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14/02/2019 05h12
MEMÓRIAS DE AGUINHAS - Balneários de Águas Virtuosas de Lambary

Ilustração: Recorte projeto de balneário para Águas Virtuosas de Lambary, que não se realizou.


SUMÁRIO


Apresentação

Como já contamos no número 1 da Série Parque das Águas (aqui), o espaço físico em torno das fontes de Águas Virtuosas evoluiu deste modo:

Em 1834, os poços das duas nascentes de águas minerais não possuíam nenhuma proteção e se localizavam em um largo denominado Largo da Fonte. Com as chuvas, os poços costumavam ser invadidos pelas águas do Ribeirão Lambarizinho (atualmente, Mumbuca). Em 1850, os poços foram protegidos por esteiras, para evitar a queda de pequenos animais. (1) Em 1860, deu-se o desvio do Rio Mumbuca, então vizinho às fontes.  (2)

Na segunda metade da década de 1860, o Largo da Fonte foi reformado e melhorado, e as duas nascentes foram reunidas em um único poço, abrigado em prédio ladrilhado, coberto de telhas e protegido por grades de ferro. Então, ajardinou-se o Largo, construiu-se um pequeno chafariz e deu-se início à construção do balneário. Com essas melhorias, o Largo da Fontepassou a ser chamado de Praça dos Poços.  (1)

Em 1888, quando Garção Stockler era o concessionário das águas, a Praça dos Poços foi cercada com grades de ferros e o balneário foi reformado e posto em funcionamento. A partir daí passou o complexo passou a ser denominado de Parque das Águas. (1)

E no mesmo texto sobre o Parque das Águas, anotamos também:

Em 25 de janeiro de 1895, a Empresa de Águas Minerais Lambari-Cambuquira assinou contrato para exploração das águas; tal empreendimento durou até princípio de 1904, quando a empresa entrou em liquidação forçada. E, por essa razão, em 18 de maio de 1906, mediante o Decreto n. 1903, o Governo do Estado encampou os bens e direitos da empresa, entre eles - o parque, o balneário (com duchas, banheiras, mobiliário), o cassino (existente dentro do recinto do parque), as fontes recentemente captadas, o galpão de engarrafamento e os terrenos, casas e benfeitorias anexos à fonte do parque. (3) e (4)

Por essas notas, vê-se nos locais grifados que desde a segunda metade dos anos 1860 havia um balneário no entorno das fontes.

Recorde-se que nos projetos de Américo Werneck para Águas Virtuosas de Lambari (1909-1911), conforme anotamos aqui, havia previsão de um balneário a ser construído dentro do Parque das Águas (abaixo, foto 1).

Ao tempo do Hotel Mello havia o Estabelecimento Hydrotherapico, que, incorporado pelo Hotel Imperial, funcionou durante anos (abaixo, foto 2).

E houve também um projeto (abaixo, foto 3), provavelmente dos anos 1930/40, de um grande e moderno balneário, mas  o plano não se realizou.

Confira a seguir.


Segundo o dicionário Michaelus, a palavra balneário tem estas significações:

1 Local público onde se pode tomar banho.

2 Estância de águas termais onde se toma banho medicinal.

3 Cidade praiana, muito procurada por turistas

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Antigo balneário no Parque das Águas

Ao que se sabe, esta foto data do início dos anos 1900, e mostra o antigo balneário do Parque das Águas. Em 1909/1911, Werneck teria reformado esse prédio, durante as obras de embelezamento de Águas Virtuosas.

Esse balneário foi demolido nas décadas seguintes e nenhum outro foi construído no Parque das Águas.


Postal do balneário do Parque das Águas no início dos anos 1900. Por essa época, o Parque estava em obras, como se pode ver. (7)

Outro postal do balneário do Parque das Águas, de 1920 (7)

Um recorte ampliado do postal acima

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Estabelecimento Hydrotherapico do Hotel Mello

Balneário do antigo Hotel Mello, incorporado pelo Hotel Imperial no final dos anos 1930, que se encontra atualmente desativado. (7)


Um projeto que não saiu do papel

Projeto de um grande e moderno balneário que seria construído no Hotel Imperial, nos anos 1930/40, mas que não se realizou. (5) (6)


Referências

  1. MILÉO, José Nicolau. Ruas de Lambari. Guaratinguetá, SP : Graficávila, 1a. edição, 1970b, págs. 25-26
  2. CARROZZO, João. História cronológica de Lambari. Piracicaba, SP : Shekinah Editora e Gráfica, 1988, pág. 72
  3. MARTINS, Armindo. Lambari - A cidade das Águas Virtuosas. 1a. edição, 1949; pág. 47
  4. MILÉO, José Nicolau. Ruas de Lambari. Guaratinguetá, SP : Graficávila, 1a. edição, 1970b, pág. 124
  5. Francislei Lima da Silva. OS MONUMENTOS DA ÁGUA NO BRASIL Pavilhões, fontes e chafarizes nas estâncias sul mineiras (1880-1925)   AQUI, pág. 121
  6. Arquivo pessoal de André Gesualdi
  7. Museu Américo Werneck (Lambari, MG)

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Publicado por Guimaguinhas
em 14/02/2019 às 05h12

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