Ilustração: Pintura de Sandra Junqueira. Exposição de quadros pelo grupo das alunas de pintura Arus Clube. Novembro de 2019. Reprodução
Nesta Série Pinturas e Pintores de Aguinhas estamos lembrando alguns pintores e pinturas de Águas Virtuosas de Lambari.
Desta série, já publicamos:
Nos dias 15 e 16 de novembro de 2019, ocorreu na Galeria do Parque das Águas a Exposição de quadros do grupo de alunas de pintura Arus Clube.
Foram expostas obras das seguintes pintoras:
Essa atividade desenvolvida pelo Arus Club de Lambari é coordenada por Nadeje Bacha.
Algumas das pintoras durante o evento ARUS PINTA LAMBARI (2018). Da esquerda para a direita: Maria de Fátima Bacha, Maria Aparecida Lima, Maria do Carmo Santos (Carminha) e Regina de Fátima Costa.
Reprodução. Fonte: Facebook/Prefeitura Municipal de Lambari
Veja uma amostra da exposição:
Terezinha e Carminha
Carminha e Terezinha
Sandra e Ângela
Celina e Talita
Regina e Cida
Marília
Marília
Ângela
Ângela
Sandra
Fátima
Regina
Ilustração: Paulinho com a camisa do Botafogo (presente do vovô) mostra a estrela solitária
Nesta série RECANTO DOS NETOS contamos histórias das únicas criaturas que são mais encantadoras do que nossos filhos: os filhos dos nossos filhos — os nossos netos.
Como vimos contando nesta série RECANTO DOS NETOS, eu e Celeste temos 7 netos: Leonardo, Rafael, Maria Elisa, Isabela, Paulo Emílio, Rafaela e Cecília.
Vó Celeste e sua turminha - Natal de 2019
E netos rendem boas histórias, como sabemos. Da nossa turminha já contamos algumas aqui no GUIMAGUINHAS, como estas:
E hoje temos mais uma: Os gols do Paulinho.
Vamos lá!
Sempre que encontra o vô Guimão, Paulo Emílio quer jogar bola. Mais do que isso, quer fazer muitos gols...
Ele diz: — Vô, vamos jogar bola... mas ocê fala aquelas coisas que cê fala, tá bem?
As "coisas" que o vô Guimão fala são uma brincadeira de que o Paulinho gosta muito: — Vovô narra os gols do Paulinho, com entusiasmo, vibração, e, principalmente, emoção — pois os gols são sempre do Botafogo!
Imitando e misturando vozes, frases de efeito e expressões consagradas por célebres radialistas, entre eles: Fiori Giglioti, Waldir Amaral, Jorge Cury, Doalcei Bueno de Camargo, Osmar Santos, vai dizendo o vovô:
— Maracanã, o maior estádio do mundo está completamente lotado.
— As torcidas de XXX (qualquer adversário histórico) e Botafogo tomam cada centímetro das arquibancadas (...)
— No Botafogo, o destaque é Paulinho, o camisa 9, artilheiro do Fogão com 50 gols. A torcida espera muito do seu artilheiro neste jogo que decide a vaga para o final do campeonato.
— Vai começar a partida. Abrem-se as cortinas e começa o espetáculo!
.....................
— É falta perigosa na entrada da área. Paulinho se prepara para bater. Coloca o pé ao lado da bola, recua um, dois, três passos. Olha por cima da barreira. E lá vai! Pimba na gorduchinha!!! Uma pancada sensacional!!! Eee... tá no filóóóó! !!! Éééé goooollllll!!! Gol de Paulinho para o Glorioso!!!
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— Gérson toca para Jairzinho que encosta para Paulinho, chega o zagueiro e joga pela lateral. (...) Paulinho não desiste, ele mesmo cobra o lateral e corre para a área...
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— Atenção! Bola alçada na área, subiu Paulinho, testou... — É gooolllllll!!!! Gol de Paulinho, o camisa 9 do Fogão!!! Indivíduo competente este Paulinho!
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— Lá vai Paulinho, passa por um, passa por outro, mete a bola entre as pernas do zagueiro, driblou o goleiro, vai marcar... e ripa-na-chulipa!... Chiruliruli-chirulirulá... ééééé... Goooollllll!!!! Gooolllaaaçço" Açooo!!! Açoooo!!! Nove é a camisa dele! Paulinho! Paulinho! faz a festa da galera do Fogão e enlouquece o Maracanã!
— Goooll legalll!, confirma Mário Viana.
...................
Mas quando "termina o jogo e a locução", Paulinho reclama:
— Vô, eu não sou 9. Eu sou número 4!
— Mas Paulinho, o 4 não faz gol, quem faz gol é o número 9...
— Não, vô! Eu sou 4!!!!
É... se não vamos ter um novo Quarentinha, um Roberto, um Túlio Maravilha, talvez tenhamos um Basso, um Leônidas, um Gonçalves, sei lá...
Epa, já ia me escapando!
E se for premonição do Paulinho?
E se ele estiver falando de um novo futuro Honda?
Vai saber...
Reprodução. Fonte: FogãoNet
(*) Honda não deu em nada, infelizmente...
Paulinho bate bola na quadra em Brasília
Paulinho, em Brasília, tem a bola dominada
Paulinho com a camisa do Fogão faz a alegria do vovô
Paulinho com a camisa da seleção peruana
Paulinho boleiro: aprendendo bater na bola e fazendo mil gols narrados pelo vovô
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Ilustração: Carol, Alan e Cecília - a sétima da turminha de netos de Celeste e Guima
Nesta série RECANTO DOS NETOS contamos histórias das únicas criaturas que são mais encantadoras do que nossos filhos: os filhos dos nossos filhos — os nossos netos.
Ei, tem gente nova chegando ao RECANTO DOS NETOS!
E como é moderninha, já chegou causando!
Querem ver? Acompanhem a chegada da Cecília, nossa sétima neta, nascida em outubro de 2019.
Vamos lá!
Veja também estes outros posts da série:
Esta menina
tão pequenina
quer ser bailarina.
Não conhece nem dó nem ré
mas sabe ficar na ponta do pé.
CECÍLIA MEIRELES, A bailarina
Pois é, e chegou desempatando o jogo a favor das meninas da família: — agora são 4 mulheres (Maria Elisa, Isabela, Rafaela e Cecília) e três homens (Léo, Rafa e Paulinho).
É paulistana da Lapa, do signo de Libra (espírito rebelde, podem esperar), e botafoguense — bem, isso é um desejo do vovô!
Cecília é paulistana sim, como a mãe, mas certamente lambariense também, como o pai, pois que tem o mesmo nome da personagem principal da lenda das águas milagrosas, que narra a origem da vila de Águas Virtuosas de Lambari (aqui).
Mas por enquanto sua marca é a alegria, pois está sempre com um sorriso no rosto.
Confira:
Eita papai bonito!
Eu vou fugir da mamãe...!
Ôoooiiii, gente!!!
Hahaha!!! Meu vovô é tão gozado!
Além disso tudo, Cecília é corajosa! Já enfrentou a fila da vacinação e saiu de lá com seu atestado de bravura!
Vejam só:
Seja bem-vinda à nossa turminha miúda, Cecília!
Vovó Celeste e vovô Guimão
Poesia
é brincar com palavras
como se brinca
com bola, papagaio, pião. (...)
JOSÉ PAULO PAES, Convite
Com nome de poeta — e poeta brasileira célebre—, nossa Cecília recebeu de outro poeta — o Machaddo Sobrinho (nome literário do amigo Zé Machado) um presente em forma de poesia.
Uma bela poesia. Confiram:
* Os familiares de Cecília agradecem ao Machado esse presente
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Ilustração: Recorte. Panfleto político de autoria de João Luiz Fernandes. Eleições de 1954
No seu livro de memórias, João Luiz Fernandes narra sua rápida passagem pela política de Lambari, sua terra natal, nos anos 1940/50. (FERNANDES, 2013, págs. 44/47)
Conta ele que ainda jovem foi "fazer a vida" no Rio de Janeiro, mas retornou a Lambari, em 1942, época em que comprou o Bar Pinguim, que se tornou famoso point das noites lambarienses de outrora (aqui), além de empreender diversos outros negócios no ramo de imóveis e participar da política local.
Abaixo vamos comentar as atividades políticas de João Luiz Fernandes em Lambari, nos anos 1940/50.
Vamos lá.
João Luiz e sua esposa Othonira. Inauguração do Shopping Águas Virtuosas (2008)
Sobre João Luiz Fernandes, veja também:
Conheça a Sala Othonira Fernandes, que funciona nas dependências do Shopping Águas Virtuosas - aqui
Logo após o término da Segunda Grande Guerra (1939-1945), e com a queda de Getúlio Vargas, deu-se a criação de novos partidos e a realização de eleições diretas, inclusive para a prefeitura de Lambari, cujos governantes eram, até então, nomeados por interventores do Estado (veja aqui).
Foi por essa época que João Luiz filiou-se ao recém-criado Partido Repúblicano Mineiro (PRM), chegando a ser presidente do Diretório do PR em Lambari.
Em 22 de junho de 1947, foi criada a União Lambariense (UDN, PR e PRP), visando à eleição do prefeito e de vereadores municipais. A União apoiou Hélio Salles, que acabou eleito para o período de 1948-1951 com expressiva votação.
Informa João Luiz que participou como Diretor de Obras do governo de Hélio Salles, tendo executado obras de limpeza e remodelação do Parque Novo, saneamento do seu pequeno lago e construção da ponte que o liga ao à alameda do parque. Realizou também uma limpeza geral na cidade e calçou várias ruas com paralelepípedos. (FERNANDES, 2013, p. 47)
Nas eleições de 1950, foi eleito vereador, tendo alcançado o segundo maior número de votos entre os doze concorrentes ao cargo. (FERNANDES, 2013, p. 49)
Em setembro de 1954, João Luiz Fernandes ainda continuava em Lambari, fora da política, mas ainda fazendo política.
Assim, em seu nome pessoal, e tendo em vista próxima eleição legislativa, pediu votos para os seguintes candidatos:
Interessante destacar no panfleto que vai abaixo o programa do governo para a prefeitura de Lambari defendido por João Luiz Fernandes.
De fato, diz ele no livro supracitado:
Em 30 de setembro de 1954, às vésperas da eleição para Senadores, Deputados Estaduais e Federais, dei a público minha última folha volante "Ao Povo de Lambari", na qual oferecia "aos Lambarienses em particular e aos eleitores que me elegeram vereador no pleito anterior", um programa mínimo de realizações que continuava a considerar necessárias para Lambari e colocava "à disposição dos interessados" (...) (FERNANDES, 2013, p.50)
Passados 65 anos, os tempos são outros, mas há ainda neste antigo programa algumas propostas de uma atualidade espantosa.
Confira:
ÍNDICE DA SÉRIE MEMÓRIAS POLÍTICAS DE AGUINHAS
Ilustração: Pintura no braço de Maria Elisa, retratando a própria. Festa de aniversário. 2017
Nesta série RECANTO DOS NETOS contamos histórias das únicas criaturas que são mais encantadoras do que nossos filhos: os filhos dos nossos filhos — os nossos netos.
Como vimos contando nesta série RECANTO DOS NETOS, eu e Celeste temos 8 netos: Quatro homens (Léo, Rafa, Paulinho e Guga) e quatro mulheres (Maria Elisa, Isabela, Rafaela e Cecília).
A bisavó Neli e seus bisnetos: Paulo Emílio, Leonardo, Rafael, Isabela, Rafaela, Maria Elisa e a caçulinha Cecília. Passagem do ano de 2020
Já contamos algumas histórias dessa turminha. Vejam estes posts:
E hoje vamos falar sobre as profissões de Maria Elisa.
Vamos lá!
Maria Elisa é uma menina responsável, compenetrada, estudiosa e sempre preocupada com o futuro.
Antes mesmo de saber ler ou escrever, queria ser cartista — nome que inventou para designar aquele que escreve cartas. Nessa época, "trocava cartas" com a vó Celeste, ela em Brasília e a vovó escondida aqui atrás das Serras das Águas. Essas cartas continham "desenhos", geralmente figurando a vó ou seus pais e primos... E muitos, muitos coraçõeszinhos!
Depois pensou em várias outras profissões: artista, dançarina — e a mais curiosa: borracheira...
Ao ver o conserto do pneu do carro que seu pai dirigia, perguntou o que o homem fazia. O pai explicou: — Tá consertando o pneu que furou, filha. Ele é borracheiro! E na mesma hora, decidiu sua nova profissão: — Papai, quero ser borracheira!
Tão entusiasmada ficou com a nova profissão, que tive de levá-la numa borracharia para um treinozinho na futura atividade!
Maria ensaiando uma futura profissão
Mas acabou desistindo da profissão, que achou muito penosa.
Maria, depois, pensou ainda em outras: tenista, veterinária, escritora. E parece que acertou nessa última, pois sua vocação está ligada ao livro.
De fato, desde pequena examinava livros e revistas e os "lia", inventando textos supostamente escritos. Tinha loucura por aprender a ler e escrever, ao tempo que ia desenhando figuras com diálogos imaginados e transcritos em forma de rabiscos!
E vivia me perguntando: — Vovô, como se faz um livro?
Maria esperando autógrafo numa feira de livros em Brasília
E assim que aprendeu a ler e escrever, tratou de escrever e ilustrar seu primeiro livro:
LÚCIA: AVENTURAS NO LUGAR MÁGICO |
Veja alguns trechos do livro:
[1] Capa: Lúcia: Aventuras no lugar mágico
[2] Início: Era uma vez duas corujas que viram uma luz de longe. Ilustração: duas corujas no galho... vendo a luz ao longe
[3] Meio: Chegando lá elas viram uma moeda. Ilustração: uma porta, com uma moeda no topo
[4] Continuação: Elas descobriram o que era aquilo. Ilustração: duas corujas vendo a luz (uma moeda dourada)
Depois, deu maravilhoso presente ao seu avô: um livro escrito, ilustrado, editado e montado por ela mesma, intitulado:
A S U R P R E S A |
Confira alguns trechos:
[1] Capa: A surpresa - Escritora: Maria Elisa. Ilustração: embrulho de presente
[2] Era uma vez... Uma garotinha que queria dar uma supresa pro seu avô. Ilustração: Menina (autora) pensando: Não sei o que dou pro vô...
[3] Um tempo depois... — Já estou quasi acabando! Ilustração: menina (autora)
[4] — Acabei: agora é só dá pro vovô!
E qual vovô não ficaria radiante e orgulhoso com uma "surpresa" dessas?
Obrigado, minha neta.
Maria Elisa na Livraria Estação 98, em Lambari, num sábado de contação de histórias
Confira os posts já publicados:
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