Ilustração: Instrumentos de pedra encontrados na região de Lambari (Alto Boa Vista)
As informações deste post foram extraídas do Fascículo 7 - População, emigração e Colônia de Nova Baden, da Coletânea PEQUENA HISTÓRIA DE ÁGUAS VIRTUOSAS DE LAMBARI. [1]
São pequenas notas acerca da população indígena que habitou primitivamente a Região Sul do Estado de Minas, especialmente o chamado Sertão do Rio Verde, no qual estavam localizadas a cidade de Campanha e de Águas Virtuosas de Lambari.
Vamos lá.
POPULAÇÃO PRIMITIVA DO SUL DE MINAS
No final do século XVII, à procura de riquezas minerais, os bandeirantes paulistas com seus aliados indígenas atravessaram a garganta do Embaú na Mantiqueira e adentraram as matas Sul do Sertão do Cataguases – como era então chamada a região do centro, oeste e sul de Minas, ocupada por indígenas Cataguases ou Cataguás, conhecidos ainda por Catauás. [2]
O Sul de Minas, além dos Cataguás, era habitado também por Puris, Abatinguaras, Mandiboias, Moropaks, entre outros. À medida que vilas e cidades foram sendo criadas, as aldeias indígenas foram perdendo espaço e desaparecendo ao longo dos anos.
Esses povos indígenas e diversas outras etnias viviam há milhares de anos na região correspondente ao Sul de Minas e deixaram marcas em diversos lugares:
em Andrelândia é possível encontrar utensílios para uso doméstico e pessoal, utensílios para sepultamento dos mortos e cerâmicas pintadas em vermelho e branco. Tais objetos também podem ser encontrados em outros lugares do sul de Minas Gerais, como, por exemplo, os instrumentos de pedra e cachimbos presentes no Museu Regional do Sul de Minas, em Campanha, e os objetos (cachimbos, instrumentos de pedra e vasos funerários) expostos no Museu Municipal de Varginha. [3]
Instrumentos de pedra encontrados na região de Lambari (Alto Boa Vista)
Ferramenta primitiva de pedra, encontrada no bairro rural do Cafundó (Lambari, MG)