Ilustração: Antiga propaganda da água mineral de Lambari, feita pelo seu distribuidor no Rio de Janeiro (Lourenço da Costa & Cia.). Do lado direito, estilizada, aparece uma vista geral da cidade. Reprodução. Fonte: bn.digital.gov.br
SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO
Como sabemos, o mais precioso bem de LAMBARI são suas ÁGUAS VIRTUOSAS.
E a história de nossa cidade é a história de nossas águas.
De fato, logo após o descobrimento das fontes nas terras do fazendeiro Antônio de Araújo Dantas, em 1780/90, as virtudes miraculosas da água medicinal passaram a ser apregoadas por todos, e elas começaram a ser designadas, já a partir de 1801, por águas santas.
A expressão águas virtuosas começa a ser utilizada a partir de 1805, e acabou por nomear toda a região detrás da serra da Campanha por aquele nome: Águas Virtuosas.
Desde as décadas iniciais dos anos 1800, inúmeras pessoas acorriam às fontes das águas virtuosas, à procura de seus benefícios medicamentosos, e logo um pequeno vilarejo foi se formando.
Neste post, vamos dar pequena visão histórica de nossas águas.
Vamos lá.
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MARCOS E REGISTROS HISTÓRICOS
- Entre 1815/1826, surgiu o primeiro trabalho de natureza médica sobre as águas
- A partir de 1826, esse documento e o interesse do médico e vereador campanhense Inácio Gomes Mindoens fez que a Câmara Municipal de Campanha tomasse providências administrativas para proteção das fontes: mandou inspecionar a área das águas virtuosas, adquiriu terras em torno das nascentes para formar o patrimônio público da Água Virtuosa, alterou a rota da estrada para o Rio de Janeiro, fazendo-a passar próxima ao manancial das águas.
- No período de 1864 e 1883, a água virtuosa já é mencionada em livros e jornais do País, referida então como água virtuosa da Campanha e água virtuosa e santa do Alambary
- Em 1888, Ernesto Nazareth, o grande compositor e pianista brasileiro (1863-1934), compôs uma polca intitulada A Fonte do Lambary dedicada à Empresa de Águas do Lambary, concessionária à época da exploração das águas minerais de Águas Virtuosas de Lambary. Possivelmente essa peça musical foi encomendada como propaganda das águas de Lambary.
Recorte partitura da polca A Fonte do Lambary, de Ernesto Zazareth (1888). Reprodução
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- Em 1893, aparece esta propaganda no Jornal do Comércio do Rio de Janeiro
Reprodução. Jornal do Comércio 16, abril, 1893. Reprodução. bn.digital.gov.br
- Em 1912, aparece esta propaganda na Revista Fon Fonte, com recortes do laudo do químico francês H. Péllet
Revista Fon Fon. n. 3, de 1912. Reprodução. bn.digital. gov.br
- Em 1913, aparece esta propaganda no Almanaque Laemmert
Almanaque Laemmert n. 69, de 1913. Reprodução. bn.digital.gov.br
- Em 1929, aparecem estas curiosas propagandas na Revista Fon Fon, com quadrinhas elogiando as qualidades da água
Revista Fon Fon. nos. 19 e 20, de 1929. Reprodução. bn.digital.gov.br
- Em 1929, aparece esta propaganda na revista O Cruzeiro
Reprodução. Revista O Cruzeiro n. 25/1919 (bn.digital)
- Em 1931, a água mineral de Lambari é premiada na Exposição de Sevilha
Reprodução. Originalmente publicado no jornal Hidrópolis, de 16, ago, 1931. Lambari, MG
- Em 1937, a água de Lambari aparece na Xa. Feira Internacional de Amostras, no Rio de Janeiro
Reprodução. Vida Doméstica dez, 1937. Reprodução. bn.digital.gov.br
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REFERÊNCIAS
- Jornais e revistas mencionados no texto. Reproduzidos de bn.digital.gov.br
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Publicado por Guimaguinhas
em 17/07/2020 às 07h36