Guimagüinhas
Memórias familiares e de minha terra natal
Meu Diário
07/06/2014 08h24
MEMÓRIAS DE AGUINHAS - Figurinhas da Copa

SUMÁRIO


Introdução 

Álbuns de figurinhas sempre fizeram sucesso em meio à criançada, especialmente os lançados por ocasião de Copa do Mundo. Isso ocorreu comigo, com meus filhos e está acontecendo agora com os meus netos, que têm hoje a mesma idade que eu tinha nos idos de 1962, quando fiz meu primeiro álbum.


Meu álbum da Copa de 1962

 Em o Menino-Serelepe (*) registrei como consegui meu primeiro álbum de figurinhas. Naqueles tempos eu morava no Pasto do Fubá, e eis como narrei o caso:

Pelo meio do ano, seu Luiz trouxe um sobrinho, Jorge, e ficamos amigos. Jorge vinha com uma novidade que me encantou (e que até hoje encanta): um álbum de figurinhas da Copa de 62. Insisti, chorei, e o pai, com grande sacrifício, começou a coleção pra mim.

Decorei os nomes dos jogadores de todas as seleções: Chile: Escutti...; México: Carbajal...;Iugoslávia: Soskic...; Espanha: Sedrun...; Inglaterra: Springett ...; e, claro, da do Brasil, que ainda trago fresca na memória: Gilmar, Djalma Santos...

Aqui nasceu a paixão por Garrincha, Didi, Nilton Santos, Amarildo, que esses, ao lado de Pelé e uns poucos, eram todos figurinhas carimbadas, as últimas que pus no álbum.


A seleção brasileira no álbuum da Copa de 1962

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A evolução da tecnologia da colagem

       

As gerações de colecionadores de minha família passaram por três "tecnologias de colagem". Eu sou do tempo da goma arábica (ou do grude, que era o mais comum); meus filhos, da cola branca; e meus netos das figurinhas autocolantes.

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A febre das figurinhas da Copa de 2014

Com os álbuns vêm as tradicionais atividades correlatas: a lista de faltas, o troca-troca de figurinhas, o jogo de bafo. Já não há figurinhas carimbadas, mas há novidades: muitas meninas e adultos (às vezes, famílias inteiras) colecionando e o uso da tecnologia para a troca (ou compra) de figurinhas (internet, redes sociais, etc.). 

Dizia-se carimbada, antigamente, em relação a algumas figurinhas que recebiam um carimbo, e, por isso, eram consideradas mais difíceis de serem conseguidas e valiam mais no troca-troca. Nos dias de hoje não existem figurinhas consideradas "difíceis"; de qualquer modo, cromos de Neymar e alguns outros craques custam mais nos pontos de trocas. (veja aqui)

A febre das figurinhas é mundial, mas no Brasil ela está alcançando números formidáveis, impulsionada pelo fato de a Copa ser no Brasil, pela tecnologia (que permite contatar outros colecionadores, trocar e/ou comprar figurinhas), pelos pontos de troca que surgem naturalmente (bancas de jornais, praças, shoppings), entre outros fatores.


Leia também

  • Um programa de domingo para as famílias. Veja esta reportagem da EBC, aqui
  • Tecnologia é aliada do troca-troca de figurinhas da Copa, aqui

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Meus netos Leo e Rafa com o álbum da Copa de 2014

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Lembranças das Copas de 58, 62 e 66

(1)   (2)  (3)  

  1. Uma edição especial sobre a conquista do Brasil em 1958
  2. Reprodução de um ingresso da final da Copa de 1962
  3. Flâmula distribuída pelo Parque Hotel (de Lambari), por ocasião da estada da Seleção Brasileira em Lambari (1966)

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  • Veja também este post do GUIMAGUINHAS : aqui

  (*) Menino-Serelepe - Um antigo menino levado contando vantagem, livro de memórias de Antônio Lobo Guimarães, pseudônimo com que Antônio Carlos Guimarães (Guima, de Aguinhas) assina a coletânea HISTÓRIAS DE ÁGUINHAS. V. o tópico Livros à Venda.


(*) Com a colaboração de André Gesualdi.


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Publicado por Guimaguinhas
em 07/06/2014 às 08h24
 
03/06/2014 06h48
MEMÓRIAS DE AGUINHAS - O Parque Estadual de Nova Baden

Ilustração de abertura: Cartaz de propaganda institucional do Parque Estadual de Nova Baden (PENB)


SUMÁRIO


Resumo histórico do Parque

Em 1889, Américo Werneck chegou a Águas Virtuosas do Lambary e foi residir na Fazenda dos Pinheiros, que adquirira a Garção Stockler. Nessa propriedade, em meio à vegetação nativa, plantou árvores frutíferas, eucaliptos e pinheiros. Em 1898, como Secretário de Agricultura de Minas Gerais, ele criou, nas proximidades de sua fazenda, a Colônia de Nova Baden. E ali, em 1901, surgiu a Estação Ferroviária de Nova Baden, visando a  incrementar o desenvolvimento da colônia. Mais à frente, ele transformou a Fazenda dos Pinheiros num Horto Florestal, o qual veio a dar origem a um Posto de Seleção de Sementes. (aqui). 

Após o litígio com o Governo de Minas Gerais (a chamada Questão Minas X Werneckaqui), Américo Werneck abandonou a Fazenda dos Pinheiros, que acabou sendo apropriada pelo Estado e transformada numa área de reserva municipal com finalidades ambientais. 

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Criação do Horto Florestal

O relatório de gestão do Governo de Minas Gerais de 1923, traz as seguintes informações:


Uma antiga descrição do Horto Florestal

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Área de proteção ambiental

Em 1974, a área foi protegida, com a criação da Reserva Biológica de Nova Baden. Em 1994, sua categoria de manejo foi alterada para Parque Estadual, que passou a ser administrado pelo Instituto Estadual de Florestas de Minas Gerais (Decreto n. 36.069, de 17/09/1994).

Na área do Parque funciona também a Fazenda Experimental de Nova Baden (aqui)

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Uma descrição atual do Parque

Fonte: Boletim Informativo do Parque Estadual de Nova Baden - I trim/2014

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A residência de Werneck, construída em 1889, que hoje guarda o patrimônio histórico do Parque e funciona como escritório e centro de visitantes


Atividades Ecológicas

No Parque, são realizadas também diversas atividades ecológicas, tais como: visitas escolares, exposição de vídeos educativos, palestras sobre temas diversos sobre o meio ambiente, trabalhos didáticos e interpretativos.

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Uma nova espécie descoberta no PENB

 

 O Pachimeroydes novabadensis

 

Uma nova espécie de inseto descoberta no Parque Estadual de Nova Baden (aqui).

Segundo informações da Administração do PENB, trata-se de um percevejo pertencente a família Miridae de aproximadamente 3 mm de comprimento, com coloração predominante vermelha brilhante e de aspecto metálico. Os exemplares foram encontrados na trilha das Sete Quedas, em ambiente úmido , sobre folhagens às margens da trilha.

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O Parque é uma importante reserva de diversas espécies de anfíbios, mamíferos e aves.

Dentre as espécies, destacam-se os primatas barbado, sauá, mico e macaco-prego, além de jaguatiricas, quatis, tatus e tamanduás-mirim.


Veja também texto e fotos de uma visita ao Parque Estadual de Nova Baden (aqui)

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Referências


Veja também:

  • Vídeo das Sete Quedas (aqui)
  • A criação da Colônia de Nova Baden (aqui)
  • A página do Facebook do Parque (aqui)

Agradecemos à Gerência do Parque Estadual de Nova Baden as informações prestadas para elaboração deste post e o envio do Boletim Informativo I trim/2014.


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Publicado por Guimaguinhas
em 03/06/2014 às 06h48
 
30/05/2014 05h58
MEMÓRIAS DE AGUINHAS - O Cassino de Lambari e a homenagem ao Sol

Ilustração: Vitral oval do Cassino de Lambari, que seria ponto de referência de efemérides solares.


Sumário


(...) a curiosidade daquela época na fachada lateral [do Cassino]era um vitral, no lado leste, que marcava os solstícios de verão e de inverno e os equinócios, segundo alguns estudiosos.

JORNAL "ESTADO DE MINAS"  [1]


Introdução

Neste post vamos resumir uma curiosa história sobre o nosso Cassino e as efemérides solares.

Vamos lá.


O Cassino e o Sol

No livro O Palácio Casino de Lambari - Sonho, Segredo, Realidade, Antônio C. Martins de Carvalho [2] descreve "um fato astronômico desconhecido envolvendo o Casino".

Na opinião de Martins de Carvalho, que também é astrônomo amador, Américo Werneck

(...) posicionou admiravelmente o Palácio de Lambari para marcar nos pontos determinados as quatro principais efemérides do Sol, que são: o Solstício de Verão, os Equinócios e o Solstício de Inverno. [3]

Desse ponto de vista, haveria no Cassino de Lambari marcações importantes relativas a tais efemérides do Sol, que só encontrariam equivalentes nos monumentos megalíticos existentes na Porta do Sol, situada em Thiunacaco, na Bolívia e em Stonehenge, no Sul da Inglaterra. [4] Como se sabe, alguns estudiosos afirmam que esses dois monumentos estão orientados para marcar, respectivamente, os Equinócios  ao amanhecer, e o Solstício de Verão, no hemisfério Norte. 

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Observações do pôr do sol

Segundo Carvalho [5], o que o engenheiro Américo Werneck

(...) projetou para homenagear o Sol, quando desenhou a planta do Palácio de Lambari, está relacionado com a proporção das medidas da construção e a latitude do lugar (...)

Para ilustrar sua teoria, o autor elaborou uma planta na qual estariam as marcações que permitiriam observar o pôr do sol nas quatro principais efemérides solares: solstícios de inverno e verão e equinócios. A altura e posição dos zimbórios (cúpulas), a colocação do vitral oval, a medida e localização das varandas, constituíriam pontos de referências para essa observação. [6]

Eis a visão da planta baixa do Cassino, que para Martins de Carvalho mostram a intenção de Werneck quanto às efemérides solares:

Fonte: O Palácio Casino de Lambari - Sonho, Segredo, Realidade, de Antônio C. Martins de Carvalho


O centro da varanda do lado leste (o item 4, na figura acima) seria o ponto de referência com base no qual Werneck teria orientado as dimensões do seu projeto. Afirma Carvalho, ainda, que

(...) o pôr do sol, no dia do Solstício de Verão, poderia ser visto dentro do vitrô oval, para uma pessoa situada no centro da varanda do lado leste (...) [7]


Pontos cardeais - A frente do Cassino está voltada para a Serra das Águas, ao Norte


Vitrô oval do Cassino

Fachada leste do Cassino [8]

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O Farol da República e o Sol

Em sua monografia de doutorado em História [9], Fábio Francisco de Almeida Castilho anota que ao lado do Cassino (à esquerda, olhando-se o prédio de frente), foi construído o Farol da República, que, à época de sua inauguração, iluminava o lago e produzia um belo efeito nos vitrais do Cassino. O farol guarda simetria em relação ao solstício e ao equinócio, e a escolha do nome foi uma homenagem ao regime republicano, do qual Werneck foi ardoroso defensor.  

Esse também é o pensamento de Martins de Carvalho, ao informar que Werneck

(...) posicionou o Farol de modo que quem visse o pôr do sol da janela em estilo gótico, localizada na parte superior, coincidisse com o Sol se pondo, no meio do telhado do salão principal, no dia 15 de novembro. Sem dúvida, uma demonstração de que era republicano. [10]

Ao fundo, o Farol da República, visto da balaustrada do Cassino [8]

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Glossário

  • Efemérides: (i) Em sentido, geral efemérides significa, em latim, “memorial diário”, “calendário” (ephemèris,ìdis), ou, em grego, “de cada dia” (ephémerís,îdos). A palavra efêmero/a (“que dura um dia”) tem a mesma etimologia. (ii) Em sentido astronômico, trata-se do registro das localizações no passado, no presente e no futuro de um cometa, planeta ou satélite. As efemérides existem desde o quarto século antes de Cristo.
  • Efemérides Solares:  (i) Tabela que fornece, em intervalos de tempo regularmente espaçados, as coordenadas que definem a posição de um astro. (ii) Livro contendo várias efemérides e anúncios de fenômenos astronômicos, que se publica anualmente.
  • Equinócio: Ocasião em que o Sol cruza o equador celeste, fazendo com que a duração do dia e da noite seja igual no mundo todo. O equinócio de outono acontece por volta do dia 23 de setembro e o equinócio de primavera, ou vernal, por volta do dia 21 de março. 
  • Solstício: Época em que o Sol passa pela sua maior declinação boreal ou austral, e durante a qual cessa de afastar-se do equador. Os solstícios situam-se, respectivamente, no dia 22 de junho para a maior declinação boreal e no dia 22 de dezembro para a maior declinação austral do Sol. No hemisfério sul, a primeira data se denomina solstício de inverno e a segunda solstício de verão; e, como as estações são opostas nos dois hemisférios, essas denominações são invertidas no hemisfério norte.

Extraído de Paulo Cesar Sentelhas e Luiz Roberto Angelotti. ESALQ/USP

Fontes: Dicionário Astronômico/Inape/Araçatuba (aqui) - Aula de Meteorologia Agrícola/Esalq/USP (aqui); Wikipedia.

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Referências

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Reforma do Cassino

Como se sabe, o prédio do Cassino passa por uma reforma (aqui, o projeto), e é bom lembrar que em obras e restaurações anteriores ocorreram diversas agressões às características originais do prédio (veja aqui, especialmente o tópico Restaurações). 

Assim, tanto quanto possível, elementos arquitetônicos originais,  como os referidos no livro objeto deste post e tantos outros mais, são itens que devem ser preservados, em respeito à memória cultural e histórica de Lambari e da monumental obra de Werneck.


   

Outra visão do vitral oval do Cassino

Uma visão dos zimbórios (cúpulas) do Cassino

Outra visão dos zimbórios (cúpulas) do Cassino

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Nota: Exemplar do livro O Palácio Casino de Lambari - Sonho, Segredo, Realidade, de Antônio C. Martins de Carvalho, encontra-se no Museu Américo Werneck (aqui).


Fotos: Museu Américo Werneck; Carlos Augusto Lorenzo; Fundação João Pinheiro.


Sobre Américo Werneck, veja:

 Série Américo Werneck (aqui)

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(*) Se você, caro(a) visitante, tiver notícias, informações, fotos, ou quiser fazer alguma correção ou complementação ao texto aqui publicado, entre em contato conosco neste e-mail: historiasdeaguinhas@gmail.com


 

Publicado por Guimaguinhas
em 30/05/2014 às 05h58
 
29/05/2014 07h26
MEMÓRIAS DE AGUINHAS - Postais antigos (2) Parque Wenceslau Braz

Foto de abertura: Antigo postal em cores* do Laguinho dos Patos, no Parque Wenceslau Braz, Lambari, MG.

[*] Naqueles tempos, o postal, originalmente em preto e branco, era colorido à mão.


Abaixo vão postais do Parque Wenceslau Braz, em Lambari, MG.

Obra de Américo Werneck, construída em 1911, conhecida também por Parque Novo, trata-se de um pequeno bosque, no centro da cidade, com diversas espécies importadas (figueiras, eucaliptos, magnólias, pinheiros), alamedas, coretos e um pequeno lago, com aves aquáticas.

Vegetação semelhante à do Parque Novo existe também no Parque Municipal de Belo Horizonte (aqui), cuja construção se deu à época em que Werneck encontrava-se nessa capital (ele foi Secretário de Agricultura de MG [1898/1901], prefeito de Belo Horizonte [1898] e membro da Comissão Construtora da Nova Capital [1897/1899]. [aqui]). 

Sobre a construção desse parque, veja as fotos abaixo e leia este texto, publicado no Anuário de Minas Gerais de 1913 (aqui)



Postais antigos


Fontes: Museu Américo Werneck e coletânea de postais do autor.


Veja o número 1 da série POSTAIS ANTIGOS (Cidade de Lambari), aqui

Publicado por Guimaguinhas
em 29/05/2014 às 07h26
 
20/05/2014 11h34
Aguinhas musical (4) - Lambari em Serenata

SUMÁRIO


Foto de abertura: Augusto Wildhagen (de camisa branca) entre Geraldo e Hélio Fernandes, no Vasquinho dos anos 1960.


Apresentação

Augusto Osmar Spíndola Wildhagen (Rio de Janeiro, 23/11/1923; Lambari, 02/03/1991) desde jovem frequentava Lambari. Aqui conheceu Vilma Bacha, com quem se casou — passando a ser conhecido por Augusto da Vilma. Tiveram 3 filhos: Alexandre, Sandra e Soraya.


Cruzmaltino ardoroso, foi durante anos presidente do Vasquinho, de Lambari, time pelo qual eu joguei, no início dos anos 1970. 

 Guima, Sérgio, Adão e Augusto (1971)


      

Vasquinho de 1971: Em pé: Guinho (técnico) e Augusto Wildhagen (Presidente) . Agachado: Chá


Veja também estes posts (aqui) e (aqui).

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Augusto da Vilma, compositor

Augusto foi também apaixonado por música, tendo frequentado as rodas de serenatas e a vida boêmia de Lambari, ao lado de Aloisio Krauss, Acácio Barros, João Vital, Cauby Gorgulho, Fernando Dias, entre outros. 

  Acácio e Aloísio, companheiros de serestas

Ele não tinha formação musical, mas era poeta e compositor inspirado, e deixou três lindas canções sobre nossa terra, cidade que adotou como sua. São estas as músicas: Lambari em Serenata, Dama de Verde e Vilma. A primeira, uma espécie de hino sobre nossa cidade; a segunda, uma homenagem à Serra das Águas; a terceira, uma canção de amor para sua esposa Vilma.

Aliás, essa conquista amorosa teve lances de grande romantismo, como olhares e galanteios lançados do Parque das Águas em direção à loja de seu Elias Bacha (onde Vilma trabalhava) e uma serenata na qual Augusto dedicou à futura esposa a valsa Vilma.


   

Aloísio Krauss e João Vital  — intérpretes das músicas de Augusto Wildhagen


  

Augusto no aniversário de seu cunhado Celso Bacha. Na foto: João Guimarães, Nambu, Celso, Augusto e Dé da Farmácia (meu pai)

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Miniatura 

Ouça Lambari em Serenata, com o Grupo ARUS (Associação Recreativa Unidos para Sempre), de Lambari, MG. (aqui)

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Letras das músicas

Lambari em Serenata

É o cheiro da mata/ é um lago que dorme/ é a cascata a correr.

Lambari em serenata, se você nunca viu/ venha ver para crer.

É a turma juntinha/ cantando e tocando/ as nossas canções.

Por detrás da janela/ nas madrugadas de luar/ palpitam devagarinho/ os jovens corações.

É a lua mais clara/ é o céu mais azul/ e o amor que não tem guerra.

Lambari em serenata/ com amor e com bondade/ pedacinho do Céu na Terra.

Dama de Verde

Dama de verde/ que o sol beija todas as manhãs

Num novo exemplo de amor/ que a natrueza vem nos dar

Dama de verde, esperança, raios dourados/ num novo amor entrelaçado

Dama de verde/ se a noite chega, tudo é luto

Já não te vejo/ já não és mais que um simples vulto

Resta a esperança de um novo amanhã que virá

E um novo exemplo de amor/ tu nos darás.

Vilma

És a rainha das águas brasileiras/ tens um clima sem igual

És Lambari pequena e boa/ cidade sensacional

E além de tudo que a natureza criou/ ainda me deste,

Lambari, um grande amor.

És a cidade dos corações, das serenatas e dos nossos violões

Oh Lambari, a sua água é virtuosa!

Conhecida Brasil afora/ tu és a mais formosa

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Estúdio "Faixa Preta"

Segundo informa Aloísio Krauss, nos anos 1960, a turma de seresteiros referida acima se reunia, todas as tardes, nos fundos do açougue do Acácio Barros, no centro da cidade. Como o estabelecimento era todo forrado de azulejos brancos, com uma faixa de azulejos pretos, o local improvisado tomou o nome de Estúdio "Faixa Preta". Nesse local, as músicas eram ensaiadas e algumas delas lá foram compostas, como Lambari em Serenata (A. Wildhagen/C. Gorgulho) e Por quê? (F. Dias). 

  • O Estúdio Musical Faixa Pretaaqui

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Agradecimentos

  • A Vilma Bacha Wildhagen, que nos deu informações sobre Augusto e os filhos do casal, bem como sobre as composições de seu marido, e emprestou-nos antiga e valiosa fita cassete, do final dos anos 1960, com falas de Augusto e amigos, e gravações das músicas acima, na voz de Aloísio Krauss e João Vital, que postaremos futuramente.
  • A Aloísio Pereira Krauss, o tio Aloísio (tio de minha mulher), que relembrou serestas e encontros com os companheiros acima citados, bem como a história das composições e a letra da música Lambari em Serenata. 
  • A Maria Celina dos Santos, integrante do Grupo Arus, que nos presenteou com o CD Seresta, do maestro Fernando Bonjorni, que contém a faixa Lambari em Serenata.
  • A Carmen Delfini, que nos apresentou à música Lambari em Serenata, no coreto do Parque das Águas.

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Série Aguinhas Musical

  • Hino de Lambari aqui
  • G. Machado e seus Rancheiros - aqui
  • Cris Fernandes - aqui
  • Lambari em Serenata - aqui
  • O Estúdio Musical Faixa Preta - aqui
  • Fernando Dias e o Bolero Poema - aqui
  • Festival O Som das Águas - Lambari - 1987 - aqui
  • A Fonte do Lambary - Ernesto Nazareth - aqui
  • Os Mineirinhos - Luiz Paulo & Eduardo - aqui

Referências: Youtube, Lambari em Fotos & Textos, Coral Arus.


(*) Se você, caro(a) visitante, tiver notícias, informações, fotos das pessoas ou famílias aqui mencionadas, ou quiser fazer alguma correção ou complementação ao texto aqui publicado, entre em contato conosco neste e-mail: historiasdeaguinhas@gmail.com

Publicado por Guimaguinhas
em 20/05/2014 às 11h34
Página 75 de 111

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