Ilustração: Neli e Rubens Gentil Lobo
MEMÓRIAS FAMILIARES - A família Gentil Lobo -
Parte 3 - A família Gentil Lobo
Introdução
Neste outubro de 2013, em que este post foi escrito, dos filhos de Miguel e Iracema remanescem os que estão na foto de abertura: meu tio Rubens Gentil Lobo e minha mãe Neli Gentil Guimarães, com 88 e 80 anos respectivamente.
Já faleceram tio Messias/Elisa, tio Mário/Léia, tia Zezé e tio Tião Miranda e meu pai (Dé), além de alguns primos que nomeio abaixo.
Messias Gentil Lobo e Elisa Lemos
O casal Messias/Elisa teve 12 filhos: Domingos (Mingo), Francisca (Chica), Aparecida (Cida), Maria das Graças (Graça), Mário César (faleceu ainda menino), Miguel, Armando (Dinho), Maria de Fátima (Fátima), José Carlos, João Batista, Antônio (Tonho)
(1) Tio Messias/Elisa, no casamento da filha Francisca (Chica) (2) O casal recebendo a imagem de N. S. Aparecida
(3) Tio Messias e Mingo, em frente de casa. No passado, essa janela correspondia à porta de um bar que meu tio ali possuiu. (4) Tio Messias e os filhos Mingo e João Batista, mais os sobrinhos Miguel e Zezinho, na Aparecida do Norte
Rubens Gentil Lobo e Juraci Framil
O casal Rubens/Juraci (Ceci) teve 16 filhos: Berenice, Iracema (que morreu bebê), Cleonice, Oliveros (Verinho), Rubens (Rubinho), Elizabeth (Beta), Aparecida (Cida), Lúcia, Marly, Terezinha, Cassimiro, Cristina, Clotilde, Regina, Meire, Patrícia.
(1) Tio Rubens e tia Ceci
(2) Minha prima Berenice, filha de Rubens/Ceci, e outros primos, filhos de Messias/Elisa (Graça, Chica, João e Tonho), na Vila Nova
(3) Tio Rubens, os sobrinhos Tonho e Miguel, e mais Miro e um morador local, em pescaria no Mato Grosso.
Mário Gentil Lobo e Léia Diego
O casal Mário/Léia teve 4 filhos: Antônio Miguel (Dilinho), Fátima, Iracema e Patrícia
(1) Tio Mário/Léia (2) Tio Mário e tio Messias, mais os primos Miguel, Zezinho e Antônio, na Aparecida do Norte
(3) Dilinho (filho do tio Mário) e Zé Carlos, João e Antônio (filhos do tio Messias) (4) Tio Mário, jovem, na Vila Nova.
Sobre tio Mário, que era um personagem, vejam também este post: Um tio divertido
Sara Gentil Lobo e Sebastião Miranda
O casal Sara/Tião "Vila Nova teve 5 filhos: Miguel, Maria, Tereza, Iracema e Sebastião (Tiãozinho)
(1) Tia Sara/Tião Miranda (2) Tio Tião e tia Sara, no casamento da Chica (filha do Messias)
(3) Tião Miiranda, tia Sara e filhos (Miguel, Maria, Iracema, Tereza e Tiãozinho), na Aparecida do Norte.
Sobre uma viagem de trem à Aparecida do Norte, que fiz em menino com os tios e primos acima, veja este post: O trem de Aguinhas
Maria José Gentil Lobo e Pedro Avíncula
O casal Zezé/Pedrinho teve 6 filhos: Benedito (Dito), José (Zezinho) Manduca (falecido), Aparecida, Iracema, Ana e Madalena.
(1) De charrete do Barreiro até Lambari: Tio Pedrinho, Neli, tia Zezé, Vó Cema e filhos de Zezé/Pedrinho
(2) Tio Pedrinho, vó Cema, tio Messias, tio Mário e filhos do tio Messias, na Vila Nova
(3) Eu e minha mãe, no sítio Barreiro, em que moravam Tio Pedrinho e Tia Zé.
(3) Festa na roça (1972) - Tia Zé (com a criança no colo), mais filhos e sobrinhos
Em o Menino-Serelepe* anotei esta passagem sobre tio Pedrinho:
E tio Pedrinho, que depois que deixou a roça também tocou um bar na Vila Nova, quando estava visgado na orelha da sota, jogando a leite de pato, encamaçando o baralho, gostava de bravatear: Truco moço, que eu já vim do Mato Grosso, carça larga mão no borso, o parceiro é um colosso! Truco moço!
Neli Gentil Lobo e José Guimarães Filho
O casal Neli/Dé teve um único filho: Guima
(1) Dé e Neli, casamento, 1952. (1) Eu, mãe, tia Clélia e Tista e Valkíria (no centro), na Vila Nova, anos 1950
(1) Dé e tio Messias, no dia do casamento de meus pais. (2) Dé, Neli e os tios Messias, Rubens e Mário, na pedreira (saída da Vila Nova para Nova Baden)
Homenagem póstuma
Até este mês de outubro de 2013, já se foram desta vida 8 primos meus, quais sejam:
- Mário César, Mingo, Chica, filhos de Messias/Elisa.
- Cleonice, Verinho, Cassimiro, Clotilde , filhos de Rubens/Ceci.
- Manduca, filho de Zezé/Pedrinho.
Com as fotos a seguir, e alguns textos extraídos do livro Menino-serelepe*, homenageamos suas memórias.
Textos
Na narrativa A luta com Babão, eu falo sobre a personalidade do Mingo:
Pensei em chamar o Mingo, que era o primo maior, mas ele ‘tava na obra, ajudando o tio Messias. Mas acho que foi melhor assim, porque Mingo corria de confusão, de tão virtuoso que era. Bondade chegou ali e parou! Mingo era tão bom que não gostava nem de matar formiga ou espantar sanhaço do mamoeiro.
Na narrativa Menino mordido de serelepe, conto uma bronca que o tio Rubens deu no Verinho, na subida da serra:
Mais dali a pouco, com as crianças ficando pra trás e o Verinho com um conga jacá que lhe saía toda hora dos pés, tio Rubens falou: — Larga de ser teimoso, Verinho, e me dá essa muchila pesada, que ocê num pode cuma gata pro rabo e fica teimando, querendo carregá esse peso todo!
Na narrativa No Pasto do Fubá, eu falo da doença que vitimou minha prima Cleonice:
Pra amenizar a solidão do lugar, vó Cema ia sempre passar os finais de semana conosco e nessas idas levava também a Cleonice, filha do tio Rubens, que estivera em São Paulo se tratando de leucemia e que retornara a Aguinhas para se recuperar. Cleonice era muito querida na família, especialmente pela vó Cema, e como não podia se movimentar muito, em razão da doença, passávamos horas conversando, contando histórias, brincando com uns joguinhos que ela ganhara no Hospital das Clínicas.
Fotos
(1) Cleonice, na casa de Jesuânia; (2) Mingo e Guima, em minha casa, no último revéillon de Domingos Gentil Lobo
(3) Verinho, esposa e filha, às margens do Rio Grande; (4) Chica e esposo (Dito), no dia do casamento
Vocabulário de Aguinhas
Termos encontrados nesta série A família Gentil Lobo
A leite de pato(a): Jogar de brincadeira, sem valer nada.
Bar copo-sujo: Botequim. [Gíria ocorrente em Aguinhas.]
Conga: Antigo sapato feito de lona e borracha; espécie de tênis.
Encamaçar: Preparar (um baralho de cartas) para enganar os parceiros.
Jacá: Espécie de cesto feito de taquara ou de bambu. Em sentido figurado: roupa ou sapato grandes. Jangar: Balançar; Jogar. Rodear. Andar jangando. Ficar com o sapato jangando no pé. O peru ficou jangando em torno.
Orelha da sota: Estar na orelha da sota = estar no jogo de cartas. [Sota = dama no jogo de baralho.]
(*) Esta narrativa faz parte do livro Menino-Serelepe - Um antigo menino levado contando vantagem, uma ficção baseada em fatos reais da vida do autor, numa cidadezinha do interior de Minas Gerais, nos anos 1960.
O livro é de autoria de Antônio Lobo Guimarães, pseudônimo com que Antônio Carlos Guimarães (Guima, de Aguinhas) assina a série MEMÓRIAS DE ÁGUINHAS. Veja acima o tópico Livros à Venda.
(**) Se você, caro(a) visitante, tiver notícias, informações, casos e fotos dessa época, ou quiser fazer alguma correção ou complementação ao texto aqui publicado, entre em contato conosco neste e-mail: historiasdeaguinhas@gmail.com
as demais partes desta série:
1 - As origens (aqui)
2 - A Vila Nova do meu tempo (aqui)
4 - Aspectos da vida da família nos anos 1950/60 (aqui)