Guimagüinhas
Memórias familiares e de minha terra natal
Textos
Ilustração: Recorte. Foto do laguinho do Parque Novo - Lambari, MG (setembro de 2019)
- Apresentação
- Passagens do livro MENINO-SERELEPE
- O laguinho do Parque Novo: ontem e hoje
- Fotos
o Ontem
o Hoje
o Veja também
- O livro MENINO-SERELEPE
Apresentação
Quem não andou de bicicleta no Parque Novo (e na Volta do Ó) ou subiu em suas árvores?
Como como deixei anotado no meu livro de memórias MENINO-SERELEPE, o Parque Novo ocupou um lugar especial na minha infância.
De fato, ali era lugar de passeios, piqueniques, natação, pique-esconde —e principalmente de andar de bicicleta e pescar.
Sim, a gente pescava no laguinho do Parque Novo!
Pesquei muito lá, escondido de minha mãe, ou, levado pelo Ico Alfaiate (Pedro Scaldaferri), aos domingos de manhã, na companhia de Paulinho Scaldaferri e Evandro Bacha.
Pois bem, abaixo vão alguns casos de pescaria no Laguinho do Parque Novo — e a tristeza imensa de verificar que hoje isso não é mais possível...
Confira.
Passagens do livro MENINO-SERELEPE
Algumas passagens de minha infância relativas a pescarias no laguinho do Parque Novo:
O laguinho do Parque Novo: ontem e hoje
Num domingo de setembro de 2019, fomos eu e minha mulher caminhar pelo Parque Novo — lugar marcante de nossa infância e da infância de nossos filhos.
E encontramos lá um casal de amigos e recordamos os bons tempos e lamentamos a situação atual do nosso parque: — abandono, sujeira, instalações depauperadas — poucas pessoas, alguns pais com crianças nas bicicletas, quase nenhum turista...
Imaginar o Parque Novo dos grandiosos sonhos de Werneck (início do Século XX), relembrar a agradável realidade das décadas de 1950/60/70 — e deparar com o triste quadro de nossos dias — é uma daquelas dores da alma, de que fala o maior dos poetas de Portugal:
Fotos
Ontem
Hoje
O livro Menino-Serelepe
(*) Menino-Serelepe - Um antigo menino levado contando vantagem é um livro de memórias de Antônio Lobo Guimarães, pseudônimo com que Antônio Carlos Guimarães (Guima, de Aguinhas) assina a coletânea HISTÓRIAS DE ÁGUINHAS. V. na abertura do site o tópico Livros à Venda.
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- Passagens do livro MENINO-SERELEPE
- O laguinho do Parque Novo: ontem e hoje
- Fotos
o Ontem
o Hoje
o Veja também
- O livro MENINO-SERELEPE
Apresentação
Quem não andou de bicicleta no Parque Novo (e na Volta do Ó) ou subiu em suas árvores?
Do livro MENINO-SERELEPE.
Da famosa aventura de ter sido criança em Aguinhas
De fato, ali era lugar de passeios, piqueniques, natação, pique-esconde —e principalmente de andar de bicicleta e pescar.
Sim, a gente pescava no laguinho do Parque Novo!
Pesquei muito lá, escondido de minha mãe, ou, levado pelo Ico Alfaiate (Pedro Scaldaferri), aos domingos de manhã, na companhia de Paulinho Scaldaferri e Evandro Bacha.
Pois bem, abaixo vão alguns casos de pescaria no Laguinho do Parque Novo — e a tristeza imensa de verificar que hoje isso não é mais possível...
Confira.
Passagens do livro MENINO-SERELEPE
Algumas passagens de minha infância relativas a pescarias no laguinho do Parque Novo:
Na circunvizinhança do Hotel Imperial, nos tempos em que esse assim funcionou, a turma da rua também brincava de coisas mais amenas, como pescar no laguinho do Parque Novo, rodar arquinho (aproveitado de recortes de latões de leite da fábrica do Biaso), bulir com o papagaio da dona Alzira, fazer desenhos de carvão nos muros, bater pelada contra os cariocas, jogar pingue-pongue e bolinha de gude.
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Se não ficou claro, devo acrescentar que tudo isso fiz escondido de minha mãe, mas com a conivência da vó Margarida, pois ela mantinha escondidos pra mim todos os petrechos necessários à execução dessas tropelias: calção de banho, calça e sapatos velhos pra pescaria, varas de pescar, trolinhos, etc., etc., etc., que sem apoio nem um menino levado como eu teria conseguido fazer artes direito.
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Se não ficou claro, devo acrescentar que tudo isso fiz escondido de minha mãe, mas com a conivência da vó Margarida, pois ela mantinha escondidos pra mim todos os petrechos necessários à execução dessas tropelias: calção de banho, calça e sapatos velhos pra pescaria, varas de pescar, trolinhos, etc., etc., etc., que sem apoio nem um menino levado como eu teria conseguido fazer artes direito.
O laguinho do Parque Novo: ontem e hoje
Num domingo de setembro de 2019, fomos eu e minha mulher caminhar pelo Parque Novo — lugar marcante de nossa infância e da infância de nossos filhos.
E encontramos lá um casal de amigos e recordamos os bons tempos e lamentamos a situação atual do nosso parque: — abandono, sujeira, instalações depauperadas — poucas pessoas, alguns pais com crianças nas bicicletas, quase nenhum turista...
Imaginar o Parque Novo dos grandiosos sonhos de Werneck (início do Século XX), relembrar a agradável realidade das décadas de 1950/60/70 — e deparar com o triste quadro de nossos dias — é uma daquelas dores da alma, de que fala o maior dos poetas de Portugal:
O que me dói não é
O que me dói não é
O que há no coração
Mas essas coisas lindas
Que nunca existirão...
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O que me dói não é
O que há no coração
Mas essas coisas lindas
Que nunca existirão...
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Vaga, no azul amplo solta
Vaga, no azul amplo solta,
Vai uma nuvem errando.
O meu passado não volta.
Não é o que estou chorando.
O que choro é diferente.
Entra mais na alma da alma.
Mas como, no céu sem gente,
A nuvem flutua calma.
E isto lembra uma tristeza
E a lembrança é que entristece,
Dou à saudade a riqueza
De emoção que a hora tece.
Mas, em verdade, o que chora
Na minha amarga ansiedade
Mais alto que a nuvem mora,
Está para além da saudade.
Não sei o que é nem consinto
À alma que o saiba bem.
Visto da dor com que minto
Dor que a minha alma tem.
Fernando Pessoa, in "Cancioneiro"
Vaga, no azul amplo solta,
Vai uma nuvem errando.
O meu passado não volta.
Não é o que estou chorando.
O que choro é diferente.
Entra mais na alma da alma.
Mas como, no céu sem gente,
A nuvem flutua calma.
E isto lembra uma tristeza
E a lembrança é que entristece,
Dou à saudade a riqueza
De emoção que a hora tece.
Mas, em verdade, o que chora
Na minha amarga ansiedade
Mais alto que a nuvem mora,
Está para além da saudade.
Não sei o que é nem consinto
À alma que o saiba bem.
Visto da dor com que minto
Dor que a minha alma tem.
Fernando Pessoa, in "Cancioneiro"
Fotos
Ontem
Hoje
O livro Menino-Serelepe
(*) Menino-Serelepe - Um antigo menino levado contando vantagem é um livro de memórias de Antônio Lobo Guimarães, pseudônimo com que Antônio Carlos Guimarães (Guima, de Aguinhas) assina a coletânea HISTÓRIAS DE ÁGUINHAS. V. na abertura do site o tópico Livros à Venda.
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Enviado por Guimaguinhas em 16/10/2019
Alterado em 16/10/2019
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