Ilustração: Oscar Machado da Costa. (Lambari, MG - 8/7/1894 - Rio de Janeiro, RJ - 1/11/1963) - Reprodução. Institutodeengenharia.org.br
Neste post vamos resgatar a história de um lambariense — Oscar Machado da Costa — que se tornou ícone da engenharia brasileira.
Pelo que apuramos, não se sabia entre nós lambarienses da existência deste ilustre filho da nossa terra.
Vamos lá, conferir!
Devo este resgate ao meu caro João Nogueira Motta, conhecido por Motinha.
Ele é filho de Manoel Nogueira Motta (Padaria Motta), um dos maiores incentivadores do futebol de Lambari e um torcedor símbolo do time do Águas Virtuosas.
João Nogueira Motta possui graduação em Engenharia Civil pela Escola de Engenharia da UFMG em 1971, Especialização em Estruturas de Aço, de 1973 a 1975, na THD – Escola Técnica Superior de Darmstadt – Alemanha, como bolsista do DAAD, MBA em Gestão Estratégica – FGV, MBA em TI pela Escola de Ciência da Informação – ECI – UFMG.
Iniciou em 1970 como estagiário na USIMINAS, no Grupo de Promoção do Uso do Aço na Construção Civil que em 1971 foi a primeira equipe técnica da Usiminas Mecânica S/A – USIMEC, até 2012. Desde 2013 trabalha na RMG Engenharia Ltda. na área de Supervisão Técnica. Nesse período trabalhou como calculista/projetista de estruturas, gerente de projetos e Superintendente da Unidade de Pontes e Estruturas da USIMEC.
Daí seu interesse pelo Engenheiro Oscar Machado da Costa, considerado o maior especialista brasileiro na construção de pontes.
Motinha foi um dos grandes craques do futebol de Lambari. Em breve vamos publicar uma entrevista com ele, para que nos fale de suas passagens pelo Vasquinho e pelo Águas Virtuosas, no qual atuou como atleta profissional nos anos de 1968/69.
Motinha no time do Águas, anos 1960, e hoje posando com a camisa do AVFC, autografada por ele próprio e por outros ex-jogadores do clube |
Na redação deste texto, consultei especialmente o livro abaixo, uma síntese biográfica de Oscar Machado da Costa feita pelo engenheiro Carlos Celso Carnasciali, que trabalhou 10 anos com o biografado.
Admiráveis o carinho e o respeito pela memória de seu mestre Machado da Costa demonstrados por Carnasciali. E o mesmo se pode dizer do engenheiro Álvaro de Souza Lima, colega de faculdade e amigo de Oscar Machado, quando do discurso que proferiu no Instituto de Engenharia de São Paulo, ano em que, postumamente, foi conferido a Oscar Machado da Costa o título de Engenheiro do Ano de 1963. Esse discurso foi transcrito no livro de Carnasciali.
Outras fontes de consultas — sites, revistas, jornais — são mencionadas ao longo do texto e/ou no tópico Referências.
CARNASCIALI. Carlos Celso. Oscar Machado da Costa - Um expoente da engenharia brasileira.
Curitiba, Fundação Santos Lima, 2006
A FAMÍLIA MACHADO DA COSTA EM LAMBARI
Manoel José Machado da Costa, engenheiro civil especializado em pontes e ferrovias, foi contratado em 1892 pela Estrada de Ferro Muzambinho, como Engenheiro Chefe, para trabalhar em sua construção, na zona nordeste de Minas, próximo à fronteira com São Paulo.
O trecho médio dessa ferrovia iria alcançar as estâncias hidrominerais do Sul de Minas: Cambuquira, Caxambu, São Lourenço e a nossa Lambari.
A Estrada de Ferro Muzambinho chegou a Jesuânia em 1894. Em 1o. de março, essa estação (chamada então Bias Fortes) foi inaugurada. No dia 24 do mesmo mês a estrada de ferro chegava às Águas Virtuosas. A primeira estação foi a Parada Melo, a estação ferroviária de Águas Virtuosas foi inaugurada alguns anos depois. |
Fonte: http://vfco.brazilia.jor.br/
Fonte: http://vfco.brazilia.jor.br/ferrovias-historia/1907-CIB/EF-Muzambinho.shtml
Por aquele tempo (início anos 1890), quando a família provavelmente residia na Vila de Lambari e seu pai se empenhava na construção do trecho Ramal da Campanha, foi que veio à luz o menino Oscar, filho do casal Manoel e Vicentina.
E em Lambari foi ele registrado como Oscar Machado da Costa, nascido a 8 de julho de 1894.
Naquele ano de 1894, já haviam sido concluídos os trechos da ferrovia até Lambari (o nosso "pontilhão", inclusive) e Cambuquira, além da ponte sobre o Rio Verde, restando apenas o trecho de 17 km até Campanha.
Em 1895, a família Machado da Costa mudou-se para Três Corações, em razão da transferência de Manoel José, que lá assumiu o cargo de Engenheiro Chefe de Linha e de Locomoção da ferrovia.
Oscar passou a infância em Três Corações, a qual deixaria depois para estudar no Rio de Janeiro e, em seguida, nos Estados Unidos. Quando se formou engenheiro, pela Universidade Cornell, tinha 22 anos incompletos. Por essa época, 1916, seus pais ainda residiam em Três Corações.
Ponte férrea sobre o Rio Mumbuca, concluída em 1894, provavelmente pelo engenheiro Manoel José Machado da Costa
Ponte férrea sobre o Rio Verde, concluída em 1894, provavelmente pelo engenheiro Manoel José Machado da Costa
Desde menino, Oscar Machado da Costa foi incentivado a seguir a carreira do pai na área de engenharia. Para tanto, Manoel José procurou encaminhar o jovem a bons colégios. Assim, Oscar fez seus estudos secundários no Colégio Militar do Rio de Janeiro e cursou a seguir a Escola de Engenharia da Universidade de Cornell, então considerada das melhores e mais exigentes dos Estados Unidos.
Nos EUA, conheceu Plínio de Lima, compatriota que se tornou amigo de uma vida e com o qual, anos depois, iria realizar duas expedições científicas pelo interior do Brasil.
Diplomou-se em engenharia civil em 1916, tendo-se dedicado principalmente ao estudo de pontes e fundações, concreto armado, estradas e obras hidráulicas.
Aplicado, estudioso e criativo, Oscar Machado foi pioneiro em diversas áreas de sua atividade profissional, como no uso intensivo do concreto armado em pontes e estruturas de grande porte e no campo das grandes pontes metálicas e de instrumentos e técnicas de montagem de pontes.
Fonte: Oscar Machado da Costa - Um expoente da engenharia brasileira.
Carlos Celso Carnasciali. Curitiba, Fundação Santos Lima, 2006
Fonte: Colatina e a E. F. Vitória a Minas (A PONTE FLORENTINO AVIDOS)
https://comunidadecolatinense.blogspot.com/2013/11/colatina-e-e-f-vitoria-minas-ponte.html
Vicentina Machado da Costa, mãe de Oscar Machado da Costa, faleceu em 1960. Reprodução. Diário do Paraná, 02/12/1960
A partir de sua formatura em 1916, ainda jovem, iniciou sua vida profissional na Estrada de Ferro Noroeste do Brasil, na qual exerceu funções de Engenheiro Residente, Ajudante do Chefe de Construção e do Chefe de Linha. Encarregado da Seção de Pontes, foi um dos pioneiros do cálculo e projeto de pontes metálicas no Brasil.
Em 1919, foi para a E. F. Central do Brasil, onde chefiou a Seção Técnica de estudos e projetos de pontes e sua construção ou reforço. Nesse mesmo ano, casa-se com Amália Caminha.
Em 1921, foi trabalhar com seu pai Manoel José Machado da Costa, então Diretor de Diques e Oficinas do Lóide Brasileiro.
Após isso, durante quatro anos (1922/1926), ocupou funções comerciais na Sociedade Anônima Marvin, mas manteve-se atento à área técnica, publicando diversos artigos sobre engenharia civil.
A seguir, de finais de 1926 até 1930, ocupou o cargo de Engenheiro Chefe de um grande empresa de engenharia e importações da época: Soares de Sampaio & Cia. Ltda. Lá elaborou projetos de grandes pontes, entre elas a famosa ponte Florentino Avidos, sobre o Rio Doce, em Colatina, ES — uma ponte metálica de 800m, para cuja montagem idealizou um equipamento denominado dinossauro, do qual falamos em tópico abaixo.
Após a Revolução de 1930 a empresa acima foi dissolvida, e ele realizou expedições de exploração mineral pelo interior do Brasil (veja aqui:)
Quando retornou de suas expedições, por cinco anos esteve associado à firma E. Kemnitz & Cia., especializada em concreto armado, tendo projetado e construído pontes, silos, piers, muros de cais, barragens e estruturas de edifícios, além de publicar artigos e emitir pareceres técnicos.
Em 1936, assinou com a Ferrovia São Paulo-Rio (depois, Rede de Viação Paraná-Santa Catarina) um contrato para realizar reforço e substituição de pontes, serviços esses baseado nos Estudos para remodelação da E. F. Central do Brasil, que fizera em 1927 e 1928.
Por essa época, fundou sua própria empresa, a Machado da Costa S/A, sediada em Porto Amazonas, PR, com o que iniciou notável e brilhante fase em sua carreira.
O engenheiro construtor da ponte Florentino Avidos, Oscar Machado da Costa, faleceu no dia 1º de novembro de 1963, na cidade do Rio de janeiro, e sua morte foi anunciada pelo Jornal do Brasil:
Morreu aos 69 anos de idade na Casa de Saúde São Sebastião, onde se encontrava internado há alguns dias, o engenheiro Oscar Machado da Costa, considerado o maior especialista brasileiro na construção de pontes, e que ultimamente estava empenhado na projeção e execução de cinco viadutos, entre os quais se destaca o que será o mais alto da América Latina, com 132 metros corresponde a um edifício de mais de 40 andares.
Autor do livro "Vigas Armadas' e de várias monografias técnicas, o Dr. Oscar Machado da Costa, como fiscal do Brasil nas obras da ponte internacional Brasil-Argentina, entre Uruguaiana e Paso de Los Libres, descobriu que a parte brasileira estava sendo construída errada (não se encontraria com a da Argentina) e não só a consertou como ainda conseguiu a etapa do Brasil antes da Argentina.
Fonte. Reprodução. Diário do Paraná - 01/nov/1963
Após a Revolução de 1930, a economia do País declinou, o campo de negócios e obras sofreu grave abalo e a empresa Soares de Sampaio encerrou suas atividades.
Nesse contexto, sem vislumbrar imediato campo de trabalho, Oscar Machado decidiu realizar expedições científicas pelo interior de Goiás e Paraná, sonho há tempos acalentado.
A primeira expedição foi feita em 1935, pelo interior de Goiás, na companhia do amigo Plínio de Lima, que era geólogo do Instituto Geográfico e Geológico de São Paulo, para pesquisar ouro num trecho entre os rios Araguaia e Tocantins.
A segunda deu-se em 1947, quando exploraram o Sertão Paranaense, entre os rios Iguaçu e Ivaí, a busca de cobre.
Reprodução. Fonte: Carnasciali, 2006
Reproduçao. Tribuna do Comércio, Curitiba. 28, junho, 1938
Dentre seus inúmeros projetos e/ou obras que realizou, podemos mencionar:
Oscar Machado da Costa manteve bom relacionamento com governantes e órgãos de governo, civis e militares, em razão de suas atividades comerciais e profissionais.
Correio da Manhã - 13/07/1945 Correio da Manhã - 2/2/1952
Algumas consultorias técnicas prestadas por Machado da Costa:
Correio da Manhã - Edições de 29/5/1952 e 1/7/1953
A EMPRESA MACHADO DA COSTA S/A
Em 1936, a E. F. Central do Brasil foi assumida pela Rede de Viação Paraná-Santa Catarina (R.V.P.S.C.) e a direção dessa empresa incluiu no programa de remodelação da ferrovia a ação de reforço e consolidação das pontes, inspirada pelo relatório Estudos para remodelação da E. F. Central do Brasil, produzido por Oscar Machado em 1927/28.
Desse modo, Oscar Machado foi contratado para atualizar aquele plano e realizar as obras de reforço de pontes, abrangendo as linhas desde Paranaguá até o interior do Paraná, inclusive os trechos que serviam Santa Catarina até o Porto de São Francisco. Com isso, na estrutura organizacional da empresa, foi criado o Serviço de Reforço de Pontes.
Para a realização desse formidável plano — tratava-se de cerca de 230 pontes —, Oscar Machado escolheu a vila de Porto Amazonas, situada à margem direita do Rio Iguaçu e distante cerca de 100 km de Curitiba, como o local das instalações do Serviço de Pontes da Viação Paraná-Santa Catarina.
Essa escolha da localização da empresa levou em consideração vários fatores:
Reprodução. Fonte: Carnasciali, 2006
Oscar Machado da Costa ao centro, ao lado de seus funcionários, na fábrica de Porto Amazonas. Reprodução. Fonte: Gazeta do Povo, PR, 03/05/24
Visita Ministro à empresa Machado da Costa - Correio da Manhã, 20/05/1940
Nos anos 1980, a empresa já se encontrava desativada. Reprodução. Diário do Paraná, 20/05/1981
Pontes e viadutos - Obras públicas - Fundações. Obras típicas realisadas parcial ou integralmente pela empresa Oscar Machado da Costa
Livro raro, à venda no site: www.abebooks.com
Ponte dos Arcos, Porto Amazonas, PR. Projetada e construída pela empresa Machado da Costa. Reprodução. Fonte: camposgeraisdoparana.com
Machado da Costa mantinha boas relações técnicas, comerciais e de amizade com autoridades militares.
Diversos projetos de pontes de campanha foram por ele estudados e doados ao Exército Nacional.
Essas relações o fizeram merecedor da Medalha da Ordem do Mérito Militar.
Reprodução. Fonte: Correio da Manhã, 12/03/1950 - bn.digital.gov.br
No texto acima há a seguinte referência a Oscar Machado: uma das maiores autoridades mundiais no assunto (serviço de pontes ferroviárias)
Visita de Juarez Távora, quando das obras na ponte ferroviária de Porto União, em 1954.
No texto acima, vê-se que a substituição das velhas vigas em treliça se deu sem que houvesse a interrupção do tráfego de trens.
Diário da Tarde, 06/05/1955
Merecem especial referência as seguintes obras e processos realizados por Machado da Costa e/ou por sua empresa:
Ponte Engenheiro Machado da Costa
Considerada uma obra de arte da engenharia ferroviária, a Ponte Preta é única no mundo. Sua arquitetura foi especialmente desenvolvida, já que naquela época não existia o conceito de protensão (tensões prévias no concreto).
A Ponte Preta foi desativada nos anos 70, devido à inauguração da nova estação rodoferroviária, e tombada como patrimônio histórico estadual em 1976.
https://blogdomaizeh.wordpress.com/2012/01/24/ponte-preta/
Ponte Internacional Brasil-Argentina
LIVROS, MONOGRAFIAS E ARTIGOS PUBLICADOS
Estudioso, Oscar Machado da Costa publicou livros, monografias, pareceres e artigos da sua área de atuação profissional.
Em jornais e revistas técnicas publicou mais de 25 artigos.
Escreveu, por exemplo, parecer sobre a antiga estrutura metálica do Viaduto do Chá (SP).
Proferiu a palestra A evolução da teoria das construções, no Instituto de Engenharia do Paraná, com profunda e extensa análise histórica e apreciação crítica de várias teorias então vigentes. (Essa palestra foi transcrita por Carnasciali, 2006, págs. 82 a 102).
E traduziu, também, junto com sua filha Amália, artigo sobre a Grande Ponte de Mackinak, de autoria do engenheiro D. B. Steinman.
Eis alguns de seus estudos:
Livros e monografias de Oscar Machado da Costa. Fonte: Carnasciali, 2006
Livros e estudos publicados por Oscar Machado da Costa
Conferência na Universidade do Paraná. Dário da Tarde, 1950, edição 17018
Citação de Oscar Machado da Costa. In Introdução à História Ferroviária do Brasil, Benévolo, 1953
Em 1926, quando da construção ponte sobre o Rio Doce, em Colatina, ES, foi que Oscar Machado idealizou um equipamento a que chamou de dinossauro — pelo seu aspecto robusto e desempenho pesado —, com o qual conseguiu montar 22 vãos metálicos completos, de 26 m cada um, em 32 dias de trabalho, recorde na América Latina, então.
Em 29/06/1928, o pr. Florentino Avidos inaugurou a ponte sobre o rio Doce em Colatina. Reprodução. diariodigitalcapixaba.com.br
Dinossauro. Reprodução. Fonte: Carnasciali, 2006
Reprodução. Fonte: Colatina e a E. F. Vitória a Minas (A PONTE FLORENTINO AVIDOS)
https://comunidadecolatinense.blogspot.com/2013/11/colatina-e-e-f-vitoria-minas-ponte.html
INAUGURAÇÃO DA PONTE SOBRE O RIO VERDE (1959)
Em 5 de maio de 1959, foi inaugurada ponte ferroviária sobre o Rio Verde, em Três Corações. Essa ponte, veio substituir a primitiva, construída em 1894 pelo engenheiro Manoel José Machado da Costa, pai de Oscar Machado.
Para essa solenidade, Dermeval José Pimenta, Diretor-Geral da Rede Mineira de Viação, convidou Oscar Machado da Costa.
Oscar Machado discursou lembrando a passagem da família pelo Sul de Minas e o papel de seu pai na construção daqueles trechos de ferrovia.
Há um simbolismo histórico e familiar nesta cerimônia: O filho inaugura em 1959 nova ponte que foi construída por ele, para substituir a ponte anterior, que fora feita pelo pai, em 1894!
Confira:
Oscar Machado da Costa discursando em 1959, durante a solenidade de inauguração da ponte sobre o Rio Verde.
Abaixo, Dermeval José Pimenta, Diretor-Geral da Rede Mineira de Viação. Reprodução. Fonte: http://www.siaapm.cultura.mg.gov.br/
Antiga ponte sobre o Rio Verde, em Três Corações. Reprodução. Vasco de Castro Lima, 1884-1934
1.959. Inauguração da Ponte sobre o Rio Verde, ao lado da antiga ponte construída em 1894.
Reprodução. Fonte: http://www.siaapm.cultura.mg.gov.br/
ENGENHEIRO DO ANO - INSTITUTO DE ENGENHARIA (1963)
O Instituto de Engenharia é uma sociedade civil sem fins lucrativos com mais de 100 anos de tradição, credibilidade e comprometimento com o desenvolvimento do Brasil.
Reúne profissionais, engenheiros e não-engenheiros, que atuam no mercado da Engenharia, firmando-se como a principal organização que representa o setor com isenção.
Criado em 1963 pelo Conselho Deliberativo, o prêmio de Engenheiro do Ano foi promovido para estimular e valorizar a profissão, além de contribuir com a Engenharia. O profissional escolhido deve ser uma pessoa que viveu para a Engenharia, seja na técnica, ensino ou administração.
O primeiro homenageado foi Oscar Machado da Costa.
Prêmio Engenheiro Oscar Machado da Costa
Em 1977, a ABCEM - Associação Brasileira dos Construtores de Estruturas Metálicas (https://www.abcem.org.br/) instituiu um prêmio para diversas categorias das construções metálicas:
A categoria OBRAS ESPECIAIS leva o nome do Engenheiro OSCAR MACHADO DA COSTA.
Esse prêmio é conferido para a construção total da obra: projeto de arquitetura se houver, projeto executivo estrutural, fabricação, montagem da estrutura e execução das obras de concreto.
Essas etapas podem ser executadas por empresas distintas, com seus respectivos profissionais.
Reprodução. Fonte: paulaoantiguidades.com.br
No primeiro ano — 1977 — o prêmio Engenheiro OSCAR MACHADO DA COSTA foi conferido à Usiminas Mecânica S/A pelo projeto, fabricação, montagem da estrutura metálica e execução das obras em concreto da Ponte dos Macuxis com 1.200m de extensão sobre o Rio Branco, acesso rodoviário à capital Boa Vista no Território Federal de Roraima, hoje Estado de Roraima.
Trata- se uma ponte mista (aço + concreto), cujo cálculo e projeto foram feitos pelo Engenheiro João Nogueira Motta, quando funcionário da Usiminas Mecânica S. A.
Confira esta lista:
Fonte: Carnasciali, 2006
Oscar Machado da Costa recebeu os títulos de cidadão honorário de Curitiba e de Porto Amazonas, cidade que sediava sua empresa. Recebeu também Medalha de Bronze da R.V.P.S.C.
A Lei Municipal n. 110/63 de Porto Amazonas decretou feriado o dia 1º de novembro, em homenagem a ele (data do seu falecimento).
A Estação Ferroviária de Porto Amazonas leva o seu nome.
Cidadão honorário de Curitib
Agraciado com a Medalha de Bronze, da RVPSC. Reprodução. Diário do Paraná, 28/05/1961
Estação Machado da Costa. Porto Amazonas. Reprodução.
Fonte: estacoesferroviarias.com.br/pr-variantes/machadodacosta.htm/Daniel Trevisan
CARNASCIALI. Carlos Celso. Oscar Machado da Costa - Um expoente da engenharia brasileira. Curitiba, Fundação Santos Lima, 2006
E-BOOK- UM ENGENHEIRO QUE AMAVA FERROVIAS