Ilustração: Logo da série MARCOS HISTÓRICOS DE ÁGUAS VIRTUOSAS DE LAMBARI
Nesta série MARCOS HISTÓRICOS DE ÁGUAS VIRTUOSAS DE LAMBARI, vimos listando marcos fundamentais da história de nossa cidade.
Confira a seguir.
APRESENTAÇÃO
Neste número 9 da série MARCOS HISTÓRICOS DE ÁGUAS VIRTUOSAS DE LAMBARI, veremos a vinda, em 1938, de Vivaldi Leite Ribeiro para Lambari e os empreendimentos hoteleiros que aqui realizou, a eleição de Hélio Salles, o primeiro prefeito eleito pelo voto popular em nossa cidade (1947/51) e a construção da Igreja Matriz de N. S. da Saúde, iniciada em 1948 e inaugurada em 1955.
Ilustração: Logo da série MARCOS HISTÓRICOS DE ÁGUAS VIRTUOSAS DE LAMBARI
Nesta série MARCOS HISTÓRICOS DE ÁGUAS VIRTUOSAS DE LAMBARI, vimos listando marcos fundamentais da história de nossa cidade.
Confira a seguir
APRESENTAÇÃO
Neste número 8 da série MARCOS HISTÓRICOS DE ÁGUAS VIRTUOSAS DE LAMBARI, veremos a administração de Dr. Antônio Pimentel Júnior, prefeito que sucedeu Américo Werneck em 1912; a elevação da cidade a Termo Forense, em 1915, e depois como Comarca de Lambari, Cambuquira e Conceição do Rio Verde, em 1925; a mudança do nome da cidade de ÁGUAS VIRTUOSAS para LAMBARI, em 1930; e a administração de João Lisboa Júnior, o mais longevo prefeito de nossa cidade (1935/45 e 1952/54).
Para cada um desses marcos, que são resumidos, adicionamos um link com mais informações a respeito.
Confira a seguir.
Veja também: Dr. Antônio Pimentel Júnior, sucessor de Américo Werneck - https://guimaguinhas.prosaeverso.net/blog.php?idb=43078
Veja também: Posse do primeiro Juiz de Direito - https://guimaguinhas.prosaeverso.net/blog.php?idb=49148
Veja também: E então ÁGUAS VIRTUOSAS virou LAMBARI - https://guimaguinhas.prosaeverso.net/blog.php?idb=47778
Veja também: Dr. João Lisboa Júnior, o prefeito que por mais tempo governou Lambari - https://guimaguinhas.prosaeverso.net/blog.php?idb=57167
Ilustração: Capa do livro No País dos Contrastes - Memórias da infância ao Plano Real, do lambariense Edmar Bacha. Reprodução. Editora Intrínseca
Sobre os escritores da família LISBOA - José Carlos, Alaíde, Henriqueta... E assim também acerca dos da geração seguinte: Ana Elisa, Edmar..., já comentamos neste post:
Hoje vamos apresentar o mais recente livro de EDMAR LISBOA BACHA, intitulado No País dos Contrastes - Memórias da Infância ao Plano Real, no qual o autor se recorda das origens na terra natal, Lambari, em Minas Gerais; resgata crônicas sobre os anos de formação, em Yale; e encerra falando de bastidores da criação dos Planos Cruzado e Real.
Nascido em Lambari, MG, em 14 de fevereiro de 1942, Edmar Lisboa Bacha é filho de Felício Bacha e de Maria de Jesus Lisboa Bacha. No capítulo I de seu livro, Edmar fala de sua família de origem — BACHA e LISBOA — e recorda passagens de sua pré-adolescência em Lambari.
Nos capítulos seguintes, comenta sua vida/formação acadêmica, sua participação no Governo Federal e comenta bastidores da criação dos Planos Cruzado e Real — marcos da história econômica nacional, dos quais participou ativamente.
A família BACHA
Os primos Gabriel Bacha e Lázaro Bacha, casados, respectivamente, com Sara Bacha e Cecília Bacha, foram os primeiros membros da tradicional família BACHA a chegarem em Lambari, em fins do século XIX, onde se destacaram no ramo de construção civil e depois no comércio varejista.
Mais à frente, vieram outros familiares: Miguel e Wadih. O primeiro se estabeleceu no comércio, o segundo, no ramo hoteleiro.
Gabriel e Sara tiveram 8 filhos: Felício, Elias, Jorge, Nazira, Georgina, Antônio, Nair e Nelly.
Felício, funcionário municipal, casou-se com Maria de Jesus, filha de João de Almeida Lisboa.
Elias, comerciante, casou-se com d. Olga, ela também de família Bacha de Cambuquira, MG.
Jorge, médico, casou-se com Benigna Borges, oriunda de Pedralva, MG.
Nair foi diretoria do Grupo Escolar e casou-se com Alcino Leite, proprietário da antiga Farmácia Rian.
Nelly, funcionária dos Correios, consorciou-se com Aluisio de Castro Junho, proprietário da antiga farmácia São José.
Antônio, farmacêutico, casou-se com Catarina Monti, também vinda de Pedralva, MG.
Edmar Bacha é neto de Gabriel e Sara Bacha.
A família Bacha em almoço familiar. Ao centro, d. Sara Bacha. Reprodução/Facebook
Foto histórica, com diversas personalidades políticas dos anos 1940. Reprodução. Fonte: Revista Nação Brasileira n° 189/1939
Ao fundo, de chapéu, o funcionário municipal Felício Bacha (casado com Maria de Jesus Lisboa , irmã de João Lisboa Júnior)
A família LISBOA
João de Almeida Lisboa, farmacêutico licenciado, nasceu em Macaé (RJ) e veio para Águas Virtuosas em 1890, para auxiliar Teófilo Caldas, dono da única farmácia então existente na vila. Depois se tornou proprietário da Pharmacia da Empreza (aqui).
No transcurso dessa década, filiou-se ao grupo político de Garção Stockler e desempenhou importante papel na história política de Águas Virtuosas de Lambari, tendo sido vereador na Câmara Municipal instalada em 1902, e depois deputado (estadual e federal) por várias legislaturas.
Casado com Maria Rita de Vilhena Lisboa, teve nove filhos, todos nascidos aqui, e alguns deles com destaque na vida social, política e literária. Veja (aqui)
Edmar Bacha é neto João de Almeida Lisboa e Maria Rita de Vilhena Lisboa.
A família Lisboa. Ao centro, o casal João de Almeida Lisboa Jr./Maria Rita de Vilhena Lisboa, rodeado pelos filhos. Reprodução/Museu Américo Werneck
Edmar Lisboa Bacha e Atineia Lisboa ao centro, e familiares. Reprodução/Museu Américo Werneck
Edmar Bacha, nascido em Lambari, aqui viveu até os nove anos de idade. Depois, com a morte do marido, em 1951, sua mãe mudou-se com os filhos para Belo Horizonte.
Na pré-adolescência, Edmar passava férias em Lambari, e anotou algumas dessas passagens, tais como:
- comer iguarias árabes feitas por sua avó Sara.
- um namorico da adolescência
- frequência ao Bar do Juca e ao salão de sinuca
- o primeiros carnaval e estripulias de adolescente.
Antiga casa de Gabriel e Sara Bacha (seta ⇒), no centro da cidade. Neste quarteirão, os primos Gabriel e Felício Bacha edificaram importantes prédios, a casa assinalada, inclusive
Ilustração: Capas dos livros de José Nicolau Mileo e Armindo, que tratam das águas minerais de Lambari
Já escrevemos alguns posts sobre análises das águas minerais de Lambari, como estes:
Hoje vamos publicar a análise clássica realizada em 1916 por Alfredo Schaeffer (ex-chefe do Laboratório de Análises do Estado de Minas Gerais, ex-professor de Química Analítica da Faculdade de Medicina, professor e chefe do Instituto de Química da Escola de Engenharia), divulgada nos livros de José Nicolau Mileo (A água mineral de Lambari) e Armindo Martins (Lambari, a cidade das Águas Virtuosas).
Acrescentamos também referência à nossa água mineral feita pelo famoso químico francês dr. H. Pelett.
Vamos lá!
Eis o que expõe José Nicolau Mileo, segundo a análise de Schaeffer, acrescida de outros dados:
Fonte: José Nicolau Mileo. A água mineral de Lambari, 1968
Eis os resultados da análise das águas pelo dr. Alfredo Schaeffer, resumidos por Armindo Martins:
Fonte: Armindo Martins. Lambari, a cidade das Águas Virtuosas, 1949
Em 1907, o químico H. Pellet analisou as nossas águas e terminou dizendo: As águas de Lambari são particularmente puras, no ponto de vista das substâncias minerais. (MARTINS, 1949, p. 49)
Propaganda da água mineral de Lambari na revista Fon Fon n. 3, de 1912:
Reprodução. FON FON n. 3, 1912 (bn.digital.gov.br)
Ilustração: Recorte título extraído do livro de CARROZZO (1988), estilizado por PhotoMania
Informa José Nicolau MILEO (1970, p. 45) que, em 25 de julho de 1840, Ignácio Gomes Midões, vereador junto a Câmara Municipal e cirurgião formado em Coimbra, enviou ao Capitão Manuel Luiz de Souza, Presidente da Câmara de Campanha, o seguinte ofício:
Ilmo. Sr.
Agora envio a V. Sa. o Insaio analitico a que procedi na Agoa Virtuoza e as propostas que julgo necessaria para o melhoramento, conservação das mesmas agoas e comodidade dos Povos que procurão o seu beneficio e logo que me cheguem às mãos os reagentes precizos, ultimarei as ordens que recebi da Camara dos Senrs. Vereadores a cerca da analyse das duas fontes que me foi encarregada.
Deus guarde V. Sa.
Cid. Campanha, 25 de julho de 1840
Ignacio Gomes Midoens - professor do Partido. (sic)
Esse "Insaio", que constitui a segunda monografia escrita sobre a água e o local, é o que vai transcrito a seguir.
Nota: Note-se que Ignácio Gomes Midoens publicara, em 1825, pequena análise das águas virtuosas. Essa análise foi divulgada no jornal O Universal, de Ouro Preto, então capital do Estado, na edição de 7 de novembro daquele ano.
Confira aqui: https://guimaguinhas.prosaeverso.net/blog.php?idb=47672#ensaio
Eis a memória apresentada por Ignácio Gomes Midoens à Câmara de Campanha, em 1840, a qual, conforme informação de (MILEO, 1970, p. 46), foi publicada na Voz Diocesana, jornal do Bispado de Campanha:
Extraído de CARROZZO, 1985, págs. 96 a 98