Guimagüinhas
Memórias familiares e de minha terra natal
Meu Diário
24/09/2017 07h12
SUBSÍDIOS PARA A HISTÓRIA DO A.V.F.C. (17) - Diretorias

                                                                  SUMÁRIO


Apresentação

Fundado em 1926, o clube foi reorganizado em 1o. maio de 1927, quando a diretoria anterior (Nicolau A. Navarro, presidente, e Renê Alves Ferreira, 1o. Secretário) foi substituída pelos diretores mencionados no item abaixo (A diretoria do Águas Virtuosas em 1927).

A história da fundação do Águas Virtuosas está aqui.

Abaixo vai um panorama das principais diretorias da história do clube.


Recorte do Estatuto do Águas Virtuosas de 1927, que trata da eleição da Diretoria

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A diretoria do Águas Virtuosas em 1927

A diretoria do Águas Virtuosas, eleita em 1927, era composta dos seguintes membros:

  • Dr. João Lisboa Júnior - Presidente
  • Jonas Honorato de Assis - Vice-presidente
  • Egydio Mileo - Tesoureiro
  • José de Oliveira Leite - 1o. secretário
  • Dr. Osvaldo Cruz Lisboa - 2o. secretário


Dr. João Lisboa, presidente do A.V.F.C.

José de Oliveira Leite (Juca Leite) - 1o. secretário do A.V.F.C. e dono da elegante ortografia da ata acima

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Diretoria de 1942

Em 1942, foram eleitos os seguintes diretores:

  • João Lisboa Júnior - Presidente
  • Osvaldo Cruz Lisboa - Vice-presidente
  • Lázaro Bacha - 1o. tesoureiro
  • Paulo Viola - 2o. tesoureiro
  • Joaquim de Araújo Júnior - 1o. secretário
  • José de Castro - 2o. secretário

Recorte comunicado interno do AVFC - 1942

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Diretoria de 1948

Em 26 de julho de 1948, o AVFC comunica à Liga de Futebol Caxambuense a nova diretoria do Águas Virtuosas, que era a seguinte:

  • Pedro José de Souza - Presidente
  • Dr. Manoel Airosa - Vice-presidente
  • José Sgarbi Astério - 1o. secretário
  • César Fernandes - 2o. secretário
  • Gilberto Leite - Tesoureiro

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Diretoria dos anos 1950

Em 1953, o Águas Virtuosas fez um excelente campeonato pela Liga de São Lourenço, vencendo o 2o. turno e classificando-se para a final, com o Esporte Clube São Lourenço (veja aqui).

Compunham a diretoria, então, Manoel Correia Alberto e Francisco de Castro Neto.

   

(1) Chico de Castro e Manoel Correia - (2) Reprodução: O ÁGUAS VIRTUOSAS, de 20, set, 1953

Em 1960, com essa mesma diretoria, o Águas Virtuosas conquistou o campeonato Sul Mineiro Amador da Liga de Varginha, história que já registramos aqui.

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Diretorias dos anos 1960

Em 1967, uma nova diretoria seria eleita, tendo em vista a profissionalização do clube, que resolvera disputar a divisão de acesso à 1a. Divisão do Futebol Mineiro.

Uma assembleia geral extraordinária foi marcada para o dia 18 de junho de 1967, tendo em pauta os seguintes temas:

  • reforma dos estatutos
  • eleição da nova diretoria
  • aprovação das contas da Comissão Construtora do Estádio.

Recorte ata do dia 18 de junho de 1967, com a pauta da assembleia extraordinária


Mas por falta de número legal de sócios proprietários na 1a. chamada a reunião foi encerrada, sem exame da pauta. Na segunda chamada, realizada horas depois, foi eleita, por aclamação, a seguinte diretoria:

  • Jairo Ferreira - Presidente de honra
  • Manoel Correia Alberto - Presidente
  • Lupércio Floriano Barbosa - Vice-presidente
  • Francisco de Castro Netto - 1o. secretário
  • Domingos Gregatti - 2o. secretário
  • Manoel Nogueira da Mota - 1o. tesoureiro
  • Miguel Bacha Filho - 2o. tesoureiro
  • Serafim Lisboa - Diretor esportivo
  • Antônio Gonçalves Ferreira - Diretor social
  • Manoel Viola Neto, Alberto Nascimento e José Capistrano - Conselho Fiscal, sendo suplentes: José de Oliveira Leite, Manoel de Souza e Geraldo Andrade Pereira.

Varley Betinho. Ao centro, o prefeito Jairo Ferreira. Ao fundo: Damião


Além da diretoria eleita, estiveram presentes, ou foram representados por procuradores, os seguintes sócios proprietários:

  • Bibiano José da Silva Rocha, Rodolfo Faria, Geralda Monte Mandarano, Vítor Tucci, Miguel Bacha, Onofre de Castro Junho, Elias Bacha, Benedito Garcia, Bibiano Silva Rocha, Geralda Aparecida Ferreira Mileo, Egídio Mileo, José Gregatti, Antônio Fernandes Filho, Espólio José Ieno, José de Lorenzo.

Ata de 3 de dezembro de 1967: em discussão a filiação à Federação Mineira de Futebol — Em 1968, o AVFC iria disputar a divisão de acesso à 1a. Divisão do Futebol Mineiro

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Diretorias dos anos 1970

Em 1968 e 1969, o Águas Virtuosas disputou o torneio de acesso à primeira divisão. Em 1969, em Três Corações, jogando pelo empate, perdeu a vaga numa final histórica contra o Atlético Clube daquela cidade. Placar de 1 X 0, gol contra do extraordinário zagueiro Pulga, em um lance de infelicidade: uma bola cruzada, um cabeceio dentro da área e a bola bateu-lhe na nuca e entrou.

Em 1970, endividado e desmotivado, o Águas Virtuosas terminou com o futebol profissional e também com o amador. Nessa época surgiu o time do Vasquinho, que disputou o Campeonato Amador Sul Mineiro, promovido pela Liga de Varginha.

Em 1975, deu-se o ressurgimento do Águas Virtuosas para disputa do campeonato amador da Liga de Caxambu, e para isso, em 20 de março de 1975, uma nova diretoria foi eleita:

  • Jurandyr Pereira Mayer (Alemão) - Presidente
  • David da Fonseca Reis - Vice-presidente
  • Gílson de Oliveira Carvalho - 1o. secretário
  • Adalberto José da Cruz - 2o. secretário
  • João Manoel do Espírito Santo - 1o. tesoureiro
  • José Lourenço Martins - 2o. tesoureiro
  • Conselho Fiscal: Luiz Nunes, Antônio Luiz Neto, Daniel Gregatti, Domingos Gregatti, Fernando Carreira, Mílton Vital, Wílson Laurindo de Souza, Geraldo Antônio Pereira, Fernando José da Cruz e Manoel Correia Alberto.

No dia 13 de janeiro de 1976, Jurandyr Pereira Mayer deixou a presidência do clube, assumindo o vice-presidente David Fonseca Reis.

Tendo Alemão como técnico, o Águas Virtuosas alcançou o 3o. lugar em 1975 e o vice-campeonato em 1977, da Liga de Caxambu.

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Diretoria dos anos 1980

A 20 de fevereiro de 1980, foi eleita a seguinte diretoria:

  • Hélio Ferreira Martins - Presidente
  • Wílson Laurindo de Souza - Vice-presidente
  • José de Lorenzo Filho - 1o. secretário
  • João Nascimento - 2o. secretário
  • Henrique Ferreira de Carvalho Neto - 1o. tesoureiro
  • Hélio da Silva - 2o. tesoureiro
  • João Crisóstomo de Souza Fernandes - Diretor de futebol

Trechos da ata feita por Hélio Ferreira Martins:

Participaram dessa reunião, as seguintes pessoas:

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Diretorias dos anos 1990

No dia 28 de abril de 1991, para o biênio 1991-92, foram eleitos os seguintes:

  • Luiz Vesonildo Coutinho - Presidente
  • Vesonildo Tucci Coutinho - Vice-presidente
  • José Amauri Ribeiro - Secretário
  • Conselho Fiscal: José Mauri Coutinho 

Recorte ata diretoria do Águas Virtuosas para o biênio 1992-93


Para o biênio 1992-93, foram eleitos os seguintes:

  • Luiz Vesonildo Coutinho - Presidente
  • Vesonildo Tucci Coutinho - Vice-presidente
  • José Amauri Ribeiro - 1o. secretário
  • Aírton Gonçalves de Carvalho - 2o. secretário
  • José Mauri Coutinho - 1o. tesoureiro
  • Egberto Nascimento - 2o. tesoureiro
  • Domingos Gregatti Filho - Diretor de Esportes
  • Luiz Gashler - Diretor Social
  • Conselho Fiscal: Rogério Mendonça; Mário Sérgio Tucci; Décio Junqueira de Souza; Paulo César Braz; Vânia Maria Cruz Mendes; Sebastião Ribeiro; Alcides de Souza Domingues

Em 1991, o Águas Virtuosas sagrou-se tetracampeão da Liga de São Lourenço, conforme já anotamos aqui.

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Referências

Esta série SUBSÍDIOS PARA A HISTÓRIA DO ÁGUAS VIRTUOSAS F.C. foi elaborada com base em livros, atas, correspondências e outros documentos existentes nos arquivos do clube.

  • Semanário O ÁGUAS VIRTUOSAS, de 20, set, 1953 - www.bndigital.com.br

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A Série

Posts já publicados

  • Fundação do clube - aqui
  • O Jockey Clube - aqui
  • Amistosos das Décadas de 1920/30/40 - aqui
  • A Taça Guaraína - 1a. Parte - (1941) - aqui
  • Campo do A.V.F.C. - aqui
  • O Estádio do A.V.F.C. aqui
  • Em 1930, o A.V.F.C. era o orgulho esportivo do Sul de Minas aqui
  • Quinzinho Modesto, o maior artilheiro do Águas Virtuosas aqui
  • Zezé Gregatti, o maior atacante do Águas Virtuosas aqui
  • Liga de São Lourenço - 1953 - O primeiro jogo da melhor de três partidas aqui
  • Liga de São Lourenço - 1953 - Um empate espetacular contra o Esporte aqui
  • Águas Vice-campeão - 1953 - A controvertida final do campeonato aqui
  • Taça Guaraína, 1941 - (2a. parte) aqui
  • Uma torcida sempre apaixonada aqui
  • Amistosos contra times do Rio nos anos 1950 aqui
  • Campanha do vice-campeonato de 1953 aqui

Continuidade da Série

A série SUBSÍDIOS PARA A HISTÓRIA DO ÁGUAS VIRTUOSAS F. C. prosseguirá com outros títulos.


Em preparo: Sócios

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Publicado por Guimaguinhas
em 24/09/2017 às 07h12
 
17/09/2017 09h21
Memórias de Aguinhas - O jurista Edmundo Lins

Ilustração: Foto extraída do site do Supremo Tribunal Federal (STF)


SUMÁRIO


Apresentação

Edmundo Lins, renomado jurista brasileiro e Ministro do Supremo Tribunal Federal (1917-1937), tem seu nome ligado a Águas Virtuosas de Lambari especialmente por sua participação na Questão Minas X Werneck, da qual já falamos aqui.

Edmundo Lins foi frequentador de nossa estância, que o homenageou dando seu nome à praça fronteira ao Cassino da cidade.

Abaixo um pouco dessa história.

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Resumo biográfico

Fonte: Ruas de Lambari, J. Nicolau Mileo, 1970


Em 1935, publicou Estudos jurídicos, trabalho que lhe valeu a medalha Teixeira de Freitas do Instituto da Ordem dos Advogados do Brasil. Além dessa obra, escreveu Miscelânea, publicada por seus filhos em 1938, e Reminiscências literárias, publicada em 1941, reunindo artigos que escrevera para o Jornal do Comércio. 

Na página do Supremo Tribunal Federal há um resumo biográfico de Edmundo Lins (aqui)

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Edmundo Lins e a Questão Minas X Werneck

Por ter votado contra o Estado na Questão Minas X Werneck, Edmundo Lins ganhou a inimizade de Teodomiro Santiago, cunhado de Wenceslau Braz, então Presidente da República. Em razão disso, foi preterido em três oportunidades no preenchimento de vaga para Ministro do Supremo Tribunal Federal (STF).

Confira:

Edmundo Lins como Ministro do STF

Em 1915 foi convidado pelo governo de Minas Gerais para arbitrar a questão Minas Gerais X Werneck, relativa às águas de Lambari. Concluindo que o estado não tinha razão, Edmundo Lins proferiu contra ele sua sentença. Devido a essa decisão, seu nome foi deixado de lado, embora sempre indicado, no preenchimento de três vagas sucessivas no Supremo Tribunal Federal durante o governo do mineiro Venceslau Brás (1914-1918). Em 1916, foi eleito diretor da Faculdade de Direito de Minas Gerais, onde era catedrático. Durante os anos em que lecionou na faculdade, publicou diversos trabalhos na Revista da Faculdade Livre de Direito de Minas Gerais e na Revista Forense. Ao se abrir uma quarta vaga no STF, em 1917, diversas entidades representativas de advogados de Minas Gerais mobilizaram-se em favor de sua nomeação e, afinal, em agosto de 1917, Edmundo Lins foi nomeado ministro do STF, tomando posse no mês seguinte. (Fonte: CPDOC - Fundação Getúlio Vargas).


Interessante destacar a referência abaixo, feita por Heitor de Souza —advogado do Estado, no Juízo Arbitral, do que se tornaria a Questão Minas x Werneck— referindo-se ao profundo conhecimento dos Direitos Civil e Romano de Edmundo Lins:

Fonte: SOUZA, Heitor de. Arrendamento da estância hydro-mineral de Lambary. Belo Horizonte : Imprensa Oficial, 1915, p. 257

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O centenário de nascimento de Edmundo Lins

Homenagem em Lambari, MG

Reprodução: Correio da Manhã, 7/fev/1964


Homenagem do jurista Arnold Wald

Reprodução: Correio da Manhã, 29/dez/1963

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Praça Edmundo Lins

Fonte: Ruas de Lambari, J. Nicolau Mileo, 1970

Fonte: GoogleMaps


Ivan Lins, amigo de Lambari

Edmundo Lins passou ao seu filho Ivan Lins, médico, jornalista, professor, pensador, ensaísta e conferencista, o amor pela estância de Águas Virtuosas.

Frequentador assíduo de Lambari e amigo de nosso povo, sobre Ivan Linse falaremos em post futuro. (Veja aqui meu encontro com o Dr. Ivan Lins.)

Ivan Lins escreveu este livro em homenagem a seu pai:

Livraria São José, Rio de Janeiro, 2a. edição, 1967


O acadêmico Ivan Lins (Fonte: site da ABL)

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Referências

  • CPDOC - Fundação Getúlio Vargas - aqui
  • Site da Academia Brasileira de Letras - aqui
  • Site do Supremo Tribunal Federal - aqui
  • Biblioteca Nacional - www.bndigital
  • Jornal Correio da Manhã, edição de 29/dez/1963 e 7/fev/1964
  • Ruas de Lambari. José Nicolau Mileo. Guaratinguetá, Graficávila, 1970, págs. 28-29.

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Publicado por Guimaguinhas
em 17/09/2017 às 09h21
 
07/09/2017 15h38
AGUINHAS JÁ TEVE (3) - Colégio Santa Terezinha

Ilustração: O Colégio Santa Terezinha, então chamado Ginásio de Lambari


SUMÁRIO


Apresentação

Dentro da série AGUINHAS JÁ TEVE (aqui), já postamos a história de uma das mais tradicionais casas comerciais de Lambari: O Bar do Jucainaugurado nos anos 1930 e mantido, por décadas, pela família Nascimento, na região central de nossa cidade. (aqui).

Pois bem, hoje vamos falar do Colégio (ou Instituto) Santa Terezinha, ou Coleginho, como ficou popularmente conhecido.

Vamos lá.

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Um pouco da história

Há poucos registros  e fotos do Instituto Santa Terezinha; assim, vamos utilizar o material que conseguimos encontrar.

No livro Menino-Serelepe* eu fiz este pequeno resumo sobre o Coleginho:

Santa Terezinha, chamado de Coleginho, (...) foi famoso e tradicional no passado, aqui pelas bandas do Sul de Minas. Funcionou como internato durante muitos anos pra moças e rapazes. Mas na minha época [anos 1960] isso já havia acabado e ele já não era nem sombra do que fora. Quando deixou de operar, suas instalações tornaram à Prefeitura de Aguinhas, que lá funcionou por uns tempos até um terrível incêndio destruir completamente a antiga edificação e grande parte do acervo da administração municipal.

Não sabemos quando ele foi inaugurado, mas nos anos 1930, ali já funcionava um Ginásio, dirigido pelo Pe. Sebastião Atella, que foi pároco em Lambari no período de 1930 a 1935.


Reprodução: Revista O Cruzeiro - 17, out, 1931 (Fonte:bn.digital)


Pe. Sebastião Atella, pároco de Águas Virtuosas de Lambary (1930-1950), à frente da antiga Igreja Matriz, comandando uma procissão de N. S. da Saúde

Por essa épóca, o Pe. Atella dirigia o Instituto de Ensino, a Escola Normal e a Escola Technica de Artes e Ofícios de Lambari (Foto: reprodução. Fonte: Revista Vida Doméstica, ago/1934 - bn.digital)


Nos anos 1950, início dos anos 1960, o colégio esteve sob a direção da professora Maria José Bibiano, irmã do conhecido Padre Toíco (Antônio Bibiano de Siqueira). Por essa época, havia alunos internos e externos. Muitos desses últimos costumavam chegar de trem, e desciam na Parada Melo, pertinho das dependências do colégio.

O uniforme dos meninos era composto de bermuda (ou calça) e camisa cáqui; o das meninas, saias azuis e meias e camisas brancas.

Veja esta foto:

Alunas internas do Colégio Santa Terezinha a caminho da escola (Fonte: Revista Fon Fon n. 2432, de 1954 - bn.digital)

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Dona Guilhermina

À história do Coleginho está sempre associada a figura de Dona Guilhermina Carvalho, severa e inesquecível auxiliar de disciplina. Confira este post aqui

Dona Guilhermina , organizando os alunos do Coleginho, num desfile de Sete de Setembro.

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O campinho do Coleginho

O Coleginho ficava na Rua Comendador José Breves, na entrada da Volta do Ó, vindo do Hotel Imperial. Na parte de baixo, entre o edifício do colégio e o Parque Novo, havia um campinho de futebol, do qual usufruiram alunos, peladeiros e jogadores de futebol amador.

Eu mesmo joguei muita bola por lá. No livro Menino-Serelepe, eu conto minha passagem pelo Coleginho, em 1965, na curso de Admissão ao ginásio (5a. série). Sobre esse campo, eu escrevi:

O meu grande lance desse ano de Coleginho [1965]  foi, como quase sempre, a bola. E como lá havia um enorme campo, era uma correria na hora do recreio e outra depois da aula. Certa feita, por ocasião das festas juninas, a direção da escola estava organizando uma quadrilha e eu me apresentei para o ensaio, peguento de suor, com a roupa grudada ao corpo e marcada de terra e de grama, já que o jogo de bola do recreio havia sido muito disputado, com são-joão comendo pra todo lado e todomundo pegando tatu.

VocabulárioSão-joão (= bola que é chutada para o alto em jogo de pelada. ) — Todomundo (=todos) — Pegar tatu (Cair e sujar-se).


Anos 1940. Time de futebol. Internos do Instituto Santa Terezinha. Reprodução: Internet/Facebook


Ao fundo, a edificação do Instituto Santa Terezinha. Abaixo, o time do Águas Virtuosas que, nos anos 1950, disputou no campo do Coleginho um campeonato interno.

Na foto, entre outros: Hélio Fernandes, Chico Panu, Gidão, Nenê Nascimento, Quinzinho, Crisóstomo, Maurício de Souza e Vavá Bacha.


O incêndio do Coleginho

Nos anos 1980, as dependências do antigo Instituto Santa Terezinha tornaram ao Governo Municipal e para lá foram as instalações da Prefeitura de Lambari. Em 1987, o edifício foi completamente destruído por um incêndio.

Confira: aqui

Cena do incêncio na Prefeitura de Lambari, em 1987


Referências

  • Museu Américo Werneck - Lambari
  • Revista O Cruzeiro - 17, out, 1931 (Fonte:bn.digital)
  •  Revista Fon Fon n. 2432, de 1954 - bn.digital
  • Foto do futebol - Internos: Internet/Facebook
  • Foto do time do Águas Virtuosas: Cedida pela família de Edward Bacha (Vavá)
  • Foto do incêndida: cedida por Ninho Costa

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Histórias do livro Menino-Serelepe

Quem, no Coleginho, não levou puxão de orelhas da dona Guilhermina ou rezou com a dona Edith? 

Do poema:  Da famosa aventura de ter sido criança em Aguinhas, extraído do livro Menino-Serelepe


  (*) No livro Menino-Serelepe - Um antigo menino levado contando vantagem escrevi duas crônicas sobre minha passagem, em 1965, pelo Coleginho:

  • XXXV – O Coleginho
  • XXXVI – Brigas de rua

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Autor: Antônio Lobo Guimarães, pseudônimo com que Antônio Carlos Guimarães (Guima, de Aguinhas) assina a coletânea HISTÓRIAS DE ÁGUINHAS. V. o tópico Livros à Venda.

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Publicado por Guimaguinhas
em 07/09/2017 às 15h38
 
05/09/2017 06h59
Memórias de Aguinhas - Olha o trem!

Ilustração: Reprodução - Calendário - Pintores com a boca e os pés (www.apbp.com.br)


SUMÁRIO

 


Apresentação

Na série O TREM DE AGUINHAS já publicamos diversos posts sobre a via férrea que serviu Águas Virtuosas de Lambari por 70 anos, entre os 1894 e 1966 (aqui).

Pois bem, hoje voltamos ao tema para contar como foi a chegada do trem em Águas Virtuosas do Lambari, no final do Século XIX.

Vamos lá.

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Como se chegava a Águas Virtuosas antes do trem

A descoberta das águas e a rota Campanha-Rio de Janeiro

Com a descoberta das fontes em 1780, as águas virtuosas (também chamadas águas santas) eram procuradas por moradores da comarca de Campanha e viajantes de tropa, atraídos por suas qualidades específicas. O acesso se dava, então, por meio de trilhas na mata fechada.

A partir da década de 1800, concorriam às fontes das águas virtuosas não só "famílias de toda a parte", como também "muitos e muitos eclesiásticos".

Em 1826, foi alterada a rota da estrada de Campanha para o Rio de Janeiro, fazendo-a passar próxima ao manancial das águas. Essa rota era frequentada por tropeiros, sertanistas, mineradores, boiadeiros e outros viajantes. [1]  [2] [3]

Inauguração das temporadas de veraneio

Como já contamos (aqui), a partir de 1853, dezenas de famílias, entre elas a do Comendador José Breves, vieram de várias partes do país fazer uso das águas, consolidando o hábito da procura das águas virtuosas e inaugurando a temporada de veraneio.

A visita da Princesa Isabel

Já vimos também (aqui) e (aqui) que em 1868 a Princesa Isabel e seu marido o Conde D'Eu vieram a Águas Virtuosas de Campanha, andando dezenas de quilômetros de liteira*.


Fonte: A história da Princesa Isabel: amor, liberdade e exílio , de Regina Echeverria (aqui).


(*) Liteira: veículo que consiste em uma espécie de cadeira fechada, suspensa por duas varas e carregada por dois homens ou atrelada a dois animais, um à frente e outro atrás. Dicionário Michaelis)

Liteira. Fonte: J. B. Debret (bn.digital)

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A cavalo, troles ou liteiras

Antes de 1894, podia-se chegar de trem até Contendas (Conceição do Rio Verde), e depois fazer o restante do trajeto até  Águas Virtuosas por meio de cavalo, troles ou liteiras.

Fonte: Reprodução: A Província de São Paulo - 10/abril/1888


Trole - Reprodução - Fonte: www.saojoseonline.com.br

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A chegada do trem em Águas Virtuosas

A construção do ramal para Campanha

Em 1889,  foi autorizada a construção do ramal partindo do kilômetro 106 da Estrada de Ferro Minas a Rio até a cidade de Campanha, passando por Águas Virtuosas do Lambari e Cambuquira.



A Estrada de Ferro Muzambinho chegou a Jesuânia (então chamada Lambari) em 1894.

Em 1o. de março, essa estação (chamada então Bias Fortes) foi inaugurada.

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O trem chega a Lambari (atual Jesuânia) em fevereiro de 1894

Reprodução: Revista Industrial 1894 (www.bn.digital)

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O trem chega a Águas Virtuosas (atual Lambari) em fevereiro de 1894

No dia 24 do mesmo mês a estrada de ferro chegava às Águas Virtuosas. [4

A primeira estação foi a Parada Melo, a estação ferroviária definitiva de Águas Virtuosas foi inaugurada alguns anos depois.


Reprodução: Revista Industrial 1894 (www.bn.digital)

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Do Rio de Janeiro a Lambari de trem - em 1904

Em 1904, a Estrada de Ferro Minas e Rio fazia propaganda da viagem de trem partindo do Rio de Janeiro até onde se acham as fontes de águas medicinaes conhecidas por Águas Virtuosas de Lambary.

Eram quase 12 horas de viagem, divididas entre baldeações, almoço e jantar. 


Estação Central, Rio de Janeiro, fins do Século XIX (Fonte: Wikipedia)


Saindo a Estação Central no Rio de Janeiro, a composição passava por


Reprodução: Almanaque Lambert, 1904 (bn.digital)

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Trem restaurante com destino a Águas Virtuosas, numa parada em Passa Quatro (1906)

Trem misto chegando em Campanha, MG (Reprodução: Internet)


Referências

  1. BUENO, Júlio. Almanach do Município de Campanha - Typografia do Monitor Sul-Mineiro, 1900, p. 93
  2. CARROZO, João. História Cronológica de Lambari - Nascida Águas Virtuosas da Campanha. Piracicaba, SP, Ed. Shekinah, 1988, p. 20
  3. LEFORT, Mons. José do Patrocínio. A Diocese da Campanha - 1993, págs. 206 e 207
  4. VIOLA, Paulo Roberto Viola. Lambari, como eu gosto de você. Rio de Janeiro : Ed. Navona, 2002, p. 117
  5. www.bn.digital
  6. Revista Industrial - 1894
  7. Almanaque Lambert - 1904
  8. A história da Princesa Isabel: amor, liberdade e exílio , de Regina Echeverria
  9. Pintores com a boca e os pés (www.apbp.com.br)

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Publicado por Guimaguinhas
em 05/09/2017 às 06h59
 
02/09/2017 12h22
Memórias de Aguinhas - A Navegação Aérea Brasileira (NAB) em Aguinhas

Ilustração: Reprodução do livro Douglas DC: 80 Glorious Years, de Geof Jones (Google Books)


SUMÁRIO

- Apresentação

- Propagandas de voos para Lambari

- Em 1960, os voos são encerrados

- O escritório da NAB em Lambari

- Uma antiga passagem da NAB

- Referências


Apresentação

Já falamos no GUIMAGUINHAS sobre o aeroporto de nossa cidade (aqui) e dos voos diretos para o Rio de Janeiro, nos anos 1950 (aqui).

Tais voos eram realizados pelas companhias NAB (Navegação Aérea Brasileira)  e NTA (Nacional Transportes Aéreos).

A NAB chegou a ter um escritório em nossa cidade, nos anos 1950; os voos, no entanto, foram interrompidos no início dos anos 1960.

É o que vamos ver abaixo. Vamos lá.

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Propagandas de voos para Lambari

Em 50 minutos chegava-se do Rio de Janeiro às estâncias do Sul de Minas.

Voos diretos e financiados em até 60 meses traziam turistas cariocas para Lambari, nos anos 1950.

Reprodução: Última Hora, 27/out/1958


Durante toda a década de 1950, vamos encontrar propagandas de voos diretos do Rio de Janeiro para as estâncias mineiras, Lambari entre elas, nos principais jornais e revistas da então Capital do Brasil:


Reprodução: O Cruzeiro, 1950


Reprodução: Diário de Notícias, 1951


Reprodução: Revista Fon Fon n. 2458, de 1954

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Em 1960, os voos são encerrados

O jornal O Globo, de janeiro de 1960, trouxe a triste notícia:

Reprodução: O Globo, 18/jan/1960

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O escritório da NAB em Lambari

Nos anos 1950, funcionava a agência da NAB (Navegação Aérea Brasileira) na Pça. Conselheiro João Lisboa.

Na foto abaixo, estão João Rely Martins (escrevendo) e, acima, sua mulher Zelina operando o rádio amador prefixo PPO2:

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Uma antiga passagem da NAB

Veja no link abaixo, uma antiga passagem da Navegação Aérea Brasileira:


Referências

  • Diários de Notícias, ano 1951
  • O Globo, edição 18/jan/1960
  • Última Hora - edições: 13/jul/1954 e 27out/1958
  • Revista O Cruzeiro, ano 1950
  • Wikipedia
  • www.bndigital
  • Familiares de João Rely Martins e Zelina Barbosa Martins, a quem agradecemos a cessão da foto acima.

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Publicado por Guimaguinhas
em 02/09/2017 às 12h22
Página 47 de 111

Espaço Francisco de Paula Vítor (Padre Vítor)

 

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