Álbum da Copa de 1962
Em o Menino-Serelepe (*) registrei como consegui meu primeiro álbum de figurinhas. Por aquela época eu — menino de 7 para 8 anos — morava no Pasto do Fubá, na casa que ainda hoje pertence aos filhos da Maroca, do José de Melo. Maroca foi costureira de minha mãe, por muitos anos.
Me lembro de ter decorado os nomes de todos os jogadores do álbum, e recitava-os vaidoso de minha memória para os amigos e parentes. Eu pronunciava os nomes como os lia - literalmente; hoje fico imaginando como teria sido a mistura do mineirês da Vila Nova com as grafias estrangeiras que vi pela primeira vez...
Eis como narrei o caso:
Pelo meio do ano, seu Luiz trouxe um sobrinho, Jorge, e ficamos amigos. Jorge vinha com uma novidade que me encantou (e que até hoje encanta): um álbum de figurinhas da Copa de 62. Insisti, chorei, e o pai, com grande sacrifício, começou a coleção pra mim.
Decorei os nomes dos jogadores de todas as seleções: Chile: Escutti...; México: Carbajal...; Iugoslávia: Soskic...; Espanha: Sedrun...; Inglaterra: Springett ...; e, claro, da do Brasil, que ainda trago fresca na memória: Gilmar, Djalma Santos...
Aqui nasceu a paixão por Garrincha, Didi, Nilton Santos, Amarildo, que esses, ao lado de Pelé e uns poucos, eram todos figurinhas carimbadas, as últimas que pus no álbum.
Interessante notar que Antonio Felix Carbajal Rodríguez (Cidade do México, 7 de junho de 1929), foi o goleiro que mais Copas do Mundo disputou. Esteve presente em cinco, de 1950 até 1966 pela seleção mexicana. Ainda continua em atividade, com 83 anos, orientando e treinando meninos e jovens pobres, oriundos de reformatórios e casas de correção juvenil, na cidade do México.
(*) Esta narrativa faz parte do livro Menino-Serelepe - Um antigo menino levado contando vantagem, uma ficção baseada em fatos reais da vida do autor, numa cidadezinha do interior de Minas Gerais, nos anos 1960.
O livro é de autoria de Antônio Lobo Guimarães, pseudônimo com que Antônio Carlos Guimarães (Guima, de Aguinhas) assina a série MEMÓRIAS DE ÁGUINHAS. Veja acima o tópico Livros à Venda.
Em julho e agosto de 1991, o Vasco da Gama (RJ) realizou em Lambari seus preparativos para o segundo semestre daquele ano.
No dia 28 de julho, houve um jogo-treino contra o Águas Virtuosas, vencido pelo Vasco por 3 x 0. O time do Águas resistiu bem e segurou o empate até os 30 minutos do segundo tempo. Depois, prevaleceu a técnica e o preparo físico dos profissionais do Vasco. William fez um gol e Bismarck fez dois, que estão registrados neste site:
Fotos do amistoso
Gabriel e Bismarck Bebeto e Beto Biaso
Vasco da Gama. Em pé: Cássio, Ayupi, Missinho, Carlos Germano, Jorge Luiz e França. Agachados: Mauricinho, Luizinho, Bebeto, William e Bismarck. Técnico: Antônio Lopes.
As fotos acima são do Águas Virtuosas de 1991. Dos jogadores que nela aparecem, todos atuaram contra o Vasco da Gama, em 1991. Entre eles: Márcio, Ricardinho, Jorge André, Joãozinho, Gabriel, Beto, Zé Amauri, Nambu, Bié, Gadjego, Pedro. Técnico: Guinho Gregatti.
Mais fotos deste amistoso, aqui
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Aguinhas de antigamente
Da série Memórias de Aguinhas, abaixo vão alguns comentários e fotos do início do século XX:
Carro-restaurante da RMV, que seguia para Águas Virtuosas, faz parada em Passo Quatro
À direita, o antigo Hotel Melo, que foi anexado pelo Hotel Imperial. Na frente desse hotel, construiu-se também a Parada Melo. Ao fundo, pode-se divisar a antiga igreja.
Sobre Joaquim Manoel de Melo, fundador do Hotel Melo e nome de rua em Lambari (a rua que passa pela Parada Melo e continua subindo em direção à saída para Cambuquira/Caxambu), escreveu José N. Mileo (1):
Joaquim Manoel de Melo. Fazendeiro. Nasceu em Campanha, em 1842, e faleceu nesta cidade, em 1915. Fixou sua residência nesta localidade, em princípios de 1880 e, em 1884, exerceu o cargo de 4o. Juiz de Paz, época em que fundou o seu hotel - o Hotel Melo - um dos mais antigos de toda região sul-mineira e que, em 1938, foi totalmente reformado, tomando o nome de Hotel Imperial. Foi proprietário da Fazenda Retiro Feliz, de onde provinha o leite consumido por quase toda população da localidade, nas décadas de 1890 e na primeira do século atual. Pela instalação da Câmara Municipal em 1902, fez parte da primeira mesa de vereadores do município.
Hotel Melo e linha férrea - 1906
Vista de Lambari, 1920
(1) Ruas de Lambari. José Nicolau Mileo. Guaratinguetá : Graficávila, 1a. edição, 1970
(*) Fonte: Museu Américo Werneck - Lambari.
(**) Com a colaboração do leitor Wagner Augusto.
Sobre o museu, veja este link: http://www.guimaguinhas.prosaeverso.net/blog.php?idb=36378
Sobre o Hotel Melo, veja estes links:
http://www.guimaguinhas.prosaeverso.net/blog.php?idb=37587
http://www.guimaguinhas.prosaeverso.net/blog.php?idb=37860
Amistoso GR. ABI x JUVENIL DO FLUMINENSE, RJ
Em 1973, o Juvenil do Fluminense (RJ) fez um jogo treino em Lambari, contra o time do GRABI. O tricolor carioca era dirigido pelo Pinheiro, que foi durante anos titular da zaga do Fluminense e também atuou pela Seleção Brasileira.
Reprodução: Jornal do Comércio (RJ), 18, set, 1973
Desse Juvenil do Flu, faziam parte jogadores que se destacaram no futebol brasileiro, e até mesmo na Seleção, como é o caso de Edinho e Paulo Vítor.
O GRABI fez 1 x 0, com Véio, logo no início, mas o Flu, muito superior, reagiu e marcou 6 x 1.
Naquele ano, o GRABI disputava a Liga de Caxambu e realizou um jogo para entrega de faixas, em Carmo de Minas, contra o Ubiratan, que foi o campeão de 1974. Nesse jogo, Pojito, Wilsinho e Biriba atuaram pelo GRABI
Fotos dos times seguem abaixo:
Na foto, entre outros: Em pé: Pinheiro (técnico), Nielsen, Edinho, Pojito, Carlos Alberto, Carlinhos. Agachados: Edivaldo, Erivelto, Téia, Gílson Gênio e Euclides.
Escola de grandes zagueiros, o Fluminense teve Pinheiro e Edinho na zaga da Seleção
Foto do time que iniciou a partida: Joel, Vaca, Tinz, Sérgio, Chá e Celinho. Agachados: Lúcio, Xepinha, Clóvis, Tatá e Véio.
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Em janeiro de 1994, o Botafogo (RJ) fez a pré-temporada em Lambari. A delegação ficou 12 dias, hospedada no Hotel Itaici e treinando no Estádio do AVFC. Nesse ano, o Glorioso havia contratado dois destaques do Campeonato Brasileiro de 1993: Roberto Cavalo, do Vitória, e Túlio (Maravilha), que fora artilheiro do Brasileirão jogando pelo Goiás.
Foi com esse elenco que o Botafogo partiu para montar o time campeão brasileiro de 1995, que tinha, além de Túlio e Wagner, Gonçalves, Gottardo, Donizetti, Sérgio Manoel, entre outros.
No dia 23 de janeiro de 1994, foi realizado um jogo treino contra o Águas, que o Botafogo venceu por 3 x 1. Pelo Águas, marcou Elcinho; pelo Botafogo, Perivaldo e Túlio (2 gols). Registre-se que esses gols de Túlio foram computados pelo atleta na sua lista de, atualmente, quase mil gols:
O Botafogo jogou com: Wagner, Perivaldo, Jorge Luiz, Luiz Cláudio, Nélson, Wescley, Carlos Alberto, Roberto Cavalo, Tiquinho, Túlio e Edson. O técnico era o Dé Aranha.
Pelo Águas Virtuosas jogaram: Quati, Zé Luiz, Pedro, Guiminha, Luiz Carlos, Amauri, Nílton, Nambu, Elcinho, Wellington, Beto, João Pretinho, Fernando, Duda, Lúcio Flávio, Ricardinho, Petrô, Júnior. O técnico era o Guinho Gregatti.
Fotos
Entrada em campo: Nélson com o menino Alan Guimarães
Roberto Cavalo e o botafoguense Alan Guimarães
Hino Nacional. Na foto, Tatá, como árbitro.
Na foto: Arildo (bandeirinha) ao lado de Túlio Maravilha
Flagrantes da torcida
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