Introdução
Nos anos 1980, tivemos em Lambari animados campeonatos internos, com participação de mais de 20 times.
Dos times daquela época, abaixo destacamos o Vila Nova e o Azulão:
Vila Nova
Em pé: Roque, Luiz, Ieié, Tins, Ricardo, Zetão, Gerson, Paulinho e Carlo. Agachados: Zetinho, Paulo, Arnaldo, Laércio, Joãozinho, Zé Paulo e Conti.
Em pé: Paulinho, Isaías, Gérson, Pedro, Zinga, Zé Luiz, Zé Paulo, Carlo, Conti e Jorge. Agachados: Valtinho, Guia, Joãozinho, Heitor, Elias, Negão, Bithura e Zetinho.
Azulão
Em pé, entre outros: Manezinho, Sansão, Zé Luiz, Estefânio, Celinho e Zé Mauri. Agachados: Décio, Elias, Gabriel, Conti e Loro
Foto de abertura: Tinz, Ricardo e Zetão, no time do Vila Nova (1981)
Agradecemos a colaboração de Jorge Donizetti Borges e Celinho Machado
Para ver mais fotos desta série Outros times de Lambari, clique (aqui)
(*) Se você, caro(a) visitante, tiver notícias, informações, casos e fotos dessa época, entre em contato conosco neste e-mail: historiasdeaguinhas@gmail.com
Ilustração: Uma farmácia antiga. Reprodução colorizada (da Internet)
O farmacêutico e sua botica, suas fórmulas, seus unguentos, suas pílulas, esses são vencidos pela aluvião de novas especialidades. A botica antiquada e seu profissional que sabia examinar o paciente, descobrir-lhe os males mais corriqueiros e formular os remédios, quase uma instituição de utilidade pública nos bairros das cidades grandes e nas cidadezinhas do interior, vão lentamente desaparecendo.
(Trecho do livro OS CURADORES DO SENHOR, de Antônio Lobo Guimarães)
Já postei neste espaço virtual um texto sobre minha experiência de "farmaceiro", isto é, mistura de "caixeiro de farmácia" com "aprendiz de farmacêutico" (aqui).
Guima, na Farmácia S. Antônio (Anos 1960)
São recordações da Farmácia Santo Antônio, onde trabalharam (e se aposentaram) meu pai (Dé da Farmácia) e meu tio João Guimarães, seu irmão.
Dé e João, ainda meninos, iniciaram sua prática em farmácia nos anos 1940/1950, na então Fharmácia da Empreza, de propriedade de Osvaldo Lisboa. Esse era filho de João de Almeida Lisboa, também farmacêutico, que se instalara em Águas Virtuosas no final do Século XIX.
O memorialista José N. Mileo (1) registrou a presença dos seguintes farmacêuticos em Águas Virtuosas, no ano de 1898:
E desde o final do Século XIX-início Século XX, as farmácias de Lambari já faziam suas propagandas:
(1) Jornal A Peleja (1898)
(2) Livro Águas Virtuosas de Lambary (1918)
Reprodução
(3) Livro Lambari, Cidade das Águas Virtuosas (1949)
A farmácia do Dr. Mário Santoro (casado com D. Maria Rita Pereira Santoro, professora de português de gerações de lambarienses, e que dá nome ao ginásio da cidade) situava-se na esquina da Rua São Paulo com Garção Stockler, onde hoje é a casa de Henrique Carvalho/Branca Valério. Posteriormente, instalou-se no mesmo local a Farmácia São José, de Aluísio Junho.
Farmácia São José. Na foto: Aluísio, Raul e Fabiano Krauss, ladeando Aluísio Junho (de terno). Abaixo, de chapéu, o fotógrafo Vicente Teixeira Dias (anos 1950)
Farmácias Rian e Santo Antônio
Nos anos 60/70, coexistiram as Farmácias São José, Santo Antônio e Rian. Essa, de propriedade de Alcino Leite, situava-se na esquina da Rua São Paulo (atual Wadih Bacha) com Rua Tiradentes (antigo prédio do Hotel Rosário, em frente ao Banco do Brasil, onde também funcionou, posteriormente, a Farmácia Santo Antônio).
A Farmácia Santo Antônio. Fonte: Lambari em Textos e Fotos
Selma (no caixa), tendo ao lado Marlene e Toninha.
Hugo, Cristina Viola e Alcino Leite, na Farmácia Rian
Índice da Série Farmácias de Aguinhas
(1) MILÉO, José N. Subsídios para a história de Lambari. Guaratinguetá, SP : Graficávila, 1970, p. 135.
- MARTINS, Armindo. Lambari - Cidadade das Águas Virtuosas. 1949
- CAPRI, Roberto. Aguas Virtuosas de Lambary, 1918
- Jornal A Peleja - 1898
- Facebook/Lambari em fotos e textos
Uma resenha do livro Os Curadores do Senhor, também de Antônio Lobo Guimarães, pode ser lida aqui:
http://www.guimaguinhas.prosaeverso.net/visualizar.php?idt=4268569
Introdução
São 63 anos de vida — 56 dos quais no Brasil — e agora a kombi se vai...
Reprodução
De fato, como seu projeto não poderá atender aos novos requisitos de segurança dos veículos — air bag duplo e freios ABS —, a kombi está fazendo sua despedida. E, assim, os 1.200 últimos exemplares — de uma série especial e estilizada — estão sendo montados no interior de São Paulo. (aqui)
Bem, isso era o que estava programado por esses últimos dias, mas agora o governo anuncia uma possível prorrogação na entrada em vigor das novas normas de segurança, o que poderá prolongar a vida útil da kombi por mais um ou dois anos. (aqui) (**)
A kombi sempre esteve próxima do coração
De qualquer modo, a kombi se vai, se não hoje, logo, logo, nos próximos meses. E assim irá de vez um veículo ícone da minha geração (anos 1950).
Eu, particularmente, e talvez por ser do interior, vivi grandes momentos com a kombi, como estes: (1) as viagens da família à Aparecida do Norte (SP); (2) as caçadas anuais do meu pai à Serra do Mar (Caraguatatuba, SP); e (3) as viagens incontáveis do time de futebol (Juvenil do Águas, Vasquinho, GRABI, Águas e Veteranos dos Águas)
Poses diante da kombi: família Gentil Lobo, viagem à Aparecida do Norte, anos 1970
(1) Zé Batista (meu avô) e os netos, em viagem à Aparecida. Também na foto os motoristas Zézinho Ferreira (Zezinho da Biciletaria) e João Capoeira. (2) Eu e Dinho, meu primo, e as kombis dos motoristas citados.
Tio Tião Miranda, sua mãe, seus filhos Miguel e Tiãozinho, e seu sobrinho Armando, em Aparecida, agradecendo proteção de N. Senhora em face de um acidente com sua kombi (táxi), a caminho da festa do Rosário, em Jesuânia (anos 1980)
Kombis de Nezinho e Biezinho Junqueira, viagem à Serra do Mar, Caraguatuba, 1967
Os caçadores na Serra do Mar: Valtinho Pinto, Josué, Biezinho, Zé Saldanha e seu Bié Junqueira. Embaixo: Helinho Lisboa, Dé Guimarães e Nezinho Junqueira (*)
(*) Essas são lembranças de uma época em que a caça esportiva era legal, no País. Atualmente, encontra-se proibida. Confira a Legislação de proteção à faúna.
(**) E a kombi se foi de verdade. O último exemplar — nas cores azul e branca, como se vê na foto acima — foi parar na Alemanha, no museu da Volkswagen, em Hannover (aqui)
Referências:http://www1.folha.uol.com.br/fsp/veiculos/142646-fui.shtml e http://www1.folha.uol.com.br/fsp/mercado/143442-decisao-tardia-afeta-orcamento-afirma-diretor-da-volkswagen.shtml
Introdução
O que a Igreja de Nossa Senhora da Saúde, de Lambari, MG, e o Santuário de Aparecida do Norte têm em comum?
O autor do projeto.
De fato, o Dr. Benedito Calixto de Jesus Neto é o autor de ambos os projetos, e não só desses, mas de diversos outros projetos de igreja. Vamos conhecer um pouco dessa história.
A Matriz de N. S. da Saúde
A história da construção da Matriz de Nossa Senhora da Saúde, em Lambari, MG, já foi contada aqui neste site, numa sequência de 3 posts (veja: aqui, aqui e aqui).
A informação que não tínhamos à época em que escrevemos os posts acima, e que obtivemos agora, é o nome do autor do projeto: Calixto de Jesus Neto.
Postal da Igreja N. S. da Saúde (Lambari, MG), do final da década de 1940
O autor do projeto
Como se vê do postal acima, Calixto de Jesus Neto foi o arquiteto responsável pela nossa igreja matriz.
Benedito Calixto de Jesus Neto vem a ser neto de Benedito Calixto [Benedito Calixto de Jesus (1853/1927): pintor, desenhista, professor, historiador e astrônomo amador brasileiro.]
O arquiteto Benedito Calixto de Jesus Neto, formado no Centro Universitário Belas Artes de São Paulo, foi responsável pelo projeto do Santuário Nacional de Nossa Senhora da Conceição Aparecida.
O Santuário de Aparecida do Norte
O Santuário Nacional também conhecido como Santuário Nacional de Nossa Senhora da Conceição Aparecida, ou "Basílica Nova", é o terceiro maior templo católico do mundo. Começou a ser construído em 11 de novembro de 1955 e foi inaugurado em 4 de julho de 1980, quando João Paulo II visitou o Brasil pela primeira vez.
Informações sobre um livro de arte do Santuário de Aparecida podem ser vistas aqui
Outros projetos de Calixto Neto
Calixto Neto foi também autor de vários outros projetos de igrejas, principalmente em São Paulo (capital e interior). Entre os projetos de sua autoria, estão as seguintes igrejas:
(1) Igreja de N. S. dos Prazes, Itapetininga, SP (2) Igreja Assunção de N. Senhora (São Paulo)
(3) Paróquia de Santo Antônio (Adamantina, SP) (4) Igreja de São Bom Jesus (Conchas, SP)
Um outro projeto da Igreja Matriz de Lambari, MG, que não foi aproveitado
Ref. Wikipedia e links incluídos no texto.
Introdução
Eu e Pinga temos algumas coisas em comum: fomos servidores da área de Fiscalização (ele no Estado e eu na União, e hoje ambos estamos aposentados), jogamos futebol amador na juventude (ele em Martinho Campos e eu em Lambari), torcemos por time alvinegros (ele Atleticano e eu Botafoguense) e nossas mulheres são amigas e colegas de trabalho na Secretaria de Fazenda de Minas Gerais.
Pois bem, Pinga* é o apelido de infância do meu amigo José Maria de Carvalho, de quem recebi de presente o livro União Futebol Clube - Fatos & Fotos, de autoria de Márcio Rodrigues Teixeira, objeto deste post.
O livro
Este livro narra (...) a história (...) do nosso querido União, paixão de uma grande parcela de Martinho-campenses, residentes ou não em nossa cidade, baseando-se em um árduo trabalho de pesquisa, desenvolvido com extrema dedicação.
(José Maria de Carvalho, o Pinga, no prefácio do livro abaixo)
Márcio Rodrigues Teixeira, experiente memorialista martinho-campense, pois é também autor do livro Arraial de Nossa Senhora da Abadia dos Monjolos, colheu riquíssimo material — fotos, atas, escrituras, livros de contabilidade, correspondência, cartazes, recortes de jornais, depoimentos, etc. — para contar a bela história do União Futebol Clube, de Martinho Campos. E mesmo diante de tantos fatos, documentos e histórias, soube fazer um livro leve e agradável de se ler.
E, como disse Pinga no prefácio, o autor não deixou nenhum personagem importante de fora, pois estão lá os fundadores, os diretores, os colaboradores, os jogadores, enfim, as pessoas que escreveram a história do clube. Além disso, ao lado de datas, escalações, estatísticas, resumos biográficos, resgatou documentos valiosos (as atas, os cartazes, as flâmulas), colheu incontáveis fotos (antigas e novas), documentou festas e concursos de misses, relatou divertidos causos.
(1) Flâmulas de conquistas do União (2) Vera Lúcia Carvalho desfilando (festa promovida pelo União F.C.)
Histórias
Para encerrar, destaco alguns nomes curiosos de atletas do União:
Zé Maria Tudo, Iracy do Zico, Tião da Virgínia, Carmo da Iôla, Nêgo da Fiíca, Carrapicho, Geraldo Rolete, Sementeira, Tonho Rasgão, Beleza, Tonho Barulho.
E também esta pequena história intitulada Carango:
O Oswaldão tinha um time juvenil que treinava no campo do União que ele administrava com muito zelo e carinho; porém, ele sabia da limitação de certos atletas, ou melhor, de quase todos eles. Uma vez o time foi jogar contra o time do Engenho do Ribeiro, no campo do União e ele conseguiu arrebanhar apenas onze jogadores. Um dos atletas, o Carango, era ruim, mas tão ruim que o Oswaldo propôs: — Carango, nós vamos entrar só com dez jogadores. Você fica na reserva para o caso de algum jogador se contundir...
É isso. Parabéns ao autor e ao União Futebol Clube de Martinho Campos. Tomara um dia possamos escrever um livro semelhante, contando a história do nosso Águas Virtuosas Futebol Clube, de Lambari, MG.
Fotos
Uma antiga formação do União, com Pinga na ponta-esquerda
Um time infanto-juvenil do União. O Luizito acima é irmão de Antônio Elias Oliveira Costa, um martinho-campense, colega de peladas no sítio do Manelão*, e que trabalhou comigo na Receita Federal em Brasília.
José Maria explica a origem do apelido:
(*) O grande amigo Manoel de Oliveira (Manelão), também da RFB, mineiro de Tiros, nos recebia todos os sábados para uma pelada no campo society de sua casa no Park Way. Bons tempos na companhia de colegas da Receita Federal e outros amigos e parentes do Manoel.
TEIXEIRA, Márcio Rodrigues. União Futebol Clube - Fatos & Fotos. Divinópolis, MG : Gráfica Sidil, 2011.
Contatos com o autor: mteixeira19@gmail.com