Guimagüinhas
Memórias familiares e de minha terra natal
Meu Diário
28/05/2013 07h34
Condomínio Imperial

No livro Abigail [Mediunidade e redenção], há um capítulo no qual narro determinado momento da vida da personagem em que ela, seus pais e um irmão trabalharam no Hotel Imperial. Eis alguns trechos:


Um pouco mais à frente, Margarida conseguiu emprego como arrumadeira no Hotel Imperial, e a família pôde alugar a parte de cima da casa e sair daquele porão sufocante. Algum tempo depois, também Abigail foi trabalhar no mesmo hotel: com sua letra bonita conquistou vaga na portaria, onde era responsável pelo cofre, setor no qual se registravam e guardavam os objetos de valor dos hóspedes. José melhorou, mas não podia pegar serviço pesado. Experimentou, então, trabalhar de empregado. Foi ser guarda-noturno no Hotel Imperial. Rondava os fundos do prédio, na Parada Mello [...]
...........................
Na seca, Joãozinho ia carrear com o pai; nas temporadas, trabalhava de comi (*) no Hotel Imperial, e, nessas ocasiões, o Dé, então com dez para onze anos, é quem lhe cobria as faltas na farmácia dos Lisboa. (1). 

Ainda em Abigail [Mediunidade e redenção], conto que minha avó materna [Margarida] foi funcionária do Hotel Imperial e do Grande Hotel. No Imperial, trabalhou na rouparia e lavanderia; indicada por Tereza, mulher do maître Paulo Hanzgruber, veio a substituí-la no posto de governanta geral, e nessa função foi que se aposentou. E assim também lá trabalhou minha tia Irene, irmã de meu pai, que chegou a explorar, juntamente com Darci, seu marido, e por um bom tempo, uma lanchonete no Imperial, isso já na fase do condomínio. E, acrescento também, que em post anterior (2), narrei algumas peripécias do menino-serelepe nesse mesmo hotel. 

Cito esses fatos para registrar a grande ligação de minha família, pelo lado paterno, com o Imperial, e bem assim dos netos de Margarida, que vivemos boa parte de nossa infância nas suas dependências. Por todas essas razões, o fechamento do hotel e sua transformação em condomínio foi um momento de grande tristeza para todos nós.

Tal fato se deu em 1963, e os anúncios de venda, de página inteira, foram publicados nos maiores jornais do País. Na Folha de S. Paulo apareceram nas edições de 3 e 10 de março de 1963. Uma semana após o primeiro anúncio, 70% dos apartamentos já haviam sido vendidos! (3)

Eis o anúncio publicitário na edição de 10 de março de 1963 do jornal Folha de S. Paulo:



(*) Do Vocabulário de Aguinhas: Comi = Auxiliar (aprendiz) de garçom.

(1) Cap. 20 - Hotel Imperial, do livro ABIGAIL [Mediunidade e redenção], de Antônio Lobo Guimarães, pseudônimo com que Antônio Carlos Guimarães (Guima, de Aguinhas), assina a coletânea HISTÓRIAS DE AGUINHAS. Veja o tópico Livros à venda.

(2) V. o post Hotel Imperial, neste link: http://www.guimaguinhas.prosaeverso.net/blog.php?idb=37406

(3) Colaboração de Wagner Augusto, amigo de Lambari, do Imperial e leitor destas páginas eletrônicas.

Publicado por Guimaguinhas
em 28/05/2013 às 07h34

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