Ilustração: Montagem. Logos de indústrias de Lambari, MG, distribuídos em torno de uma propaganda latões de leite da ABI com o logo das Indústrias Annunciato de Biaso Irmãos (ABI) [Propaganda no Jornal Correio da Manhã, Rio]
Este post traz um resumo histórico da origem e produção de equipamentos e máquinas de aço inoxidável na cidade de Lambari, e bem assim das Indústrias ABI, cujo pioneirismo, expertise e know how deram origem a diversas outros empreendimentos, que tornaram nossa cidade conhecida pela grande concentração da indústria de lácteos e como um polo nacional do aço e do inox.
Ao final, vão mencionadas também outras indústrias de Lambari, dos ramos de fibra de vidro, plásticos, caldeiras e artefatos de papel.
Vamos lá!
A história da Família Biaso, em Lambari, MG, e da Indústria ABI fundada pela família em 1913, começa com o patriarca Francesco de Biase, nascido em 1863, em Vinchiaturo, região do Molise, província de Campobasso.
Francesco veio para o Brasil, ainda jovem, na década de 1890. Em 1895, Francesco casou-se com Maria Paschoalina Miléo, também italiana, oriunda da Brasilicata.
Dessa união nasceram 8 filhos: Annunciato, Maria, Miguel, Luiz, Tereza, Egídio, Ângelo e Antônio, tendo a família adotado o sobrenome Biaso.
Francesco trabalhou como caldeireiro e funileiro e iniciou os filhos na profissão. [1].
Em 1913, contava Annunciato com 18 anos quando, em conjunto com seus irmãos Miguel e Luiz, fundou a ABI - Annunciato Biaso Irmãos S/A, uma fábrica de latões para leite.
Durante décadas, os vasilhames e utensílios para indústria de laticínios produzidos pela ABI foram feitos de aço revestido por uma dupla camada de estanho (aço estanhado).
Lata de aço estanhado de 30 litros
E, além dos vasilhames tradicionais, a ABI produziu e reformou outros tipos de equipamentos: resfriadores, pasteurizadores, depósitos.
José cantuária , Jorge Muquem (irmão Domingos), Hélcio (filho de Domingos), Daniel Lemos, Kadimiel Canelhas.
Agachados: Adilson Valeriano (sobrinho de Domingos), José Pacheco (compadre de Domingos) e Domingos do Espírito Santo, segurando uma peça da máquina batedeira de manteiga de aço inoxidável, produzida pela ABI.
ABI — meu primeiro emprego com carteira assinada
Em 1963, a ABI foi vendida para o grupo paulista Guarany, e os irmãos Annunciato de Biaso Filho (Tatinho) Oswaldo de Biaso (Wadinho) constituíram a Biasinox, associando seu conhecimento tecnológico de longa data ao aço inoxidável em projetos e fabricação de utensílios e máquinas para a indústria de processamento de leite, e, posteriormente, também dos ramos alimentício, químico, farmacêutico e outros.
E foram o know-how e a expertise [3] das Indústrias ABI no desenvolvimento de projetos e na produção de utensílios, equipamentos e maquinaria para laticínios que deram origem a diversas outras indústrias do ramo existentes hoje em Lambari, a maioria delas criadas por ex-funcionários daquela fábrica pioneira.
ABI - UMA HISTÓRIA DE 100 ANOS
Conheça a história das Indústrias ABI — o primeiro imigrante, a fundação da ABI, em 1913, a diversificação dos negócios, a venda da ABI e a fundação da BIASINOX — e mais fotos, reportagens e vídeos.
Como ficou dito acima, com a venda da ABI em 1963, a família Biaso — com o know-how e a expertise acumulados durante os 50 anos em que ficou à frente da empresa pioneira — fundou a Biasinox, essa especializada em equipamentos de aço inoxidável.
Na esteira da Biasinox, outras empresas assemelhadas surgiram, criadas por ex-funcionários da antiga ABI e da Biasinox.
Fundada em 1963 pelos irmãos Tatinho (Annunciato de Biaso Filho) e Wadinho (Oswaldo de Biaso), a Biasinox é a herdeira e continuadora da ABI, da qual recebeu a marca histórica e know how e expertise acumulados por décadas, os quais se atualizam continuamente, mediante projetos de equipamentos para empresas dos diversos ramos como: laticínios, alimentício, químico, farmacêutico, cosmético e outros.
Reator para creme da Biasinox
Aqui: https://www.youtube.com/watch?v=9yQ3LsC1J8g
Operários da Biasinox carregando um caminhão (1986).
Na foto, entre outros: SérgioTeixeira, Tatá, Tadeu Abraão, Vitão, Paulo Amaro.
A Inox Biaso é uma empresa renomada no mercado de soluções em aço inoxidável, com mais de 35 anos de experiência.
Atende às indústrias química, cosmética, farmacêutica e alimentícia, oferecendo um amplo portfólio de produtos como reatores, tanques e bins.
A Inox Biaso busca cada vez mais qualidade e inovação com base em normas técnicas para seus clientes, criando uma relação de parceria e transparência.
Projetos especiais
Veja aqui: https://www.youtube.com/watch?v=b6D2ZVpT-zw
A empresa B&B Inox surgiu em 2009 a partir da soma de experiências dos sócios Ruy Bacha e Marcus Foresti de Biaso, que juntos vislumbraram a necessidade de inovação e desenvolvimento de soluções personalizadas para a indústria de laticínios.
Seus principais produtos são equipamentos para minas frescal, requeijão, ricota, túneis de limpeza e sanitização, e outros mais.
Quinze anos depois, a B&B Inox tornou-se referência nacional em inovação e desenvolvimento de projetos especiais em aço inox para a indústria de laticínios, sempre comprometida com a qualidade e inovação nos produtos e serviços oferecidos.
Queijomatic: automatização e otimização do processo de fabricação de queijos
Conheça a B&B Inox - https://www.youtube.com/watch?v=Z4SaMgEAocM
A Biasetec foi fundada no ano de 2007 pelo engenheiro Sérgio Luiz de Biaso.
A empresa desenvolve e disponibliza processos industriais eficientes, seguros, com custo justo e agilidade.
A Biasetec se consolidou com a estratégia de negócio do tipo projeto.
E assim desenvolve projetos de acordo com a necessidade do cliente, presta serviços de consultoria, fabricação e industrialização dos projetos desenvolvidos em diversos segmentos, garantindo qualidade e eficiência dos serviços efetuados.
https://biasetec.com/ - https://www.facebook.com/biasetec.br
Os equipamentos Biasetec oferecem soluções completas para agitação, mistura, dispersão e transportes. Além disso, nossos sistemas de produção automatizados garantem eficiência e precisão em cada etapa do processo.
Veja aqui: https://www.youtube.com/watch?v=CYa9RKZMSVk
A Inoxul foi fundada em 1987 por Ademir Teixeira, para a fabricação de máquinas e equipamentos em aço inox para a indústria de laticínios. Posteriormente, os filhos de Ademir — Lilian da Silva Teixeira Carneiro e Ademir Teixeira Junior — vieram compor o quadro social da empresa.
A partir de 2002, deu-se a ampliação da fábrica, a aquisição de novos equipamentos, a modernização da gestão financeira e a capacitação de pessoal.
A empresa oferta um catálogo de cerca de 100 itens, além de projetos especiais, desenvolvidos e moldados conforme a necessidade do cliente.
Tanque de fabricação e coagulação de massa para queijo – Queijomatic
Aqui: https://www.facebook.com/watch/?v=1000775577860650
A Serinox, com mais de 30 anos em Lambari, destaca-se na fabricação de máquinas em aço inox para laticínios.
Líder no setor, expande sua excelência para equipamentos de cervejarias artesanais, priorizando qualidade e tecnologia.
Veja aqui: https://www.youtube.com/watch?v=usCU3TrWsLI
A Cadinox oferece uma ampla variedade de equipamentos de última geração, fabricados com os melhores materiais e tecnologia de ponta.
Os equipamentos são projetados para aumentar a produtividade e eficiência do processo produtivo, garantindo qualidade e segurança dos seus produtos.
De tachos de doce de leite até batedeiras cônicas, a Cadinox tem equipamentos para otimizar a produção e aumentar a lucratividade de seus clientes.
A Cadinox oferta também equipamentos e soluções personalizadas para indústrias e pessoas físicas.
https://www.facebook.com/cadinox/
https://cadinoxequipamentos.com.br/
https://www.instagram.com/cadinox/
Veja aqui: https://www.youtube.com/watch?v=2uo_Dfe5oR0
Com mais de 30 anos de experiência, a Lambari Inox se destaca na fabricação de máquinas e equipamentos em aço inoxidável para o setor alimentício em todo o Brasil.
Sua longa trajetória permite oferecer soluções robustas e confiáveis, sempre focadas na segurança e eficiência para o setor industrial.
Além disso, trabalha lado a lado com seus clientes para criar projetos personalizados, atendendo a demandas específicas e garantindo que cada solução seja ideal para suas necessidades.
https://www.facebook.com/profile.php?id=100064938660464
A empresa MUNDINOX trata-se de uma empresa familiar, fundada há 35 anos por José Darci Arantes, o qual vem de longa experiência no ramo.
Sob direção de sua filha Raissa Arantes e de seu esposo João Carlos Borges, a empresa destaca-se no mercado por sua excelência e qualidade na fabricação de equipamentos, que atendem diversas áreas, sobretudo, nos setores das indústrias alimentícia, farmacêutica, cosmética e química.
A MUNDINOX investe em novas tecnologias, possui um departamento de desenvolvimentos de projetos (DDP) e conta com uma equipe de profissionais experientes e competentes.
Tacho a gás capacidade 100 litros marca Mundinox
Veja aqui: https://www.youtube.com/watch?v=za5cOlMH1R0
A Delta Inox possui ampla experiência na produção de equipamentos em aço inox para as indústrias lacticinista, alimentícia, química, farmacêutica e cosmética.
A empresa conjuga experiência, capacidade técnica e mecânica e controle de qualidade, além de cultivar valores que fazem dela uma importante parceira de sua clientela industrial.
A Delta Inox conta também com um departamento para desenvolvimento de projetos, em parceria com o cliente, executados sobre as normas ABNT, ASME, NR-10, NR-12, e NR-13 ou de acordo com as especificações requisitadas.
Qualidade e acabamento são destaques dos produtos Delta Inox
Veja aqui: https://www.youtube.com/watch?v=QdMbrz52YDk
Em 1969, Vitor Teixeira Neto ingressa no ramo do aço inox.
A experiência adquirida no chão de fábrica, aliada ao seu espírito empreendedor, proporcionaram a ele — juntamente com seus irmãos Waltemir Teixeira, Móisés Teixeira, Sérgio Teixeira e Ademir Teixeira — os elementos necessários para que fossem lançados os alicerces do que é hoje uma das mais tradicionais empresas deste ramo em Lambari-MG.
Em 1997, Vitor Teixeira funda a Inoxmilk Indústria e Comercio Ltda, dedicando-se a partir de então, além do segmento de laticínios, a atender também às fábricas de doces, indústrias hidrominerais e saúde animal.
Nos dias de hoje, seus filhos Edson, Elson e Emerson trabalham para manter acesa a tradição de seus equipamentos, sem perder de vista a modernidade, qualidade e tecnologia exigidas pelo mercado atual.
https://www.facebook.com/profile.php?id=61557097100258
Equipamentos para fábrica de doces
Planta para fabricação de queijo Minas Frescal
Veja aqui: https://www.youtube.com/watch?v=4g81QhMTx9c
Fundada em 23 de junho de 2017, a Binox é uma empresa comprometida com a qualidade e a entrega de seus serviços.
Produz equipamentos de qualidade, modernos e com excelente custo-benefício, para as áreas de laticínios, indústrias lácteas, alimentícias, cosméticos e manutenção industrial, além de móveis modulados em aço inoxidável para diversos segmentos, incluindo indústrias, residências, comércios e hospitais.
Tacho para requeijão do Norte
Frame. Fonte: Reportagem TV Alterosa/Record
Veja aqui: https://www.youtube.com/watch?v=0HTn02QaBNw&t
A Inox Silva foi fundada em 2015 na cidade de Lambari, MG, para fabricação de equipamentos industriais em aço inox.
A empresa produz uma linha completa de equipamentos para a indústria alimentícia, com foco em latícinios, indústria farmacêutica e cosmética, e atende também outras áreas de negócios e segmentos da indústria.
Os produtos são elaborados com utilização de matéria prima nacional, certificados conforme Normas Técnicas exigidas pelo mercado, proporcionando qualidade e alta durabilidade.
A Inox Silva possui uma equipe qualificada e preparada para desenvolver projetos de acordo com as necessidades de cada cliente.
A Inox Silva oferta uma linha completa de equipamentos
Há 2 anos no mercado de churrasqueiras de alto padrão, a Parrinox é especialista na produção de equipamentos de inox destinados ao churrasco.
As parrillas e grills personalizados são meticulosamente projetados por habilidosos profissionais, utilizando os melhores materiais para proporcionar a melhor experiência de churrasco possível.
A Parrinox já entregou mais de 200 pedidos de 25 variedades de produtos, com 100% de satisfação dos clientes.
https://www.instagram.com/parrinoxltda/
https://www.instagram.com/p/DBSFo97PgXk/
A ArteSul Inox atua na fabricação de equipamentos especiais.
Executa projetos exclusivos mediante especificação ou desenvolvimento em conjunto.
Seus principais produtos são: equipamentos para laticínios, equipamentos para beneficiamento de pescado, tanques isotérmicos vertical e horizontal, entre outros.
https://www.facebook.com/artesulinox
Tanque rodoviário
Tanques, mesas e outros produtos para laticínios
Veja aqui: https://www.youtube.com/watch?v=gJsgy-gKcuw
Na indústria de derivados de fibra de vidro (PRFV), destacam-se em Lambari duas empresas: a Fibrav e a Fibrais.
A Fibrav é uma empresa genuinamente brasileira localizada em Lambari, sul de Minas Gerais, onde o industriário Oswaldo Biaso fundou, em 1974, uma das primeiras fábricas de equipamentos em fibra de vidro do Brasil.
A Fibrav foi precursora da indústria nacional no que se refere ao desenvolvimento de tecnologias e soluções em fibra de vidro (PRFV).
Ao longo dos anos, a empresa diversificou e cresceu, tornando-se uma das principais fornecedoras de grandes equipamentos em fibra de vidro no país.
Com quase meio século de experiência e desenvolvimento, a Fibrav hoje se consagra em uma marca reconhecida como sinônimo de qualidade e excelência no mercado industrial, que atende a todo o Brasil e a outros países.
Veja aqui como surgiu e se desenvolveu a empresa:
A Fibrav atua nestes segmentos: tanques industriais, equipamentos para laticínios, estações de tratamento, produtos para agropecuária, projetos especiais.
A Fibrais é referência na fabricação de equipamentos em fibra de vidro para os mais diversos segmentos da indústria.
Com mais de 26 anos de experiência e um time altamente qualificado, oferece soluções completas e personalizadas que atendem necessidades específicas dos clientes.
Os equipamentos da Fibrais oferecem soluções para armazenamento, preparo, mistura, resfriamento, aquecimento, decantação, reação, aeração e outras funcionalidades.
Todos os equipamento fabricados pela Fibrais seguem rígidos processos de fabricação e normas, garantindo sempre a qualidade, durabilidade e segurança.
Conheça a Fibrais: https://www.youtube.com/watch?v=EwJzb6ZbV0w
A Fibrais produz tanques industriais, reservatórios, estações de tratamento, equipamentos para laticínios e projetos exclusivos em fibra de vidro (PRFV).
Neste setor, duas empresas se destacam: a Injesul — com produtos de polietileno — e a Rotogerais, com polímeros termoplásticos.
Vamos lá!
A Injesul é uma empresa tradicional no ramo de laticínios que também nasceu da pioneira ABI.
De fato, em agosto de 1969, a ABI foi adquirida pelos lambarienses Sylvio José da Cruz e Antônio Henrique da Cruz.
Mais à frente, com a virtual decadência dos materiais estanhados, a ABI passou a fabricar latões de alumínio, numa nova unidade com sede no Bairro Rural de Nova Baden.
Tempos depois, essa unidade deu origem a uma indústria de tampas plásticas para latões de leite, formas de queijo e outros produtos derivados do plástico.
Ainda em Nova Baden, se instalaria em 1985 a Metalcruz, fundada por membros da família Cruz e outros sócios.
A Metalcruz foi sucedida em 1992 pela Injesul, esta fabricante de equipamentos plásticos para laticínios e diversos outros produtos.
Uma década depois, a Injesul se tornou a maior fornecedora do Brasil de equipamentos plásticos para laticínios e cooperativas.
Em 2008, lançou o inédito tanque para resfriamento de leite, por dentro aço inoxidável e por fora polietileno.
Em 2010, adquiriu umas das maiores máquinas de sopro do Sul de Minas, mudando o processo de fabricação, melhorando a qualidade dos produtos, ganhando agilidade na entrega e ampliando o mercado. Com isso, passou à fabricação de galões de água mineral de 10 e 20 litros.
No ano de 2012, lançou no mercado o vasilhame e balde de ordenha.
A Injesul produz também máquinas e equipamentos em aço inox para a indústria láctea, e ainda oferece prestação de serviços em injeção, totomoldagem e sopro.
Conheça essa história completa aqui: https://www.injesul.com.br/pagina/sobre-nos.html.
Veja aqui: https://youtu.be/7jTJFCQyh68
https://www.rotogerais.com.br/index.php
Desde 1977, Abraão Amaro e filhos atuam no ramo do aço inox, com a empresa ArteSul Inox (https://artesulinox.com.br/).
A partir do ano 2000, decidiram dar um passo a frente, vislumbrando o imenso potencial econômico da indústria de polímeros termoplásticos e suas inúmeras possibilidades de criação e desenvolvimento de novos produtos.
Assim nasceu a Rotogerais — uma indústria que atua no mercado de produtos e soluções em termoplásticos polipropileno, para atender empresas e clientes que demandam produtos e formas industriais específicas.
Hoje com mais de 15 anos de especialização no mercado de produtos de rotomoldagem e longa experiência em outros segmentos da indústria, desenvolvemos competências para produzir os mais variados produtos e demandas de projetos especiais.
A empresa: https://www.rotogerais.com.br/index.php/empresa
Veja aqui: https://vasosartesul.com.br/
A MML Caldeiras foi formada em 1989 com a missão de oferecer ao mercado nacional e internacional caldeiras geradoras de vapor e água quente do mais alto padrão de qualidade, segurança e respeito ao meio ambiente.
Graças ao seu fundador, Milton Maurício Léo, essa visão se tornou realidade e hoje a MML referência no ramo de geração de vapor.
Além de uma fonte de inovações tecnológicas em caldeiras, somos especialistas na construção de caldeiras geradoras de vapor e água quente com queima de combustíveis líquidos e sólidos ou biomassa para vários ramos do setor industrial.
Projetando caldeiras de pequeno e grande porte, nossa prioridade é oferecer um produto simples e prático, de alta tecnologia, seguro, econômico e eficiente.
Produzimos caldeiras com capacidade de até 8.000 Kgv/h (4.800.000 Kcal/h) com pressão de até 21 kgf/cm².
Acessórios
Com sede em Lambari, MG, a VAPOUR destaca-se como referência nacional proporcionando soluções para aquecimento industrial e produção de vapor.
Duas décadas de mercado produzindo caldeiras, acessórios e tanques industriais para o segmento interno e externo.
A VAPOUR possui uma equipe de profissionais capacitados em engenharia, desenvolvendo produtos e serviços no mais alto padrão de qualidade e tecnologia.
Caldeiras Verticais e Horizontais
Caldeiras fabricadas sob as mais rígidas normas de segurança ASME, NBR12177, NB55 e NR13
Veja aqui: https://www.youtube.com/watch?v=UNeIHpqZ3Po
http://site.papeisoffpaper.com.br/ - https://www.facebook.com/offpaperpapeisespeciais/
Fundada em 1997, a OFF PAPER atua na fabricação de papeis especiais para impressoras ink jet e laser, além de diversos itens da linha escolar.
A OFF PAPER busca desenvolver a linha de produtos de forma a estar sempre atualizada conforme as necessidades do cliente e acompanhando as novidades do mercado.
A OFF PAPER trabalha com diferentes tipos de papéis e possui uma loja virtual, por meio da qual realiza vendas on line
http://site.papeisoffpaper.com.br/produtos/
Veja aqui: https://www.youtube.com/watch?v=Agjm1BzIWMs
2012 - https://unipacfeiraindustrial.wordpress.com/
2025 - https://www.forlac.net.br/ - https://www.facebook.com/forlacbrasil/
Entre os dias 06 e 08 de abril de 2021, a cidade de Lambari (MG) receberá a FORLAC - Feira para Indústria de Lácteos. Ampliada e renovada, as expectativas são ainda mais promissoras para a edição 2020, atraindo mais de 3.500 visitantes, mais de 100 expositores representando mais de 215 marcas, trazendo o que há de mais inovador e tecnológico para oferecer alta qualidade e produtividade para a Indústria de Lácteos. A FORLAC de 2021, antes programada para abril, será realizada em nova data de 03 a 05 de maio de 2022, no mesmo local, na cidade de Lambari – MG, uma das mais destacadas regiões do Brasil com grande concentração da indústria de lácteos. A cidade de Lambari no sul de Minas Gerais receberá entre os dias 23 a 25 de maio de 2023, a 3ª edição da FORLAC – Feira para Indústria de Lácteos. O evento ocorre a cada dois anos. Para esta edição, a ideia é focar em soluções que atendam às exigências do mercado internacional e em partilhar conhecimentos.
Fonte: Internet/Forlac |
[1] MILÉO, José Nicolau. Ruas de Lambari. Guaratinguetá, SP : Graficávila, 1970, págs. 47 e 50
VIOLA, Paulo Roberto. Lambari, como eu gosto de você. Rio de Janeiro : Ed. Navona, 2002, pág. 63
JORNAL DA SERRA DAS ÁGUAS - N. 4 - Ano I - Maio de 2013 - Lambari, MG, págs. 4/5
[2] * Agradeço à ACIL/CDL as informações prestadas a este autor.
** Agradeço ao EGÍDIO IENO, funcionário da ABI por longos anos, informações que contribuíram para redação deste post.
*** E assim também a RAIMUNDO DO CARMO DE SOUSA, ex-funcionário da ABI e da BIASINOX, e sócio da CADINOX.
**** Agradeço a Ninho Costa e Hélcio do Espírito Santo, pela cessão de fotos.
[3]
[In Antônio Carlos Guimarães - GIC e Doutrina Espírita, pag. 12]
Além das referências já citadas, utilizamos informações e fotos dos seguintes endereços eletrônicos:
Ilustração: Montagem. Aspecto de multimídia do Museu das Águas (2018). Reprodução. Fonte: AV Engenharia Audiovisual
Como se sabe, o Cassino de Lambari — a obra-prima de Werneck — passou por diversas fases de uso e abandono, conforme narramos neste post: https://guimaguinhas.prosaeverso.net/blog.php?idb=52442.
A última reforma, iniciada no Governo de Anastasia (2011-14) e terminada no Governo de Pimentel (2015-18), foi concluída no final deste último governante, que tinha planos de transformar o Cassino de Lambari no Museu das Águas.
Vamos recordar essa história.
O QUE DEVERIA SER O MUSEU DAS ÁGUAS
O Museu das Águas, que seria instalado no Cassino de Lambari, pretendia ser "um ambicioso centro de desenvolvimento cultural".
No plano, a criação de:
Confira:
Fonte: http://www.codemge.com.br/governo-de-minas-gerais-e-codemge-inauguram-museu-das-aguas-em-lambari/
O LANÇAMENTO DA IMPLANTAÇÃO DO MUSEU DAS ÁGUAS
Em 21 dezembro de 2018, no finalzinho do Governo Pimentel, deu-se o lançamento da implantação do Museu das Águas.
Naquela data, somente os módulos audiovisuais estavam prontos.
Confira os vídeos a seguir, de dezembro de 2018:
O prefeito de Lambari, Sérgio Teixeira, o secretário de Governo Odair Cunha, a presidente do IEPHA Michele Arroio e outras autoridades
(Reprodução. Frame video Redemais)
Parte do público presente na solenidade - (Reprodução. Frame video Redemais)
Com a entrada do novo governo de Minas (Zema - 2019-2022), a ideia do Museu das Águas foi abandonada e o prédio do Cassino de Lambari permaneceria sem nenhuma atividade até meados de 2024 (segundo mandato de Zema - 2023-2026).
Note-se que até mesmo as instalações audiovisuais, produzidas pelo vídeo-artista Eder Santos, e mostradas no vídeo acima, foram, ao que se sabe, posteriormente retiradas.
Abaixo, alguns aspectos dos audiovisuais:
(Reprodução. Frame video Redemais)
(Reprodução. Frame video EPTV)
(Reprodução. Frame video EPTV)
(Reprodução. Frame video EPTV)
Esse material multimídia reproduzia o barulho das águas, mostrava imagens do torrão sul mineiro e discorria sobre a importância da água para toda a região e assim também para o Planeta.
Veja fotos do material multimídia instalado no Cassino de Lambari:
(Reprodução. AV Engenharia Audiovisual)
TENTATIVA DE PRIZATIVAÇÃO DO CASSINO DE LAMBARI
Como visto acima, após longa espera e demorada reforma, que atravessou dois governos, o Cassino de Lambari permaneceu fechado de 2019 a meados de 2024, sem que nenhuma finalidade apropriada lhe fosse dada.
Em 2021, com a frustração do Museu das Águas, o Governo Zema (2019-2022), por meio da Codemge, tentou transferi-lo, sem sucesso, à iniciativa privada.
O RETORNO DO CASSINO DE LAMBARI À ADMINISTRAÇÃO MUNICIPAL
Depois de tudo isso, em junho de 2024, o Cassino foi oficialmente transferido à Prefeitura de Lambari.
O CASSINO DE LAMBARI COMO CENTRO DE CULTURA
Está no Plano de Governo da Administração Municipal eleita para 2025-28:
Após décadas de espera, tomara que o Cassino de Lambari — nosso monumento mais famoso — assuma sua natural vocação cultural!
Ilustração: Painel. Montagem. O Cassino de Lambari como Centro de Cultura e alguns temas: Américo Werneck, Literatura da história de Lambari, Poesia de Henriqueta Lisboa, Roteiro de Fé N. S. da Saúde, Parque Estadual de Nova Baden, Indústrias ABI e o Catupiry©
Pensar, livre pensar! (MILLÔR FERNANDES)
Tendo em vista o retorno do Cassino de Lambari à Administração Municipal, as ações culturais do Plano de Governo dos gestores recém-eleitos — O Cassino como centro cultural, a criação de um centro de informações turísticas, revitalização da biblioteca pública — e a natural vocação cultural do nosso monumento mais famoso, vão abaixo algumas ideias amplas sobre a MEMÓRIA HISTÓRICA, CULTURAL E LITERÁRIA DE ÁGUAS VIRTUOSAS DE LAMBARI E O TURISMO LITERÁRIO E CULTURAL.
Trata-se de trazer à memória dos locais e de turistas alguns aspectos fundamentais de nossa história e cultura, por exemplos: a Vida e obras de Américo Werneck, a Literatura de Águas Virtuosas, o Roteiro de Fé Senhora da Saúde e Pontos Notáveis de nossa História.
Nessa perspectiva,
Note-se que este é um post sem pretensão, com ideias genéricas a serem eventualmente desenvolvidas em nossa cidade, visando à preservação de nossa cultura e memória e o incentivo ao turismo cultural e literário.
Iniciativas dessa natureza certamente vão exigir a liderança da Administração Municipal e a participação de pessoas ligadas à cultura e ao folclore de nossa cidade, de servidores e técnicos municipais, de entidades do turismo, do comércio e da indústria, de assessoria especializada e a curadoria do nosso Museu Américo Werneck. (aqui)
Vamos lá!
O CASSINO DE LAMBARI COMO CENTRO DE CULTURA
Está no Plano de Governo da Administração Municipal eleita para 2025-28:
Por definição, Centro de Cultura:
Ele pode oferecer exposições, oficinas, apresentações e sediar eventos que destacam tradições locais, arte contemporânea, música, teatro, literatura e outras manifestações culturais.
Como se vê, são amplas as possibilidades culturais, literárias, históricas e de conhecimento oferecidas por um Centro de Cultura.
Mediante boa divulgação e estudada agenda de atividades, voltadas não só ao público local, e sim também aos visitantes e turistas de Lambari, ações dessa espécie, além dos ganhos sociais, educativos e culturais, certamente impulsionariam a economia local.
Desse modo, os tópicos que vêm a seguir, quais sejam:
são singelas sugestões de cunho histórico, cultural e literário que podem eventualmente compor atividades de um Centro de Cultura no Cassino de Lambari, o qual esperamos venha a se concretizar.
Uma atividade típica de um Centro de Cultura Vídeos-documentários Abaixo, produções memoráveis produzidas por entidades de Lambari, que poderiam ser (re)exibidas no Centro de Cultura, num evento cultural com presença de um apresentador e de protagonistas, e interação com a plateia:
ACIL - Documentário Senhora da Saúde
MAW - Lambari e as Memórias do Águas Virtuosas Futebol Clube
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A Wikipedia assim define Turismo cultural:
Ora, Águas Virtuosas de Lambari tem natureza, águas minerais excelentes, história, memória, cultura e patrimônio a divulgar e conservar — e um Centro de Cultura seria uma excelente ferramenta para promoção dos atrativos naturais, patrimoniais e culturais de Lambari.
Apenas a título de exemplos, podemos citar algumas iniciativas/ações a serem eventualmente promovidas por um nosso centro de cultura e informações turísticas:
Mostra de pinturas de Águas Virtuosas de Lambari Laguinho dos Patos. Pintura a óleo de José Raimundi Cassino de Lambari. Reprodução. Tela de Eurico Aguiar Duchas. Pintura 40x50. Jonas Lemes. Reprodução. Fonte: artmajeur.com/jonaslemes Farol. Pintura de William Gorgulho Farol. Desenho de Silvana Viola Estrada de Nova Baden. Tela de Olímpio Portela GUIMAGÜINHAS - Série Pintores e Pinturas de Águas Virtuosas - aqui |
Posto isso, e tão somente para aguçar nossa imaginação, podemos citar algumas ideias para chamadas de mkt literário e cultural, a serem produzidas e divulgadas por um nosso eventual centro de cultura e informações turísticas:
(*) Sala Lúdica da Bonequinha Preta
Contribuição de Luciana M. F. Astério Fleming
Mediante a iniciativa Poesia no Metrô, a Prefeitura de São Paulo, desde 2009, leva poemas a diversas linhas do metrô paulistano.
O célebre poema Ismália, de Alphonsus de Guimaraens está reproduzido na Estação Paraíso do Metrô, em São Paulo
Reprodução. Fonte: https://deskgram.ne |
Em Lambari, temos poesias de Henriqueta Lisboa e Sônia Gorgulho exibidas em painéis e placa.
Poesias de Henriqueta Lisboa e Sônia Gorgulho, expostas em Lambari
Imaginemos que nossa Rodoviária tenha passado por uma bela reforma e estampasse lá o poema abaixo.
Um viajante, talvez, diria:
— Chegamos na terra de Henriqueta Lisboa, uma das maiores poetas do Brasil!
Como sabemos, Lambari tem muitos atrativos turísticos: natureza, águas minerais excelentes, história, memória, cultura e patrimônio.
Mas isso, por si só, não basta para atrair visitantes e turistas.
É necessário uma uma infrestrutura de Turismo, a qual pressupõe muita coisa:
E quando verificamos o abandono do Parque Novo, do Farol , do Lago e do seu entorno, da Volta da Mata, do Cruzeiro, do centro da cidade — apenas para citar o nosso patrimônio histórico — nos assustamos com o tamanho do desafio a ser enfrentado!
Estamos, como sociedade, dispostos a enfrentá-lo?
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VIDA E OBRAS DE AMÉRICO WERNECK
As “águas virtuosas” desabrocharam a povoação que se fez sobre as propriedades terapêuticas de suas fontes. A partir de 1909, iniciou-se uma nova fase para a antiga Águas Virtuosas.
A Lambari atual tem sua origem em 1909, fruto do sonho visionário de um homem, e do apoio do Estado, que viu na pequena estância hidromineral o potencial para se tornar o maior complexo de lazer do país, uma “Vichy” brasileira em nada inferior aos balneários europeus. O símbolo máximo deste sonho, o Cassino, imponente edifício que impressiona ainda hoje pela grandiosidade e beleza de suas linhas, domina a paisagem da pequena cidade. Este grandioso edifício, destinado a se tornar o maior templo da indústria de entretenimento do pais, símbolo da ousadia empreendedora do Dr. Américo Werneck, infelizmente não conheceu as glórias sonhadas. No entanto, resistindo ás intempéries políticas e contendas humanas, chegou até nossos dias ainda em sua arrogante magnitude merecendo do povo mineiro o seu reconhecimento como patrimônio cultural do Estado.
Carlos Henrique Rangel (Historiador)
Américo Werneck nasceu em Bemposta, RJ, em 19 de março de 1855 e faleceu no Rio de Janeiro, RJ, em 16 de setembro de 1927.
Foi engenheiro, político, escritor, parlamentar atuante na câmara federal, onde se destacou em defesa da abolição da escravatura e da proclamação da república. Foi também secretário de agricultura de Minas Gerais, no governo Silviano Brandão (1898-1902), e prefeito de Belo Horizonte (1898).
Além de pintor, foi escritor; deixou romances, alguns inspirados na vida pessoal, e opúsculos sobre agricultura, política e comércio. E, ainda, publicou livros sobre questões jurídicas, sociais, constitucionais, tributárias, financeiras, educacionais e históricas. Traduziu, também, Hamlet, de Shakespeare.
Foi nosso primeiro prefeito (1909-11), tempo em que realizou a urbanização, o embelezamento e as obras fundadoras de Águas Virtuosas de Lambari: Cassino, Lago, Parque Novo, Farol, Mercado das Flores e outras.
O farol de Lambari, que iluminava o Lago Guanabara. Desenho de William Gorgulho
Werneck quis fazer de Águas Virtuosas de Lambari uma estância europeia — a Vichy Brasileira — e para isso traçou um elaborado plano de saneamento, embelezamento e de obras fundadoras: um cassino majestoso, defronte a um lago artificial... Um farol que iluminasse a cidade e o lago... Um parque arborizado para prática de esportes e natação... Um mercado para venda de flores e gêneros... Uma fábrica para produzir gelo de água mineral... Um hotel e um teatro inspirados por modelos franceses... Uma gare moderna para recepcionar os milhares de turistas que aqui viriam para lazer, descanso e tratamento com as águas virtuosas desta terra...
Arco de entrada do Parque das Águas - Blueprint de Poley & Ferreira, 1911
Mercado das Flores, construído no Parque das Águas de Lambari, por Américo Werneck
No entanto, as obras que planejou, aquelas que não realizou e o sonho da Vichy brasileira tudo isso se esfumou diante da demanda judicial com o Governo de Minas Gerais — a famosa Questão Minas x Werneck.
A história de Werneck em Águas Virtuosas, seus planos e obras que conseguiu realizar são o fato — ao lado da descoberta das águas em 1780 — mais importante da nossa história.
Cassino de Lambari, detalhes da fachada. Fonte: Site IEPHA/MG
Desse modo, a vida de Werneck, seus livros, suas ideias e obras que realizou, a demanda famosa com o Governo de Estado, tudo isso tem de ser mostrado e contado no Cassino de Lambari — a obra-prima de Werneck.
Note-se que o site GUIMAGÜINHAS contém as informações eletrônicas mais completas sobre a vida e as obras de Werneck, e bem assim de sua obra literária e da demanda Minas x Werneck — que podem servir de pesquisa inicial para esse projeto.
De fato, na Série Américo Werneck, vamos encontrar:
Índice da Série Américo Werneck
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MEMÓRIA LITERÁRIA DE ÁGUAS VIRTUOSAS DE LAMBARI
Na origem de José Carlos Lisboa, na cidade em que nasceu, em suas circunstâncias familiares, estão a meu juízo fatores que estimularam o seu talento inato, a sua vocação para a vida intelectual. Lambari não era uma cidade comum, com rotina diária mais ou menos estática. Suas águas virtuosas atraíam, para temporadas anuais, personalidades destacadas das principais cidades do país, como até mesmo a família do presidente Getúlio Vargas. Elas traziam temas, reflexões e informações que lhe davam um certo ar metropolitano. A farmácia de João Lisboa, patriarca que exercia significativa liderança na região, era um espaço natural para o estabelecimento de relações que frequentemente se transferiram para o ambiente doméstico. [........]
[Todos os filhos do casal Lisboa, Maria Rita e João Lisboa]... realizaram em época de limitadas condições econômicas, cursos superiores que deram contorno a uma família de pedagogos, advogados, médico, alguns deles indo além para ganhar renome como escritores e políticos.
(No homem, o mestre. In José Carlos Lisboa, o mestre, o homem. Ed. UFMG, 2004)
Na Série LITERATURA DE AGUINHAS, no post Uma família de escritores e poetas, (aqui), anotamos que:
O casal João de Almeida Lisboa e Maria Rita Vilhena Lisboa, que se uniu em Lambari na última década dos anos 1800, gerou uma família pródiga em escritores e poetas de qualidade: José Carlos, Alaíde, Henriqueta... E assim também, por influência, os da geração seguinte: Ana Elisa, Edmar...
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Ora, esses lambarienses têm uma história literária de alto valor — sua obra é nacionalmente reconhecida, foram eleitos para academias de letras, sua literatura é objeto de livros e trabalhos críticos e acadêmicos — e no entanto não há em nossa cidade mostras, monumentos, exposições — o que seja — a eles dedicados!
HENRIQUETA LISBOA Em 2001, por ocasião do centenário de Henriqueta Lisboa, deu-se a exposição itinerante “Aquela paisagem ninguém a viu como eu”, que começou em Belo Horizonte e percorreu o interior de Minas Gerais e outras cidades do país e incluía encontros regionais sobre a obra da poeta. Em Lambari, a exposição ocorreu no hall da agência do Banco do Brasil. Imaginemos uma exposição permanente de sua obra no nosso CASSINO, seguida de eventos culturais pertinentes! Quem sabe, um ponto de partida para incentivo ao TURISMO CULTURAL em nossa cidade?!
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ANA ELISA GREGORI Ana Elisa de Campos Salles Lisboa Gregori nasceu em Lambari, em 1931. Era sobrinha de Henriqueta Lisboa. Faleceu em 1990, num desastre automobilístico, junto com seu esposo, Dr. Henrique Sérgio Gregori. Desde muito cedo mostrou talento para o desenho, pintura e literatura. Seus primeiros escritos foram divulgados pela imprensa mineira. Foi colaboradora de “O Diário” de Belo Horizonte. Estreia como poeta em 1966, com “Falar de Lua”. Em 1969, poemas seus são incluídos na coletânea “Novíssima Poesia Brasileira”, organizado por Walmir Ayala. |
EDMAR LISBOA BACHA Filho de Felício Bacha e de Maria de Jesus Lisboa Bacha, nasceu em Lambari (MG), no dia 14 de fevereiro de 1942. Foi um dos economistas que participaram da implantação do Plano Real. Neste seu livro NO PAÍS DOS CONTRASTES - Memórias da infância ao Plano Real, anotou memórias da infância em Lambari.
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Outro autor que merece destaque na história cultural de Lambari é Basílio de Magalhães!
De fato, Basílio, mineiro de S. J. Del Rey (1874), foi famoso historiador, filósofo, lexicógrafo, político, escritor, jornalista, professor, poliglota (que falava também o tupi-guarani) — que durante muitos anos fez estações de águas em Lambari, depois passou a residir entre nós, numa modesta casa na Rua São Paulo, no centro da cidade.
Basílio aqui viveu o resto de seus dias, tendo sido também enterrado nesta estância hidromineral. "Conversador sem igual, cheio de vivacidade e erudição, (...), dono de prodigiosa memória" [1], ele foi uma das influências culturais da poeta Henriqueta Lisboa. [2]
Basílio possuiu uma das mais fantásticas bibliotecas particulares do País, composta por mais de 30.000 livros, os quais, a certo trecho de sua vida, teve de vender, por necessidades financeiras.
Como sabemos, a nossa biblioteca pública leva o seu nome, tendo sido ele — ao lado de Garção Stockler e Américo Werneck — o maior doador de livros para nossa biblioteca.
Foram mais de 3.000 livros, com algumas edições raras sobre a história de Águas Virtuosas, que infelizmente se perderam ao longo das décadas...
O site GUIMAGÜINHAS realizou intensa pesquisa sobre sua vida e obra e dedicou a ele uma série de posts, que — acreditamos — seja material suficiente para dar início a pequeno memorial em nosso Cassino.
Eis os links dos citados posts:
[1] Artigo de Guilherme Santos Neves, publicado em A Gazeta, Vitória, ES, por ocasião da morte de Basílio de Magalhães
[2] O esquecimento de Basílio de Magalhães e as tentativas de rememorá-lo - Artigo de Oyama de Alencar Ramalho
Além dos membros da família Lisboa, podemos citar outros literatos lambarienses, como estes:
E também estes outros que escreveram sobre Lambari:
Redescobrindo a História, por Luiz Carlos R. Santos - https://clubedeautores.com.br/livro/lambari-redescobrindo-a-historia
Lambari - Fragmentos da História, por Luiz Carlos R. Santos - https://www.amazon.com.br/Lambari-Luiz-Carlos-R-Santos/dp/B09WS97PG9
Poeta Manoel Marne e seu livro Ensimesmando, no Salão dos Escritores da II FLAVIR. https://www.facebook.com/photo?fbid=921995257957216&set=a.294566830700065
Importante destacar iniciativas culturais e literárias do Centro Cultural Vagão 98
Veja também:
Diversos autores, inclusive alguns lambarienses, escreveram sobre a história de nossa cidade e de nossas águas.
Infelizmente, são raras as edições disponíveis dessas obras. Nem a biblioteca municipal possui todas elas.
Que tal divulgá-las, reeditá-las e disponibilizá-las para nossa juventude e demais interessados?
Turistas também costumam ser atraídos por obras dessa natureza.
Autores de obras sobre Lambari e suas águas minerais
Confira estes posts do site GUIMAGÜINHAS:
Coletânea de e-books gratuitos, com resumo didático de nossa história (aqui)
EXPOSIÇÃO DE LIVROS E FOTOS DE LAMBARI Livraria Estação Mercado do Livro. Lambari, junho de 2018
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Há alguns livros que mencionam nossa cidade: recordações da infância, breves passagens por Águas Virtuosas ou trechos de romances.
E há também obras que referem a famosa questão Minas x Werneck — a discussão da demanda jurídica de Américo Werneck contra o Estado de Minas Gerais, na qual atuou Rui Barbosa e outros ilustres juristas.
LIVROS QUE MENCIONAM NOSSA CIDADE
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Os livros abaixo narram histórias, aventuras e fatos, cujo cenário é a cidade de Águas Virtuosas de Lambari.
Confira:
Aventuras e histórias que se passam em Lambari |
Com esse Roteiro de Fé, pretende-se mostrar a história de nossa cidade, criada em torno dos mananciais das Águas Virtuosas, cujas propriedades medicamentosas e curativas estão cultural e religiosamente associadas à devoção a Nossa Senhora da Saúde – a Padroeira de Lambari.
Assim, pode-se ver:
PONTOS NOTÁVEIS DE NOSSA HISTÓRIA
A partir de um Centro de Cultura e de centros de informações turísticas, textos memoráveis de fatos, registros históricos e culturais de nossa cidade podem ser divulgados por meio de guias e outras ferramentas de difusão e publicações — sejam impressas ou digitais: banners, cartazes, folhetos, livretos, e-books, totens digitais, aplicativos.
Além dessa divulgação, um Centro de Cultura pode promover exposições e outros eventos sobre esses temas.
Nossa história é muito rica, e podemos sugerir alguns temas, como estes:
PONTOS DA HISTÓRIA DE ÁGUAS VIRTUOSAS
Latronico, terra de origem de dezenas de famílias italianas de Lambari
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Além das mencionadas no texto, mais estas:
Ilustração: Passageiros aguardando para embarcar no trem, na Parada Mello, em Águas Virtuosas de Lambari, atual Lambari, MG (Foto colorizada. Reprodução. Fonte original: Ana S. Bloise/Museu Vicente de Azevedo, SP)
Já escrevemos aqui no site GUIMAGÜINHAS, na Série O trem de Aguinhas, parte da história da via férrea que ligou, durante décadas [1894-1966], Águas Virtuosas de Lambari às principais cidades do País: Rio de Janeiro, São Paulo e Belo Horizonte.
Dessa época gloriosa que se foi, nossa cidade guarda especial memória da Parada Mello — ainda existente, remodelada e revitalizada.
Popularmente, ela é também tratada por Paradinha Mello ou simplesmente Paradinha.
De fato, é comum o lambariense dizer:
— Na subida da Paradinha.
— Passa pela Paradinha que é mais rápido.
— Moro atrás da Paradinha.
Pois bem, neste post vamos contar a pequena história desta icônica parada de trem.
Vamos lá!
ANTES DO TREM CHEGAR A ÁGUAS VIRTUOSAS
Como sabemos, o trem chegou a Águas Virtuosas em 1894.
Antes dessa data, podia-se viajar de trem até Contendas (Conceição do Rio Verde), e depois fazer o restante do trajeto até Águas Virtuosas por meio de cavalo, troles ou liteiras. Veja-se o anúncio abaixo:
Reprodução. A Província de São Paulo, 10,abr, 1888
Veja este texto: DE CONTENDAS A LAMBARY, A CAVALO OU DE CARRUAGEM
1894-1908 - O TREM CHEGA A ÁGUAS VIRTUOSAS E FAZ PARADA NO APEADEIRO MELLO
O trem chegou a Águas Virtuosas em 24 de março de 1894 e fazia parada nos fundos do Hotel Mello.
Neste local havia um apeadeiro — isto é:
— lugar em que não há estação ferroviária, mas onde os trens param, quando há passageiros para subir ou descer.
Mais ou menos neste ponto, onde se vê a linha férrea [canto direito inferior], o trem fazia parada. Abaixo, veem-se as dependências do Hotel Mello
Em 1908, o Hotel Mello anuncia a construção do Apeadeiro Mello — onde os passageiros desembarcavam, a dois minutos do hotel, que ficava logo abaixo.
Reprodução: O Paiz, 27, ago, 1908 (bn.digital.gov.br)
Reprodução. Recorte de antiga vista de Águas Virtuosas de Lambari colorizada. Fonte: albertolopes.leiloeiro
Em B pode-se ver o Apeadeiro Mello, e logo abaixo, em C, o Hotel Mello
1911 - ESTAÇÃO FÉRREA AO LADO DO CASSINO — SONHO QUE WERNECK NÃO REALIZOU
Nos planos das obras de remodelação da estância de Águas Virtuosas, idealizados por Américo Werneck nos anos 1910, estava a construção de uma nova gare [estação férrea], como noticiou o jornal O Paiz:
Reprodução: Jornal O Paiz, de 6, set, 1909 (bn.digital.gov.br)
Mas, imaginemos como teria sido esta gare.
Como sabemos, muitas ideias de Werneck vieram de suas viagens à Europa, quando visitou diversas estâncias, especialmente Vichy (FR), pois queria fazer de Águas Virtuosas a Vichy brasileira.
Na plataforma, ao lado esquerdo do Cassino, Werneck queria construir a Estação Férrea de Águas Virtuosas.
Local da gare de Águas Virtuosas: na plataforma, ao lado esquerdo do Cassino
A gare de Águas Virtuosas teria sido parecida com a gare de Vichy?
Gare [estação férrea] de Vichy - Reprodução. Fonte: fortunapost.com
1920 - INAUGURAÇÃO DA ESTAÇÃO FERROVIÁRIA DE ÁGUAS VIRTUOSAS
Nos anos 1920, a Estação Ferroviária de Águas Virtuosas foi construída, seguindo modelo tradicional de suas congêneres, por todo o Brasil.
Estação Ferroviária de Águas Virtuosas, inaugurada nos anos 1920
EVOLUÇÃO HISTÓRICA DA PARADA MELLO
Abaixo, quadros resumos da história da Parada Mello:
FOTOS INÉDITAS DA PARADA MELLO
Recentemente, o site GUIMAGÜINHAS recebeu de uma amável leitora deste blog — Ana Sílvia Bloise — duas fotografias inéditas da Parada Mello, que compartilhamos a seguir:
Passageiros aguardando o trem na Parada Mello, provavelmente anos 1930.
Reprodução. Fonte: Ana S. Bloise/Museu Vicente de Azevedo, SP
Ilustração: Time do MIRAMAR E.C.O, de São Lourenço, nos anos 1950, com atletas de Lambari no elenco (Gidão, João André, Alemão e Hélio Fernandes)
No início dos anos 1950, a Liga Desportiva de São Lourenço (LDSL) organizou memoráveis campeonatos regionais, dos quais participaram equipes de São Lourenço, Caxambu, Lambari, Soledade, Silvestre Ferraz (atual Carmo de Minas), Itamonte, Passa Quatro, Virgínia, Baependi.
Por essa época, o jornal O Crack e a Rádio São Lourenço faziam completa cobertura dos eventos.
Já contamos parte dessa história nos seguintes posts:
MIRAMAR - ESPORTE CLUBE OPERÁRIO
No post
aqui: https://guimaguinhas.prosaeverso.net/blog.php?idb=37084
contamos a história da família SILVESTRINI, inicialmente radicada em Águas Virtuosas de Lambari, e, depois, em São Lourenço, e de suas criações famosas: — o CATUPIRY® e o CREMELINO.
Pois bem, no início dos anos 1950, a família SILVESTRINI detinha também a marca MIRAMAR.
E um time amador, denominado MIRAMAR ESPORTE CLUBE OPERÁRIO, disputou campeonatos amadores, no início dos anos 1950, em São Lourenço, conforme contamos aqui: https://guimaguinhas.prosaeverso.net/blog.php?idb=55905#miramar
Reprodução. Jornal O Crack, 1951
JOGADORES DE LAMBARI NO TIME DO MIRAMAR E.C.O.
Pois bem, o que este autor descobriu foi que atletas de Lambari jogaram pelo MIRAMAR naqueles anos 1950.
Reprodução colorizada. Fonte: Facebook/Internet
Na foto acima podemos ver os então jovens atletas lambarienses atuando pelo MIRAMAR: