Ilustração: Oscar Machado da Costa. (Lambari, MG - 8/7/1894 - Rio de Janeiro, RJ - 1/11/1963) - Reprodução. Institutodeengenharia.org.br
Neste post vamos resgatar a história de um lambariense — Oscar Machado da Costa — que se tornou ícone da engenharia brasileira.
Pelo que apuramos, não se sabia entre nós lambarienses da existência deste ilustre filho da nossa terra.
Vamos lá, conferir!
Devo este resgate ao meu caro João Nogueira Motta, conhecido por Motinha.
Ele é filho de Manoel Nogueira Motta (Padaria Motta), um dos maiores incentivadores do futebol de Lambari e um torcedor símbolo do time do Águas Virtuosas.
João Nogueira Motta possui graduação em Engenharia Civil pela Escola de Engenharia da UFMG em 1971, Especialização em Estruturas de Aço, de 1973 a 1975, na THD – Escola Técnica Superior de Darmstadt – Alemanha, como bolsista do DAAD, MBA em Gestão Estratégica – FGV, MBA em TI pela Escola de Ciência da Informação – ECI – UFMG.
Iniciou em 1970 como estagiário na USIMINAS, no Grupo de Promoção do Uso do Aço na Construção Civil que em 1971 foi a primeira equipe técnica da Usiminas Mecânica S/A – USIMEC, até 2012. Desde 2013 trabalha na RMG Engenharia Ltda. na área de Supervisão Técnica. Nesse período trabalhou como calculista/projetista de estruturas, gerente de projetos e Superintendente da Unidade de Pontes e Estruturas da USIMEC.
Daí seu interesse pelo Engenheiro Oscar Machado da Costa, considerado o maior especialista brasileiro na construção de pontes.
Motinha foi um dos grandes craques do futebol de Lambari. Em breve vamos publicar uma entrevista com ele, para que nos fale de suas passagens pelo Vasquinho e pelo Águas Virtuosas, no qual atuou como atleta profissional nos anos de 1968/69.
Motinha no time do Águas, anos 1960, e hoje posando com a camisa do AVFC, autografada por ele próprio e por outros ex-jogadores do clube |
Na redação deste texto, consultei especialmente o livro abaixo, uma síntese biográfica de Oscar Machado da Costa feita pelo engenheiro Carlos Celso Carnasciali, que trabalhou 10 anos com o biografado.
Admiráveis o carinho e o respeito pela memória de seu mestre Machado da Costa demonstrados por Carnasciali. E o mesmo se pode dizer do engenheiro Álvaro de Souza Lima, colega de faculdade e amigo de Oscar Machado, quando do discurso que proferiu no Instituto de Engenharia de São Paulo, ano em que, postumamente, foi conferido a Oscar Machado da Costa o título de Engenheiro do Ano de 1963. Esse discurso foi transcrito no livro de Carnasciali.
Outras fontes de consultas — sites, revistas, jornais — são mencionadas ao longo do texto e/ou no tópico Referências.
CARNASCIALI. Carlos Celso. Oscar Machado da Costa - Um expoente da engenharia brasileira.
Curitiba, Fundação Santos Lima, 2006
A FAMÍLIA MACHADO DA COSTA EM LAMBARI
Manoel José Machado da Costa, engenheiro civil especializado em pontes e ferrovias, foi contratado em 1892 pela Estrada de Ferro Muzambinho, como Engenheiro Chefe, para trabalhar em sua construção, na zona nordeste de Minas, próximo à fronteira com São Paulo.
O trecho médio dessa ferrovia iria alcançar as estâncias hidrominerais do Sul de Minas: Cambuquira, Caxambu, São Lourenço e a nossa Lambari.
A Estrada de Ferro Muzambinho chegou a Jesuânia em 1894. Em 1o. de março, essa estação (chamada então Bias Fortes) foi inaugurada. No dia 24 do mesmo mês a estrada de ferro chegava às Águas Virtuosas. A primeira estação foi a Parada Melo, a estação ferroviária de Águas Virtuosas foi inaugurada alguns anos depois. |
Fonte: http://vfco.brazilia.jor.br/
Fonte: http://vfco.brazilia.jor.br/ferrovias-historia/1907-CIB/EF-Muzambinho.shtml
Por aquele tempo (início anos 1890), quando a família provavelmente residia na Vila de Lambari e seu pai se empenhava na construção do trecho Ramal da Campanha, foi que veio à luz o menino Oscar, filho do casal Manoel e Vicentina.
E em Lambari foi ele registrado como Oscar Machado da Costa, nascido a 8 de julho de 1894.
Naquele ano de 1894, já haviam sido concluídos os trechos da ferrovia até Lambari (o nosso "pontilhão", inclusive) e Cambuquira, além da ponte sobre o Rio Verde, restando apenas o trecho de 17 km até Campanha.
Em 1895, a família Machado da Costa mudou-se para Três Corações, em razão da transferência de Manoel José, que lá assumiu o cargo de Engenheiro Chefe de Linha e de Locomoção da ferrovia.
Oscar passou a infância em Três Corações, a qual deixaria depois para estudar no Rio de Janeiro e, em seguida, nos Estados Unidos. Quando se formou engenheiro, pela Universidade Cornell, tinha 22 anos incompletos. Por essa época, 1916, seus pais ainda residiam em Três Corações.
Ponte férrea sobre o Rio Mumbuca, concluída em 1894, provavelmente pelo engenheiro Manoel José Machado da Costa
Ponte férrea sobre o Rio Verde, concluída em 1894, provavelmente pelo engenheiro Manoel José Machado da Costa
Desde menino, Oscar Machado da Costa foi incentivado a seguir a carreira do pai na área de engenharia. Para tanto, Manoel José procurou encaminhar o jovem a bons colégios. Assim, Oscar fez seus estudos secundários no Colégio Militar do Rio de Janeiro e cursou a seguir a Escola de Engenharia da Universidade de Cornell, então considerada das melhores e mais exigentes dos Estados Unidos.
Nos EUA, conheceu Plínio de Lima, compatriota que se tornou amigo de uma vida e com o qual, anos depois, iria realizar duas expedições científicas pelo interior do Brasil.
Diplomou-se em engenharia civil em 1916, tendo-se dedicado principalmente ao estudo de pontes e fundações, concreto armado, estradas e obras hidráulicas.
Aplicado, estudioso e criativo, Oscar Machado foi pioneiro em diversas áreas de sua atividade profissional, como no uso intensivo do concreto armado em pontes e estruturas de grande porte e no campo das grandes pontes metálicas e de instrumentos e técnicas de montagem de pontes.
Fonte: Oscar Machado da Costa - Um expoente da engenharia brasileira.
Carlos Celso Carnasciali. Curitiba, Fundação Santos Lima, 2006
Fonte: Colatina e a E. F. Vitória a Minas (A PONTE FLORENTINO AVIDOS)
https://comunidadecolatinense.blogspot.com/2013/11/colatina-e-e-f-vitoria-minas-ponte.html
Vicentina Machado da Costa, mãe de Oscar Machado da Costa, faleceu em 1960. Reprodução. Diário do Paraná, 02/12/1960
A partir de sua formatura em 1916, ainda jovem, iniciou sua vida profissional na Estrada de Ferro Noroeste do Brasil, na qual exerceu funções de Engenheiro Residente, Ajudante do Chefe de Construção e do Chefe de Linha. Encarregado da Seção de Pontes, foi um dos pioneiros do cálculo e projeto de pontes metálicas no Brasil.
Em 1919, foi para a E. F. Central do Brasil, onde chefiou a Seção Técnica de estudos e projetos de pontes e sua construção ou reforço. Nesse mesmo ano, casa-se com Amália Caminha.
Em 1921, foi trabalhar com seu pai Manoel José Machado da Costa, então Diretor de Diques e Oficinas do Lóide Brasileiro.
Após isso, durante quatro anos (1922/1926), ocupou funções comerciais na Sociedade Anônima Marvin, mas manteve-se atento à área técnica, publicando diversos artigos sobre engenharia civil.
A seguir, de finais de 1926 até 1930, ocupou o cargo de Engenheiro Chefe de um grande empresa de engenharia e importações da época: Soares de Sampaio & Cia. Ltda. Lá elaborou projetos de grandes pontes, entre elas a famosa ponte Florentino Avidos, sobre o Rio Doce, em Colatina, ES — uma ponte metálica de 800m, para cuja montagem idealizou um equipamento denominado dinossauro, do qual falamos em tópico abaixo.
Após a Revolução de 1930 a empresa acima foi dissolvida, e ele realizou expedições de exploração mineral pelo interior do Brasil (veja aqui:)
Quando retornou de suas expedições, por cinco anos esteve associado à firma E. Kemnitz & Cia., especializada em concreto armado, tendo projetado e construído pontes, silos, piers, muros de cais, barragens e estruturas de edifícios, além de publicar artigos e emitir pareceres técnicos.
Em 1936, assinou com a Ferrovia São Paulo-Rio (depois, Rede de Viação Paraná-Santa Catarina) um contrato para realizar reforço e substituição de pontes, serviços esses baseado nos Estudos para remodelação da E. F. Central do Brasil, que fizera em 1927 e 1928.
Por essa época, fundou sua própria empresa, a Machado da Costa S/A, sediada em Porto Amazonas, PR, com o que iniciou notável e brilhante fase em sua carreira.
O engenheiro construtor da ponte Florentino Avidos, Oscar Machado da Costa, faleceu no dia 1º de novembro de 1963, na cidade do Rio de janeiro, e sua morte foi anunciada pelo Jornal do Brasil:
Morreu aos 69 anos de idade na Casa de Saúde São Sebastião, onde se encontrava internado há alguns dias, o engenheiro Oscar Machado da Costa, considerado o maior especialista brasileiro na construção de pontes, e que ultimamente estava empenhado na projeção e execução de cinco viadutos, entre os quais se destaca o que será o mais alto da América Latina, com 132 metros corresponde a um edifício de mais de 40 andares.
Autor do livro "Vigas Armadas' e de várias monografias técnicas, o Dr. Oscar Machado da Costa, como fiscal do Brasil nas obras da ponte internacional Brasil-Argentina, entre Uruguaiana e Paso de Los Libres, descobriu que a parte brasileira estava sendo construída errada (não se encontraria com a da Argentina) e não só a consertou como ainda conseguiu a etapa do Brasil antes da Argentina.
Fonte. Reprodução. Diário do Paraná - 01/nov/1963
Após a Revolução de 1930, a economia do País declinou, o campo de negócios e obras sofreu grave abalo e a empresa Soares de Sampaio encerrou suas atividades.
Nesse contexto, sem vislumbrar imediato campo de trabalho, Oscar Machado decidiu realizar expedições científicas pelo interior de Goiás e Paraná, sonho há tempos acalentado.
A primeira expedição foi feita em 1935, pelo interior de Goiás, na companhia do amigo Plínio de Lima, que era geólogo do Instituto Geográfico e Geológico de São Paulo, para pesquisar ouro num trecho entre os rios Araguaia e Tocantins.
A segunda deu-se em 1947, quando exploraram o Sertão Paranaense, entre os rios Iguaçu e Ivaí, a busca de cobre.
Reprodução. Fonte: Carnasciali, 2006
Reproduçao. Tribuna do Comércio, Curitiba. 28, junho, 1938
Dentre seus inúmeros projetos e/ou obras que realizou, podemos mencionar:
Oscar Machado da Costa manteve bom relacionamento com governantes e órgãos de governo, civis e militares, em razão de suas atividades comerciais e profissionais.
Correio da Manhã - 13/07/1945 Correio da Manhã - 2/2/1952
Algumas consultorias técnicas prestadas por Machado da Costa:
Correio da Manhã - Edições de 29/5/1952 e 1/7/1953
A EMPRESA MACHADO DA COSTA S/A
Em 1936, a E. F. Central do Brasil foi assumida pela Rede de Viação Paraná-Santa Catarina (R.V.P.S.C.) e a direção dessa empresa incluiu no programa de remodelação da ferrovia a ação de reforço e consolidação das pontes, inspirada pelo relatório Estudos para remodelação da E. F. Central do Brasil, produzido por Oscar Machado em 1927/28.
Desse modo, Oscar Machado foi contratado para atualizar aquele plano e realizar as obras de reforço de pontes, abrangendo as linhas desde Paranaguá até o interior do Paraná, inclusive os trechos que serviam Santa Catarina até o Porto de São Francisco. Com isso, na estrutura organizacional da empresa, foi criado o Serviço de Reforço de Pontes.
Para a realização desse formidável plano — tratava-se de cerca de 230 pontes —, Oscar Machado escolheu a vila de Porto Amazonas, situada à margem direita do Rio Iguaçu e distante cerca de 100 km de Curitiba, como o local das instalações do Serviço de Pontes da Viação Paraná-Santa Catarina.
Essa escolha da localização da empresa levou em consideração vários fatores:
Reprodução. Fonte: Carnasciali, 2006
Oscar Machado da Costa ao centro, ao lado de seus funcionários, na fábrica de Porto Amazonas. Reprodução. Fonte: Gazeta do Povo, PR, 03/05/24
Visita Ministro à empresa Machado da Costa - Correio da Manhã, 20/05/1940
Nos anos 1980, a empresa já se encontrava desativada. Reprodução. Diário do Paraná, 20/05/1981
Pontes e viadutos - Obras públicas - Fundações. Obras típicas realisadas parcial ou integralmente pela empresa Oscar Machado da Costa
Livro raro, à venda no site: www.abebooks.com
Ponte dos Arcos, Porto Amazonas, PR. Projetada e construída pela empresa Machado da Costa. Reprodução. Fonte: camposgeraisdoparana.com
Machado da Costa mantinha boas relações técnicas, comerciais e de amizade com autoridades militares.
Diversos projetos de pontes de campanha foram por ele estudados e doados ao Exército Nacional.
Essas relações o fizeram merecedor da Medalha da Ordem do Mérito Militar.
Reprodução. Fonte: Correio da Manhã, 12/03/1950 - bn.digital.gov.br
No texto acima há a seguinte referência a Oscar Machado: uma das maiores autoridades mundiais no assunto (serviço de pontes ferroviárias)
Visita de Juarez Távora, quando das obras na ponte ferroviária de Porto União, em 1954.
No texto acima, vê-se que a substituição das velhas vigas em treliça se deu sem que houvesse a interrupção do tráfego de trens.
Diário da Tarde, 06/05/1955
Merecem especial referência as seguintes obras e processos realizados por Machado da Costa e/ou por sua empresa:
Ponte Engenheiro Machado da Costa
Considerada uma obra de arte da engenharia ferroviária, a Ponte Preta é única no mundo. Sua arquitetura foi especialmente desenvolvida, já que naquela época não existia o conceito de protensão (tensões prévias no concreto).
A Ponte Preta foi desativada nos anos 70, devido à inauguração da nova estação rodoferroviária, e tombada como patrimônio histórico estadual em 1976.
https://blogdomaizeh.wordpress.com/2012/01/24/ponte-preta/
Ponte Internacional Brasil-Argentina
LIVROS, MONOGRAFIAS E ARTIGOS PUBLICADOS
Estudioso, Oscar Machado da Costa publicou livros, monografias, pareceres e artigos da sua área de atuação profissional.
Em jornais e revistas técnicas publicou mais de 25 artigos.
Escreveu, por exemplo, parecer sobre a antiga estrutura metálica do Viaduto do Chá (SP).
Proferiu a palestra A evolução da teoria das construções, no Instituto de Engenharia do Paraná, com profunda e extensa análise histórica e apreciação crítica de várias teorias então vigentes. (Essa palestra foi transcrita por Carnasciali, 2006, págs. 82 a 102).
E traduziu, também, junto com sua filha Amália, artigo sobre a Grande Ponte de Mackinak, de autoria do engenheiro D. B. Steinman.
Eis alguns de seus estudos:
Livros e monografias de Oscar Machado da Costa. Fonte: Carnasciali, 2006
Livros e estudos publicados por Oscar Machado da Costa
Conferência na Universidade do Paraná. Dário da Tarde, 1950, edição 17018
Citação de Oscar Machado da Costa. In Introdução à História Ferroviária do Brasil, Benévolo, 1953
Em 1926, quando da construção ponte sobre o Rio Doce, em Colatina, ES, foi que Oscar Machado idealizou um equipamento a que chamou de dinossauro — pelo seu aspecto robusto e desempenho pesado —, com o qual conseguiu montar 22 vãos metálicos completos, de 26 m cada um, em 32 dias de trabalho, recorde na América Latina, então.
Em 29/06/1928, o pr. Florentino Avidos inaugurou a ponte sobre o rio Doce em Colatina. Reprodução. diariodigitalcapixaba.com.br
Dinossauro. Reprodução. Fonte: Carnasciali, 2006
Reprodução. Fonte: Colatina e a E. F. Vitória a Minas (A PONTE FLORENTINO AVIDOS)
https://comunidadecolatinense.blogspot.com/2013/11/colatina-e-e-f-vitoria-minas-ponte.html
INAUGURAÇÃO DA PONTE SOBRE O RIO VERDE (1959)
Em 5 de maio de 1959, foi inaugurada ponte ferroviária sobre o Rio Verde, em Três Corações. Essa ponte, veio substituir a primitiva, construída em 1894 pelo engenheiro Manoel José Machado da Costa, pai de Oscar Machado.
Para essa solenidade, Dermeval José Pimenta, Diretor-Geral da Rede Mineira de Viação, convidou Oscar Machado da Costa.
Oscar Machado discursou lembrando a passagem da família pelo Sul de Minas e o papel de seu pai na construção daqueles trechos de ferrovia.
Há um simbolismo histórico e familiar nesta cerimônia: O filho inaugura em 1959 nova ponte que foi construída por ele, para substituir a ponte anterior, que fora feita pelo pai, em 1894!
Confira:
Oscar Machado da Costa discursando em 1959, durante a solenidade de inauguração da ponte sobre o Rio Verde.
Abaixo, Dermeval José Pimenta, Diretor-Geral da Rede Mineira de Viação. Reprodução. Fonte: http://www.siaapm.cultura.mg.gov.br/
Antiga ponte sobre o Rio Verde, em Três Corações. Reprodução. Vasco de Castro Lima, 1884-1934
1.959. Inauguração da Ponte sobre o Rio Verde, ao lado da antiga ponte construída em 1894.
Reprodução. Fonte: http://www.siaapm.cultura.mg.gov.br/
ENGENHEIRO DO ANO - INSTITUTO DE ENGENHARIA (1963)
O Instituto de Engenharia é uma sociedade civil sem fins lucrativos com mais de 100 anos de tradição, credibilidade e comprometimento com o desenvolvimento do Brasil.
Reúne profissionais, engenheiros e não-engenheiros, que atuam no mercado da Engenharia, firmando-se como a principal organização que representa o setor com isenção.
Criado em 1963 pelo Conselho Deliberativo, o prêmio de Engenheiro do Ano foi promovido para estimular e valorizar a profissão, além de contribuir com a Engenharia. O profissional escolhido deve ser uma pessoa que viveu para a Engenharia, seja na técnica, ensino ou administração.
O primeiro homenageado foi Oscar Machado da Costa.
Prêmio Engenheiro Oscar Machado da Costa
Em 1977, a ABCEM - Associação Brasileira dos Construtores de Estruturas Metálicas (https://www.abcem.org.br/) instituiu um prêmio para diversas categorias das construções metálicas:
A categoria OBRAS ESPECIAIS leva o nome do Engenheiro OSCAR MACHADO DA COSTA.
Esse prêmio é conferido para a construção total da obra: projeto de arquitetura se houver, projeto executivo estrutural, fabricação, montagem da estrutura e execução das obras de concreto.
Essas etapas podem ser executadas por empresas distintas, com seus respectivos profissionais.
Reprodução. Fonte: paulaoantiguidades.com.br
No primeiro ano — 1977 — o prêmio Engenheiro OSCAR MACHADO DA COSTA foi conferido à Usiminas Mecânica S/A pelo projeto, fabricação, montagem da estrutura metálica e execução das obras em concreto da Ponte dos Macuxis com 1.200m de extensão sobre o Rio Branco, acesso rodoviário à capital Boa Vista no Território Federal de Roraima, hoje Estado de Roraima.
Trata- se uma ponte mista (aço + concreto), cujo cálculo e projeto foram feitos pelo Engenheiro João Nogueira Motta, quando funcionário da Usiminas Mecânica S. A.
Confira esta lista:
Fonte: Carnasciali, 2006
Oscar Machado da Costa recebeu os títulos de cidadão honorário de Curitiba e de Porto Amazonas, cidade que sediava sua empresa. Recebeu também Medalha de Bronze da R.V.P.S.C.
A Lei Municipal n. 110/63 de Porto Amazonas decretou feriado o dia 1º de novembro, em homenagem a ele (data do seu falecimento).
A Estação Ferroviária de Porto Amazonas leva o seu nome.
Cidadão honorário de Curitib
Agraciado com a Medalha de Bronze, da RVPSC. Reprodução. Diário do Paraná, 28/05/1961
Estação Machado da Costa. Porto Amazonas. Reprodução.
Fonte: estacoesferroviarias.com.br/pr-variantes/machadodacosta.htm/Daniel Trevisan
CARNASCIALI. Carlos Celso. Oscar Machado da Costa - Um expoente da engenharia brasileira. Curitiba, Fundação Santos Lima, 2006
E-BOOK- UM ENGENHEIRO QUE AMAVA FERROVIAS
Ilustração: Capa do e-book Nossa Senhora da Saúde: Roteiro de Fé em Lambari, a cidade das Águas Virtuosas, disponível gratuitamente aqui: https://rl.art.br/arquivos/8050956.pdf?1714237098
Em razão das pesquisas, dos textos e dos e-books que venho publicando sobre as ligações históricas e lendárias das águas virtuosas de Lambari e o culto católico a Nossa Senhora da Saúde, leitores e amigos de toda a parte — nativos, moradores e visitantes — me perguntam sobre a existência de um roteiro para conhecer esses aspectos da história e da religiosidade de nossa cidade.
Pois bem, foi para atender esta demanda que publicamos os materiais abaixo.
Nosso objetivo é divulgar Águas Virtuosas de Lambari e suas tradições culturais e de religiosidade.
De tornar conhecida uma história de mais de dois séculos — que se tornou lendária — acerca da formação da Vila de Águas Virtuosas e das origens do culto a nossa Padroeira.
De fato, Águas Virtuosas de Lambari é das poucas cidades que têm uma lenda a secundar-lhe a história.
Venha, pois, conhecer, baixar os materiais e divulgá-los a pessoas interessadas, especialmente aos mais jovens.
É interessante imprimir e distribuir para parentes, amigos, clientes, parceiros comerciais.
Os materiais são gratuitos e podem circular livremente e ser reproduzidos, mantidos os formatos originais, para divulgação da memória, religiosidade, tradições e cultura de Águas Virtuosas de Lambari, MG.
Ajude a divulgar nossa história!
Compartilhe os links em suas redes sociais.
Vamos lá!
E-BOOK NOSSA SENHORA DA SAÚDE - ROTEIRO DE FÉ EM LAMBARI, A CIDADE DAS ÁGUAS VIRTUOSAS
Sinopse:
Neste e-book NOSSA SENHORA DA SAÚDE - ROTEIRO DE FÉ EM LAMBARI, A CIDADE DAS ÁGUAS VIRTUOSAS, mostra-se:
Além disso, anota um Roteiro de Fé, a ser eventualmente cumprido pelos que querem
FOLHETO ROTEIRO DE FÉ NOSSA SENHORA DA SAÚDE
Sinopse:
Este ROTEIRO DE FÉ NOSSA SENHORA DA SAÚDE, PADROEIRA DE LAMBARI poderá ser eventualmente cumprido por nativos, moradores e visitantes de nossa cidade que querem conhecer a história primitiva de Águas Virtuosas de Lambari e as ligações históricas e lendárias entre a descoberta das águas virtuosas e o culto a Nossa Senhora da Saúde, a Senhora das Águas.
Mediante este ROTEIRO, em paralelo à devoção a Maria Santíssima, pode-se
Ilustração: Imagem de Nossa Senhora da Saúde existente no altar-mor da Igreja Matriz de Lambari: Escultura em madeira policromada, acredita-se que seja de procedência portuguesa, provavelmente confeccionada na segunda metade do século XVIII.
No livreto AS ÁGUAS VIRTUOSAS DE LAMBARI E A DEVOÇÃO A NOSSA SENHORA DA SAÚDE - (Vol. 5 da Coletânea Pequena História de Águas Virtuosas de Lambari - https://rl.art.br/arquivos/7457114.pdf), contamos como surgiu a devoção a Nossa Senhora da Saúde, a padroeira de Águas Virtuosas de Lambari.
Sua finalidade foi divulgar a história de nossa cidade, criada em torno dos mananciais das Águas Virtuosas, cujas propriedades medicamentosas e curativas estão cultural e religiosamente associadas à devoção a Nossa Senhora da Saúde – a Senhora das
Águas.
Pois bem, neste post, vamos mostrar
E após isso, deixar um Roteiro de Fé, a ser eventualmente cumprido pelos que querem
Vamos lá!
Como examinamos no livreto acima, a devoção mariana dos Reis de Espanha e Portugal manifestou-se desde logo nas conquistas das Américas.
No Brasil, o fato mais marcante ocorreu quando da
(...) passagem de D. Pedro de Almeida Portugal, então Governador das Províncias de São Paulo e Minas do Ouro e futuro Conde de Assumar, pela Vila de Guaratinguetá rumo a Vila Rica, em 1717 6, que, segundo a tradição, se deu o achado por pescadores da imagem de Nossa Senhora da Conceição, posteriormente nomeada Nossa Senhora Aparecida.
Inicialmente famílias se reuniam aos sábados em torno da imagem para rezarem o terço e cantarem em louvor da santa; depois, eram os que passavam pelo caminho e visitavam a capelinha à beira da estrada para pedir ou agradecer sua intercessão; mais à frente, o culto passou a ser feito em ritos domésticos, em pequenos altares e oratórios, prática essa que, já na metade do Século XVIII, se estendeu por diversos lugares, com fama da Senhora Aparecida levada por tropeiros, sertanistas e mineradores. [1]
E com Nossa Senhora da Conceição Aparecida, a devoção mariana introduzida pelos portugueses adquiriu nacionalidade brasileira, e a veneração à santa assume um caráter de identidade nacional. [2]
A DESCOBERTA DAS ÁGUAS VIRTUOSAS
Assim, a disseminação das capelas dedicadas a Nossa Senhora Aparecida vai coincidir, décadas depois, com a notícia do achado das águas minerais na região de Lambari, [2] visto que de 1780 a 1790 situa-se a década provável da descoberta das águas. [3]
Conforme narramos,
A descoberta das águas foi um “acontecimento de vulto”, “uma célebre descoberta”, que chamou a “atenção popular”, trazendo benefício para a região. [3] E deve ter “repercutido em toda a Comarca do Rio das Mortes [que tinha sede em São João Del Rey e jurisdicionava então o termo de Campanha] e em toda a Capitania de Minas Gerais, como um acontecimento de grande significação.” [4]
Desse modo, logo após a descoberta das fontes, as virtudes miraculosas da água medicinal [3] passaram a ser apregoadas por todos, e elas começaram a ser designadas, já a partir de 1801, por águas santas. [4] A expressão águas virtuosas começa a ser utilizada a partir de 1805, e acabou por nomear toda a região detrás da serra da Campanha por aquele nome: Águas Virtuosas. [4] E bem assim a serra divisória entre Campanha e Lambari passou a ser conhecida, desde 1805, como Serra da Água Virtuosa ou Água Santa da Campanha. [3]
A FÉ NA INTERCESSÃO DE NOSSA SENHORA DA SAÚDE
Mais tarde, passava pelo lugar uma estrada, e o boiadeiro ou tropeiro, parava, chegava reverente até a nascente da ÁGUA SANTA, bebia, punha um pouco sobre a cabeça nua, banhando os cabelos e a testa, e enchia uma botija, que levava com escrupuloso cuidado para operar a uma, a 50, 80 e cem léguas de distância.
Extraído de A LENDA DE ÁGUAS VIRTUOSAS, texto atribuído a Américo Werneck
(*) Algum tempo após a descoberta das águas, a estradinha que ligava Campanha à Estrada Geral (caminho para o Rio de Janeiro) foi desviada para passar defronte às nascentes, com o objetivo de facilitar o conhecimento e o uso das águas pelos que circulavam por aquele caminho.
Nesse contexto, as expressões águas santas ou águas virtuosas nasceram provavelmente da crença e da fé populares, por associação dos efeitos medicinais e curadores da água à “tradição católica dos milagres da Virgem Santíssima” [2], como ficou assentado nos costumes devocionais da Região das Águas Virtuosas.
Desse modo foi que
Circulando pela Estrada Velha, ou Caminho Velho, tropeiros, sertanistas, mineradores, boiadeiros e outros viajantes trouxeram à Região do Lambari o achado da Senhora Aparecida, e possivelmente foram esses mesmos que levaram às localidades por onde passavam as notícias, fixadas pela devoção religiosa, das “curas milagrosas” produzidas pela “água santa”, por intercessão de Nossa Senhora da Saúde. [2]
Fontes: [1] SOUZA, Juliana Beatriz Almeida de. Virgem mestiça: devoção à Nossa Senhora na colonização do Novo
Mundo. Tempo, v. 6, n. 11, 2001. p. 77-92
[2] CARVALHO, Roberto Junho. A lenda de Lambari por uma perspectiva semiótica: construção de sentido,
origens e ideologia. Dissertação (Mestrado) – Universidade Vale do Rio Verde (UninCor), Três Corações,
2015
[3] LEFORT, Mons. José do Patrocínio. A Diocese da Campanha, 1993, págs. 206 e 207
[4] MILEO, José N. Subsídios para a história de Lambari. Guaratinguetá, SP : Graficávila, 1970, págs.12, 14, 16
e 56.
A HISTÓRIA DE NOSSA SENHORA DA SAÚDE, PADROEIRA DE LAMBARI
Referências:
(J) LIMA, Pe. Antônio Lúcio da Silva. Um mês em companhia de Nossa Senhora. São Paulo, Editora Paulus –
Disponível em: goo.gl/RgMTjP
(K) ADUCCI, Edésia. Maria e seus títulos gloriosos. São Paulo, Editora Loyola – 3ª. edição, 2003. Disponível em:
goo.gl/rz5iJ6
[12] http://www.cruzterrasanta.com.br/historia-de-nossa-senhora-da-saude/29/102/ e ADUCCI, Edésia, 2003, p. 235.
[13] Imagem estilizada de N. S. da Saúde – Disponível em: www.elo7.com.br
[14] Sagração da Igreja Matriz - Paroquia Nossa Senhora da Saúde (paroquiasenhoradasaude.com.br)
IMAGEM, ORAÇÃO E HINO DE NOSSA SENHORA DA SAÚDE
APARECIDA DO NORTE E SENHORA DAS ÁGUAS: APROXIMAÇÕES HISTÓRICAS
Como já contamos aqui, há duas curiosidades históricas que aproximam a devoção a Nossa Senhora da Aparecida, iniciada no ano de 1717, na antiga Vila de Guaratinguetá, na Província de São Paulo, e a Nossa Senhora da Saúde, iniciada a partir dos anos 1780, na Província das Minas, quando se deu a descoberta das Águas Virtuosas de Campanha do Rio Verde, futura cidade de Lambari, MG.
Viajantes e tropeiros aproximaram as duas histórias
Como se viu acima, viajantes e tropeiros aproximaram as duas histórias:
Circulando pela Estrada Velha, ou Caminho Velho, tropeiros, sertanistas, mineradores, boiadeiros e outros viajantes trouxeram à Região do Lambari o achado da Senhora Aparecida, e possivelmente foram esses mesmos que levaram às localidades por onde passavam as notícias, semeadas pela devoção religiosa, das “curas milagrosas” produzidas pela “água santa”, por intercessão de Nossa Senhora da Saúde.
Fontes: Aparecida do Norte e a Senhora das Águas - Coincidências históricas
https://guimaguinhas.prosaeverso.net/blog.php?idb=51405
CARVALHO, Roberto Junho. A lenda de Lambari por uma perspectiva semiótica:
construção de sentido, origens e ideologia. Dissertação (Mestrado) – Universidade Vale do Rio Verde (UninCor), Três Corações, 2015.
Quase dois séculos depois, um mesmo arquiteto para as duas igrejas
Além da aproximação histórica supracitada, entre Aparecida do Norte e Águas Virtuosas de Lambari, há uma outra curiosidade, ocorrida em meados do Século XX: tanto o Santuário de Aparecida como a Igreja Matriz de Lambari foram projetados pelo mesmo arquiteto: Calixto de Jesus Neto.
De fato, dos projetos da nova Matriz de Nossa Senhora da Saúde em Lambari, adotou-se o elaborado pelo Dr. Benedito Calixto de Jesus Neto, formado no Centro Universitário Belas Artes de São Paulo, que fora também responsável pelo projeto do Santuário Nacional de Nossa Senhora da Conceição Aparecida.
Fonte: MEMÓRIAS DE AGUINHAS (25) - O Santuário de Aparecida e a Igreja de Lambari
https://guimaguinhas.prosaeverso.net/blog.php?idb=39880
Ilustração: Imagem original de Nossa Senhora Aparecida [Século XVI] e a imagem de Nossa Senhora da Saúde [provavelmente da segunda metade do século XVIII] existentes, respectivamente, no Santuário de Aparecida do Norte e na Igreja Matriz de Nossa Senhora da Saúde, em Lambari, MG
A LENDA DE ÁGUAS VIRTUOSAS E A DEVOÇÃO A NOSSA SENHORA DA SAÚDE
Como se sabe, em A lenda de Águas Virtuosas narra-se que
(...) uma linda moça de nome Cecília estava noiva de um jovem chamado Tancredo.
Ela adoecera muito e seu pai, Antônio Alves Trancoso, que morava na cidade de Passos, a trouxe para Campanha, a fim de tratar-se.
Passaram-se meses e Cecília não se curava.
Até que um belo dia, Tancredo conheceu um escravizado de nome Antônio de Araújo Dantas, e esse lhe falou de umas águas ditas santas, existentes numa grota, perto de um ribeirão, do outro lado da Serra da Campanha.
Tancredo contou ao futuro sogro o que ouvira do africano e insistiu para que a trouxessem até as fontes das águas, que jorravam
borbulhantes em meio a pedras.
E Cecília, tendo feito uso da água virtuosa por vinte dias, curou-se de seus males. Em agradecimento, pediu, então, ao pai que erguesse uma capelinha em homenagem à Nossa Senhora da Saúde, e nessa igrejinha se casou com Tancredo.
E, como se dá sem toda lenda, foram felizes para sempre!
Mas isso é uma estória e não um fato histórico.
A estória é inventada, muitas vezes se apropriando de fatos conhecidos.
Por exemplo: a cidade de Campanha, a serra, as fontes de água e seus efeitos curativos, o culto à Nossa Senhora da Saúde, o nome Antônio de Araújo Dantas (era o proprietário das terras onde foram descobertas as fontes) são fatos sociais e históricos que foram incorporados à lenda.
Já nos estudos da História, os historiadores contam o que aconteceu, com base em documentos, estudos e sua visão de mundo.
Segundo o monsenhor e historiador José Lefort, o criador da lenda teria sido Américo Werneck, que o fez para efeito de propaganda das águas minerais.
Mas há também as versões de Armindo Martins e João Carrozzo, memorialistas de Águas Virtuosas do Lambari, derivadas da lenda de Werneck.
Como se vê, A lenda de Águas Virtuosas bem apanha a associação dos efeitos medicinais e curadores da água à “tradição católica dos milagres da Virgem Santíssima”.
Com efeito, a cura de Cecília associa-se à devoção da Virgem Maria e à fundação de uma igrejinha em louvor da Santíssima.
Essa lenda foi inspirada provavelmente em tradição oral tecida nas décadas iniciais do Século XIX, quando muitas histórias se contavam acerca dos poderes milagrosos da água santa.
A lenda de Águas Virtuosas, versão Armindo Martins
Fontes: (1) Memórias de Aguinhas - As versões de A LENDA DE ÁGUAS
VIRTUOSAS: https://guimaguinhas.prosaeverso.net/blog.php?idb=50766
(2) E-book A lenda de Águas Virtuosas: https://rl.art.br/arquivos/7457117.pdf?1645450903
AS IGREJAS DEDICADAS À SENHORA DA SAÚDE
A primeira referência histórica acerca de igrejas dedicadas a Nossa Senhora da Saúde em Águas Virtuosas de Campanha (depois chamada Águas Virtuosas de Lambari) deu-se quando a Câmara de Campanha em 24 de janeiro de 1827 oficiou ao Visconde de Caeté, então presidente da Província de Minas Gerais, sobre a necessidade da "criação de uma pequena ermida para se dizer Missa ao Povo".
E, em 1832, a mesma Câmara propôs que se marcasse "o lugar próprio para a fundação do Templo que deverá fazer para a Povoação".
De fato, em 1830, separa-se uma área patrimonial, dentro da qual, em 1832, foi escolhido um trecho para a construção de um templo dedicado a Nossa Senhora da Saúde.
Local de construção das igrejas
O trecho de terreno mencionado acima corresponde a um leve outeiro, próximo das fontes, onde se ergueram as três igrejas dedicadas a Nossa Senhora da Saúde, conforme comentamos a seguir.
Outeiro: palavra ao sabor dos Séculos XVII e XVIII para significar pequena elevação em um terreno; morro; colina.
Confira abaixo foto da Antiga Matriz de Nossa Senhora da Saúde, construída em terreno levemente elevado:
A atual Igreja Matriz viria a ser construída neste mesmo outeiro, um pouco à frente da Antiga Matriz:
Antes de construção das igrejas, houve uma pequena ermida dedicada a Nossa Senhora da Saúde?
Não há referências históricas quanto a isso, mas é possível imaginar pequena ermida onde os usuários e moradores da vila primitiva oravam em louvor da Virgem Santíssima, pois ali já concorria "muitos eclesiásticos, tendo-se chegado a ajuntar
quatro Vigários de diferentes Freguesias sem terem onde possam celebrar".
Recriação artística
Ermida dedicada a Nossa Senhora da Saúde,
na então vila de Águas Virtuosas da Campanha.
Fontes: MARTINS, Armindo. Lambari, a cidade das águas virtuosas. 1949, p. 25
8o. ANUÁRIO ECLESIÁSTICO - Diocese da Campanha - 1946 - págs. 15 e 16
CARROZO, João. Lambari (Outrora Cidade de Águas Virtuosas de Campanha) - 1985, p. 21
Igreja primitiva de Nossa Senhora da Saúde
Nas décadas de 1820/30, foi construída — e depois ampliada — esta igrejinha primitiva:
Igreja primitiva de N. S. Saúde
Na foto abaixo, de meados do Século XIX, vê-se, no alto, à esquerda, essa igrejinha primitiva de N. S. da Saúde:
Reprodução. Colorizada. Fonte: ALMEIDA, Dr. Pires de. Lambary e Cambuquira - Hydro-estações ao Sul do
Estado de Minas Gerais - Brazil. Typ. Leuzinger, Rio de Janeiro, 1896
Antiga Igreja Matriz de Nossa Senhora da Saúde
As obras da Antiga Matriz de Nossa Senhora da Saúde foram iniciadas em 1853 e concluídas em 1870.
Antiga Igreja Matriz de N. S. da Saúde
A Igreja Matriz, em cartão postal dos anos 1920
Saída da missa na Antiga Igreja Matriz de N. S. da Saúde - anos 1930
Igreja Matriz de Nossa Senhora da Saúde
A atual Igreja Matriz foi inaugurada em 1955
Evolução histórica das igrejas dedicadas a N. S. da Saúde
Resumo da evolução histórica das igrejas dedicadas a N. S. da Saúde, em Águas Virtuosas de Lambari:
Evolução das igrejas dedicadas a N. S. da Saúde, em Lambari, MG
GRUTA DE NOSSA SENHORA DA SAÚDE NO PARQUE DAS ÁGUAS
No Parque das Águas em Lambari, há uma gruta dedicada a Nossa Senhora da Saúde, fruto da devoção, da crença e do fervor popular, que a história, a cultura e a religião estabeleceram, ao longo do tempo, entre as propriedades terapêuticas das águas virtuosas e a ação protetora dos que se socorrem à Senhora da Saúde.
Fonte: AS ÁGUAS VIRTUOSAS DE LAMBARY (4) A gruta de Nossa Senhora da Saúde
https://guimaguinhas.prosaeverso.net/blog.php?idb=51009
O OLHO D’ÁGUA SOB A IGREJA MATRIZ
Na encosta esquerda do outeiro onde se ergueram as três igrejas dedicadas a Nossa Senhora da Saúde, em Lambari, há um olho d’água – uma nascente – que dá origem a um pequeno fio d’água.
Uma capelinha para Nossa Senhora da Saúde
Há muito se pensa na captação dessa água – que ali simbolicamente brota aos pés da sua Igreja – e a construção de uma pequena gruta ou ermida dedicada à Senhora das Águas.
(*) Foi o sr. Nascime Bacha, fundador do Museu Américo Werneck, quem, há décadas passadas, me falou dessa hipótese.
Consultei meus tios Messias e Rubens Gentil Lobo, experientes construtores de nossa cidade, sobre a possibilidade de se captar essa água. Ambos não viram dificuldade em fazer isso, naquela época.
Ver: Os construtores e pedreiros da família Gentil Lobo - https://guimaguinhas.prosaeverso.net/blog.php?idb=44767#lobo
Poderia ser algo simples, como esta gruta dedicada a Nossa Senhora de Lourdes, que havia na entrada do Hospital S. Vicente de Paulo, em Lambari, MG:
Gruta de Nossa Senhora de Lourdes, que havia na entrada do Hospital S. Vicente de Paulo, em Lambari, MG
No Sul de Minas, na Região das Águas, viveram e trabalharam três servos de Deus, assim reconhecidos porque tiveram uma vida cristã de virtude e santidade: foram piedosos, caridosos e exemplos de virtude para as pessoas.
Foram eles:
Foi considerado beato pela Igreja Católica em 14 novembro de 2015.
Foi considerada beata pela Igreja Católica em 4 de maio de 2013.
Trabalhou em Lambari, no Asilo e Hospital São Vicente de Paulo, nos anos de 1950/55, como parteira e enfermeira, além de assistir doentes internados no hospital e os idosos do asilo lá existente.
Foi considerada venerável pela Igreja Católica em 18 de fevereiro de 2022, com o que tornou-se oficialmente modelo de virtudes a ser seguido, passando a ser chamada VENERÁVEL BENIGNA VICTIMA DE JESUS.
Notas:
Como se recorda, segundo o Código Canônico, é declarado beato aquele que está passando pelo processo de canonização. São assim declarados porque tiveram uma vida cristã de virtude e santidade e também porque foi comprovado que, por sua intercessão, ocorreu um milagre. Não são ainda considerados santos, mas podem ser cultuados em sua região de origem e no local em que viveram.
Já o título canônico de venerável é concedido àqueles a quem postumamente seja reconhecida a prática de virtudes heroicas em processo formal de canonização.
Fontes: MEMÓRIAS DE AGUINHAS - Irmã Benigna em Lambari (MG)
https://guimaguinhas.prosaeverso.net/blog.php?idb=53614
https://www.irmabenigna.org.br/
https://pt.wikipedia.org/wiki/Benigna_Victima_de_Jesus
https://pt.wikipedia.org/wiki/Nh%C3%A1_Chica
https://pt.wikipedia.org/wiki/Padre_Victor
Na Igreja Matriz de Nossa Senhora da Saúde, há esta imagem de Padre Vítor, cultuada pelos católicos locais e visitantes, à vista de graças alcançadas através de sua intercessão.
Memorial Padre Víctor, em Tres Pontas.
Reprodução. Prefeitura Municipal de Três Pontas
Memorial de Nossa Senhora da Ajuda, em Três Pontas.
Reprodução. Diocese da Campanha
Na vizinha cidade de Três Pontas (110 km de Lambari), onde trabalhou e faleceu Padre Vítor, pode-se visitar o Santuário Nossa Senhora D'Ajuda, cuja edificação foi realizada por ele.
Defronte ao Santuário, pode-se visitar o Memorial Padre Vítor, que guarda fotos, roupas e outras relíquias de Padre Vítor.
Na Igreja Matriz de Nossa Senhora da Saúde, há esta imagem de Nhá Chica, cultuada pelos católicos locais e visitantes, à vista de graças alcançadas através de sua intercessão.
Memorial e Casa de Nhá Chica. Bapendi. Reprodução. nhachica.org.br - santuarionhachica.com.br
Santuário Nossa Senhora da Conceião de Nhá Chica. Baependi.
Reprodução. Facebook.com/santuarionhachica.
Na vizinha cidade de Baependi (60 km de Lambari), onde morou e faleceu Nhá Chica, pode-se visitar o Santuário de Nossa Senhora da Conceição, que nasceu de reformas procedidas na Igrejinha Nhá Chica, edificada por ela.
Ao lado do Santuário, pode-se visitar Memorial Nhá Chica, onde se encontra um acervo que remonta a história de vida e santidade de Nhá Chica, e assim também a Casa de Nhá Chica, antiga e humilde casa em que a Serva de Deus morou, hoje restaurada e decorada com objetos que pertenceram a ela.
No Asilo e Hospital São Vicente de Paulo, em Lambari, onde serviu de 1950/55, não se encontra nenhuma memória de sua passagem.
Irmã Benigna. Reprodução. irmabenigna.org.br
Imã Benigna, em oração, nas dependências do Hospital São Vicente de Paulo
COMUNIDADES LIGADAS À PARÓQUIA SENHORA DA SAÚDE
Há no âmbito da Paróquia Senhora da Saúde 11 Comunidades Rurais e 10 Comunidades Urbanas, segundo o site da Diocese da Campanha (aqui).
No site da Paróquia Senhora da Saúde, há referências às seguintes comunidades:
Geralmente, as igrejas dessas comunidades permanecem fechadas durante certos dias da semana. Para ver horários de funcionamento, atividades e outras informações sobre cada uma delas, acesse aqui: www.paroquiasenhoradasaude.com.br/comunidades
ROTEIRO DE FÉ NOSSA SENHORA DA SAÚDE, PADROEIRA DE LAMBARI
À vista do exposto, pode-se propor — para nativos, moradores e visitantes de nossa cidade — um Roteiro de Fé Nossa Senhora da Saúde, padroeira de Lambari, a ser eventualmente cumprido pelos que querem conhecer a história primitiva de Águas Virtuosas de Lambari e as ligações históricas e lendárias entre a descoberta das águas virtuosas e o culto a Nossa Senhora da Saúde, a Senhora das Águas.
Mediante este Roteiro, em paralelo à devoção a Maria Santíssima, pode-se
Para cumprir os objetivos acima, podemos percorrer o seguinte circuito:
Aqui, sugere-se os seguintes passos:
Fontes das Águas Virtuosas - Exposição Imagens de Lambari - Gruta de Nossa Senhora da Saúde
A lenda de Águas Virtuosas, versão Armindo Martins - Painel A lenda da cidade das águas virtuosas de Lambary
Imagem de N. S. de Saúde - Olho d'água - Imagens dos beatos Padre Vítor e Nhá Chica
Hospital São Vicente de Paulo - Imagem Irmã Benigna - Imagem São Vicente de Paulo
(Reprodução. Facebook/Hospital São Vicente de Paulo)
Igreja de N. S. Aparecida - Igreja Sagrada Família - Igreja de São Benedito - Igreja Santa Terezinha - Igreja São Judas Tadeu. Reprodução. Fontes: GoogleMaps - Joseane Astério
Mapa dos locais a serem visitados
Este mapa facilita a localização e as atividades a serem realizadas para cumprir o circuito mencionado acima:
FOLHETO ROTEIRO DE FÉ NOSSA SENHORA DA SAÚDE
Irmã Benigna em Lambari (MG) - https://guimaguinhas.prosaeverso.net/blog.php?idb=53614
Aparecida do Norte e a Senhora das Águas - Coincidências históricas - https://guimaguinhas.prosaeverso.net/blog.php?idb=51405
O Santuário de Aparecida e a Igreja de Lambari -https://guimaguinhas.prosaeverso.net/blog.php?idb=39880
A gruta de Nossa Senhora da Saúde - https://guimaguinhas.prosaeverso.net/blog.php?idb=51009
Ilustração: Capa do livro A CASA GORDA - Recanto dos netos, de autoria de Celeste Krauss/Antônio Carlos Guimarães, em preparo. A figura da capa do livro foi elaborada por Canva/Gerador de imagem por IA/Copilot/Microsoft
Esta Série A CASA GORDA - RECANTO DOS NETOS é uma memória da família para RAFA, LEO, MARIA, ISABELA, PAULO, RAFAELA, CECÍLIA e GUGA. Que, como nós, eles um dia tenham histórias pra contar para os seus netos. Celeste & Guima |
Aqui no SITE GUIMAGÜINHAS, numa série de posts intitulada A CASA GORDA - Recanto dos netos, vamos contar histórias e acontecidos da FAMÍLIA GUIMARÃES, como a construção da nossa casa nos anos 1980, a origem do nome Casa Gorda — apelido dado pelos netos à nossa residência em Lambari —, lances da vida em família, brincadeiras e travessuras dos netos, etc.
Como moramos fora de Lambari por mais de 30 anos, a Casa Gorda se transformou na casa de férias da família — na qual frequentemente reunimos filhos, noras e netos.
Nesse compasso, a Casa Gorda ficou sendo, na prática, a casa dos netos — na qual tem muita comida, guloseimas, brincadeiras, histórias, carinho — e muita, muita diversão!
Com o passar do tempo, os netos foram chegando, crescendo e passando férias na Casa Gorda — e nela deixando suas histórias/memórias: vida em família, atividades, brincadeiras, passeios, aventuras...
Pois bem, hoje estamos aqui — Celeste e Guima — recordando, tomando notas, selecionando fotos e escrevendo sobre os anos maravilhosos que passamos ao lado de filhos, noras e netos.
E assim nasceram estas HISTÓRIAS DA CASA GORDA - O RECANTO DOS NETOS, que vão escritas numa linguagem simples, leve, brincalhona — como somos nós os Guimarães: brincalhões, leves e simples...
Abaixo vai o número 1 da Série: A Casa Gorda - Recanto dos netos.
Vamos lá!
No livro MENINO-SERELEPE (aqui), escrevi sobre o sobradão do Pai Véio e Mãe Véia — meus avós paternos Zé Batista e Margarida, assim chamados pelos netos — e as diversas brincadeiras, aventuras e contação de histórias que seus netos ali viveram.
Me recordo também que lá pelos 12 anos, brincando de pique na rua em frente ao sobradão, tive uma espécie de visão do futuro: — olhando para o alto da Paradinha Mello (ante)vi, por alguns segundos, um sobrado branco com janelas azuis.
Hoje tenho certeza de que vi o que seria, duas décadas depois, a Casa Gorda...
E assim como tive em minha infância as delícias do Casarão do Pai Véio — histórias, memórias, aventuras, primos, família — meus netos tiveram o mesmo na Casa Gorda...
Trecho do livro Menino-Serelepe.
Veja também este texto, que descreve brincadeiras e aventuras que vivi no Sobradão do Pai Véio
Sobradão do Pai Véio, em frente ao Hotel Imperial. Na foto, pode-se ver o alpendre do casarão e a descida da Parada Melo (passeio do centro), onde brincávamos de trolinhos de cabos de vassoura.
No livro MENINO-SERELEPE, meu livro de memórias, no Cap. XXII – Mudança para o centro de Aguinhas, eu anotei:
Pai recebeu proposta de se mudar pra cidade, a fim de que pudesse atender o plantão noturno da Farmácia Santo Antônio, onde trabalhava. Por conta disso, teria um pequeno aumento no salário e passaria a morar em local próximo de seu trabalho, na parte de baixo da casa da dona Catarina Bacha, a sua patroa. E sem pagar aluguel, que essa encrenca sempre foi a camisa de onze varas do meu pai, que morreu sem ter conseguido uma casa própria. (O destaque não é do original.)
Quando me casei, morei 2 anos com meu pai nessa casa da Dona Catarina Bacha, depois aluguei ao seu Zito Santoro um apartamento para a família.
No início dos anos 1980, meu pai ficou muito doente e eu prometi a ele que íamos, enfim, construir "nossa casa" — a casa que ele sempre quis ter e nunca tivera!
Peguei nossas poupanças, vendi dois fuscas que ele tinha e comprei terrenos no Alto Boa Vista e comecei a cavar o espaço que seria a garagem. Eu o levei algumas vezes para "ver o início das obras da casa que seria nossa".
Mas, infelizmente, ele faleceu em agosto de 1980 — e não chegou a ver nem o assentamento do primeiro tijolo da obra. Depois de sua morte, minha mãe foi morar comigo.
Meu pai não chegou a conhecer a Casa Gorda, mas do outro lado da vida tem cuidado dos seus netos e bisnetos.
Com financiamento da Caixa Federal, eu e Celeste — ambos trabalhávamos com contabilidade, na HASTA - Assuntos Contábeis — iniciamos a construção da nossa casa em Lambari no início dos anos 1980 e nela fomos residir em dezembro de 1982.
Memórias de Aguinhas (5) - Hotel Rezende - https://guimaguinhas.prosaeverso.net/blog.php?idb=37645#MUN
A partir de 1983, em razão de nossa vida funcional (ambos ingressamos no serviço público), moramos fora de Lambari — em Cascavel, Varginha, Juiz de Fora, Brasília, Belo Horizonte — durante anos e anos.
Assim foi que nossa casa em Lambari se tornou o lugar em que a família — filhos, noras, netos — passava fins de semana, feriados e férias!
Mas de fato tornou-se a casa dos nossos netos — ou a Casa Gorda — como a apelidaram os gêmeos Rafa e Leo.
Como surgiu a expressão Casa Gorda
Morando em Brasília, Leo e Rafa sempre passavam as férias de julho em Lambari, alternando a estadia entre as casas dos avós maternos — Alencar e Beatriz — e paternos — eu e Celeste.
Rafa e Leo na casa da vó Bia
Pois bem, eles deviam ter pouco mais de 3 anos, e estavam na casa dos avós maternos há alguns dias, quando disseram pra sua mãe, Flávia:
— Mããeee, a gente quer ir pra outra casa!
— Outra casa? Que casa, meninos?
— A outra...
— Que outra?...
— Aquela outra...
— A casa da vó Celeste? — Flávia perguntou.
— É... a casa... a casa... a casa gorda! Eles disseram.
No caso, a casa era "gorda", porque era maior do que a da vó Bia (Beatriz).
E assim foi que batizamos a nossa casa, que é mais dos netos do que nossa, de
Vó Celeste, café da tarde, na varanda da Casa Gorda
Situada no Alto Boa Vista, num terreno bastante inclinado, tem uma entrada pela rua da frente e outra pela rua dos fundos.
A parte dos fundos — a mais elevada — oferece uma visão panorâmica das belezas da cidade — Igreja Matriz, Lago Guanabara, Cassino, Parque Novo, Volta da Mata e as serras que rodeiam Lambari.
Frente da Casa Gorda: entrada da frente (Google/Maps)
Placa decorativa da Casa Gorda
Da varanda, tem-se uma vista ampla do centro da cidade e das serras que a circundam
Vista do gramado e, ao fundo, Cassino, Lago Guanabra, Volta da Mata...
A Casa Gorda tem ainda muitas árvores e plantas em seus jardins internos e uma natureza rica em seu entorno, a qual recebe duas dezenas de diferentes espécies de pássaros — de jacus a socós, de tucanos a gralhas, de maritacas a pombas-trocais e diversos outros passarinhos.
Jacus por vezes passeiam pelos telhados da Casa Gorda
Outros animais, como gambás, pequenas cobras, ratos silvestres, pererecas ocorrem com frequência aqui nas redondezas.
Certa feita apareceu um raro e estranho animal... um furão!
Confira:
Veja esta história aqui: Um "estranho animal" visita a Casa Gorda
Confira os posts já publicados:
Confira os áudios vinculados aos posts:
Ilustração: Casinha de bonecas na Casa Gorda, feita para as netas, por Celeste & Guima
Quem tem netas sabe que um dia vai elas vão querer uma casa de bonecas.
Pois é, isso se deu comigo e Celeste também.
Vamos contar a história. Ou histórias.
Vamos lá!
A CASA DE BONECAS DO CHALEZINHO DO MORRO DO SELADO
Nos fundos do chalezinho que construímos ao pé do Morro do Selado, mandamos fazer uma casa de bonecas para as netas.
Era uma casinha de madeira, suspensa do solo, tendo ao fundo uma matinha.
Pintamos com cores vivas e decoramos com objetos coloridos.
A casinha charmosa banhada pelo sol da manhã
Maria comemorou um aniversário neste chalezinho — e posou na porta da casa de bonecas
Bebela e as primas Bruna e Samira, em dia de faxina na casa de bonecas
A CASA DE BONECAS DA CASA GORDA
Houve um Natal em que eu e Celeste queríamos montar uma casa de bonecas na Casa Gorda e dar de presente para nossa netas — que naquela altura já eram três: Maria, Isabela e Rafaela.
A Casa Gorda - O que é? Veja (aqui)
Olhamos o preço de casinhas pré-montadas na região e na Internet — e desistimos. Muito além do nosso orçamento!
Como estávamos os dois aposentados, e com tempo, resolvemos comprar o material e fazer a casinha.
Dito e feito: Em 15 dias, a casinha estava pronta!
Olha aí Celeste e Guima dando o duro na feitura da casa de bonecas:
Fiz a planta da casa, mandei cortar a madeira sob medida, e montamos a casinha
Guima conferindo o alinhamento da casa
Corte da janela lateral
A casa pronta: janelas, porta, telhado, varanda, enfeites, móveis, eletrodomésticos, luz elétrica — uma casinha completa para deleite das netas.
Casinha nova: pronta para brincar
A casinha vista de frente
Enfeites na janela: representando louras & morenas
A cozinha: pia, microondas, pratos, copos, talheres
Maria Elisa, Isabela e Rafaela — as netas que mais curtiram a casinha de bonecas.
Quando Cecília veio ao mundo, a casinha havia sido desmontada e transferida para a residência da Rafaela, em São Lourenço — mas, por um tempo, Cecília ainda chegou a brincar nela.
Bebela, Maria e as bonecas
Rafaela na janela da casinha
A CASINHA DE BONECAS DE PAPELÃO
Como foi dito, em certa época, em razão de obras que fizemos na Casa Gorda, tivemos de desmontar e transferir a casinha de bonecas para a casa da Rafaela e Isabela, em São Lourenço.
Por esse tempo, Cecília ainda pequena, queria brincar numa "casa de bonecas".
Pois bem, o jeito foi improvisar e montar uma casa de papelão para a neta caçula — que curtiu muito a brincadeira.
Cecília e Rafaela brincam na casinha de papelão
Cecília brincando e cochilando na casinha de papelão
Cecília, as primas e, ao fundo, a casinha de papelão