MEMÓRIAS FAMILIARES
Minha fé católica e a Semana Santa
Ilustração: "Não me toques" - tela de Corregio (Antonio Alegri). Museu do Prado (Reprodução)
- Apresentação
- Trechos do livro Menino-Serelepe
- O livrinho sobre Nossa Senhora da Saúde
- Casa Espírita Francisco de Paula Vítor, o Padre Vítor
- Meu livro de memórias da infância
Apresentação
No Menino-Serelepe, meu livro de memórias da infância (aqui), deixei consignadas várias passagens em que minha mãe e minha avó materna — Iracema Gentil Lobo, a vó Cema — me ensinaram a praticar a fé católica da família.
Em adulto, segui a fé espírita kardecista de meu pai e meus avós paternos, mas continuei guardando profundo respeito pelas tradições da Igreja Católica.
A propósito da Semana Santa, resgato alguns trechos do livro citado, em que registrei pequenos fatos da minha criação católica, desejando aos leitores deste blog uma Páscoa de Paz e Esperança.
Trechos do livro Menino-Serelepe
Minha mãe... me criou na fé católica de missas, terços, novenas, jejuns e promessas. Me fez freqüentar catecismo, confessar, fazer primeira comunhão, levar flores para o Sagrado Coração e ajudar na enfeitação das ruas, por ocasião das procissões de Corpus Christi e, na Semana Santa, acompanhar a procissão do Encontro e a do Senhor Morto. Na malhação do Judas, não fica perto do foguetório, cuidava de recomendar. No Natal, colhe lodo no jardim e me ajuda a montar o presépio em cima do tager, ela dizia. E, toda tarde, era só tocar a Ave-Maria no alto-falante da igreja de Nossa Senhora da Saúde e lá vinha: “faça-a-prece-pra-padroeira, meu filho, seis-horas”. (Só quem viveu no interior sabe, com dorida saudade, o encanto de uma Ave-Maria tocada numa igrejinha...)
E as Sextas-feiras Santas, de silêncios, jejuns, meditações, preces e sem quaisquer afazeres, mesmo os domésticos, pois que as comidas se faziam na véspera, tudo isso pra velar o Senhor Morto, essas tradições se foram com os novos tempos e não voltarão jamais!
O livrinho sobre Nossa Senhora da Saúde
No livrinho As Águas Virtuosas de Lambari e a devoção a Nossa Senhora da Saúde (aqui), que elaborei em razão de minha memória afetiva, cujo ramo familiar materno possui antigos vínculos com a Igreja Católica, fiz esta dedicatória a pessoas de minha família:
►Para Vó Cema (Iracema Gentil Lobo), que contava histórias dos santos e me ensinou as preces e hinos católicos.
► Para Dona Neli, minha mãe (Neli Gentil Guimarães), que me fez conhecer e praticar o Catolicismo.
► Para Tia Dri (Adriana Salles Krauss Magalhães), pela sua fé em Maria, mãe de Jesus.
Casa Espírita Francisco de Paula Vítor, o Padre Vítor
Por outra parte, pelo lado paterno, minha família tem sua história ligada ao antigo Centro Espírita 24 de Junho, de Lambari, MG, que atualmente se chama CASA ESPÍRITA FRANCISCO DE PAULA VÍTOR, por ter adotado o nome do mentor espiritual que ali se manifestou nos anos 1930.
Essa história está contada no livro ABIGAIL [Mediunidade e redenção] (aqui), em cuja página de abertura eu escrevi:
Esta história de Abigail que aqui se escreveu
E sede agradecidos.
(PAULO, Colossenses, cap. 3, v. 15)
se escreveu como testemunho de uma crença espírita; se escreveu com a intenção de deixar registrado o agradecimento dos familiares de Abigail ao Centro Espírita Vinte e Quatro de Junho e aos seus abnegados trabalhadores, encarnados e desencarnados; se escreveu para os descendentes dos Guimarães, para que conheçam a história de sua estirpe.
Mas escreveu-se, também, para consignar ao Espírito de Francisco de Paula Vítor o reconhecimento pelas luzes e bênçãos que lançou sobre essa família.
Escreveu-se para, humildemente, nos ajoelharmos todos ao pé do Divino Amigo e beijar-Lhe as mãos suaves, as quais sempre à mantém estendida sobre os Seus irmãos menores.
Aguinhas, 23 de setembro de 2009
Antônio Carlos Guimarães
Meu livro de memórias da infância
O livro Menino-Serelepe - Um antigo menino levado contando vantagem é uma ficção baseada em fatos reais da vida do autor, numa cidadezinha do interior de Minas Gerais, nos anos 1960.
O livro é de autoria de Antônio Lobo Guimarães, pseudônimo com que Antônio Carlos Guimarães (Guima, de Aguinhas) assina a série MEMÓRIAS DE ÁGUINHAS. Veja acima o tópico Livros à Venda