No ato de fundação do Águas Virtuosas, em 26 de agosto de 1926, o artigo 61 estabeleceu o vermelho e o branco como as cores do clube, e bem assim o modelo da flâmula: toda vermelha, tendo ao centro uma bola branca, com as letras A V entrelaçadas.
Art. 61 do Estatuto de agosto de 1926
Semelhança com as cores e escudo do América do Rio
Camisa retrô América - Anos 80, personalizada "Luizinho", grande atacante americano
Com o passar do tempo, o uniforme do Águas Virtuosas Futebol Clube foi se assemelhando às cores e ao escudo do América Futebol Clube (RJ). E assim, claro, nas camisas do Águas Virtuosas, o vermelho e o branco sempre predominaram — e em diversos modelos e combinações.
A que está na foto acima foi uma das últimas camisas do Águas Virtuosas: vermelha com a lateral direita branca.
Vejamos uma amostra das camisas do clube ao longo das décadas de 1930 a 1990.
Águas de 1930 - Uma das primeiras camisas encarnadas que caracterizaria o time do Águas Virtuosas
Águas dos anos 1930 - camisa vermelha, listras brancas no peito e detalhes brancos nas golas e mangas.
João Fernandes (indicado pela seta), no time do Águas Virtuosas, início dos anos 1940
Águas de 1948 - camisa branca, faixas vermelhas na vertical; calções brancos. Na foto, entre outros, em pé: Cunha e Nenê Nascimento. Agachados: Hélio Fernandes e Quinzinho.
Águas dos anos 1950: - camisa branca, faixa vermelha na transversal; meias vermelhas e calções brancos. Na foto, entre outros, em pé: Hélio, Crisóstomo, João André. Agachados: Relly, Mauro, Pinelinho e Quinzinho.
Águas, anos 1950. Na foto, entre outros> Zezé Gregatti, Nambu, Chico Panu, Gidão, Hélio, Alemão, Nicola, Chanchinha.
Águas de 1953, Campeonato da Liga de São Lourenço. Da direita para esquerda: Quinzinho, Reli, Alair, Vavá, Hélio, Val, Gidão, Zé-do-diabo, Crisóstomo e Nicola
Águas dos anos 1960: - camisa branca, faixas vermelhas na horizontal; calções brancos. Na foto, entre outros, em pé: Gidão, Raimundo, Israel, Toíco, Sílvio Barros, João André, Guelinha, Carlinhos Castilho e Zezé. Agachados: Fausto, Luiz Bié, Crisóstomo, Marron e Edmundo.
Águas do início dos anos 1960: Geraldo, Chá, Cabritinho, Tinz, Delém, Ademir e Jaú. Agachados: Chiquinho Barletta, Betinho, Walmando, Zoinho e Serginho Barletta
Águas dos anos 1960 - Betinho e Chá com o uniforme descrito acima.
Águas anos 1960. Em pé: Motinha, Folhão, Damião, Zezé Gregatti, Evaldo, [?], Ademir e Sérgio. Agachados: [?], Chá, Cabritinho, Delém, Walmando, Chanchinha, Betinho e Jaime.
Águas dos anos 1960: - camisas e meias vermelhas, calções brancos. Na foto, o grande ataque do Águas Virtuosas: Miltinho, Paulinho, Walmando, Betinho e Damião
Águas dos anos 1970: - camisas, meias e calções brancos; detalhes vermelhos na gola e na manga da camisa. Na foto, em pé: Tucci, Hélio Alves, Sérgio, Leonardo, Tinz e Chicão. Agachados: Décio, [2 juvenis do Guarani de Campinas], Guima e Tonho.
Águas dos anos 1970: - camisas de gola redonda e meias vermelhas (num tom diferente do tradicional), e calções brancos. Na foto, em pé: Luiz Carlos, Gato, Evaldo, Dimas, Tinz, Manezinho, Edson Becão e Edgar. Agachados: Joãozinho, Aleluia, Décio, Tonho, Gabriel e Guima
Guima com 2 outros modelos de camisas do Águas: Anos 1980 e anos 2000
Águas dos anos 1980 - camisa vermelha e branca, mangas vermelhas e calções brancos. Na foto: Gabriel, Sansão, Zé Luiz, Gadjego, Márcio e outros atletas adentrando o campo do Esporte, em São Lourenço.
Amador trajando a camisa acima e calção vermelho Luizinho vestindo um modelo com listras
Águas dos anos 1980 - camisas, meias e calções brancos. Na foto, em pé: Márcio, Joãozinho, Rildo, Pedro, Jorge André e Gadjego. Agachados: Zé Mauri, Sansão, Gabriel, Zé Luiz, Beto e Nambu.
(1) Flavinho envergando camisa branca com golas vermelhas, calção branco com detalhes vermelhos na barra e meias vermelhas. (2) Beto e Zé Mauri com camisas e calções brancos e meias vermelhas.
Camisa vermelha com meias e calções brancos. Na foto: Gabriel, Manezinho e Zé Luiz e um atleta do Esporte Clube São Lourenço.
Águas dos anos 1990: - camisas, meias e calções vermelhos. Na foto, em pé: Márcio, Joãozinho, Ricardinho, Jorge André, Nambu, El, Marcel, Bié, Rildo e Gadjego. Agachados: Pedro, Coxinha, Sérgio, Sansão, Luiz Cláudio, Zé Mauri, Gabriel e Beto
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Como já dito aqui, durante os anos 1970 a 1974, o futebol da cidade de Lambari foi representado pelas equipes do Vasquinho e do GRABI. O Grêmio Recreativo ABI iniciou suas atividades em 1971, no começo somente com atletas que trabalhavam na própria fábrica; depois, outros jogadores da cidade foram incorporados ao time. A agremiação começou treinando e jogando no campo do GRABI (como ficou conhecido o antigo campo do Águas Virtuosas), depois passou a utilizar o Estádio do AVFC.
A partir de 1972, os atletas Celinho Machado, Zé Zoínho e Chá, que jogavam no time, com a ajuda de Egídio Ieno, Waldir Arantes, Zé Aírton e Pingo Biaso, mais Nambu, Betinho e Gilberto /Tigunga (esses últimos irmãos do Antônio Henrique e Sílvio Cruz, então proprietários da ABI) tocaram a parte administrativa do GRABI e a equipe disputou, além da Liga de Caxambu, diversos amistosos, tais como: Estrela (Piquete), Santo André, Nova Esperança, CBC (Varginha), Esparta (Lavras), Gama Filho (Rio), Juvenil do Fluminense (RJ), etc.
Abaixo um registro fotográfico dessa época.
Grabi (1971)
Na foto, entre outros, em pé: Sílvio Cruz (Diretor ABI), Pinduca, Panela, Tinz, Delém, Gato, Damião e Tonhão (Diretor ABI) e Américo. Agachados: Chá, Gil, Aluísio,Tatá e Zoinho.
Grabi (1971)
Na foto, entre outros, em pé: Luiz Carlos, Egídio, Chico, Tinz, Gil, Guelinha, Trajano, Zoinho e Delém. Agachados: Quim, Tatá, Walmando, Zezé Gregatti, Totonho e Broa.
Grabi (1971)
Na foto, entre outros, em pé: Chanchinha, [?], Jaime, Chá, Nambu, Gato, Gil, Delém e Pinduca. Agachados: Celinho, Zoinho, Aluísio, Roberto, Tinz, Tatá e Pedro Guela.
Grabi (1971)
Na foto, entre outros, em pé: Pinduca, Gato, Delém, Chá, Jaime, Toíco, Damião, Chá e Egídio. Agachados: Celinho, Gil, Quim, Tinz, Tatá, Aluísio e Zoinho.
Grabi (1972)
SUMÁRIO
Como já anotamos aqui nestas páginas eletrônicas (1), o time do Águas Virtuosas interrompeu suas atividades durante os anos de 1970 a 1974. Nesses anos, o futebol de Lambari foi representado pelo time do Vasquinho (que disputou o campeonato Sul Mineiro de Amadores, da Liga de Varginha) e pelo GRABI - que disputou o campeonato da Liga de Caxambu.
Em 1975, o Águas Virtuosas foi reorganizado para disputar o campeonato amador da Liga de Caxambu, do qual então participavam grandes equipes do futebol do Sul de Minas, como as de Cruzília, Baependi, Caxambu, Conceição do Rio Verde, Lambari, Carmo de Minas, São Lourenço, Itanhandu, Itamonte.
Nos anos 1970, o Águas Virtuosas conquistou um terceiro lugar (1975) e um vice-campeonato (1977). O técnico era o Alemão.
As fotos abaixo são dessa época:
Em pé: Edson, Tinz, Celinho, Tucci e Gabriel. Agachados: Véio, Guima, Jorginho, Xepinha e Décio.
Em pé: Tucci, Hélio Alves, Sérgio, Leonardo, Tins e Chicão. Agachados: Décio, [*], Guima e Tonho
Em pé: Tucci, Tinz, Chicão, Sérgio, Leonardo e Dimas. Agachados: Gabriel, Dickson, Tonho, Guima e [?]
Em pé: Luiz Carlos, Gato, Evaldo, Dimas, Tinz, Manezinho, Edson Becão e Edgar. Agachados: Bitihura, Aleluia, Décio, Tonho, Gabriel e Guima
(1) Ver AVFC - Conquistas, neste link: http://www.guimaguinhas.prosaeverso.net/blog.php?idb=36999
(*) Esses dois atletas vieram do juvenil do Guarani e atuaram uma temporada pelo Águas Virtuosas.
(**) Jorginho (Coca-cola) é de Três Corações. No ano anterior, ainda na época do GRABI, outros atletas de Três Corações atuaram em Lambari, entre eles: Coador, Ita e Adílson. Este último é irmão do Wanderley, meio de campo que jogou pelo Atlético Mineiro e Ponte Preta, nos anos 1970.
(***) Tonho, Leonardo e Dickson são de Boa Esperança. Dickson é irmão da D. Dirce Melo.
(***) Luiz Carlos, Gato, Evaldo, Edson Becão e Aleluia são de Santa Rita do Sapucaí.
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Aguinhas de antigamente
No livro Memórias do quase ontem, Octavio Meira, professor e político paraense, descreve episódios políticos, sociais e culturais que vivenciou, especialmente no Pará, seu estado natal. A dado trecho, o autor narra certa doença renal por que passou e como veio parar em Aguinhas a busca do clima e da água para completar sua cura.
Diz o autor que em 1936, morando em Belém, teve uma espécie de tumor no bassinete, derivado de uma infecção causada pelo germe do colobacilos. (1) Lá, no entanto, os recursos locais não foram suficientes para curá-lo, pois, mesmo tendo melhorado, persistia pus na urina. (2)
Assim foi que seguiu para o Rio de Janeiro e foi à casa de um tio - Miguel Cruz - para saber que médico devia procurar; e o tio indicou-lhe Miguel Meira, sumidade no assunto e também seu primo. Consultado o médico primo, este diagnosticou gota asséptica, e disse não haver nenhum germe. Novos exames e nada foi encontrado, e assim tomou durante oito dias desinfetantes para a bexiga e rins. Finalmente, o primo disse a ele que fosse para Lambari, completar o tratamento.
Seguindo a orientação, o autor tornou a Lambari para fazer uma estação de águas e anotou pequeno retrato da cidade dos anos 1930: como chegou até aqui pelo trem das águas, as condições da estância, o Hotel Melo em que se hospedou, o frio de junho e julho, os passeios que fez, a visita ao lago e ao cassino (já fechado, naquela época).
Vejamos as palavras do próprio autor (3):
(1) Memórias do quase ontem. Octavio Meira. Rio de Janeiro : Lidador, 1a. edição, 1976, pág. 34
(2) Idem, pág. 36
(3) Idem, págs. 36/37.
(*) Sobre o Hotel Melo, veja também estes posts:
http://www.guimaguinhas.prosaeverso.net/blog.php?idb=37548
http://www.guimaguinhas.prosaeverso.net/blog.php?idb=37860
Ilustração: Capa do CD Eu olho pra você, dos gêmeos Leonardo e Rafael Moreira Mileo Krauss Guimarães
Nossos netos — meus e de Celeste —, como dissemos no RECANTO DOS NETOS (1) [*], são quatro: os gêmeos Léo e Rafa, e as meninas Maria Elisa e Isabela. Pois bem, eles não só nos renderam livros e histórias, mas também música. Vejamos como foi.
*Atualmente (2020), já são 8 netos, com a chegada de Paulo Emílio, Rafaela, Cecília e Guga.
Em certa noite do ano de 2011, os gêmeos Léo e Rafa (que contavam, então, pouco mais de 6 anos), rabiscavam uma redação interminável, e não queriam dormir, embora a insistência da mãe. Crianças, vamos deitar! Amanhã tem aula, anda! - e nada de os meninos obedecerem, tão concentrados estavam na tarefa. Finalmente, após resmungos e choros, foram se deitar.
Quando Flávia arrumava a mesa bagunçada dos deveres escolares, notou que a tal "redação" era na verdade uma espécie de "poesia" que falava de "amor"... Então, ordenou como pode aquelas anotações, e no dia seguinte perguntou o que era aquilo. É uma música, mãe. Estamos fazendo uma música.
A "faina criativa" durou mais um ou dois dias de rabiscos, cortes, emendas, até que finalmente terminaram a "letra da música" e a cantarolaram para a mãe, dizendo que ela deveria ser cantada daquela maneira. Depois, o pai - Guiminha - viu/ouviu a letra e a música, e no dia comentou o fato com Bruno Camarcio, um vizinho que gosta de música, toca violão e tem um pequeno estúdio. Resultado: gravaram um CD, cuja capa abre este post.
A música, na voz de Léo e Rafa, pode ser ouvida neste link:
http://www.guimaguinhas.prosaeverso.net/audio.php?cod=56028
E na voz de Bruno Camarcio, neste outro link:
http://www.guimaguinhas.prosaeverso.net/audio.php?cod=56031
Como os meninos são meio "goianos" (nasceram em Brasília) pode ser que isso resulte numa dupla "sertaneja", visto que já está em produção a música número 3...
No livro A Guerra das Espingardinhas [1], há uma passagem que foi inspirada em minha neta Maria Elisa. Trata-se da cena em que a heroína Maria Bela retorna do Rio de Janeiro, trazida pelo avô paterno, depois de ter morado alguns anos com a avó materna. A história se passa nos anos 1960, e é ela própria - a personagem Maria Bela - quem narra o fato:
E quando chegou à Volta do Lago, mandou Digofrê parar o fordinho debaixo de uma paineira; aí descemos e cantamos juntos, como ele me ensinara, com a mão direita sobre o coração, o hino da cidade: Aguinhas terra fagueira / Onde a gente sofredora / Encontra na alma mineira / Acolhida encantadora / Águas santas, milagrosas e um jardim cheio de rosas... Águas santas...
Aguinhas é o nome literário da cidade de Lambari.
Essa inspiração me surgiu pelo fato de Maria Elisa, que mora em Brasília, só vir a Lambari em certas épocas — férias, festas, finais de semana prolongados. Tentando afeiçoá-la à nossa Aguinhas, meu filho — Carlo Emílio —, que é lambariense, toda vez que aqui chega, para o carro em frente à subestação da Cemig e faz que a menina cante o hino da cidade, com a mãozinha sobre o coração, pois foi assim que ele aprendeu, no Grupo João Bráulio, onde estudou o primário, antes de nos mudarmos de Lambari. [2]
Maria Elisa e Isabela (festa de aniversário de 2 anos)
Hino a Nossa Senhora - Isabela
Isabela frequenta a escola, desde os dois anos. E agora em 2013, com 2 anos e meio de idade, vem aprendendo algumas cantigas infantis e hinos sacros, que canta, ora a plenos pulmões, ora envergonhadamente, dependendo do momento e do contexto.
Pois bem, no Evangelho no Lar [3], que fazemos semanalmente, sempre botamos, na abertura, como fundo musical, a Ave Maria [4].
Na última reunião, tivemos também a participação de Isabela, cantando, baixinho e timidamente, Mãezinha do Céu:
Mãezinha do céu, eu não sei rezar
Eu só sei dizer quero te amar
Azul é teu manto, branco é teu véu
Mãezinha eu quero te ver lá no céu
[1] https://loja.uiclap.com/titulo/ua13587/
[2] https://guimaguinhas.prosaeverso.net/audio.php?cod=59394
[3] https://www.oconsolador.com.br/ano2/75/claudia_schmidt.html
[4] https://www.oconsolador.com.br/linkfixo/musicas/principal.html
Confira os posts já publicados:
Confira os áudios vinculados aos posts: