Prosseguindo a série Futebol em família, seguem os álbuns das famílias: Fernandes, Santos, Gregatti, Coelho e Monte.
Por essa série, como já se disse noutros posts, podemos verificar como era grande a colaboração que as pessoas prestavam ao futebol de Lambari.
Ito Coelho, por exemplo, atuou como colaborador e árbitro; José Roberto Monte, como atleta (goleiro) e árbitro; João André, como colaborador e como atleta; Guinho, como atleta e como técnico.
Por isso, modesta, mas de muita justiça essa homenagem que vimos prestando a essas famílias, aqui neste espaço virtual.
Fernandes
Santos
Gregatti
Coelho
Monte
- Veja os números 1, 3, 4, 5, 6 e 7 desta série nestes links:
http://www.guimaguinhas.prosaeverso.net/blog.php?idb=37821
http://www.guimaguinhas.prosaeverso.net/blog.php?idb=37862
http://www.guimaguinhas.prosaeverso.net/blog.php?idb=37873
http://www.guimaguinhas.prosaeverso.net/blog.php?idb=37891
http://www.guimaguinhas.prosaeverso.net/blog.php?idb=37967
http://www.guimaguinhas.prosaeverso.net/blog.php?idb=38004
(*) Se você, caro(a) visitante, tiver notícias, informações, casos e fotos dessa época, ou quiser fazer alguma correção ou complementação ao texto aqui publicado, entre em contato conosco neste e-mail: historiasdeaguinhas@gmail.com
Ilustração: O Grande Hotel Bibiano, nos anos 1900. Foto colorizada. Reprodução. Museu Américo Werneck
O Hotel Bibiano foi fundado em 1896 por Bibiano José da Silva, que
nasceu na cidade de Itaboraí (RJ) e faleceu nesta cidade em 1910. Depois de ter tido um hotel em Teresópolis, de 1870 a 1896, neste ano transferiu-se para Lambari, instalando o Hotel Bibiano, ainda existente, e o Hotel dos Estados, que funcionou durante muito tempo onde hoje se instala o Posto de Serviços dos irmãos Biaso. Desenvolveu grande ação na política local, figurando como vereador na constituição da primeira Câmara Municipal, instalada em janeiro de 1902. (1)
Já na edição de A Peleja, de 15/05/1898, o Hotel Bibiano divulgava esta propaganda.
A comida, genuínamente brazileira, preparada sob a immediata fiscalização de sua esposa, era referência no hotel...
E assim continuou sendo nas gerações seguintes, como se vê da propaganda acima, dos anos 1940
Bibiano Silva e Perciliana, proprietários do hotel
O vídeo abaixo, dos anos 1950, pode-se se ver [entre 07:00/08:00 min] um filme sobre a Fazenda Bibiano, de onde vinham os produtos diretos do produtor para o hotel.
VÍDEOS - Lambari - Ano de 1955
(*) Confira do vídeo abaixo, a partir de 7,11 minutos:
ANTIGOS HÓSPEDES DO HOTEL BIBIANO
Hóspedes do hotel
Hóspedes e membros da família Bibian
Turistas Hotel Bibiano
O HOTEL BIBIANO EM QUATRO TEMPOS
Hotel Bibiano - Início anos 1900
Hotel Bibiano - Primeiras décadas do Século XX
Hotel Bibiano - Anos 1940
Hotel Bibiano - Hoje
Reformado e remodelado, o antigo Hotel Bibiano transformou-se na Pousada do Duque (2)
(1) MILÉO, José N. Ruas de Lambari. Guaratinguetá, SP : Graficávila, 1970, p. 40.
(2) Pousada do Duque
Ilustração: Antigo rótulo de medicamentos da Pharmácia da Empreza. Lambari, MG (Final Século XIX)
No livro Abigail [Mediunidade e redenção] (1) faço menção à família Lisboa e à Pharmácia da Empreza, na qual trabalharam meu tio Joãozinho e meu pai (Dé). Eis alguns trechos extraídos daquele livro:
Somente José e Joãozinho trabalhavam, que o menino, algum tempo atrás, fora admitido como aprendiz na Farmácia da Empreza, da família Lisboa — vassourar, lavar vidros, arranjar prateleiras de remédios — e também levava seus trocados para ajudar nas despesas.
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Na seca, Joãozinho ia carrear com o pai; nas temporadas, trabalhava de comi no Hotel Imperial, e, nessas ocasiões, o Dé, então com dez para onze anos, é quem lhe cobria as faltas na farmácia dos Lisboa.
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João de Almeida Lisboa, pai de João, Osvaldo e José Carlos, abaixo mencionados, era prático de farmácia e dono da Pharmácia da Empreza, depois ingressou na política, tendo sido vereador em Lambari e deputado estadual e federal (veja aqui)
João de Almeida Lisboa e João Lisboa Júnior
João Lisboa Júnior foi o médico que tratou de Abigail, irmã de meu pai, conforme descrevo no livro acima mencionado. (1) Natural de Lambari, foi prefeito da cidade em dois períodos: 1935-1945; e de 1951- 1954. Antes do final do segundo mandato, deixou Lambari para assumir a Cátedra de Crenologia na Faculdade Minas Gerais em Belo Horizonte.
João Guimarães (Joãozinho) e José Guimarães Filho (Dé)
Foi na Farmácia da Empreza, de propriedade de Osvaldo Lisboa, que João Guimarães (Joãozinho) e José Guimarães Filho (Dé) trabalharam; Joãozinho lá ficou por mais dez anos (1939-1948). Nessa farmácia, certa época, trabalhou ainda José Carlos Lisboa, irmão de João e Oswaldo, que era formado em farmácia, mas que depois seguiu carreira de professor universitário e escritor no Rio de Janeiro. (2)
José Carlos Lisboa e a irmã Henriqueta Lisboa
Propaganda no jornal A Peleja (1898)
Autorização para funcionamento. Fonte: O Estado de Minas, 22, mar, 1890 (bn.digital.gov.br)
Fonte: Lambari em Fotos e Textos
Disponível no Museu Américo Werneck (3)
Jornal A Noite - 11 de novembro de 1952.
Fonte: Wagner Augusto
http://www.guimaguinhas.prosaeverso.net/livros.php
O primeiro jornal a circular em Lambari foi o Águas Virtuosas, fundado por Garção Stockler e
editado por ele mesmo e pelo seu colega Bandeira de Mello. O periódico tinha a única finalidade de dar notoriedade às águas do lugarejo e circulou durante os anos de 1884 e 1885, fazendo grande alarde do clima acolhedor do distrito e da riqueza hidroterápica de suas águas. (1)
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Com a extinção do Águas Virtuosas, outros periódicos foram publicados na localidade, sempre destacando a importância das riquezas hidroterápicas das suas águas minerais e sempre editados pelo mesmo grupo, o principal deles foi A Peleja, dirigido por Garção Stockler. A folha também contava com a colaboração de Américo Werneck, Ferreira Brandão* e João Luis Alves... (2)
O frontispício do número 20 do jornal A Peleja, de 15/05/1898, abre este post.
A íntegra desse exemplar pode ser vista neste link:
http://www.siaapm.cultura.mg.gov.br/modules/jornaisdocs/viewcat.php?cid=12065
Anúncios publicados em A Peleja
A edição de A Peleja supracitada estampou diversos anúncios e propagandas, como estes:
Francisco Grandinetti fazia parte da grande família italiana que veio para Lambari, no final do Século XIX. Como se vê acima, os profissionais com os quais trabalhava também eram italianos. No livro Lambari, como eu gosto de você (3), Paulo Roberto Viola faz um histórico dessas famílias e informa que
Francesco Grandinetti [...] chegou ao Brasil em 1886 e sua esposa Teresa Giacóia [...] veio com os filhos, dois anos depois, em meados de 1888, provenientes de Latrônico, na Região da Brasilicata. (pág. 83)
Por toda a década de 1890 chegaram em Lambari novas famílias italianas. O autor acima lista essas famílias, e dele colhemos estes exemplos: Biazo, Beloni, Bongiorni, Bianguli, Conti, Carlini, Gesualdi, Gregatti, Metidieri, Raimundi, Rosatti, Silvestrini, Sgarbi, Tucci, Viola. (pág. 72).
Em 1898, já se receitavam aplicações de água mineral, como está na propaganda do médico João Bráulio Júnior. Esse médico e político está muito ligado à história de nossa cidade, que o homenageou dando seu nome a uma de nossas mais importantes avenidas.
[João Bráulio] em sua curta vida pública (1891-1908) realizou importantes serviços em Lambari, destacando-se os seguintes: criação do Distrito de Paz das Águas Virtuosas, em 1891; vinda da Estrada de Ferro, com inauguração da respectiva estação em março de 1894; criação do Município, em 16 de setembro de 1901; captação da água mineral pelas obras realizadas em 1905 e 1906; instalação do Grupo Escolar que tem o seu nome, em 1907, um dos primeiros instalados em todo o território mineiro. (4)
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[...] fundou o jornal "A Peleja" que se destacou como importante semanário político informativo e literário em todo sul de Minas; concorreu de maneira decisiva para a vinda do Colégio Brasil que funcionou onde é hoje o Clube das Fontes, até fins de 1908 e traçou todo o plano de urbanização e saneamento de Lambari, executado pelo prefeito Américo Werneck, de 1909 a 1911. (4)
Veja-se a referências a aquáticos - como se tratava, então, os frequentadores das estâncias hidrominerais
Eis a definição de aquático, segundo Armindo Martins (5):
(1) CASTILHO, Fábio Francisco de Almeida. Como Esaú e Jacó: as oligarquias sul-mineiras no final do Império e Primeira República. Tese (Doutorado em História). Universidade Estadua Paulista, 2012, págs.125/26. - Disponível em http://www.franca.unesp.br/Home/Pos-graduacao/FABIO.pdf - Visitado em 16, jun, 2013
(*) Nota de CASTILHO, 2012, p. 131: Embora o nome de Brandão Filho figurasse na lista de colaboradores de A Peleja, quando em disputa pela Agência Executiva de Campanha, ele afirmou jamais ter escrito para esse periódico. [...]
(2) id., ibid., pág. 131.
(3) VIOLA, Paulo Roberto. Lambari - como eu gosto de você. Rio de Janeiro : Ed. Navona, 2a. ed., 2002.
(4) MILÉO, José N. Ruas de Lambari. Guaratinguetá, SP : Graficávila, 1970, p. 20.
(5) MARTINS, Armindo. Lambari, a cidade das Águas Virtuosas.1949.
Ilustração: Montagem. Antigos técnico e dirigentes do Águas Virtuosas (Dr. Ferreira, Cunha e prof. Fernandes) (Manoel Corrêa e Chico de Castro)
Como dissemos no post que abriu esta série Águas Virtuosas Futebol Clube (aqui), nosso objetivo é registrar a memória do futebol de Lambari e compartilhar informações, fotos e histórias. E já acumulamos aqui uma boa quantidade de tudo isso.
Agora, nesta série Futebol em família, pretendemos elaborar pequena memória fotográfica, com base nos materiais que já publicamos, das famílias lambarienses que atuaram/atuam no futebol de nossa terra. A ideia é criar um pequena coletânea de fotos, assemelhada a um álbum de figurinhas. Mais à frente, podemos pensar em editar um e-álbum, isto é, um álbum eletrônico da série.
Vamos trabalhar somente com os materiais publicados no site e iniciaremos pelas famílias há mais tempo ligadas à história de nosso futebol. A seguir, incluiremos as demais, e, à medida que chegarem novos dados e informações, iremos reformulando a galeria de fotos.
Agora, recorde-se o que dissemos noutro post (2),
Entre os anos 1930 e 1950, no antigo campo do Águas, formaram-se o Águas Virtuosas, o Vasquinho e a SOL, numa convivência afinada, pois muitos dos mesmos sócios, dirigentes e atletas participavam das três agremiações.
Essa camaradagem, essa ligação entre as famílias, foi fator decisivo para que durante décadas fosse o futebol tão animado em nossa terra. Esse post é um reconhecimento ao trabalho dessas pessoas.
Pois bem, vamos começar pelas famílias Nascimento, Correia, Castro, Araújo e Ferreira. Vamos lá.
FAMÍLIAS DE JOGADORES DO ÁGUAS VIRTUOSAS
Nascimento
Corrêa
Castro
Araújo
Ferreira
- Veja os números 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8 e 9desta série nestes links:
http://www.guimaguinhas.prosaeverso.net/blog.php?idb=37849
http://www.guimaguinhas.prosaeverso.net/blog.php?idb=37862
http://www.guimaguinhas.prosaeverso.net/blog.php?idb=37873
http://www.guimaguinhas.prosaeverso.net/blog.php?idb=37891
http://www.guimaguinhas.prosaeverso.net/blog.php?idb=37967
http://www.guimaguinhas.prosaeverso.net/blog.php?idb=38004
https://guimaguinhas.prosaeverso.net/blog.php?idb=38185
https://guimaguinhas.prosaeverso.net/blog.php?idb=38298
(*) Se você, caro(a) visitante, tiver notícias, informações, casos e fotos dessa época, ou quiser fazer alguma correção ou complementação ao texto aqui publicado, entre em contato conosco neste e-mail: historiasdeaguinhas@gmail.com