O Museu Américo Werneck, que justamente homenageia o primeiro prefeito, o arquiteto e empreendedor das grandes obras da cidade (lago, cassino, farol, etc.), já funcionou nas dependências do Cassino de Lambari.
Como prédio do Cassino foi se deteriorando ao longo dos anos e não oferecia segurança, o acervo do museu há tempos está sob a guarda do sr. Nascime Bacha, antigo e denodado coletor e defensor da memória da cidade. Ele mantém encaixotada, em sua própria residência, boa parte do acervo.
Há notícias de uma reforma do Cassino e informações de que, após essas obras, o acervo do museu retornará ao prédio centenário. Esperamos que isso possa ocorrer brevemente. (1)
A patronesse do Museu Américo Werneck é a lambariense Alaíde Lisboa de Oliveira, autora do famoso livro infantil A Bonequinha Preta.
Reportagem publicada em 2009 pelo jornal Estado de Minas(2), tratando das condições do Museu Américo Werneck e de duas filhas ilustres de Lambari - as irmãs escritoras Henriqueta e Alaíde Lisboa, registra que:
Henriqueta Lisboa nasceu em Lambari em 15 de julho de 1901 e a irmã Alaíde, no dia 22 de abril de 1904. Eram filhas do farmacêutico e deputado federal João de Almeida Lisboa e Maria de Vilhena Lisboa, que tiveram 14 filhos. Elas estudaram no Grupo Escolar de Lambari e no Colégio Nossa Senhora de Sion, na vizinha Campanha, antes de a família se transferir para o Rio, em 1926.
Henriqueta estreou na poesia com o livro Fogo fátuo, em 1925. Em 1935, ela se mudou para Belo Horizonte, onde atuou como poeta, tradutora, ensaísta e professora. Publicou 17 livros e mais quatro volumes com seleção de sua poesia. Morreu em 9 de outubro de 1985.
Alaíde publicou cerca de 30 livros entre ensaios de educação, didáticos e literários. Foi professora em Lambari, no Instituto de Educação de Minas Gerais e na Universidade Federal de Minas Gerais. Foi colaboradora do Estado de Minas. É autora do clássico A Bonequinha Preta, que teve sucessivas edições desde 1938 e de O Bonequinho Doce. Foi a primeira mulher a assumir uma cadeira de vereadora em Minas Gerais. Casou-se com José Lourenço de Oliveira e teve quatro filhos. Faleceu em 6 de novembro de 2006, aos 102 anos.
Nota posterior: No final de 2013, foi apresentado o projeto de restauração do Cassino, cujas obras foram iniciadas logo a seguir (aqui).
(2) Veja, no link abaixo, reportagem publicada pelo Estado de Minas:
Sobre o Museu Américo Werneck e/ou Nascime Bacha, veja também
- Os pracinhas de Aguinhas - aqui
- Coletânea OBRAS LITERÁRIAS DE AMÉRICO WERNECK - aqui
Sobre Américo Werneck, veja a Série Américo Werneck - aqui