Ilustração: Recorte. Título. Coluna "Conselhos às mães", pelo dr. Rinaldo de Lamare. Revista Fon Fon n. 18, de 4 de maio de 1944 (bn.digital.gov.br)
Reprodução. ANM
O dr. Rinaldo Victor de Lamare (1910-2002) foi presidente da Academia Nacional de Medicina e da Sociedade Brasileira de Pediatria e um dos mais importantes pediatras brasileiros.
De Lamare introduziu entre nós o uso do soro caseiro no tratamento da desidratação e durante décadas orientou mães e pais em assuntos tais como planejamento familiar, aleitamento materno, vacinação, primeiros socorros, doenças infantis e emergências pediátricas.
(Ref. IstoÉ/Gente - 17.01.2000. O Globo - 24.01.2017. Foto: Academia Nacional de Medicina)
O doutor Rinaldo é autor do livro A Vida do Bebê, de 1941, o primeiro livro no Brasil com noções básicas de pediatria. O livro se tornou uma espécie de bíblia das mães brasileiras e um best-seller com mais de seis milhões de exemplares vendidos, até 2014, época do lançamento de sua 43a. edição.
Essa edição foi revisada e atualizada pelo professor de infectologia Edimilson Migowski, diretor geral do Instituto de Pediatria da UFRJ, e incluiu novas orientações, em face dos avanços da ciência nas últimas décadas.
(Ref.: Jornal Extra/O Globo - 30.11.2014)
1a. edição (1941). Reprodução. Extra/O Globo.
34a. edição (1984). Reprodução. Internet
43a. edição (2014). Reprodução. Internet
Nos anos 1940, antes de lançar o seu livro que ficaria famoso, o dr. Rinaldo de Lamare assinava a coluna Conselhos às mães, na revista Fon Fon, do Rio de Janeiro. Essa coluna durou até 1943; posteriormente, ele assinaria a coluna Criança, na revista A Cigarra.
Por que vomita o bebê? foi o título de sua coluna publicada no número 44, de 4 de maio de 1940, da Revista Fon Fon.
Nesse texto, há menção à nossa água mineral e à de São Lourenço, como terapêutica caseira auxiliar, no caso de vômito dos bebês.
Confira:
Reprodução. Revista Fon Fon n. 18, de 4, maio, 1940. (bn.digital.gov.br)
Ilustração: Antiga propaganda da água mineral de Lambari, feita pelo seu distribuidor no Rio de Janeiro (Lourenço da Costa & Cia.). Do lado direito, estilizada, aparece uma vista geral da cidade. Reprodução. Fonte: bn.digital.gov.br
Como sabemos, o mais precioso bem de LAMBARI são suas ÁGUAS VIRTUOSAS.
E a história de nossa cidade é a história de nossas águas.
De fato, logo após o descobrimento das fontes nas terras do fazendeiro Antônio de Araújo Dantas, em 1780/90, as virtudes miraculosas da água medicinal passaram a ser apregoadas por todos, e elas começaram a ser designadas, já a partir de 1801, por águas santas.
A expressão águas virtuosas começa a ser utilizada a partir de 1805, e acabou por nomear toda a região detrás da serra da Campanha por aquele nome: Águas Virtuosas.
Desde as décadas iniciais dos anos 1800, inúmeras pessoas acorriam às fontes das águas virtuosas, à procura de seus benefícios medicamentosos, e logo um pequeno vilarejo foi se formando.
Neste post, vamos dar pequena visão histórica de nossas águas.
Vamos lá.
Recorte partitura da polca A Fonte do Lambary, de Ernesto Zazareth (1888). Reprodução
Veja este post AQUI
Reprodução. Jornal do Comércio 16, abril, 1893. Reprodução. bn.digital.gov.br
Revista Fon Fon. n. 3, de 1912. Reprodução. bn.digital. gov.br
Almanaque Laemmert n. 69, de 1913. Reprodução. bn.digital.gov.br
Revista Fon Fon. nos. 19 e 20, de 1929. Reprodução. bn.digital.gov.br
Reprodução. Revista O Cruzeiro n. 25/1919 (bn.digital)
Reprodução. Originalmente publicado no jornal Hidrópolis, de 16, ago, 1931. Lambari, MG
Reprodução. Vida Doméstica dez, 1937. Reprodução. bn.digital.gov.br
Ilustração: Hélio Salles. Foto em boletim de campanha política para prefeito de Lambari. 1947. Reprodução.
Como já vimos (aqui), Hélio Monteiro de Toledo Salles, advogado, foi o primeiro prefeito de Lambari eleito pelo voto popular, em 23 de novembro de 1947, permanecendo no cargo até 31 de janeiro de 1951.
Hélio Salles, no dia de sua posse em 21/12/1947
Antes (de 8 de janeiro a abril de 1947), exercera o mesmo cargo, nomeado pelo Interventor Federal do Estado de Minas Gerais.
Hoje vamos falar desse seu próspero período do governo.
Vamos lá.
José Nicolau Mileo (Ruas de Lambari, p. 17) apresenta este pequeno resumo biográfico de Hélio Salles.
Confira:
Como visto aqui, durante longos anos, o povo de Lambari não pôde escolher seus dirigentes políticos. De fato, de Américo Werneck (nomeado em 1909) até 1947 (primeira eleição direta), e depois, no período de 1968 a 1985 (Regime Militar), os prefeitos foram nomeados.
Mas em 1947, após a queda do Estado Novo, sob a égide da Constituição de 1946, em 23 de novembro de 1947, deu-se a primeira eleição direta para a prefeitura de Lambari, na qual duas grandes forças políticas locais se enfrentaram.
De um lado, pelo PSD (Partido Social Democrata), João Lisboa Júnior, que governara Lambari como prefeito nomeado por longos anos (1935-1945), tendo como vice o Cel. Paulo Melo.
De outro, pela União Lambariense (UDN, PR e PRP), Hélio Monteiro de Toledo Salles, cujo vice era o Cel. José Capistrano.
Foi uma disputa acirrada, com acusações de parte a parte, na qual Hélio Salles foi eleito com 74% dos votos válidos.
Abaixo, um programa político com os resultados da eleições municipais em Lambari, no ano de 1947.
Confira:
O jornal Diário da Noite, edição de 30, dez, 1947, fez a cobertura da cerimômia de posse e trouxe a primeira entrevista do prefeito eleito.
Confira:
Bloco 1Bloco 2
Bloco 3
Reprodução. Diário da Noite, 30, dez, 1947 (bn.digital.gov.br)
Veja também este texto:
ARTIGO SOBRE LAMBARI EM 1947 - REVISTA DO IBGE
A Revista Brasileira de Geografia, número de outubro-dezembro de 1947, publicou longo artigo sobre Lambari, de autoria do Eng° Virgílio Correia Filho, que traz um retrato detalhado da história, geografia e economia da cidade no final dos anos 1940, período em que governou o prefeito Hélio Salles.
Confira:
Algumas fotos da cerimônia de posse do novo prefeito.
Confira:
Hélio Salles encaminha-se para a cerimônia de posse. Ao seu lado, José Maia da Silva
O prefeito eleito é saudado por centenas de populares
Hélio Salles discursa. Ao seu lado Oswaldo Krauss segura o microfone. Ao fundo, de bigode, Joaquim Leite
Cercado por correlegionários, populares e crianças, Hélio Salles discursa
O orador em inflamado discurso
Ao fiinal do longo discurso, a multidão aplaude
Ilustração: Lírios. Tela de Celina dos Santos (Arus)
Nesta Série Pinturas e Pintores de Aguinhas estamos lembrando alguns pintores e pinturas de Águas Virtuosas de Lambari.
Desta série, já publicamos:
Hoje veremos outras pinturas e pintores de nossa terra.
Vamos lá.
Nota: Este post já estava rascunhado há algum tempo, aguardando um espaço de tempo que damos quando se trata de uma série.
Vai hoje publicado em homenagem à CELINA DOS SANTOS, colega de escola e amiga, falecida ontem.
A tela Lírios, que ilustra este post, foi um presente que ela nos deu.
Obrigado, Celina, vá em paz!
Guima
Em janeiro de 2018, a Prefeitura Municipal apoiou a exposição ARUS PINTA LAMBARI, com diversas pinturas feitas pelo grupo de Pinturas do Arus Clube.
Confira:
Maria do Carmo Alves dos Santos (Carminha), Fátima Maria Barbosa Bacha
Fonte: https://www.facebook.com/prefeituradelambari/posts/1264549320356417/
Algumas pinturas e obras de pintores lambarienses:
Lírios. Tela de Celina dos Santos
Trem de ferro na Parada Melo. Pintura na parede por José Mateus de Oliveira
Fonte Luminosa. Tela por Cidinha
Prédio da Prefeitura de Lambari. Tela por Solange Ribeiro
Jesus abençoando [Capela residência bairro Sertãozinho]. Pintura parede por Adão Juarez
Artistas plásticos:
Ilustração: Paisagem. Lago e Montanha. Olímpio Portela
Nesta série Pinturas e Pintores de Aguinhas, já trouxemos os seguintes posts:
Pois bem, hoje focalizaremos outro artista lambariense: Olímpio Portela.
Vamos lá!
Olímpio Portela era pintor de paredes dos mais categorizados em Lambari, e também artista plástico, autor de inúmeras pinturas de paisagens de nossa terra.
Abaixo, uma pequena amostra do seu talento.
Algumas pinturas de Olímpio Portela:
Cascata na Fazenda. Tela de Olímpio Portela
Vista do Lago. Tela de Olímpio Portela
Estrada de Nova Baden. Tela de Olímpio Portela
Recanto do Lago. Óleo sobre duratex. 40 x 60. O. Portela
Lago ao pé da montanha. Óleo sobre duratex. 40 x 60. O. Portela
Acervos de: