Hoje, dia 28 de outubro, comemora-se o dia de São Judas Tadeu (aqui).
Daí, vamos recordar como se deu a construção da igreja dedicada a ele, existente em Lambari (MG), no bairro Silvestrini.
Conta Paulo Roberto Viola que a criação do Bairro Silvestrini foi ideia de seu pai Paulo Grandinetti Viola, que, no início da década de 1960, convenceu o industrial Pedro Silvestrini a lotear a gleba de terras que possuía ao pé da Serra das Águas, para lá do Bairro do Campinho, a antiga Chácara de Dona Mariquinha do seu Afonso. [1]
E ainda segundo Paulo Roberto, também foi Paulo Viola quem "fez questão de reservar uma área específica para a construção de uma igreja de São Judas Tadeu, durante a década de 1970. Seria a primeira no Sul de Minas." [2]
Inicialmente, a ideia não agradou muito ao pároco José Ramos Leal, mas este, instado pelo Bispo Dom Otho Motta, acabou aceitando a ideia, tornando-se o chefe da comissão encarregada da construção da obra. E o próprio Bispo lançou a pedra fundamental, com homenagens, discursos e foguetório. [3]
Jornal O Globo - 14 e 16 de novembro de 1960
Lançada a pedra fundamental, ampliaram-se as campanhas de arrecadação de fundos.
Jornal O Globo - 17/09/1961
Entre os colaboradores das obras de construção da igreja de S. Judas Tadeu, destaca-se o Monsenhor Castelo Branco (Manuel d'Assunção Castelo Branco - 1893-1966), padre paraibano que se fixou no Rio de Janeiro, onde foi vigário em Inhaúma, Paquetá e Copacabana.
Ele incentivou a devoção a S. Judas Tadeu e o seu nome está ligado a Lambari através dessa devoção, pois estimulou e colaborou na construção da igreja no bairro Silvestrini, onde, aliás, existe uma rua que leva o seu nome.
Fonte: Ruas de Lambari. José Nicolau Mileo, p. 20/21
Um garrafão de 30 l como este foi utilizado para arrecadar donativos
Mas um fato curioso foi o garrafão esmoleiro arranjado com a finalidade de arrecadar donativos. Paulo Roberto conta que seu pai teve a ideia de procurar um seu primo — Pepo Viola —, que ficara paraplégico na juventude, e que todos os dias se distraía numa cadeira de balanço posta à porta da Casa Viola. Mesmo Pepo não sendo religioso, Paulo Viola lhe disse:
"Você vai me ajudar a colher donativos para a igrejinha de São Judas, lá no Bairro Silvestrini. Em seguida colocou um santinho de São Judas no seu bolso, deixando lá um garrafão para guardar os donativos. [4]
Casa Viola, onde, nos anos 1970, Pepo Viola tomava conta do garrafão esmoleiro
Paulo Grandinetti Viola, nascido em Lambari, no dia 27/03/1913.
Homenagem ao idealizador e grande incentivador da construção da Igreja de São Judas Tadeu
Fotos da Igreja de São Judas Tadeu
Fotos tiradas no dia 28 de outubro de 2015, Dia de São Judas Tadeu
Facebook da Igreja de S. Judas Tadeu
O facebook da instituição é este:
https://www.facebook.com/pages/Capela-São-Judas-Tadeu-silvestrini-Lambari-Mg/290872324435566
[1] VIOLA, Paulo Roberto. Lambari, como eu gosto de você! Rio de Janeiro : Navona, 2002, 2a. edição, p. 143 -[2] Idem, p. 148 - [3] Idem, p. 150 - [4] Idem, p. 151.