A irritação do menino, porém, duraria pouco, pois logo ele ia dar um jeito de inventar coisas que fazer pelo caminho. — Vamos passar pelo Campinho, né mãe? — Não, pela Estação, que é mais perto. Mas não quero você andando na linha do trem e nem chegando perto no virador, que um menino teve que cortar a perna porque foi querer andar naquela geringonça. E fique longe dos cachorros, que por lá tem muito cachorro louco. (“Cachorro louco em janeiro, mãe? Mas isso não é só em agosto?”) — Ah, mãe, pelo bairro do Campinho é melhor, tem passeio, tem sombra, ele insistiu. — Não amola, é pela Estação que nós vamos. (“Ah, deu certo, como a história do sapo que escondeu na viola pra ir à festa no céu, que o Pai Véio contou! Me joga na pedra, me joga na pedra! E o urubu jogou o sapo na água. Nós vamos pelo caminho da Estação. Oba!”)