz de Fora, Juiz de Fora, 2012. Disponível em: http://www.ufjf.br/ppghistoria/files/2011/01/Francislei-Lima-da-Silva.pdf    - Consultado em 16, jun. 2013.


Referências bibliográficas do texto acima

(1) MILÉO, 1968, págs. 45/51;

(2) MARTINS, 1949, p. 45; 

(3) MILÉO, 1970b, p. 49; 

(4) MILÉO, 1970a, p. 93; 

(5) MARTINS, 1949, p. 47; 

(6) MILÉO, 1970a, p. 124; 

(7) MILÉO, 1970b, págs. 25-26; 

(8) CARROZO, 1998, p. 72; 

(9) MARTINS, 1949, p. 49; 

(10) https://familiaayresontemhojesempre.blogspot.com/2017/03/a-fonte-duque-de-saxe-de-caxambu-e-sua.html

(11) MILÉO, 1968, págs. 29/35. 


Fonte das fotos: Museu Américo Werneck


Índice da Série Parque das Águas

A 2a. e 3a. partes desta série estão nos links abaixo:


Veja também

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Publicado por Guimaguinhas
em 19/06/2013 às 07h29
 
18/06/2013 11h04
Águas Virtuosas Futebol Clube (22) - Craques (5b) - Betinho

Nos anos 1970, Betinho atuou pelo Vasquinho (final dos anos 1970 e ano de 1971) e GRABI (1972 a 1974). Jogou ainda pelo Cruzeiro (Azulão), em alguns campeonatos internos de futebol de campo e de salão, isso nos anos 1980.

Tecnicamente, Betinho figura entre os maiores jogadores de Lambari que vi atuar. Um pé esquerdo dos mais habilidosos - no drible curto, no lançamento longo, nos chutes da linha média, nas batidas colocadas em faltas próximas da área.

Vejamos as fotos dessa fase:


Vasquinho dos início dos anos 1970

Em pé: Geraldo, Augusto, Hélio Fernandes, Cabritinho, Chanchinha, Gil, Zé Carlos, Tinz, Delém, Zé Aírton, Zé Roberto (árbitro). Agachados: Alemão, Zezé Gregatti, Sérgio, Chá, Walmando, Betinho, Zoinho e Jaime.

Vasquinho de 1971

Em pé: Augusto, Adão, Fábio, Delém, Chá, Celinho e Alemão. Agachados: Tinz, Alencar, Sérgio, Betinho e Tatá.

GRABI anos 1970

Baiano, Tinz, Betinho, Fábio, Delém e Chá. Agachados: Jorginho, Adílson, Marquinhos, Tatá e Coador.

Tatá, Egberto e Betinho - GRABI anos 70

Campeonatos internos anos 1980

Campeonato interno (1984). Na foto, entre outros: Márcio, Chiquinho, Sérgio e Elizeu. Agachados: Ró, Gláucio, Betinho e Olavo.

Futebol de salão (1981). Em pé: Lambari, Dimas, Luizinho, Betinho, Tucci, Celinha e Biguá. Agachados: Rubens Nélson, Flavinho, Kit, Juninho e Picolé.

Em pé:  Tucci, Betinho, Dimas, Helio da Helimar e Lambari. Agachados: Rubens Nélson, Luizinho, Heitor, Helinho.

Atuando por outros times

Campeão em Heliodora, nos anos 1950. Na foto, entre outros: Chanchinha, Chanchão, Walmando e Betinho

Em Cambuquira. Na foto, entre outros: Rogério, Mulato (goleiro) e Betinho.


(*) Veja a primeira parte deste post aqui:

Craques (5a) - Betinho - http://www.guimaguinhas.prosaeverso.net/blog.php?idb=37693

Publicado por Guimaguinhas
em 18/06/2013 às 11h04
Página 97 de 111

Espaço Francisco de Paula Vítor (Padre Vítor)

 

Aprendizado Espírita Net

 

 

PEQUENA HISTÓRIA DE ÁGUAS VIRTUOSAS DE LAMBAR... R$ 86,87
A FACE DESCONHECIDA DA MEDIUNIDADE - A sensib... R$ 29,78
A Guerra das Espingardinhas R$ 35,19
LIVROS/E-BOOKS DO AUTOR NA UICLAP E AMAZON/KI... R$ 1,00
As Águas Virtuosas de Lambari e a devoção a N... R$ 22,87
Os Curadores do Senhor R$ 36,40
Abigail [Mediunidade e redenção] R$ 33,55
Menino-Serelepe R$ 41,35
Site do Escritor criado por Recanto das Letras

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