Ilustração: Logo do Museu Américo Werneck (MAW) - Lambari, MG
O Museu Américo Werneck (MAW), que justamente homenageia o primeiro prefeito, o arquiteto e empreendedor das grandes obras da cidade (lago, cassino, farol, etc.), foi fundado em dezembro de 1997 por iniciativa do lambariense NASCIME BACHA, conforme está registrado no Cartório do 2o. Ofício de Lambari (Livro A2 - folha 50).
O MAW já funcionou nas dependências do Cassino de Lambari. Como esse prédio foi se deteriorando ao longo dos anos e não oferecia segurança, o acervo do museu ficou tempos sob a guarda do sr. Nascime Bacha, antigo e denodado coletor e defensor da memória da cidade. Ele manteve encaixotada, em sua própria residência, boa parte do acervo.
Atualmente, o MAW aguarda a reforma da antiga Estação Férrea de Nova Baden para lá se alojar.
Parte de sua reserva técnica está instalada no Parque das Águas.
NASCIME BACHA - FUNDADOR DO MUSEU AMÉRICO WERNECK
Reprodução. Facebook Prefeitura de Lambari - 10/09/2015
https://www.facebook.com/search/top?q=nascime%20bacha
Havia notícias de uma reforma do Cassino e informações de que, após essas obras, o acervo do museu retornaria ao prédio centenário. Mas até hoje (janeiro de 2024) isso não ocorreu.
(2) Veja, no link abaixo, reportagem publicada pelo Estado de Minas:
A patronesse do Museu Américo Werneck é a lambariense Alaíde Lisboa de Oliveira, autora do famoso livro infantil A Bonequinha Preta.
Reportagem publicada em 2009 pelo jornal Estado de Minas(2), tratando das condições do Museu Américo Werneck e de duas filhas ilustres de Lambari - as irmãs escritoras Henriqueta e Alaíde Lisboa, registra que:
Henriqueta Lisboa nasceu em Lambari em 15 de julho de 1901 e a irmã Alaíde, no dia 22 de abril de 1904. Eram filhas do farmacêutico e deputado federal João de Almeida Lisboa e Maria de Vilhena Lisboa, que tiveram 14 filhos. Elas estudaram no Grupo Escolar de Lambari e no Colégio Nossa Senhora de Sion, na vizinha Campanha, antes de a família se transferir para o Rio, em 1926.
Henriqueta estreou na poesia com o livro Fogo fátuo, em 1925. Em 1935, ela se mudou para Belo Horizonte, onde atuou como poeta, tradutora, ensaísta e professora. Publicou 17 livros e mais quatro volumes com seleção de sua poesia. Morreu em 9 de outubro de 1985.
Alaíde publicou cerca de 30 livros entre ensaios de educação, didáticos e literários. Foi professora em Lambari, no Instituto de Educação de Minas Gerais e na Universidade Federal de Minas Gerais. Foi colaboradora do Estado de Minas. É autora do clássico A Bonequinha Preta, que teve sucessivas edições desde 1938 e de O Bonequinho Doce. Foi a primeira mulher a assumir uma cadeira de vereadora em Minas Gerais. Casou-se com José Lourenço de Oliveira e teve quatro filhos. Faleceu em 6 de novembro de 2006, aos 102 anos.
VEJA TAMBÉM: Literatura de Aguinhas (5) - Uma família de escritores e poetas
Depois de longa espera, em 2020, a Câmara Municipal de Lambari, por iniciativa da vereadora Yara Vilhena, aprovou a instalação do Museu Américo Werneck.
O MAW deverá ser instalado na antiga Estação Férrea de Nova Baden, que para isso passará por reformas e adaptações.
Antiga Estação Férrea de Nova Baden, onde se pretende instalar a sede do Museu
Atualmente, parte do acervo do MAW está alojada no Parque das Águas.
Instalação da Reserva Técnica do Museu, no Parque das Águas de Lambari
Sobre o Museu Américo Werneck e/ou Nascime Bacha, veja também
Sobre Américo Werneck, veja a Série Américo Werneck - aqui
Em dezembro de 2022, visitei o MAW (Parque das Águas) para fazer entrega do seguinte:
MUSEU AMÉRICO WERNECK - Planta de Águas Virtuosas ao tempo de Werneck (1909)