Foto de abertura: Orquídea abrindo-se generosa em múltiplas flores.
No meu livro de memórias — Menino-Serelepe* —, falo do canteiro de flores de minha avó Cema:
Na lateral da escada, lugarzinho fresco e úmido, mas que tomava bom sol pela manhã, vó Cema cuidava com gosto dum canteiro, protegido por um cercadinho (...)
E havia também uns paus podres dos quais pendiam trepadeiras, parasitas e orquídeas belamente floridas e diversas samambaias esparramadas, ora pelos galhos do pau, ora pelo chão: chifre-de-veado, chorona, renda portuguesa, jiboia, bailarina. E mais costela-de-adão, espada-de-são-jorge, comigo-ninguém-pode, parece-mas-não-é, bromélia, suculenta, brinco-de-princesa, conta-de-lágrima, avenca, todos esses bem-acompanhados de renques de beijo-de-gato, margarida, bico-de-papagaio, saudade, rapariga, florde-maio, miosótis, meu-nome-ninguém-sabe, capitão, lanterninha, hortênsia, azaleia, palma, primavera, dália, que renteavam a escada e um lado da casa.
E vó Cema cuidava de espantar os netos pra longe da chaga-de-cristo:
Cuidado com o espinho! Se fincá, anda pelo corpo e pode furá o coração! Não foi um nem dois que já morreu desse jeito! Sai de perto!
Este texto me veio à lembrança neste final de semana de agosto, quando, passeando por Lambari, vi pequenos ipês carregadinhos de flores...
E assim, além dos ipês, fui registrando, apesar da seca que já vai muito grande, outras flores de uma bela Aguinhas em flor...
Ipê vivamente amarelo, no Parque das Águas
Jardim florido no Parque das Águas
(1) Vasinhos da Vó Tal (2) Floreira da Vó Neli
Orquídea no toco de coqueiro, jardim da casa da Vó Neli
Vasos e flores da Celeste
Pequenos ipês derramam flores, no Jardim do Lago
Arvorezinha (pata-de-vaca) com flores brancas, na Volta do Lago
(*) Menino-Serelepe - Um antigo menino levado contando vantagem é um livro de memórias de Antônio Lobo Guimarães, pseudônimo com que Antônio Carlos Guimarães (Guima, de Aguinhas) assina a coletânea HISTÓRIAS DE ÁGUINHAS. V. na abertura do site o tópico Livros à Venda.
O time do Águas Virtuosas levantou a taça de campeão por 5 vezes em sua história:
Em 1977, ficou com o vice-campeonato da Liga de Caxambu.
Em 1982, foi campeão Sul Mineiro de Veteranos (aqui)
Pois bem, neste post vamos homenagear a fiel torcida do Águas Virtuosas. Vamos lá!
A torcida do Águas nas finais em São Lourenço
A torcida do Águas, ao fundo
A torcida em Jesuânia
A torcida em Lambari
Comemoração do título em Lambari
Nesta oportunidade, registramos nossas homenagens póstumas aos grandes torcedores do Águas - José Luiz Krauss e Olavo Gorgulho - que faleceram em acidente automobilístico, por ocasião da conquista de um dos títulos do Águas na Liga de São Lourenço.
Fotos: Luiz Vesonildo Coutinho, José Gabriel de Carvalho e Wílson
(*) Se você, caro(a) visitante, tiver notícias, informações, casos e fotos dessa época, ou quiser fazer alguma correção ou complementação ao texto aqui publicado, entre em contato conosco neste e-mail: historiasdeaguinhas@gmail.com
Foto de abertura: João Luiz Fernandes no trampolim de 3 níveis da piscina de Lambari
Abaixo vão postais da Piscina do Parque Wenceslau Braz (Parque Novo), em Lambari, MG.
Como se recorda, esta piscina foi construída pelo prefeito Dr. João Lisboa Júnior, quando de sua primeira administração (1935-1945). Foi posteriormente reformada na administração de Jairo Ferreira (1967-1972) [1]
João Luiz Fernandes, no trampolim
(1) João e Sebastião Fernandes e sobrinhos (2) Célio Krauss fazendo pose
Postal dos anos 1970: No primeiro plano, Rui Rambaldi puxa Pinelli pelo braço. Ao fundo, de braços cruzados e calção escuro, o autor de GUIMAGUINHAS.
[1] MILEO, José Nicolau. Ruas de Lambari. Guaratinguetá, SP : Graficávila, 1970, p. 27.
Referências
- FERNANDES, João Luiz. Reminiscências de um Brasileiro do Século XX - Cidade das Águas Virtuosas.Lambari, MG : Gráfica Kirios, 2013.
Fotos: Museu Américo Werneck e coletânea de postais do autor.
Águas tetracampeão da Liga de São Lourenço, MG - 1990
Foto de abertura: A fiel torcida do Águas, em São Lourenço, na campanha do tetracampeonato.
Tricampeão em 1986, 1987 e 1988, o time do Águas Virtuosas não se houve bem na campanha de 1989. Mas se preparou para 1990, e, além da base que já fora tricampeã e alguns novos jogadores, apresentou também 2 ex-atletas lambarienses, que haviam sido profissionais:
Jorge André, no Yuracan de Itajubá (aqui), e
Joãozinho (Campo Grande, Náutico). [Veja este texto: aqui]
A decisão do Campeonato da Liga de São Lourenço, em 1990, se deu entre o time do Águas Virtuosas e o Comercial (OlímpioNoronha). Para ser campeã, a equipe finalista teria de conquistar 4 (quatro) pontos, e cada partida valia 2 (dois) pontos.
O primeiro jogo se deu em Olímpio Noronha, no dia 09 de dezembro de 1990, tendo o Águas Virtuosas vencido a partida por 4 x 1, com gols de Zé Luis, Gabriel e Joãozinho (2 gols).
O Águas jogou com: Márcio Krauss, Gadiego, Jorge André, Pedro Luiz, Rildo, Luiz Alberto, Gabriel, Zé Amauri, Zé Luiz, Beto Biaso, Joãozinho e Nambu.
E o Comercial foi formado por: Quati, Paulo Roberto, Delegado, Léo, Sérgio Roberto, André, Marcos Paulo, Macercelo, Careca, Gordo e Marcelinho.
A segunda partida ocorreu em Lambari, no dia 15 de dezembro de 1990, com o resultado de 0 x 0. Jogo de estádio lotado, à vista da campanha do Águas e do fato de os portões terem sido abertos ao público (a Prefeitura Municipal bancou o evento).
A formação do Águas foi esta: Márcio, Gadiego, Pedro Luiz, Jorge André, Rildo, Zé Amauri, Gabriel, Zé Luiz, Nambu, Beto Biaso e Joãozinho.
E a do Comercial, esta: Domingos, Paulo Roberto, Delegado, Léo, Sérgio Roberto, André, Marcos, Paulo Marcelo, Careca, Gordo e Marcelinho.
A terceira partida foi realizada em campo neutro (Campo do Esporte, de São Lourenço). O jogo se deu no dia 22 de dezembro de 1990, e o Águas venceu por 3 x 0, com 3 gols de Joãozinho, sagrando-se Tetracampeão da Liga São Lourenço (1986/87/88/90).
O Águas foi campeão com a seguinte formação: Márcio, Gadiego, Jorge André, Pedro Luiz, Luiz Cláudio, Zé Amauri, Gabriel, Zé Luiz, Nambu, Beto Biaso e Joãozinho.
O Comercial ficou com o vice-campeonato, e jogou com este time: Domingos, Paulo Roberto, Delegado, Léo, Sérgio Roberto, André, Marcos Paulo, Marlon, Careca, Gordo e Marcelinho.
Nesses jogos decisivos, o time do Águas Virtuosas foi comandado por Luizinho (1o. jogo) e Guinho (demais jogos).
Algumas formações do Águas de 1990
Em pé: Márcio, Joãozinho, Rildo, Pedro Luiz, Jorge André e Gadiego. Abaixo: Zé Amauri, Sansão, Zé Gabriel, Zé Luiz, Beto e Nambu.
Em pé: Márcio, Luiz Bié, Jorge André, Ricardinho, Rildo e Gadiego. Abaixo: Manezinho, Zé Luiz, Gabriel, Nambu, Zé Amauri e Joãozinho.
Em pé: Márcio, Joãozinho, Ricardinho, Jorge André, Nambu, El, Marcel, Luiz Bié, Rildo e Gadiego. Abaixo: Pedro Luiz, Coxinha, Sérgio Vasco, Sansão, Luiz Cláudio, Zé Amauri, Gabriel e Beto.
Em pé: Márcio, Jorge André, Pedro Luiz, Rildo e Gadiego. Abaixo: Joãozinho, Beto, Gabriel, Nambu, Zé Amauri e Sérgio Vasco.
Registramos nossas homenagens póstumas aos companheiros Luiz Cláudio e João Pretinho, presentes nas fotos acima.
Comercial - 1990 - Na foto, entre outros: Domingos, Paulo Roberto, Delegado, Léo, Sérgio Roberto, André, Marcos Paulo, Marlon, Careca, Gordo e Marcelinho
Informações e fotos: Luiz Vesonildo Coutinho (Luizinho), Beto Biaso, José Gabriel de Carvalho e Tatá (Comercial de ON)
Veja também:
(*) Se você, caro(a) visitante, tiver notícias, informações, casos e fotos dessa época, ou quiser fazer alguma correção ou complementação ao texto aqui publicado, entre em contato conosco neste e-mail: historiasdeaguinhas@gmail.com
Poema é um poeta apaixonado
A escrever desesperado / O que lhe vai no coração.
FERNANDO DIAS
Como anotei no meu livro de memórias Menino-Serelepe (*), a música de Fernando Dias esteve comigo desde jovenzinho, nos meados dos anos 1960, pois lá desfilavam entre as cantorias de minha mãe — que tinha mania de cantar em casa, enquanto fazia os trabalhos domésticos — os versos famosos:
Poema é noite escura de amargura / Poema é a luz que brilha lá no céu...
Mais tarde, já morando no centro da cidade, próximo da Igreja Presbiteriana, cuja comunidade eu frequentava com os amigos do futebol, eu ouvia falar do "Fernando", que "fazia músicas e cantava serestas" e era irmão do seu "Beto Melano" (Roberto Dias).
Como o casal Roberto Dias/Áurea Canelhas eram nossos vizinhos (moravam na comunidade Protestante), eu via o compositor, muitas vezes, por lá. E em 1971, quando Fernando Dias adoeceu, foi nessa residência que convalesceu. E por aqueles tempos a casa do seu Beto Melano vivia cheia de amigos e visitas. E foi ali também que Fernando Dias veio a falecer, no Natal de 1971.
Assim foi que as cantigas e boleros que minha mãe cantava me acompanharam por toda a vida, e Poema sempre esteve, decoradinho, na minha memória musical. E já aposentado, quando comecei a publicar estas "memórias de Aguinhas", já tinha ideia de fazer um post sobre Fernando Dias. E em dezembro do ano passado, comecei a pesquisar, a conversar com familiares do compositor, a perguntar para os amantes da música e "antigos seresteiros" de Lambari sobre Fernando Dias.
Pois bem, como uma homenagem a Fernando Dias, pouco conhecido das gerações mais novas de lambarienses, abaixo vai um resumo do que consegui apurar acerca de sua vida e sua obra.
E se você, caro visitante, tiver notícias, informações, fotos das pessoas ou famílias aqui mencionadas, ou quiser fazer alguma correção ou complementação ao texto aqui publicado, entre em contato conosco. (**)
Fernando Dias (com binóculo na mão) e João Ribeiro (João Vital) - Lambari, MG (Horto Florestal), anos 1960
Fernando Theodoro Dias, o compositor Fernando Dias, filho de Antônio Cyrilo Dias e Maria de Oliveira Dias, nasceu a 9 de novembro de 1935, em Lambari (MG), e aqui faleceu em 25 de dezembro de 1971. Seu corpo foi enterrado, no Cemitério Municipal de Lambari, pelos parentes e amigos próximos.
Há pouco tempo, os lambarienses lhes prestaram uma homenagem, por intermédio da Câmara Municipal, dando a uma rua do bairro Vista Verde II o nome do compositor (Lei Municipal 1.465, de 29/12/2004, art. 31).
Letrista inspirado, Fernando Dias fez parcerias com cantores e compositores conhecidos, tais como Nílton César [Eu choro por gostar de alguém] Carlos Gonzaga [Ninguém tem culpa] Oswaldo Bettio [Teus olhos]. Mas há uma parceria importante e pouco divulgada, que foi a que se deu com outro nosso conterrâneo — o músico e violonista João Ribeiro (conhecido também por João Vital, ou João do Violão).
Fernando Dias e João Vital se conheceram em Lambari, no Estúdio "Faixa Preta", do qual já falamos em outro post (aqui), e conviveram em nossa cidade e em São Paulo, nos anos 1960 e início dos anos 1970. Dessa parceria surgiram muitas músicas, em diversos estilos (bolero, jovem guarda, marcha-rancho, samba), tais como: A roseira, Existem flores, Balanço Geral, Se eu ficar sem você. E também uma música tocada em nossas congadas, que todo lambariense conhece: São Benedito. Eis os primeiros versos:
Oilê, Oilá, meu São Benedito mandou me chamar / Vai o Rei, vai a Rainha, não demora eu vou pra lá...
José de Souza e seu terno de Congadas, Lambari (MG)
João Ribeiro guarda ricas memórias dessa parceria, como melodias e harmonias de algumas músicas. Entre elas está a primeira partitura para violão feita para Poema. Eis a preciosidade (a harmonia por cifras e a melodia da primeira parte), em papel amarelado pelo tempo, com a grafia e notas de João Ribeiro, datada de 1965, em que aparecem os dizeres: Letra: Fernando Dias - Música: João Ribeiro.
João Ribeiro conta que foi em São Paulo, no escritório da Sadembra, no início dos anos 1960, que Poema tomou feitio de bolero. Fernando Dias, acompanhado de João Ribeiro, fora mostrar algumas músicas para Hervê Cordovil. E, então, sacou de uma velha caderneta, na qual, com sua letra esgarranchada, anotava nomes, endereços, telefones, e, especialmente, letras de músicas. E passou a ler os versos de Poema, e, depois, começou a solvejar a música. Mas aquilo soava como uma marcha-rancho. Acabou sendo interrompido por João Ribeiro, que disse: — Assim não! Isso dá é bolero. E Ribeiro pegou um violão e foi dedilhando, acompanhando os versos do poeta, afeiçoando-os ao ritmo de bolero.
Desaparecido ainda muito jovem (a noite, a bebida, o cigarro...), Fernando Dias, como era comum ocorrer aos boêmios, teve também um amor não revelado, cujo nome proclamava entre poucos amigos, nas noitadas de seresta ou de criação musical. Ele costumava compor suas músicas — muitas delas inspiradas e/ou dedicadas a esse secreto amor — batucando uma caixa de fósforos.
A curta vida, contudo, não o impediu de legar-nos inúmeras canções, algumas de sucesso internacional. Por outro lado, Fernando Dias não foi uma pessoa organizada quanto à sua produção musical, e, ao que se sabe, não deixou nenhum registro, documento, contrato, partitura, letra, etc. de suas criações.
Assim, as canções/parcerias mencionadas no item abaixo, atribuídas a Fernando Dias, tirante as mais conhecidas, foram colhidas com base nas recordações de seus parentes, amigos e parceiro, e em pesquisas na Internet.
Vejamos o resultado:
No site da Editora Musical Mangione (aqui), que detém e administra direitos autorais de grandes autores e sucessos da Música Brasileira e possui um acervo de milhares de partituras, vamos encontrar o seguinte:
Músicas de "Fernando Theodoro Dias"
Fonte: http://www.mangione.com.br/catalogo.asp?searchBy=6&searchValue=Fernando+Theodoro+Dias+
No Dicionário Cravo Albin da Música Popular Brasileira, disponível (aqui), encontram-se os seguintes registros relativamente ao compositor "Fernando Dias":
Ainda na WEB, vamos encontrar as seguintes informações quanto a "Fernando Dias":
Poema, o grande sucesso e um clássico da MPB
O bolero Poema foi lançado em 1962 por Renato Guimarães
Poema: 1o. lugar nas Paradas de Sucesso - Fonte: Revista do Rádio - 1962 - n. 655
Com a música Poema, Renato Guimarães conquistou o Troféu "Chico Viola", na Festa dos Melhores do Disco, de 1962. Fonte: http://brazilianhitparade.blogspot.com.br
No Brasil, Poema foi gravado por muitos cantores(as), entre ele(as): Silvinho, Marcelo Costa, Cláudia Barroso, Agnaldo Timóteo, Lindomar Castilho, Altemar Dutra, Carlos Augusto, Elymar Santos. Em espanhol, na América Latina, por: Los Três Brilhantes, Las Sombras, Romance Trio, Gregório Barrios.
Poema é noite escura de amargura / Poema é a luz que brilha lá no céu
Poema é ter saudade de alguém / Que a gente quer e que não vem
Poema é o cantar de um passarinho / Que vive ao léu, perdeu seu ninho
É a esperança de o encontrar / Poema é a solidão da madrugada
É um ébrio triste na calçada / Querendo a lua namorar
PARTE DECLAMADA
Poema é a solidão da madrugada /
Um trovador em serenata/ querendo a lua namorar
Poema é tristeza, é alegria / É o romper de um novo dia
É a dor cruel de uma paixão / Poema é um poeta apaixonado
A escrever desesperado / O que lhe vai no coração
Neste disco de Ellis Regina, de 1962, está a agravação de Poema, de Fernando Dias
Segundo disco da carreira de Elis Regina, que ainda não era tão conceituada com o "título" que a aclama por toda sua carreira o de "Melhor Cantora Brasileira". Lançado em 1962 pela gravadora Continental, foi relançado em 1982 somente com o nome de "Poema" juntamente com seu primeiro disco de carreira: "Viva a Brotolândia", em 1989 voltou a ser relançado em LP simples com o título de "A Estrela Brilha", e novamente em 2006 na coleção "Primeiro Discos".
Fonte: Wikipedia
Na foto acima, Gregório Barrios, que também gravou o bolero Poema.
Disponível para venda no site Mercado Livre está uma partitura para piano da música Poema de Fernando Dias. Aqui
Nos anos 1960, Fernando Dias — que não era cantor nem tinha grande voz — gravou um compacto duplo, pelo selo Itamaraty (RJ), com as músicas Pelos caminhos da vida e Revoada (Fernando Dias e Jamanta).
Uma preciosidade: Disco gravado por Fernando Dias, pelo selo Itamaraty, em 196?
Músicas de Fernando Dias na Internet
Uma gravação de Poema, feita em 1962, por Renato Guimarães, com declamação de Enzo de Almeida Passos, veja aqui
No ano seguinte (1963), Renato Guimarães gravou, também de Fernando Dias, o bolero Poema da Solidão. Veja no Youtube, com a segunda parte declamada por Enzo de Almeida Passos, aqui
Nasci para te amar, um outro bolero de Fernando Dias, lançado originalmente por Nílton César, em outubro de 1962, na na voz de Renato Guimarães, aqui
Este compacto duplo de Renato Guimarães foi lançado com músicas de Fernando Dias e Hervê Cordovil
Na versão para o espanhol feita por Pepe Ávila (produtor, maestro e compositor argentino, radicado no Brasil), Poema fez sucesso pela América Latina (aqui).
Outras interpretações de Poema
Referências: Dicionário Cravo Albin de MPB; Editora Mangione; Wikipedia; Site Mercado Livre; Youtube; Rádio UOL; Notas Mágicas - Editora Musical; Discos Chantecler; Discos Itamaraty; hemerotecadigital.bn.br/Revista do Rádio/ano 1962/n.655; outros sites citados no texto.
Muitas pessoas me ajudaram na elaboração deste post. Paulo Roberto Dias, sobrinho de Fernando Dias, Miquéias e Cida Canelhas, Aloisio Krauss, Acácio Barros, meu sogro Célio Krauss, Carmen Delfini, Sebastião Leite (Tião Barbeiro), o maestro Geraldo Machado, a funcionária do Cartório de Registro Civil de Lambari, estão entre elas. E especialmente João Ribeiro (João Vital, ou João do Violão), que me recebeu em sua casa, cedeu fotos, discos, documentos, dedilhou e cantou músicas, e contou antigas e belas histórias dos anos em que conviveram e compuseram juntos. E aqui registro também meus agradecimentos a Maria Rita, esposa de João, pela atenção, simpatia — e pelo cafezinho — com que aqueceu esse nosso encontro. E agradeço, também, a Neusa Dias, que, posteriormente, à publicação do post fez algumas observações com as quais fiz pequenas correções no texto.
Registre-se que o Grupo Arus, de Lambari (MG), em suas apresentações, costuma frequentemente cantar Poema, assinalando que essa belíssima música é de um lambariense chamado Fernando Dias.
(*) Menino-Serelepe - Um antigo menino levado contando vantagem é um livro de memórias de Antônio Lobo Guimarães, pseudônimo com que Antônio Carlos Guimarães (Guima, de Aguinhas) assina a coletânea HISTÓRIAS DE ÁGUINHAS. V. na abertura do site o tópico Livros à Venda.
A referência à música Poema está no Cap. XLI - As cantigas de minha mãe, pág. 221.
(**) Contatos com o autor neste e-mail: historiasdeaguinhas@gmail.com.