Ilustração: Foto do Hotel Rezende (2013)
SUMÁRIO
Em o Menino-Serelepe narro quando nos mudamos para a parte de baixo da casa de Dona Catarina Bacha (na esquina da Rua Tiradentes com Fabiano Pereira Krauss, ao lado da atual Comae), visto que meu pai (o Dé da farmácia) recebera
proposta de se mudar pra cidade, a fim de que pudesse atender o plantão noturno da Farmácia Santo Antônio, onde trabalhava.
Noutros passos do livro, descrevo a nova vizinhança e meu relacionamento com ela:
Os vizinhos de porta eram, de um lado, o Ico Alfaiate e, de outro, a doceria da Mara, a agência de ônibus da Evanil, o açougue do Azarias, o armazém do Neguinho, o Hotel Rezende.
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E, assim, vivia pela doceria, pela agência da Evanil, pela alfaiataria, pela loja da dona Diva, pela sapataria, pela recepção do Hotel Rezende. Passava horas sapeando Mara, Ico, Dil, dona Dade, Eli, seu Dutra, seu Paulo Minguta, ouvindo conversas e participando delas.
AS MENINAS VERANISTAS DO HOTEL REZENDE
E o Hotel Rezende deixou fundas recordações no menino-serelepe, como se pode ver desses outros trechos em que falo das meninas veranistas do hotel:
Com o passar do tempo, as amigas da Eunice tornaram-se nossas amigas também. Mas uma fadiga danada sempre nos davam a Eunice e suas colegas veranistas do Hotel Rezende...
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E [minha mãe] sempre arrastando o filho único, obrigado a deixar — num mês de férias! — as brincadeiras, os amigos da cidade, o jogo de bola, as meninas veranistas do Hotel Rezende e demandar à casa da vó Cema.
E foi também no Hotel Rezende que "ganhei" minha primeira TV:
Mas quando o seu Toninho de Campos comprou a primeira TV do Hotel Rezende, uma Telefunken estralando de nova, a turminha da rua mais o Zé Paulo engraxate e uns outros meninos que faziam ponto no hotel ficávamos, na ponta dos pés, pescoços esticados, espiando lá do passeio através da janela do salão. Seu Toninho nos deixou ficar assim por uns tempos, mas um dia reuniu a turma, abriu a grande porta de ferro da entrada do hotel e permitiu que sentássemos na escada que dava acesso ao salão, desde que tivéssemos modos e não perturbássemos o sossego dos hóspedes, principalmente na hora do Repórter Esso, que o noticiário testemunha ocular da história era programa sagrado.
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E quando queríamos mudar de canal, fazíamos um gesto pro seu Miquéias Canelhas, o gerente do hotel, que sempre gentil atendia ao pedido da criançada.
MUNDO PEQUENO
Mas como o mundo é pequeno e gira e gira, seo Toninho e seo Miquéias tornaram-se meus amigos Toninho de Campos e Miquéias. Aquele veio a ser o primeiro cliente do escritório Hasta - Assuntos Contábeis, que fundei em 1976, quando contava 22 anos de idade; e este, meu aluno no curso de comércio (Colégio Comercial Duque de Caxias), nos anos de 1976 e 1977.
(1)
Toninho de Campos, em frente ao hotel Miquéias Canelhas, grande amigo de meu pai
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Hotel Rezende, visto do Parque das Águas (Anos 1940)
CARDÁPIOS DO HOTEL REZENDE
Propaganda e cardápio do hotel no início dos anos 1960, feitos à mão
Propaganda impressa do hotel no início dos anos 1960, com os preços escritos à mão
Cardápios datilografados, de meados dos anos 1960.
Esse último exemplar é certamente uma das muitas brincadeiras de Toninho de Campos.
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REFERÊNCIAS
(*) Foto acima: Hotel Rezende atual, após reformas e ampliação.
(1) O logotipo de HASTA foi feito com base em traço original de João Nascimento, oficial do Cartório de Registro Civil, que também era excelente desenhista.
Veja também post sobre os livros editados pelo Hotel Rezende, neste link:
http://www.guimaguinhas.prosaeverso.net/blog.php?idb=38593
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MENINO-SERELEPE
(**) O livro MENINO-SERELEPE trata-se de uma ficção baseada em fatos reais da vida do autor, numa cidadezinha do interior de Minas Gerais, nos anos 1960.
O livro é de autoria de Antônio Lobo Guimarães, pseudônimo com que Antônio Carlos Guimarães (Guima, de Aguinhas) assina a série MEMÓRIAS DE ÁGUINHAS. Veja acima o tópico Livros à Venda.
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Publicado por Guimaguinhas
em 15/06/2013 às 08h28