Guimagüinhas
Memórias familiares e de minha terra natal
Meu Diário
23/04/2013 14h03
Literatura de Aguinhas (6) - Rubem Alves em Aguinhas

Rubem Alves é mineiro de Boa Esperança e passou certo período de sua infância em Lambari, como ele narra no livro O velho que acordou menino [Editora Planeta, SP, 2005].

Na parte III, intitulada Lambari, o pedagogo, psicanalista, professor e autor de inúmeras obras (educação, teologia, crônicas, histórias, etc.) conta como foi essa fase de sua vida de menino. Diz ele, em certo trecho:

(...) Tudo era novidade. Não importava que a casa para onde mudamos fosse do tamanho de uma caixa de fósforos. O que me importava era o fato de minha casa se encontrar atrás de um Castelo Encantado. Lá estava ele, no alto da colina, enorme, fechado, misterioso. Dos pátios vazios que o circundavam, olhando-se para baixo se via um lago azul imenso, coisa que eu desconhecia porque na roça eu só conhecera ranchinhos e lagoinhas. E havia marrequinhos a nadar.

Depois de grande pensei que não havia razões objetivas para nos termos mudado para Lambari. Meu pai era agora viajante, precisava de trens, e o mais lógico teria sido Três Corações, entroncamento ferroviário. Porque ele escolheu Lambari? Acho que foi por causa do Castelo Encantado... Ele me levou a visitar o Castelo por dentro, graças à amizade que fizera com o guarda. Eram salas imensas, empoeiradas, silenciosas, escuras, os móveis cobertos com lençóis, lustres de cristal, mesas de veludos vermelhos e verdes. Tudo parecia dormir. Eu estava no Castelo da Bela Adormecida...

Mais tarde me explicaram, e com a explicação o Castelo deixou de ser Castelo. Foi-se o mistério. Virou um cassino. O assombroso desse cassino é que ele teve uma noite de glória, uma única noite de glória. Foi fechado por ordens superiores no dia seguinte ao de sua inauguração, sem explicações, e nunca mais foi aberto.

Em uma dezena de páginas, Rubem Alves fala das descobertas do menino que chegara a Lambari vindo da roça, tais como, a lâmpada elétrica e a privada, além de contar da simplicidade de sua casa e da ausência de móveis, os quais o pai improvisou de caixotes e paus de vassoura. E foi também aqui em nossa terra que o modo de chupar laranjas (de tampa ou em gomos) mostrou-lhe a diferença social entre a família de sua mãe (nobre) e a de seu pai (plebeia).

Não só por citar Lambari, e sim porque nesse livro podemos nos deliciar com a narrativa poética, repleta de lições, de sabedorias cultas e populares, de um grande contador de histórias, é que não se pode deixar de ler essas memórias de Rubens Alves. (1)


PS - Estas palavras de Rubem Alves sobre o nosso cassino:

Eram salas imensas, empoeiradas, silenciosas, escuras, os móveis cobertos com lençóis, lustres de cristal, mesas de veludos vermelhos e verdes. Tudo parecia dormir...

são tão verdadeiras, tão doídas, tão antigas... E nada mudou em décadas... 

[*] Atualmente (2020), o prédio foi restaurado. 


(1) Veja-se também o livro O sapo que queria ser príncipe - [Editora Planeta, SP, 2009] - memórias de adolescência e juventude de Rubens Alves.

 

Publicado por Guimaguinhas
em 23/04/2013 às 14h03
 
11/03/2013 10h51
Literatura de Aguinhas (5) - Uma família de escritores e poetas

Ilustração: José Carlos Lisboa e sua irmão Henriqueta. Rio de Janeiro, 1932. Reprodução.1253689.pngUMA FAMÍLIA DE POETAS E ESCRITORES1253689.png

SUMÁRIO

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APRESENTAÇÃO

O casal João de Almeida Lisboa e Maria Rita Vilhena Lisboa, que se uniu em Lambari na última década dos anos 1800, gerou uma família pródiga em escritores e poetas de qualidade: José Carlos, Alaíde, Henriqueta... E assim também, por influência, os da geração seguinte: Ana Elisa, Edmar...

Nesse post, contamos um pedaço dessa história.

Vamos lá.

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A INFLUÊNCIA DA ESTÂNCIA DE ÁGUAS VIRTUOSAS NA FORMAÇÃO DOS LISBOA

Diz Guy de Almeida:

Na origem de José Carlos Lisboa, na cidade em que nasceu, em suas circunstâncias familiares, estão a meu juízo fatores que estimularam o seu talento inato, a sua vocação para a vida intelectual. Lambari não era uma cidade comum, com rotina diária mais ou menos estática. Suas águas virtuosas atraíam, para temporadas anuais, personalidades destacadas das principais cidades do país, como até mesmo a família do presidente Getúlio Vargas. Elas traziam temas, reflexões e informações que lhe davam um certo ar metropolitano. A farmácia de João Lisboa, patriarca que exercia significativa liderança na região, era um espaço natural para o estabelecimento de relações que frequentemente se transferiram para o ambiente doméstico. [........]

[Todos os filhos do casal Lisboa, Maria Rita e João Lisboa]... realizaram em época de limitadas condições econômicas, cursos superiores que deram contorno a uma família de pedagogos, advogados, médico, alguns deles indo além para ganhar renome como escritores e políticos.

(No homem, o mestre. In José Carlos Lisboa, o mestre, o homem. Ed. UFMG, 2004)


Esses fatores, aliados certamente aos dons inatos e ao empenho individual —pois sabe-se dos esforços que fizeram para se formarem e crescerem intelectual e profissionalmente — explicaria essa família pródiga em escritores e poetas de qualidade: José Carlos, Alaíde, Henriqueta... E assim também, por influência, os da geração seguinte: Ana Elisa, Edmar...

Abaixo vamos destacar alguns passos das obras de três deles, que remetem a lembranças, pessoas e fatos — reais ou ficcionais — de nossa Lambari, e também lembrar as cadeiras que ocuparam nas academias de letras.


Família Lisboa: João de Almeida Lisboa e Maria Rita de Vilhena Lisboa ladeados pelos filhos: João, José Carlos, Alaíde, Henriqueta, Oswaldo e Pedro

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José Carlos Lisboa

Em Vicente e o outro há alusões romanceadas à cidade onde o autor nasceu e passou sua infância. Na Cumbucas romanceada, as cenas da vida na farmácia, do morro do Castelo, do laticínio, das armadilhas para passarinho são provavelmente frutos de lembranças de seus tempos de Lambari.

Veja-se, por exemplo, o seguinte trecho, em que o nome da cidade foi mudado para Cumbucas:

Nasci em casa modesta do interior, numa vila que devagar passou a cidade, muito mais pelas tramas políticas municipais do que pelo seu desenvolvimento natural, que eu mal percebia.

O prestígio de alguns coronéis plantadores de café, ou que tinham bois no pasto dos arredores e chefiavam agregados, dispondo de seus votos, esse prestígio sustentava as chapas oficiais do governo e recebia em paga ora a estradinha até a porteira de um sítio, ora um novo caminho para escoar o café e facilitar o curso das boiadas que iam à feira de Três Corações de Jesus, Maria e José do Rio Verde. Belo Horizonte, às vezes, dava a Cumbucas um pouco mais, quando a vitória nas eleições tinha sido apertada: um prédio para o Grupo Escolar, uma cadeia ou uma coletoria nova, até mesmo agência dos bancos do Estado. Depois da campanha civilista, Cumbucas subia à condição de cidade, com esse nome chocho e encurtado que mutilou seu velho batismo, tão mais bonito e sonoro, de Vila de Nossa Senhora das Cumbucas de Água Santa...


Henriqueta Lisboa

Em O Menino Poeta muitos poemas ou foram inspirados em fatos de sua infância ou aludem ao cotidiano da cidade. Além do poema que deu nome ao livro, podem ser citados, entre muitos outros: Tico-tico, Cavalinho de pau, Hortelão, Corrente de formiguinhas, Consciência, Tempestade.

De fato, de que serra fala a poeta neste trecho de Tempestade?

- Menino, vem para dentro,/ olha a chuva lá na serra,/ olha como vem o vento!/

- Ah! como a chuva é bonita/ e como o vento é valente!

- Não sejas doido, menino,/ esse vento te carrega, / essa chuva te derrete!


Ana Elisa Gregori

Em Entre a árvore e a estrela  vamos encontrar referências romanceadas da infância da autora, passada em Lambari: O rio Mumbuca, o charreteiro, a pescaria, o Grupo Escolar.

Como nestes trechos:

A última casa de Ariana havia ficado na esquina, perto do Rio Mumbuca, do Parque Novo.

...................

Vão de charrete? - Na do João da Cruz, não demora ele chegará aqui.


A FAMÍLIA NAS ACADEMIAS

José Carlos, Henriqueta e Alaíde

Esses, a seu tdempo foram membros da ACADEMIA MINEIRA DE LETRAS.

 


Edmar Lisboa Bacha

 

Filho de Felício Bacha e de Maria de Jesus Lisboa Bacha, nasceu em Lambari (MG), no dia 14 de fevereiro de 1942. Iniciou seus estudos em sua cidade natal, tendo concluído os cursos ginasial e científico no Colégio Santo Antônio, em Belo Horizonte (MG).

Graduado em Ciências Econômicas pela Universidade Federal de Minas Gerais (1960-1963), Bacha especializou-se em Economia no Centro de Aperfeiçoamento de Economistas da Fundação Getúlio Vargas (1964) e, depois disso, somou à sua formação acadêmica inicial os títulos de mestre (1964-1966) e doutor em Economia (1964-1968), pela Universidade de Yale (Estados Unidos). (Fonte: https://memoria.ibge.gov.br)

 

Em 3 de novembro de 2016, EDMAR BACHA foi eleito para a ACADEMIA BRASILEIRA DE LETRAS (ABL)

 

Veja também:

  • As fábulas e o economista no país dos contrastes, por Maria Laura Viveiros de Castro Cavalcanti - aqui

REFERÊNCIAS

(1) Vicente e o outro. José Olympio Editora, Rio de Janeiro, 1985. O Menino Poeta. Secretaria da Educação de Minas Gerais, Belo Horizonte, 1975. Entre a árvore e a estrada. Itatiaia, Belo Horizonte, 1985.

Todos os livros citados podem ser encontrados no Museu Américo Werneck.

(2) Na foto ilustrativa: José Carlos e Henriqueta, no Rio de Janeiro, em 1932.

(3) https://pt.wikipedia.org/wiki/Edmar_Bacha

(4) http://www.academia.org.br/academicos/edmar-lisboa-bacha

Publicado por Guimaguinhas
em 11/03/2013 às 10h51
 
11/03/2013 05h56
Literatura de Aguinhas (4) - Doutor "Zé Bindito"


Ao médico e amigo José Benedito Rodrigues sempre fui muito agradecido em razão de fatos marcantes, alguns já narrados no Menino-Serelepe, como estes:


- Ele fez o meu parto e me medicou em criança (págs. 25 e 32);


- Ele ofereceu a meu pai e ao tio João, em certa época, um cômodo, ao lado de sua casa, e o incentivo para que abrissem uma farmácia - o que acabou não ocorrendo,  em razão do receio que esses dois tinham de se arriscar no comércio (pág. 47).

Foi o doutor José que no final dos anos 1970 me relatou, tão emocionado quanto eu, a doença fatal que levaria meu pai. Ele disse: Nosso Dé tem uns três meses de vida! Foi também ele - mais dr. Ismael e dr. Wander - que o operaram, em Lambari, pois meu pai não queria ser atendido fora e por médicos desconhecidos... O estádio avançado da doença não lhe deu muitas chances, mas a intervenção cirúrgica aliviou seus sofrimentos e concedeu-lhe alguns meses a mais de vida.

E durante esse tempo ele visitava meu pai quase que diariamente. E nunca lhe cobrou uma consulta! E assim também o fizeram dr. Ismael e dr. Wander, que muito estimavam meu pai.


Fui também, ainda jovem, no começo de minha carreira profissional de contabilista, responsável técnico por sua declaração de imposto de renda e, depois, de uma empresa que abriu em sociedade. Mais tarde, tive a oportunidade de orientá-lo sobre questões legais quanto à isenção do IR Pessoa Física de sua aposentadoria, em face de uma delicada cirurgia de coração a que se submetera.


Mas houve entre nós também alguns episódios "literários", vamos dizer assim. Dele possuo com fraternas dedicatórias O retrato do velho médico (1993) e Casa Progresso (1999). Algumas vezes, o visitei em sua rica e variada biblioteca, e ele me mostrou diversos livros autografados que possuía: Gustavo Barroso, Ivan Lins, Basílio de Magalhães; e também as inúmeras biografias que colecionava; e os livros de Albert Schweitzer, médico e autor que admirava; e ainda as notas e as páginas datilogradas das memórias que viria a publicar. Tantas vezes, tarde da noite, madrugadas a dentro, podiam-se ver acesas as luzes de sua biblioteca para o expediente da literatura...


Já estava bem doente quando me telefonou para dizer que estava adorando Abigail [Mediunidade e redenção], que eu lhe dera de presente. Ele disse ao telefone: Já li quarenta páginas de uma sentada! E olha que não estou podendo ler tanto! Mas o livro está fácil de ser lido...


Seus livros (1) — memórias e casos de sua longa vida dedicada à medicina — ainda podem ser encontrados, e valem a pena ser lidos. Boas e divertidas histórias, ricos casos da medicina da cidade, episódios literários e sociais de Lambari e Jesuânia. Um registro histórico importante para a memória dessas cidades.


Não era lambariense, mas jesuanense, e sua cidade conferiu justamente à Unidade Básica de Saúde da cidade o nome do filho ilustre. (2)


(1) O retrato do velho médico - Belo Horizonte : Cutiara, 1993; Casa Progresso - Belo Horizonte : O Lutador, 1999; Pescados no rio da memória - Belo Horizonte : O Lutador, 2005.

(2) http://www.cw3.com.br/page_28.html

Publicado por Guimaguinhas
em 11/03/2013 às 05h56
 
10/03/2013 15h24
Literatura de Aguinhas (3) - Os Prós & Os Contras

Macchado Sobrinho é poeta desde que eu o conheço, e lá já se vão mais de quarenta anos. Bem, isso é só uma brincadeira, pois ele deve ter nascido poeta, visto que a poesia vive a cintilar em seus olhos, a agitar-se em sua língua, a tremular nos seus dedos, a desprender-se de sua pena nervosa, inspirada, fluente.

Ele é poeta todo o tempo. Transpira poesia. poesia. Vive poesia. Escreve poesia a cada dia, a cada hora. Foi ele quem primeiro leu minha prosa incipiente, lá pelos meus vinte anos e corrigiu meus erros e me incentivou a que continuasse. E tem para comigo um gesto de extrema delicadeza e amizade: a cada 14 de novembro me presenteia com um soneto!

O poeta, no entanto, só estreou em livro em 2009, com o seu Os Prós & Os Contras. Dessa obra, diz Marcus Vinícius de Negreiros, prefaciando o livro:

Uma das grandes questões da literatura é saber o escritor como conciliar emoção e forma, como fundir numa obra literária a variada gama de sentimentos, sensações, concepções, princípios, que, juntos, vão formar o sujeito, sem perder a beleza do fazer poético quando transportado para o papel. É justamente aí que reside a força deste livro de Macchado Sobrinho. Ao ler os seus poemas, parece-nos ouvir o grito que sai das entranhas, podemos sentir o seu lamento mudo, sua indignação. Suas vísceras estão expostas. [..............................]

A busca pelo vocábulo perfeito, seja num soneto, seja num hai kai, permeia toda a obra do autor. Dono de um vocabulário vastíssimo, e a despeito de nos enviar algum vez ao dicionário, escreve de maneira simples, com linguagem coloquial.

Esse vocabulário a que se refere o prefaciador é fruto de toda uma vida de leituras e anotações. Vastas leituras de poesias e literaturas tantas. Outras línguas aprendeu Machaddo no silêncio e no anonimato do autodidatismo, mas domina tão bem o francês, por exemplo, que traduziu, a convite de Alcino Leite Neto (este também um lambariense), para a revista Trópico (de 9/jul/2003), quatro poemas do Diário de viagem de Blaise Cendrars - o famoso poeta suíço que escrevia em francês.

Os poemas traduzidos foram estes: Águas de Portugal, A bordo do Formosa, Gorée e Bubus. Abaixo um deles traduzido:

ÁGUAS DE PORTUGAL
Sur les Côtes du Portugal

Do Havre optamos por seguir a rota dos antigos navegantes
Espaçosamente o mar de Portugal é coberto de barcos e pesqueiros
É de um azul contínuo e de pelágica transparência
O tempo é claro e quente
Estala o sol de cheio
Inumeráveis algas verdes microscópicas vêm à tona
Produzem alimentos que lhes facilitam uma imediata proliferação
São inexaurível sustento para a legião de infusórios e as delicadas larvas marinhas
Animais de toda espécie
Vermes estrelas e ouriços-do-mar
Crustáceos miúdos
Mundinho efervescente à superfície das águas de escancarada claridade
Gulosos e esganados
Chegam os arenques as sardinhas as cavalas
Atrás deles tainhas atuns bonitos
A que sucedem os cações marsuínos e delfins
O tempo é claro a pesca propícia
Quando o tempo se nubla os pescadores ficam mal-humorados e fazem chegar seu protesto até a tribuna do parlamento


De Os Prós & Os Contras escolhi o que segue, poema que tempos atrás pus como inspiração na abertura de uma página eletrônica de redação e língua portuguesa. Ei-lo:

 

O Náufrago

Se você quiser escrever, escreva:

na roupa no muro no chão na lousa!

Escreva o que quiser, o que não deva;

escreva uma palavrão, ou qualquer coisa.

De cabeça para baixo, ouse, atreva!

Girafa violino mariposa!

Pobre do artista, aquele que não ousa,

e leva a vida como a vida o leva...

O trevo o turvo o travo a trave a treva.

Vá escrevendo sem metro, rima ou arte,

sem preconceito qualquer sem reserva!

Escreva com o sangue que está na veia;

infeste o mundo, espalhe a toda a parte...

Só não espere, não, que alguém o leia.

 

O seu livro pode ser encontrado neste site: www.livrorapido.com
 

Publicado por Guimaguinhas
em 10/03/2013 às 15h24
 
10/03/2013 13h14
Literatura de Aguinhas (2) - O Segredo do Águas Virtuosas F. C.

O Segredo do Águas Virtuosas Futebol Clube é um livro do lambariense Luiz Oswaldo Carneiro Rodrigues (LOR), que também o ilustrou. O autor estudou medicina esportiva e procurou aprender a fazer pesquisa durante o seu doutorado em fisiologia do exercício. Assim, domina bem os ingredientes da história que conta, ou seja, a medicina aplicada ao futebol, e, como filho da terra, fatos e histórias do glorioso time do Águas Virtuosas.

O segredo do livro — diz Angelo Machado — é boa literatura e boa divulgação científica, na medida em que o complexo problema da termorregulação nos atletas é tratado de maneira simples e bem-humorada. O leitor aprende sem saber que está aprendendo.


 O autor e dois de seus personagens

Além disso, Luiz Oswaldo conseguiu - ao lado da redação agradável  e das ótimas ilustrações - juntar temas e personagens de Aguinhas: o time de futebol, alguns de seus atletas, como Ricardinho, e outros parentes e amigos do LOR. Esse modelo - o de cantar sua própria aldeia, como dizem os russos - é universal, mas certamente fala bem de perto com o leitor lambariense, que logo se vê nas coisas e nas pessoas de sua terra.

O livro saiu pela Editora LÊ e pode ser visto neste link: Estante Virtual

Publicado por Guimaguinhas
em 10/03/2013 às 13h14
Página 111 de 113
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Espaço Francisco de Paula Vítor (Padre Vítor)

 

Aprendizado Espírita Net

 

 

PEQUENA HISTÓRIA DE ÁGUAS VIRTUOSAS DE LAMBAR... R$ 86,87
A FACE DESCONHECIDA DA MEDIUNIDADE - A sensib... R$ 29,78
A Guerra das Espingardinhas R$ 35,19
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As Águas Virtuosas de Lambari e a devoção a N... R$ 22,87
Os Curadores do Senhor R$ 36,40
Abigail [Mediunidade e redenção] R$ 33,55
Menino-Serelepe R$ 41,35
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