Ilustração: Uma farmácia antiga. Reprodução colorizada (da Internet)
O farmacêutico e sua botica, suas fórmulas, seus unguentos, suas pílulas, esses são vencidos pela aluvião de novas especialidades. A botica antiquada e seu profissional que sabia examinar o paciente, descobrir-lhe os males mais corriqueiros e formular os remédios, quase uma instituição de utilidade pública nos bairros das cidades grandes e nas cidadezinhas do interior, vão lentamente desaparecendo.
(Trecho do livro OS CURADORES DO SENHOR, de Antônio Lobo Guimarães)
Já postei neste espaço virtual um texto sobre minha experiência de "farmaceiro", isto é, mistura de "caixeiro de farmácia" com "aprendiz de farmacêutico" (aqui).
Guima, na Farmácia S. Antônio (Anos 1960)
São recordações da Farmácia Santo Antônio, onde trabalharam (e se aposentaram) meu pai (Dé da Farmácia) e meu tio João Guimarães, seu irmão.
Dé e João, ainda meninos, iniciaram sua prática em farmácia nos anos 1940/1950, na então Fharmácia da Empreza, de propriedade de Osvaldo Lisboa. Esse era filho de João de Almeida Lisboa, também farmacêutico, que se instalara em Águas Virtuosas no final do Século XIX.
O memorialista José N. Mileo (1) registrou a presença dos seguintes farmacêuticos em Águas Virtuosas, no ano de 1898:
E desde o final do Século XIX-início Século XX, as farmácias de Lambari já faziam suas propagandas:
(1) Jornal A Peleja (1898)
(2) Livro Águas Virtuosas de Lambary (1918)
Reprodução
(3) Livro Lambari, Cidade das Águas Virtuosas (1949)
A farmácia do Dr. Mário Santoro (casado com D. Maria Rita Pereira Santoro, professora de português de gerações de lambarienses, e que dá nome ao ginásio da cidade) situava-se na esquina da Rua São Paulo com Garção Stockler, onde hoje é a casa de Henrique Carvalho/Branca Valério. Posteriormente, instalou-se no mesmo local a Farmácia São José, de Aluísio Junho.
Farmácia São José. Na foto: Aluísio, Raul e Fabiano Krauss, ladeando Aluísio Junho (de terno). Abaixo, de chapéu, o fotógrafo Vicente Teixeira Dias (anos 1950)
Farmácias Rian e Santo Antônio
Nos anos 60/70, coexistiram as Farmácias São José, Santo Antônio e Rian. Essa, de propriedade de Alcino Leite, situava-se na esquina da Rua São Paulo (atual Wadih Bacha) com Rua Tiradentes (antigo prédio do Hotel Rosário, em frente ao Banco do Brasil, onde também funcionou, posteriormente, a Farmácia Santo Antônio).
A Farmácia Santo Antônio. Fonte: Lambari em Textos e Fotos
Selma (no caixa), tendo ao lado Marlene e Toninha.
Hugo, Cristina Viola e Alcino Leite, na Farmácia Rian
Índice da Série Farmácias de Aguinhas
(1) MILÉO, José N. Subsídios para a história de Lambari. Guaratinguetá, SP : Graficávila, 1970, p. 135.
- MARTINS, Armindo. Lambari - Cidadade das Águas Virtuosas. 1949
- CAPRI, Roberto. Aguas Virtuosas de Lambary, 1918
- Jornal A Peleja - 1898
- Facebook/Lambari em fotos e textos
Uma resenha do livro Os Curadores do Senhor, também de Antônio Lobo Guimarães, pode ser lida aqui:
http://www.guimaguinhas.prosaeverso.net/visualizar.php?idt=4268569