Abaixo vai o número 5 da série Futebol em família, com atletas das seguintes famílias: Silva, Krauss, Machado Brigagão, Sousa/Miranda e Machado
Na foto de abertura nossa homenagem a Marquinhos Mossoró e João Fubá, que acompanhavam os times, colaboravam no que podiam, torciam e se tornaram nossos amigos. Entre outras atividades, Fubá foi o presidente do Veteranos do Águas, campeão Sul Mineiro de 1982; e Marquinhos nos ajudou na época do Vasquinho de 1971.
Silva
Krauss
Machado Brigagão
Sousa/Miranda
Machado
(1) Para ver os números 1, 2, 3, 4, 6 e 7 desta série, clique os links:
http://www.guimaguinhas.prosaeverso.net/blog.php?idb=37821
http://www.guimaguinhas.prosaeverso.net/blog.php?idb=37849
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(*) Se você, caro(a) visitante, tiver notícias, informações, casos e fotos dessa época, ou quiser fazer alguma correção ou complementação ao texto aqui publicado, entre em contato conosco neste e-mail: historiasdeaguinhas@gmail.com
Ilustração: Os capitães Guima e Nunes trocam flâmulas
Em 1994, o time de Veteranos do Águas Virtuosas e o Master do Flamengo (RJ) realizaram partida amistosa em Lambari, em comemoração do dia da cidade (16 de setembro).
O jogo promovido pela Prefeitura do Município se deu num dia de campo cheio em razão do feriado municipal e da presença do time do Flamengo, que sempre atrai grande torcida.
O Master do Fla venceu a partida por 3 X 2, com gols de Adílio (2) e Nunes; pelo Águas marcou duas vezes o jogador Joãozinho.
Como era um dia de festa, o Veteranos do Águas Virtuosas atuou com um time misto, reforçado de atletas do time amador do AVFC, entre eles: Gabriel, Flavinho, Joãozinho, Quati, Jorge André, Zé Luiz. Uma combinação entre os times, não permitiu a presença, ao mesmo tempo, de mais de dois jogadores com idade inferior a 37 anos. Atuou como técnico do Veteranos do Águas o atleta Manezinho Correia.
Torcida nana portaria do Estádio do AVFC
Pedro, Carlo, Branco, Vicentinho e Guiminha
Guima, Gabriel, Dadá e Turquinho se preparam para a entrada em campo. Ao fundo, jogadores do Flamengo
Jogadores cumprimentam a torcida, as autoridades e os radialistas presentes ao jogo
Hasteamento da Bandeira e o Hino Nacional
Os capitães - Guima e Nunes - trocam flâmulas
Árbitros e jogadores se preparam para o início da partida. Ao, fundo Vílson, que atuou como auxiliar.
(1) Gabriel e Flavinho com Adílio
Xepinha, Guima e Dílson
O time dos Veteranos do Águas Virtuosas
Em pé: Sérgio, Turquinho, Alexandre, Jorge André, Flavinho, Luizão, Quati, Marquinho, Manezinho e Xepinha. Agachados: Zé Luiz, Dílson, Negão, Misca, Guima, Gabriel, Tucci, Dadá e Joãozinho.
No time do Flamengo, vários campeões dos anos 1980. O time do Flamengo começou com: Roberto, Jaime, Marinho, Manguito, Rondinelli, Nei Dias, Wilsinho, Cleber, Nunes, Adílio e Caio.
Clique a foto - Veteranos do Águas X Master Flamengo, em setembro de 1994
Clique a foto:lances do jogo Fla X Cariominas (Itajubá) - Dia da Cidade, 2007
Jornal O Globo - 11/12/2006
O site GUIMAGUINHAS teve alguns de seus posts sobre futebol repercurtidos pelo blog A pelada como ela é, de Sergio Pugliese do jornal O GLOBO.
O primeiro post a ser repercutido foi o que relembrava a partida do Veteranos do Águas versus Master Flamengo. O blogueiro postou também cópia do texto e fotos relativos a esse jogo, ocorrido em 1994. Confira aqui.
Ilustração: Montagem. Propaganda latões de leite da ABI com o logo das Indústrias Annunciato de Biaso Irmãos (ABI) [Propaganda no Jornal Correio da Manhã, Rio]
Chegada dos italianos e a rua do mesmo nome
A história da família Biaso, em Lambari, e da Indústria ABI fundada pela família em 1913, começa com o patriarca Francesco de Biase, nascido em 1863, em Vinchiaturo, região do Molise, província de Campobasso. Francesco veio para o Brasil, ainda jovem, na década de 1890. Ele seria mais um a somar-se ao grande número de italianos que começaram a chegar a Campanha em 1860, e que entre as décadas de 1870 e 1880 alcançaram Águas Virtuosas. (1) (2) (3)
Quase todos aparentados, muitos deles se instalaram próximos uns dos outros. Depois da eleição de 15/11/1894, a rua em que moravam (antiga Camilo Fraga) tomou o nome de Rua dos Italianos, circunstância que atraiu para ela outras famílias italianas que residiam em pontos diferentes na povoação. (1)
Em 1895, Francesco casou-se com Maria Paschoalina Miléo, também italiana, oriunda da Brasilicata. Dessa união nasceram 8 filhos: Annunciato, Maria, Miguel, Luiz, Tereza, Egídio, Ângelo e Antônio, tendo a família adotado o sobrenome Biaso. (3)
Francesco trabalhou como caldeireiro e funileiro e iniciou os filhos na profissão. (1). Em 1913, contava Annunciato com 18 anos quando, em conjunto com seus irmãos Miguel e Luiz, fundou a ABI - Annunciato Biaso Irmãos S/A, uma fábrica de latões para leite.
Na década de 1920, os irmãos Biaso ampliaram e diversificaram os negócios com a criação de um posto de gasolina e oficina, uma concessionária de veículos Chevrolet, uma olaria no bairro da Cerâmica e, por fim, um cinema. (3)
E, segundo depoimento de José Antônio Nazaré:
A Concessionária Chevrolet e o Posto de Serviços
Vista interna da Agência Chevrolet. Na parede, estoque de peças: feixes de mola, eixos, câmbios, escapamentos, para-choques. Ao fundo, na parede, ilustrações de veículos.
Informações e fotos dessa antiga Agência Chevrolet de Lambari, dos anos 1929/30, podem ser vistos aqui
Foto do Posto Biaso pode ser vista aqui.
Tijolos fabricados pela ABI, no bairro Cerâmica, com o logotipo tradicional: ABI
Programa do Cine ABI para um domingo de agosto de 1960
No livro Menino-Serelepe eu conto como gastei uma gorjeta que ganhara do Dr. Ivan Lins, nos meus tempos de aprendiz na Farmácia Santo Antônio:
Ao sair, doutor Ivan me chamou e disse:
— Tome cá, menino. Isto é para você ir ao cinema! E me passou notas de cinco, novinhas em folha, daquelas em que há a efígie do Barão do Rio Branco e a figura do índio. Eu já ganhara o meu domingo!
.....................................
Já registrei aqui no site minha passagem como funcionário da ABI, por um curto período, entre 1970 e 1971. (4)
Por essa época, os irmãos Biaso já haviam vendido a fábrica, mas ainda trabalhavam lá alguns membros da família, como o seu Chiquinho Biaso e o Wadinho Biaso. Aquele era gerente do escritório; este conhecia tudo da parte mecânica da fábrica, além de desenhar e construir muitas das máquinas industriais lá utilizadas. O contador era Oswaldo Krauss, que vem a ser pai de minha professora primária, dona Marcela. (5)
Anos 1940: propaganda dos latões ABI, já então famosos em todo o Brasil, lançava o desafio: Não tememos confronto com os similares
Uma curiosidade acima: o endereço telegráfico BIASOIRMÃOS.
Por essa década de 1940, os vasilhames e utensílios para indústria de laticínios eram feitos de aço revestidos por uma dupla camada de estanho (aço estanhado). Vê-se acima também que, além dos vasilhames tradicionais, a indústria reformava outros tipos de equipamentos: resfriadores, pasteurizadores, depósitos.
Em 1963, a ABI foi vendida ao grupo paulista Guarany.
Em agosto de 1969, a ABI foi adquirida pelos lambarienses Sylvio José da Cruz e Antônio Henrique da Cruz. Mais à frente, com a virtual decadência dos materiais estanhados, a ABI passou a fabricar latões de alumínio, numa nova unidade com sede no Bairro Rural de Nova Baden. Em 1992, a ABI encerrou suas atividades. A ABI (alumínio), em Nova Baden, deu origem a uma indústria de tampas plásticas para latões de leite, formas de queijo e outros produtos derivados do plástico. Ainda em Nova Baden, se instalaria em 1985 a Metalcruz, fundada por membros da família Cruz e outros sócios. A Metalcruz foi sucedida em 1992 pela Injesul, esta fabricante de equipamentos plásticos para laticínios e diversos outros produtos. |
Com a venda da ABI para o grupo paulista Guarany, em 1963, os irmãos Biaso constituíram a Biasinox, associando seu conhecimento tecnológico de longa data ao aço inoxidável em projetos e fabricação de utensílios e máquinas para a indústria de processamento de leite, e também dos ramos alimentício, químico, farmacêutico e outros. [https://www.biasinox.com.br/]
E foram o know-how e a expertise* das Indústrias ABI no desenvolvimento de projetos e na produção de utensílios, equipamentos e maquinaria para laticínios que deram origem a diversas outras indústrias do ramo existentes hoje em Lambari, algumas delas criadas por ex-funcionários daquela fábrica. (1)
Muitos lambarienses somos de uma época em que, mais do que o badalar do relógio da matriz, o que de fato assinalava os horários na cidade era a sirene da ABI - às 06h50, 7 h, 11 h, 12 h e 17h36... E a incrível sirene era ouvida em quase tudo quanto é canto de Lambari...
De fato, dizia a mãe pros filhos preguiçosos: Levanta, menino, a sirene do Biaso já tocou! Sirene do Biaso e não sirene da ABI - dizia-se então.
E também se dizia: Fulano trabalha no Biaso. Isso era sinônimo de: Fulano trabalha na ABI - tão importante foi essa indústria para nossa cidade e tantas pessoas passaram suas vidas naquele chão de fábrica!
Eu, jovem de 17 anos, respondia orgulhoso quando me perguntavam o que fazia: - Trabalho no escritório da Biaso!
Balanço da ABI, de 31 de dezembro de 1960, publicado no semanário lambariense Sputnik (6)
Visita do então Ministro Mário Andreazza à ABI. Na foto, pela ordem: o contador Oswaldo Krauss, o Prefeito Jairo Ferreira, o Ministro Andreazza e Wadinho Biaso, explicando o processo industrial.
Reportagem sobre os 100 anos da ABI
Na edição de Maio de 2013, o Jornal Serra das Águas, de Lambari, publicou reportagem sobre o centenário da ABI (texto do historiador Cid Dutra).
- A fábrica da ABI dos anos 1970: ABI
- Aqui um vídeo da Biasinox
(*) Gênese e aplicação do conhecimento nas organizações:
O conhecimento origina-se nas PESSOAS, permeia os PROCESSOS, agrega-se aos PRODUTOS/SERVIÇOS e formaliza-se nas ORGANIZAÇÕES, deste modo:
Referências bibliográficas
Fonte das imagens: Jornal Serra das Águas (Cine ABI); Semanário Sputinik; Museu Américo Werneck. Armindo Martins (reprodução do livro Lambari - Cidade das Águas Virtuosas). Agradecemos também a colaboração de André Gesualdi.
O livro MENINO-SERELEPE - Um antigo menino levado contando vantagem trata-se de uma ficção baseada em fatos reais da vida do autor, numa cidadezinha do interior de Minas Gerais, nos anos 1960.
O livro é de autoria de Antônio Lobo Guimarães, pseudônimo com que Antônio Carlos Guimarães (Guima, de Aguinhas) assina a série MEMÓRIAS DE AGUINHAS. Veja aqui.
Prosseguindo na série Futebol em família, abaixo vai o número 4, com as famílias: Dantas, Fernandes (2), Ferreira (2), Barletta e Carvalho.
Na figura acima, alguns dos grandes colaboradores das campanhas vitoriosas do Águas Virtuosas: Luizão, Luiz Careca, Guinho e Luizinho.
Dantas
Fernandes (2)
Ferreira (2)
Barletta
Carvalho
(1) Para ver os números 1, 2, 3, 5, 6, e 7 desta série, clique os links:
http://www.guimaguinhas.prosaeverso.net/blog.php?idb=37821
http://www.guimaguinhas.prosaeverso.net/blog.php?idb=37849
http://www.guimaguinhas.prosaeverso.net/blog.php?idb=37862
http://www.guimaguinhas.prosaeverso.net/blog.php?idb=37891
http://www.guimaguinhas.prosaeverso.net/blog.php?idb=37967
http://www.guimaguinhas.prosaeverso.net/blog.php?idb=38004
(*) Se você, caro(a) visitante, tiver notícias, informações, casos e fotos dessa época, ou quiser fazer alguma correção ou complementação ao texto aqui publicado, entre em contato conosco neste e-mail: historiasdeaguinhas@gmail.com
Também nos divertíamos muito, lembrando ditos, expressões e
trovas populares, além de colecionar palavras em desuso na
língua, catadas tanto aos clássicos como aos matutos do
Sul de Minas Gerais.
(Do livro inédito : Pai Véio, um contador de histórias, de Antônio Lobo Guimarães)
Pelo que respeita à linguagem, tanto culta, como familiar ou popular,
é lá [em Minas Gerais] que me parece estar a feição primitiva.
(Gladstone C. de Melo, linguista e professor, de Campanha, MG,no livro A língua do Brasil)
Ilustração de abertura: Cromo de antiga igreja de Aguinhas (Sec. XIX)
Cabeça-de-nêgo: Bombinha com alto poder de detonação.
Cacarecos: Velharias; trastes de pouco valor.
Cacunda: Dorso, costas.
Cacuruto: Cocoruto: elevação, morro.
Cadeira: Quadril. Dor nas cadeiras (ou dor nos quartos) = dor nos quadris.
Cagaço: Medo, susto.
Caidor: Lugar onde os animais entram ou caem na água.
Câimbra de sangue: Corruptela de câmaras ou cambras. Diarréia forte, com fluxo de gotas de sangue.
Cair na esparrela: Ser enganado. Deixar-se lograr.
Caixa-pregos: Lugar muito distante.
Cafundó do Judas: Lugar distante e de difícil acesso.
Calçar os peitos: Ingerir algum comestível.
Calhau: Papagaio improvisado de folha de caderno, sem varetas. [Gíria ocorrente em Aguinhas.] Em Aguinhas, não era comum o nome pipa, e sim papagaio. Esse havia nas seguintes espécies: tradicional (varetas cruzadas, circundadas por linha), flecha (varetas nesse formato, sem linhas nas laterais) e balão (papagaio grande e sem rabo).
Cambão: Peça de madeira para unir juntas de bois de carro. Coletivo: Grande quantidade: cambão de peixes, ou de gentes.
Cambota: Cambalhota
Camisa de onze varas: Dificuldade grande em que alguém se mete e da qual é difícil ou impossível sair.
Campear: Buscar, procurar.
Candonga: Intriga, mexerico.
Caninga: Má sorte; azar; uruca.Vidinha caningada = azarada.
Canhotar: Desarticular a espingarda para pôr ou extrair o cartucho. Descanhotar é fechar a arma. [Gíria ocorrente em Aguinhas.]
Canto chorado: Da expressão “Trazer num canto chorado”, isto é, debaixo de rigorosa vigilância.
Capela: Nome por que os caboclos de Aguinhas costumam designar a cidade de Aparecida do Norte, SP.
Cão: Peça saliente da espingarda que percute a cápsula. Diz-se que a espingarda é mocha quando não possui cão.
Cara de beloni: Desapontado; emburrado. [Gíria ocorrente em Aguinhas.]
Cara de bugia: Mulher muito feia.
Cara de poucos amigos: Cara amarrada, zangada.
Caraminguás: Móveis velhos. Diz-se, também, de dinheiro miúdo.
Carcamanos: Designação dada aos italianos imigrantes.
Carrasquento: Formação vegetal áspera, rasteira e sem valor.
Carreador: Trilho, picada.
Carro de praça: Táxi
Casinha: Banheiro.
Casquete: Boné; chapéu velho.
Caxerenga: Faca de caboclo.
Chá de marmeleiro: Surra de vara de marmelo, que são varas longas e flexíveis, bem jeitosas para se bater.
Chaleirar: Adular, bajular.
Chamar na chincha: Chincha é uma faixa de couro ou de qualquer tecido forte, que se usa, sempre bem justa, para segurar a sela. Chamar na chincha = Dar um aperto.
Chanças: Corruptela de chances.
Cheio de nove-horas: Gente presumida, complicada, enjoada.
Chernoviz: Refere-se ao dr. Chernoviz, médico autor de um antigo livro de receitas de remédios. Por extensão: vademecum.
Choça: Cabana feita de ramos.
Choferar: Guiar, dirigir, conduzir.
Chotão: Corruptela de choutão = Cavalo de marcha dura.
Chorar miséria: Pessoa apegada ao dinheiro que tudo lamenta sem necessidade.
Chué: Desapontado; sem graça.
Chupa-chupa: Suco de frutas congelado, vendido em saquinhos de plástico.
Chuva no roçado: Diz-se de negócio rentável, lucrativo, proveitoso.
Cobreiro: Espécie de dermatose produzida pelo contato com vegetação, ou roupa, sobre a qual se supõe passe um animal peçonhento.
Cobrinhos: Pouco dinheiro. Dinheiro miúdo ou em moedas
Cocorar: Acocar; acocorar = fazer mimos.
Colheita: Rapa; ato de apanhar as bolinhas de gude que estão em jogo, geralmente praticado por meninos maiores. Pronunciava-se: coieta.
Coque: Pancadinha na cabeça com o nó do dedo.
Coité: Cuia feita de coco ou de cabaça.
Colondria: Ajuntamento ou turma suspeita.
Com a vó atrás do toco: De mau-humor.
Com todos os efes e erres: Dentro da lei e das normas.
Comi: Auxiliar (aprendiz) de garçom.
Composição: O conjunto de carros de um trem, nas estradas de ferro.
Conga: Antigo sapato feito de lona e borracha; espécie de tênis.
Consumição: Inquietação, preocupação, apreensão.
Coruscar: Coriscar, flamejar; reluzir.
Corda e caçamba: Expressão que designa as pessoas que fazem tudo juntas. Refere-se à corda e à vasilha com que se tira água do poço.
Coresma: Corruptela de quaresma
Cortar talão: Pagar imposto na coletoria, onde o documento era selado. Por extensão: passar escritura.
Corrupio: Lufa-lufa; corre-corre; afã, lidar apressadamente. Pessoa esperta que faz tudo com rapidez.
Costaneira: Borrador, livro no qual se anotavam, em rascunho, as operações comerciais de um estabelecimento.
Couro atanado: Couro curtido com casca de angico, ou outros vegetais que possuem o tanino.
Crendospadre: Creio em Deus Padre.
Crioulo: Cigarro de palha feito de fumo de rolo.
Crescer nas vistas: Despertar cobiça.
Crochetar: fazer crochê.
Curriola: Corruptela de corriola = bando, grupo, corrilho.
Curso: Moléstia do gado bovino.
Cuspido e escarrado: Tal e qual.
(*) Fontes de consultas principais: Pequeno Dicionário da Língua Portuguesa, Aurélio Buarque de Holanda - Aurélio Eletrônico, Século XXI - Dicionário de Vocábulos Brasileiros, Beaurepaire-Roban - O Dialeto Caipira, Amadeu Amaral - Dicionário Sertanejo, Cornélio Pires - Dicionário da Terra e da Gente de Minas, Waldemar de Almeida Barbosa - Novo Dicionário da Gíria Brasileira, Manuel Viotti.
(**) Este Vocabulário de Aguinhas faz parte do livro Menino-Serelepe - Um antigo menino levado contando vantagem, de Antônio Lobo Guimarães, pseudônimo com que Antônio Carlos Guimarães (Guima, de Aguinhas) assina a coletânea HISTÓRIAS DE ÁGUINHAS. V. o tópico Livros à Venda.
Veja nos números anteriores desta série: