Ilustração: Celeste e Guima, caminhando em Brasília, perto do Bosque do Sudoeste, 2024 - [A expressão Bem-querer é tomada aqui como nome próprio, daí a grafia diferente da indicada pelo VOLP]
Celeste Emília Salles Krauss, depois Celeste Emília Krauss Guimarães — que assinou seus livros como Celeste Krauss — foi, por 52 anos, minha companheira de vida, de profissão e de livros.
Com ela escrevi em parceria a Série CASA GORDA - RECANTO DOS NETOS (aqui), que estou divulgando à medida que reviso os textos.
Aliás, o número 1 dessa Série está disponível aqui:
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Colaborei com Celeste também na edição do seu livro O galo e a coruja cupinzeira — que romanceia um caso ocorrido com nossos netos gêmeos: Leonardo e Rafael.
Veja: aqui
Nos últimos dois anos (2023/2024), eu e Celeste moramos em Brasília, por conta do seu tratamento oncológico.
Isso nos aproximou ainda mais, à vista da rotina semanal de médicos, fisioterapeutas, hospitais, clínicas, laboratórios de exame, farmácias — fase em que me esforcei para ser marido, motorista, cuidador — e sobretudo companheiro presente dia e noite.
Nesse contexto, preenchemos horas vagas revendo fotos, relembrando e anotando diversos casos e passagens de nossas vidas — desde antes do início do nosso namoro (1972) até os últimos dias passados em Brasília.
Sabe?...
Trecho de um capítulo inédito do livro A GUERRA DAS ESPINGARDINHAS, inspirado no nosso início de namoro, o qual foi narrado pela heroína da história: — a menina MARIA BELA (veja aqui: https://guimaguinhas.prosaeverso.net/blog.php?idb=57716#QUEM) |
Foi assim que surgiu a Série CASA GORDA - RECANTO DOS NETOS, referida acima.
Pois bem, agora que meu bem-querer se foi (faleceu no dia 3/2/2025), pretendo contar — numa série intitulada RECORDAÇÕES DO MEU BEM-QUERER — episódios da nossa vida pessoal e familiar, que juntos vimos recordando nos últimos tempos.
Dentre as nossas lembranças, por exemplo, estão:
Então é isto: uma amostra do que vou compartilhar aqui na Série RECORDAÇÕES DO MEU BEM-QUERER.
Um modo de aliviar a saudade e deixar memórias para nossos filhos, netos, parentes, amigos...
Anteriormente a este post nº. 7 da Série RECORDAÇÕES DO MEU BEM-QUERER, publiquei 6 posts com notas e recordações sobre o passamento de minha mulher.
Confira:
Série Saudades ► RECORDAÇÕES DO MEU BEM-QUERER (1) - 49 anos de casados! — Falando do nosso aniversário de casamento ► RECORDAÇÕES DO MEU BEM-QUERER (2) - Que o mestre Jesus te conduza, Celeste! — Anúncio do falecimento de Celeste ►RECORDAÇÕES DO MEU BEM-QUERER (3) - A família de Celeste Emília agradece — Agradecimento às centenas de pessoas que se manifestaram nas redes sociais sobre o passamento de Celeste ► RECORDAÇÕES DO MEU BEM-QUERER (4) - E então eu me vejo sozinho como estou agora... — Expressando a imensa solidão em que me encontrei após a partida de minha mulher ► RECORDAÇÕES DO MEU BEM-QUERER (5) - Os casamentos são feitos no céu? — Convites para as Missas de Sétimo Dia de Celeste, realizadas em Lambari e Belo Horizonte ► RECORDAÇÕES DO MEU BEM-QUERER (6) - Celeste, eu não disse que ia me casar com você? — Recordações sobre o nosso primeiro encontro, no banco da Fonte Luminosa, dia em que prometi que ia me casar com ela e escrever um livro sobre a parentalha. |
Retomemos a Série RECORDAÇÕES DO MEU BEM-QUERER com esta narrativa:
A CAIXA DE GUARDADOS DE CELESTE EMÍLIA
Trecho de um bilhete romântico que dei à Celeste em 9/2/73, no início do nosso namoro, que mais de 50 anos depois soou profético...
De volta a Lambari, um mês depois do passamento de Celeste, começo a reorganizar nossa casa, que ficou praticamente fechada nos últimos 2 anos. Entre seus guardados, uma caixinha de cartas e bilhetes que lhe escrevi, anos e anos atrás...
E isso me fez lembrar, com imensa saudade, do bobinho romântico que fui durante nosso namoro: — contava-lhe histórias do tempo do onça, declamava versos de moda caipira e poemas de amor, cantava imitando a voz e os trejeitos do Joselito, soprava-lhe no ouvido trechos de músicas românticas, narrava passagens evangélicas e histórias do Cristianismo nascente, escrevia bilhetinhos de amor com letra talhada...
Com uma caprichada letra de escriturário-contador, escrevi em papel especial bilhetes românticos, como os que vão abaixo, com trechos de poemas de Gibran Khalil Gibran.
A data: fevereiro e maio de 1973, meses após o início do namoro.
A sigla: S.P.C.E. — ao pé do bilhete — queria dizer: Simplesmente porque Celeste existe...
De fato: — ela foi musa inspiradora, mão auxiliadora, porto seguro, para tudo aquilo que realizamos na vida!
E na caderneta escolar de Celeste, de 1974 (ela cursava o 3º. Ano Colegial), encontrei o meu nome escrito em letra caprichada...
Coisa de adolescente sonhadora e enamorada...
Começamos a namorar em dezembro, mês de Natal.
E por aquela época (1972), na TV Globo, havia uma propaganda do Banco Nacional, em que um coral de crianças cantava a música Quero ver você não chorar.
E a cançãozinha se tornou a música-tema do nosso namoro, a qual eu cantava, olhando ternamente em seus olhos, no banco da Fonte Luminosa — onde tudo começou...
Eu cheguei a dar-lhe um bilhete com a letra da música, que ela guardou até o fim...
Comercial do Banco Nacional - https://www.youtube.com/watch?v=I0JzRS0f9Zs
Como começou a história da nossa família - https://guimaguinhas.prosaeverso.net/blog.php?idb=66642#com
RECANTO DOS NETOS (16) - A CASA GORDA (1) Recanto dos netos - https://guimaguinhas.prosaeverso.net/blog.php?idb=66248
O galo e a coruja cupinzeira - Celeste Krauss - https://guimaguinhas.prosaeverso.net/visualizar.php?idt=5216353