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Memórias familiares e de minha terra natal
Textos

Ilustração: Neli Gentil Guimarães, minha mãe, na Vila Nova. Ao fundo, a igrejinha de São Benedito (Anos 1950)


MEMÓRIAS FAMILIARES - A família Gentil Lobo -

Parte 2 - A Vila Nova do meu tempo


 Sumário

Introdução

Geografia da Vila Nova nos meus tempos de menino

Mapa da Vila Nova

Fotos da Vila Nova - Anos 1950

Veja também


Introdução


Na primeira parte deste post A família Gentil Lobo, contei as origens de minha família materna até o falecimento de meu avô, em 1943. Agora, vou anotar memórias familiares dos anos 1950, na Vila Nova, onde nasci e fui criado até os 7 anos, com base nas crônicas do livro Menino-Serelepe*.

Antes de prosseguir, devo registrar que meus avós Miguel e Iracema tiveram seis filhos:

Messias, casado com Elisa Lemos; Rubens, casado com Juraci Framil; Mário, casado com Léia Diego; Sara, casada com Tião "Vila Nova" Miranda; Maria José (Zezé), casada com Pedro Avíncula; e minha mãe, Neli, casada com José Guimarães Filho (Dé).                                                                                                                                     Voltar


Geografia da Vila Nova nos meus tempos de menino

Estas são narrativas antigas, (...) ocorridas em tempos antigos, em

que a infância de meninos e meninas era mais demorada,

ingênua e despreocupada, o que lhes dava mais tempo de ser,

verdadeiramente, crianças.
(Guima, no prefácio do livro Menino-Serelepe)


Em post anterior, intitulado Os nomes do menino  (aqui), contei sobre o meu nascimento e como se deu o registro civil do meu nome, que, infelizmente, não levou o sobrenome "Lobo", de minha mãe. Agora, vão minhas lembranças da casa em que morei na Vila Nova, das dezenas de primos, das brincadeiras, época em que quase todos os membros da família Gentil Lobo moravam (ou vieram a morar) próximos uns dos outros. 

Vamos lá:

Antes que a [minha] família se fixasse na casa grande da Vila Novapai e mãe passaram primeiro pela casa do Gordinho e depois por uma casinha existente nos fundos do primeiro bar do Pai Véio, negócio esse que o Dé tocava (próximo à venda do Bolachinha), e ainda, rapidinho, pela casa do morro, logo abaixo da esquina em que se situava a casa do Zezinho Pião.


A casa grande comprada pelo Pai Véio era uma casa mais que cinquentona e bem construída, que possuía um alpendre (aí foi que vim a saber o que era isso), muitos cômodos, largos e altos porões e um enorme quintal. Nela fomos morar eu e meus pais, e, mais à frente, a vó Cema. Depois, o tio Mário, último filho solteiro da vó, retornou de São Paulo e foi também residir com a gente.

Rapidamente compus a 
geografia do lugar onde morava a maioria dos parentes de minha mãe: a frente da casa e o alpendre davam pra Rua do Meio, pra linha do trem, pra Rua de Cima e pro Morro do Machado. A Rua de Cima era a saída da cidade e nela se situava a igrejinha de São Benedito. O fundo do quintal dava pra Rua de Baixo e a Rua de Baixo para a Rua do Japonês e esta dava pros lados da Vargem, do bairro Silvestrini e de Nova BadenVindo da cidade, passava-se pelo bairro do Campinho ou pela Estação Férrea pra se chegar à Vila Nova. Seguindo em frente, no fundo do bairro, havia a Rua do Arame, onde morava a tia Sara, casada com o tio Tião, mais Miguel e Maria, os primeiros filhos. Tio Messias, tia Elisa e sua renca de filhos eram nossos vizinhos. Mais tarde, o tio Rubens e a tia Ceci (que tiveram dezesseis filhos!) vieram de Jesuânia e foram morar em casa alugada à Dita do Osvaldo, no começo da Rua do Japonês, em frente ao pontilhão.

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Mapa da Vila Nova


- Rua do Meio [rua onde nasci e morei até os 7 anos] = atual Rua Messias Machado da Silveira. O n° (4) corresponde à "casa grande", onde eu morei; o n°  (5) , à casa do Tio Messias; o n° (6), à venda do Bolachinha); o n° (7), às proximidades da Rua do Arame.
- Rua de Cima [rua da Igrejinha de São Benedito]= atual Rua Bueno Brandão. O leito da via férrea corria entre essa rua e a Rua Messias Machado da Silveira.
- Rua de Baixo = [rua da tia Rosa] = atual Rua Cláudio Manoel da Costa. Inicia-se no n° (3). Nesta esquina, situava-se também a casa do Gordinho, onde nasci.
- Rua do Japonês [rua da horta da família Shima] = atual Rua Bernardo Guimarães (1)
- Rua que desce [na esquina da casa do Zezinho Pião] = atual Rua Quinze de Novembro (2)


[No texto acima: Pai Véio é o meu avô paterno, o Zé Batista Guimarães.]
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Fotos da Vila Nova - Anos 1950

 


Mãe com meus primos Mingo, Chica e Cida, na porta da casa do Gordinho, onde eu nasci. Ao fundo, a casa da tia Rosa, irmã de minha vó, que ficava na Rua do Meio (rua onde morava o Sebastião Colchoeiro).


Mingo e Cida, na Rua do Meio, na Vila Nova. Bem ao fundo, pela ordem, vê-se: a casa da Dita do Osvaldo (onde morou tio Rubens), a casa da Dona Rosa Cruz e, na esquina, a casa do Zezinho Pião. 


Meus primos Mingo, Chica e Cida, e nossos primos, filhos de Estela Bruno, bem na esquina da Rua do Meio com a Rua de Baixo (onde se situava a casa do Gordinho e a casa da tia Rosa Gentil). Época de pobreza: as crianças todas descalças


Minha mãe (Neli), sua amiga Dináh Cruz e meus primos Mingo e Chica (filhos de Messias Lobo), na Rua do Meio. Na parte superior da foto, casas da Rua de Cima (corresponde à rua asfaltada em frente da Igrejinha de São Benedito)


Eu, menino, na Vila Nova


À direita, eu e minha mãe (Neli); ao centro, tia Clélia (mulher de tio João, irmão de meu pai), sua irmã Valkíria, e Tista, meu primo, na rua que desce na esquina do Zezinho Pião, onde minha vó morou. À esquerda, a casa do Gordinho, onde eu nasci; ao fundo, a Igrejinha de São Benedito.

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Foto de aberturaNeli, minha mãe, na rua que desce da casa do Zezinho Pião. Ao fundo, a Igrejinha de São Benedito, nos anos 1950.


(*) Esta narrativa faz parte do livro Menino-Serelepe - Um antigo menino levado contando vantagem, uma ficção baseada em fatos reais da vida do autor, numa cidadezinha do interior de Minas Gerais, nos anos 1960.

O livro é de autoria de Antônio Lobo Guimarães, pseudônimo com que Antônio Carlos Guimarães (Guima, de Aguinhas) assina a série MEMÓRIAS DE ÁGUINHAS. Veja acima o tópico Livros à Venda.


(**) Se você, caro(a) visitante, tiver notícias, informações, casos e fotos dessa época, ou quiser fazer alguma correção ou complementação ao texto aqui publicado, entre em contato conosco neste e-mail: historiasdeaguinhas@gmail.com


Veja também

 

as demais partes desta série:

1 - As origens (aqui)
3 - A família Gentil Lobo (aqui)
4 - Aspectos da vida da família nos anos 1950/60 (aqui)

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Enviado por Guimaguinhas em 04/10/2013
Alterado em 16/10/2023
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