Ilustração: Família Lobo na Aparecida. Agachados, meus primos: Rubinho, Miguel, Zé Carlos, Dilinho, João e Antônio. Em pé: Vó Cema, tia Léia, Neli (minha mãe), Tio Mário, tia Elisa e Tio Messias Lobo
- Apresentação
- Passagens do Rubinho
- Menino-Serelepe
APRESENTAÇÃO
Esta é uma lembrança dos primos e primas com quem fui criado, que me ajudaram a superar a ausência de irmãos e a amenizar a extremada vigilância de minha mãe.
Brincadeiras de menino criado preso. Cap. IV do livro Menino-Serelepe
No livro MENINO-SERELEPE eu conto minha infância de filho único no meio de dezenas de primos.
Dentre eles, o Rubinho, filho dos tios Rubens Lobo e Juraci Framil, que faleceu ontem, 6 de janeiro de 2021, dia de Reis.
Este texto traz recortes do livro acima, em que me refiro ao Rubinho, num preito de saudade e respeito, a esse primo sempre alegre e brincalhão — e muito trabalhador.
Vá com Deus, primo!
Rubens Framil Lobo (1952-2020)
Rubinho e Dé da Farmácia, no casamento da Beta Framil Lobo
Placa no Prédio da Prefeitura Municipal
Da minha infância na Vila Nova
Por essa época, a minha turma da Vila Nova já era das mais graúdas: os filhos do tio Messias, da tia Sara, do tio Rubens: Berê, Cleonice, Verinho, Rubinho, Beta, Lúcia, Cida. As filhas do João da Mariaça, os filhos menores do Bolachinha, os filhos da dona Leontina — e mais um bando da Rua de Cima, outro bando da Rua de Baixo, um sem conta de criancice, todos lá na festa junina.
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Uma brincadeira com Rubinho
E, tempo que segue, com o pai ganhando melhor, passamos a ter mais conforto de boca, e mãe preparava mingau de Maisena, de creme de arroz, de fubá com rapadura, e mais farinha de milho com leite, banana com aveia Quaker, misto-quente — huumm! — coisas que eu adorava. Só quando ela vinha com o mandiopan — arrrgh! — ou com o sagu — urrrgh! — é que eu fugia. Deixa pro sete-almoços do Rubinho, que ele é arado (anda até com um pão tatu de reserva no bolso!), come de tudo e não sente gosto de nada, eu falava, então, só pra espicaçar o meu primo, que vinha sempre nos trazer água mineral puxada num carrinho.
MENINO-SERELEPE O livro Menino-Serelepe - Um antigo menino levado contando vantagem trata-se de uma ficção baseada em fatos reais da vida do autor, numa cidadezinha do interior de Minas Gerais, nos anos 1960.
O livro é de autoria de Antônio Lobo Guimarães, pseudônimo com que Antônio Carlos Guimarães (Guima, de Aguinhas) assina a série MEMÓRIAS DE ÁGUINHAS. Veja acima o tópico Livros à Venda.