Guimagüinhas
Memórias familiares e de minha terra natal
Meu Diário
06/08/2021 09h09
MEMÓRIAS DE AGUINHAS - Marcos históricos de Águas Virtuosas de Lambari (7)

Ilustração: Logo da série MARCOS HISTÓRICOS DE ÁGUAS VIRTUOSAS DE LAMBARI

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SUMÁRIO

1253689.pngAPRESENTAÇÃO

Nesta série MARCOS HISTÓRICOS DE ÁGUAS VIRTUOSAS DE LAMBARI, vimos listando marcos fundamentais da história de nossa cidade.

  • O post número 1 está aqui
  • número 2 está aqui.
  • número 3 está aqui.
  • número 4 está aqui.
  • número 5 está aqui
  • número 6 está aqui

Confira a seguir.

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APRESENTAÇÃO

Neste número 7 da série MARCOS HISTÓRICOS DE ÁGUAS VIRTUOSAS DE LAMBARI, veremos o arrendamento da estância de Águas Virtuosas por Américo Werneck, em 1912, a rescisão do contrato no ano seguinte, a longa disputa judicial entre Werneck e o Governo de Minas Gerais (Questão Minas x Werneck), que durou quase 10 anos, e, por fim, o abandono da estância durante o período em que transcorria a demanda judicial.

Confira a seguir.

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MARCOS HISTÓRICOS 7

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DIVULGAÇÃO

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REFERÊNCIAS

  • MARTINS, Armindo. Lambari – Cidade das Águas Virtuosas, 1949.
  • MILEO, José N. Ruas de Lambari. 1970.
  • MILEO, José N. A água mineral de Lambari. 1968
  • MILEO, José N. Subsídios para a história de Lambari. 1970.
  • CARROZZO, João. Lambari - Outrora "Cidade de Águas Virtuosas da Campanha". 3a. edição, 1985.
  • CARROZZO, João. História Cronológica de Lambari. 1988.
  • BARBOSA, RUI. Obras Completas. [Questão Minas x Werneck.] Volume XLV 1918 – Tomo IV e V. Rio de Janeiro: Fundação Casa de Rui Barbosa, 1980.
  • http://www.lambari.mg.gov.br
  • http://www.camaralambari.mg.gov.br

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Publicado por Guimaguinhas
em 06/08/2021 às 09h09
 
25/06/2021 07h54
MEMÓRIAS DE AGUINHAS - Marcos históricos de Águas Virtuosas de Lambari (6)

Ilustração: Logo da série MARCOS HISTÓRICOS DE ÁGUAS VIRTUOSAS DE LAMBARI

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SUMÁRIO

1253689.pngAPRESENTAÇÃO

Nesta série MARCOS HISTÓRICOS DE ÁGUAS VIRTUOSAS DE LAMBARI, vimos listando marcos fundamentais da história de nossa cidade.

  • O post número 1 está aqui
  • número 2 está aqui.
  • número 3 está aqui.
  • número 4 está aqui.
  • número 5 está aqui

Confira a seguir.

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APRESENTAÇÃO

Neste número 6 da série MARCOS HISTÓRICOS DE ÁGUAS VIRTUOSAS DE LAMBARIveremos a criação do nosso município (1901), a captação e separação das nossas fontes de água mineral (1905/06), e a Era Werneck (1909/11) — as obras de Américo Werneck, consideradas as fundadoras de nossa cidade (Cassino, Lago, Farol, etc.)

Confira a seguir.

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MARCOS HISTÓRICOS (6)

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DIVULGAÇÃO

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REFERÊNCIAS

MARTINS, Armindo. Lambari – Cidade das Águas Virtuosas, 1949.

MILEO, José N. Ruas de Lambari. 1970.

MILEO, José N. A água mineral de Lambari. 1968

MILEO, José N. Subsídios para a história de Lambari. 1970.

CARROZZO, João. Lambari - Outrora "Cidade de Águas Virtuosas da Campanha". 3a. edição, 1985.

CARROZZO, João. História Cronológica de Lambari. 1988.

BARBOSA, RUI. Obras Completas. [Questão Minas x Werneck.] Volume XLV 1918 – Tomo IV e V. Rio de Janeiro: Fundação Casa de Rui Barbosa, 1980.

http://www.lambari.mg.gov.br

http://www.camaralambari.mg.gov.br

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Publicado por Guimaguinhas
em 25/06/2021 às 07h54
 
12/06/2021 07h28
MEMÓRIAS DE AGUINHAS - A Ilha dos Amores - De Camões/Os Lusíadas ao Lago de Lambari

Ilustração: Ilha dos Amores, no Lago Guanabara, em Lambari, MG. Postal colorizado. Reprodução. Museu Américo Werneck


SUMÁRIO


APRESENTAÇÃO

O escritor, historiador, poeta e político BASÍLIO DE MAGALHÃES, que durante anos frequentou Lambari e aqui foi enterrado, de quem muito já falamos nesta série (aqui), em 1937 mandou um cartão postal da nossa Ilha dos Amores ao poeta e deputado PRADO KELLY (aqui), que se encontrava adoecido e se tratando em Petrópolis, convidando-o a convalescer em Lambari, — cuja Ilha dos Amores é um atrativo para os poetas, escreveu Magalhães.


 Basílio de Magalhães


Em resposta, Prado Kelly enviou-lhe um poema, que foi publicado no Semanário Hidrópolis, que circulava em Lambari, por aquela época.

Confira a seguir.


Prado Kelly – Wikipédia, a enciclopédia livre

Prado Kelly. Reprodução. Wikipedia


Capa de livros de Prado Kelly (1904-1986) - advogado, jurista, poeta,  jornalista e magistrado brasileiro. Foi Ministro da Justiça (1955) e Ministro do STF (1965-1968)

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CAMÕES E O MITO DA ILHA DOS AMORES

Diz a Infopedia (Dicionários Porto Editora):

O mito da Ilha dos Amores é contado por Luís de Camões, nos Cantos IX e X d'Os Lusíadas. Nestes cantos, é relatada a vontade da deusa Vênus em premiar os heróis lusitanos, com um merecido descanso e com prazeres divinos, numa ilha paradisíaca, no meio do oceano, a Ilha dos Amores.

Nessa ilha maravilhosa, os marinheiros portugueses podiam encontrar todas as delícias da Natureza e as sedutoras Nereidas, divindades das águas, irmãs de Tétis, com quem se podiam alegrar em jogos amorosos.

Fonte: https://www.infopedia.pt/$a-ilha-dos-amores


O Canto Nono d' Os Lusíadas, conhecido por Ilha dos Amores ou Ilha de Vênus (Deusa do Amor e da beleza). Ilustração. Reprodução. Edição Bibliex, 1980


Esse mito narrado por Luís de Camões n' Os Lusíadas inspirou o nome de diversas ilhas em toda parte, inclusive o da nossa ilha do Lago Guanabara, em Lambari.

É a esse mito que referiu Basílio de Magalhães,  — que era poeta e político — ao convidar o também político e poeta Prado Kelly a ali se restabelecer, mencionando o mito e citando outro trecho do Canto Nove d' Os Lusíadas:

E como se verá abaixo, Kelly insere no poema a temática e as passagens d' Os Lusíadas citados por Magalhães.

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A ILHA DOS AMORES DO LAGO DE LAMBARI

Abaixo, vão alguns postais colorizados da Ilha dos Amores, no Lago Guanabara, que, ao tempo de Basílio de Magalhães em Lambari (anos 1930/50), parecia mesmo a ilha maravilhosa ("ínsula divina") preparada por Vênus para os nautas portugueses, como narra Camões (Canto IX, 21):

Isto bem resolvido, determina 

De ter-lhe aparelhada, lá no meio

Das águas, algüa ínsula divina

Ornada d'esmaltado e verde arreio



Ilha dos Amores. Lago Guanabara. Lambari, MG. Postais colorizados. Reprodução

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POEMA-RESPOSTA

Eis o poema-resposta enviado por Prado Kelly a Basílio de Magalhães, extraído do livro de Carrozzo [1]:

Reprodução. Carrozzo [1]

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OS LUSÍADAS - CANTO NOVE

OS LUSÍADAS é a maior obra épica de Portugual,  a primeira epopeia portuguesa publicada em versão impressa. Provavelmente iniciada em 1556 e concluída em 1571, foi publicada em Lisboa em 1572.


Capa. Os Lusíadas. Luís de Camões. Comentado por Augusto Epifhanio da Silva Dias. Reprodução.


  • O que é o Canto Nove - A Ilha dos Amores - aqui
  • Veja o Canto IX - d' Os Lusíadas - aqui
  • Veja edição (formato PDF) d' Os Lusíadas, comentada por Epifhanio da Silva Dias. Cia. Portugueza Editora, Porto, 1916 - aqui

Capa. Os Lusíadas. Luís de Camões. Primeira edição, 1572


  • Veja primeira edição impressa d' Os Lusíadas - aqui

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REFERÊNCIAS

— [1] CARROZZO, João. Lambari - Outrora "Cidade de Águas Virtuosas da Campanha". Piracicaba, SP : Shekinah Editora, 3a. edição, 1985, p. 121

— Museu Américo Werneck

— Facebook/Lambari/fotos e textos

— Luís de Camões. Os Lusíadas [Edição comentada]. Rio de Janeiro, Bibliex, 1980

— https://pt.wikipedia.org/wiki/Os_Lus%C3%ADadas

— https://pt.wikipedia.org/wiki/Prado_Kelly​​​​

— http://www.fgv.br/cpdoc/acervo/dicionarios/verbete-biografico/jose-eduardo-do-prado-kelly

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Publicado por Guimaguinhas
em 12/06/2021 às 07h28
 
07/06/2021 11h48
MEMÓRIAS DE AGUINHAS - Antigos estabelecimentos de Águas Virtuosas - FAMÍLIA MILEO

 Ilustração: Casa do Rosario, de Rosario Mileo. Lambari, MG, 1934. Reprodução colorizada. Museu Américo Werneck

1253689.pngSUMÁRIO

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APRESENTAÇÃO

Nesta Série Antigos estabelecimentos de Aguinhas, estamos apresentando pequeno histórico, ilustrado com fotos oriundas do Museu Américo Werneck e colorizadas por computador, de antigos estabelecimentos comerciais de nossa cidade.

No primeiro número (veja aqui), introduzimos o tema, apresentamos uma lista de primitivos comerciantes e belíssimas fotos colorizadas de A Primavera, estabelecimento de Francisco de Castro Filho.

Neste número 2 da série, falaremos da Casa do Rosario, de Rosario Mileo.

Vamos lá.

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ROSARIO MILEO

A RUA DOS ITALIANOS, em LAMBARI

E a história de Mileos, Violas, Grandinettis, já de origens muito próximas, misturou-se ainda mais ao vozerio, às comidas, às profissões, às artes  de Lorenzos, Biasos, Raimundis. E novos laços familiares se formaram: MILEO e VIOLA. VIOLA e LORENZO. MILEO e RAIMUNDI. GRANDINETTI e VIOLA. BIASO e MILEO.

Mas não foram só italianos que fizeram essa rua famosa: espanhóis, alemães, portugueses (Castilho, Pinto, Silva, Cruz, Sá e Silva, Krauss) também ali residiram, aproximando culturas e originando diferentes núcleos familiares: SANTORO e KRAUSS, SANTORO e PINTO, BIASO e PINTO, GRANDINETTI e CRUZ.

GUIMAGUINHAS. Post: Origem da Rua dos Italianos (aqui)


Miguel de Lorenzo, casado com Vicenza Mileo, e os irmãos desta: Rosário Mileo e Egídio Mileo, estão entre os primeiros imigrantes italianos chegados de Latronico para Águas Virtuosas de Lambari, isso em outubro de 1882.

Logo após, vieram Francisco Grandinetti, Egídio Giacóia e Vicente de Lorenzo.

Com Rosário Mileo vieram seus irmãos: Egídio, Tereza, Madalena, e Vicência, esta casada com Miguel de Lorenzo.

Madalena Mileo se consorciaria com Emmanuel Viola (conhecido por Manoel Viola), conforme conta Paulo Roberto Viola (VIOLA, 2002, p. 75),

(...) [Emmanuel Viola] deixou a Itália e foi para Águas Virtuosas, a convite do tio Rosário Mileo (casado com a tia Philomena)... [Rosário] trabalhava na Estrada de Ferro* e se empenhou para que tio Manoel viesse embora para o Brasil, e, depois que ele veio, os outros irmãos acabaram vindo, um a um.

(*) A construção dos ramais da estrada de ferro no Sul de Minas, no final do Séc. XIX/início Séc. XX, atraiu muitos imigrantes.


 Manoel Viola casou-se com Madalena Mileo, com quem teve os seguintes filhos: Amedeo, Paulo, Egidio, Pepo, Rêmulo (Remo), Margarida, Anita, Romeu, Hermínio, Arquimedes, Emanuela e Helena.


  

Rosario e Philomena


Rosário Miléo foi casado com Philomena Peluse Mileo, de cuja união nasceram: Lúcia, Helena, Genaro, Egídia (Nena), Egídio, Vicente e José Nicolau.

Esse último — José Nicolau Mileo — se tornou o mais importante memorialista de Águas Virtuosas de Lambari.

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JOSÉ NICOLAU MILEO

 José Nicolau Mileo — médico, pesquisador e estudioso das águas minerais, escreveu obras sobre a história de nossa cidade e as propriedades da água mineral de Lambari. (aqui).


Na verdade, José Nicolau Mileo juntou mais de 200 documentos sobre as Águas Virtuosas. Ouviu testemunhos de conhecidos, amigos e parentes, mergulhou em pesquisas, reuniu depoimentos, enfim, dedicou-se, com empenho invulgar, à verdade histórica da cidade.

VIOLA, Paulo Roberto. Lambari, como eu gosto de você!, 2002


Suas obras principais sobre Lambari:

       


  • MILEO, José N. Ruas de Lambari. Guaratinguetá, SP : Gráfica Vila, 1ª. edição, 1970. - MILEO, José N. A água mineral de Lambari. Cruzeiro, SP : Ed. Liberdade, 3a. ed., 1968 - MILEO, José N. Subsídios para a história de Lambari. Guaratinguetá, SP : Graficávila, 1a. edição, 1970.


    AVENIDA DR. JOSÉ NICOLAU MILEO

  • A lei municipal n. 695, de 12 de julho de 1983, diz em seu art. 1º:

    • O trecho do antigo leito da estrada de ferro, com início na Rua Francisco de Castro Filho e término na Avenida Getúlio Vargas, conhecida por "Avenida do Contorno", passa a denominar "AVENIDA DR. JOSÉ NICOLAU MILEO".

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FOTOS

Fotos da família Mileo:

Rosário Mileo (em pé, à direita),  a esposa Filomena (sentada) e familiares. Da esquerda para direita, os filhos do casal: Egídio, José Nicolau, Vicente e Egídia (Nena) — esta tendo ao seu lado o esposo Amedeo Viola. Reprodução colorizada. Museu Américo Werneck


Filhos de Rosario Mileo: José Nicolau (de colete) e sua mulher Nair, ao lado de Egídio Mileo. Reprodução. Museu Américo Werneck

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CASA DO ROSÁRIO

A CASA DO ROSARIO, de Rosario Mileo, vendia tecidos, armarinhos, chapéus, louças, ferragens, tintas, óleos, molhados e mantimentos. E era também um depósito de cal e cimento.

Veja a seguir:


Reprodução. Almanak Laemmert, 1915 (bn.digital.gov.br)

Reprodução. Almanak Laemmert, 1917 (bn.digital.gov.br)


Propaganda. Reprodução. Capri, 1918


A Casa do Rosário, no centro de Águas Virtuosas. Em 1934. Ao lado, vê-se uma bomba de gasolina e antigos carros sendo abastecidos. Reprodução. Original colorizada. Fonte: Museu Américo Werneck


Vista do interior da Casa do Rosario, com caixeiros postados e mercadorias expostas à venda. Anos 1930. Reprodução colorizada. Museu Américo Werneck


Uma amazona estilosa, tendo ao fundo a Casa do Rosario. Anos 1930. Reprodução. Acervo família Mileo

Clientes olhando a vitrine da Casa do Rosario. Reprodução. Acervo família Mileo

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A FAMÍLIA DE EGÍDIO MILEO

 EGÍDIO MILEO, filho de Rosario Mileo, casou-se com ANNA DE ALMEIDA PINTO, conhecida por Anita, e tiveram os seguintes filhos: Maria da Conceição, Martha, Egídio, Maria do Rosário, Heloísa, Gilberto, Tereza Maria, Beatriz, Ana Maria e Maria Bernardete.

Egídio trabalhou na Casa do Rosario, foi auxiliar de contabilidade e manteve um bar/confeitaria no centro da cidade, na atual Rua Tiradentes. 

Em casa, Dona Anita diariamente preparava pensão completa para 21 famílias, e confeccionava diversos produtos vendidos no estabelecimento do marido: biscoitos, bolos e doces: broa de fubá, rosca seca, rosca recheada com chocolocate, fatia de amendoim, suspiro, rocambole... Até hoje são conhecidos os famosos doces de D. Anita, cujo segredo algumas de suas filhas preservaram: a fita de coco e o bom-bocado.


A profusão do nome Egídio

A profusão do nome Egídio entre os italianos imigrantes de Latronico deve-se ao fato de o protetor daquela cidade ser Santo Egídio. 

De fato, só entre os Mileo, temos Egídio (irmão de de Rosario), Egídio (filho de Rosario), Egídio (neto de Rosario e filho de seu filho Egídio Mileo)

Santo Egídio Abade. Protetor de Latronico. Fonte: André Gesualdi

Confira: aqui

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Fotos da família

Algumas fotos da família:

Anna Pinto Mileo, tratada por Anita, e seu marido Egídio Mileo. Reprodução. Acervo família Mileo


Egídio Mileo no Parque Novo, tendo ao fundo o Cassino de Lambari. Reprodução. Acervo família Mile


Egídio Mileo, tendo ao fundo o Lago Guanabara


Egídio e Anna e seus filhos: Gilberto, Bernardete e Ana Maria. Reprodução. Acervo família Mileo


D. Anita, ao lado de Gidinho e Nancy. Embaixo: Bernardete e Ana Maria


Colégio São Miguel, em Passo Quatro, onde estudou Gilberto Mileo... A linha do trem para Lambari passava defronte ao colégio

Gilberto no time do colégio São Miguel


Aniversário de Anna Mileo, ao lado dos filhos. Da esquerda para a direita, em pé: Maria do Rosário, Maria Bernardete, Tereza Maria, Martha, Heloísa, Beatriz. Sentados: Egídio, Anna e Maria da Conceição. Reprodução. Acervo família Mileo

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Motorista habilitado

No início dos anos 1900, o automóvel era novidade em todo o mundo. No Brasil, por aquela época, eles começaram a chegar timidamente. A partir de 1910, com o Ford T — o carro barato e popular lançado pela Ford norte-americana — a classe média passou a ter acesso a novo meio de transporte. Nos anos 1920, o modelo "T" foi substituído pelo "A". Depois vieram carros europeus, como o Citroën Traction Avant (anos 30). 

Em Águas Virtuosas de Lambari, em 1930, os irmãos Biaso montaram um posto de gasolina e uma concessionário de veículos Chevrolet.

Confira:


Em Águas Virtuosas, em 1930, a família Biaso possuía uma agência de carros da Chevrolet (ver aqui) Reprodução colorizada. Acervo Museu Américo Werneck


Por essa época, Egídio Mileo já circulava com o seu automóvel — provavelmente um modelo Chevrolet da agência de Annunciato Biaso & Irmãos, de Lambari, MG.


Egídio Mileo no seu automóvel, ao lado de um jovem da família. Reprodução. Acervo Museu Américo Werneck

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Prático de contabilidade

Nas primeiras décadas dos anos 1900, a escrituração de livros, registros de contabilidade empresas, comércio, etc., era geralmente feita por práticos de contabilidade.

Em 1931, com o Decreto n. 20.158, de 30 de junho, que organizou o ensino comercial e regulamentou a profissão de contador, surgiram os cursos guarda-livros, atuário e de perito-contador, entre outros. O art. 55 desse decreto autorizou aos guarda-livros práticos a prestarem um exame de habilitação para exercerem a profissão.

Em 1935, havia em Água Vituosas de Lambari os seguintes guarda-livros habilitados:

Reprodução. Almanak Laemmert, 1935 (bn.digital.gov.br)


Nos anos 1930, a escrituração comercial da Casa do Rosario era feita por Egídio Mileo, filho do proprietário.

Egídio fazia também a escrituração de A Primavera (de Amedeu Viola).

O sr. Carlos Landoes — contabilista formado responsável pela contabilidade dessas empresas — sempre elogiava o trabalho de Egídio, dizendo ser ela perfeita, do ponto de vista técnico. 

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LEONARDO MILEO E RAFAEL MILEO

Meus netos LEONARDO e RAFAEL são filhos de ANTÔNIO CARLOS GUIMARÃES JÚNIOR e FLAVIA MILEO MOREIRA GUIMARÃES, sendo descendentes, por parte da mãe, de ROSARIO MILEO.

São netos de Beatriz Mileo, bisnetos de Egídio Mileo e tetranetos de Rosario Mileo.

E desse modo, mantiveram o sobrenome italiano da família, assinando: Leonardo  Mileo Moreira Krauss Guimarães e  Rafael Mileo Moreira Krauss Guimarães.


LEONARDO E RAFAEL e seus pais: Flávia Mileo e Antônio Jr., em Brasília (2021)

Os gêmeos RAFAEL e LEONARDO, descendentes de ROSARIO MILEO


Nome e sobrenome: O Código Civil Brasileiro, art. 16, diz: Toda pessoa tem direito ao nome, nele compreendido o prenome e o sobrenome.

Desse modo, o nome compõe-se de duas partes: prenome (um ou mais nomes próprios) e sobrenome ou patronímico.

Nome: Antropônimo que se dá a uma pessoa recém-nascida e que constitui um dos elementos fundamentais de sua individualização (também pode ter componentes); nome de batismo; antenome, prenome: O nome dele é Murilo. Meu nome é João Pedro.

Sobrenome: Nome que vem após o nome de batismo e é partilhado por todos os membros de uma mesma família.

Patronímico: Relativo a pai, especialmente em se tratando de nomes de família.

Fonte: Dicionário Michaelis Eletrônico

 

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REFERÊNCIAS

  • VIOLA, Paulo Roberto. Lambari, como eu gosto de você! Rio de Janeiro, Editora Navona, 2a. edição, 2002
  • CAPRI, Roberto. Águas Virtuosas de Lambary. São Paulo : Pokay & Comp., 1918.
  • Almanak Laemmert, 1915, n. 71 (bn.digital.gov.br)
  • Almanak Laemmert, 1917, n. 73 (bn.digital.gov.br)
  • Almanak Laemmert, 1918, n. 74 (bn.digital.gov.br)
  • Almanak Laemmert, 1935, n. 91 (bn.digital.gov.br)
  • Jornal do Carro - Veja quem foi o primeiro habilitado do País - Disponível aqui: https://jornaldocarro.estadao.com.br/carros/veja-quem-foi-o-primeiro-habilitado-do-pais/ - Acessado em 7, junho, 2021
  • Agradecemos aos descendentes de Egídio Mileo a cessão de fotos utilizadas neste post
  • Entrevista com Beatriz e Terezinha Mileo e Madalena Viola
  • Museu Américo Werneck
  • Acervo do autor

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Publicado por Guimaguinhas
em 07/06/2021 às 11h48
 
01/06/2021 07h57
MEMÓRIAS DE AGUINHAS - Antigos estabelecimentos de Águas Virtuosas - FAMÍLIA CASTRO

Ilustração: A Primavera, armazém de secos & molhados de Francisco de Castro Filho. Águas Virtuosas de Lambari, início anos 1900. Reprodução. Fonte: Museu Américo Werneck.

1253689.pngSUMÁRIO

1253689.pngAPRESENTAÇÃO

Nesta Série Antigos estabelecimentos de Aguinhas, vamos apresentar pequeno histórico, ilustrado com fotos oriundas do Museu Américo Werneck e colorizadas por computador, de antigos estabelecimentos comerciais de nossa cidade.

Neste primeiro número, vamos introduzir o tema mediante uma vista do antigo centro comercial da cidade, uma lista de primitivos comerciantes e belíssimas fotos colorizadas de A Primavera, estabelecimento de Francisco de Castro Filho.

Vamos lá.


Francisco de Castro Filho, jogando truco com amigos. Início anos 1900. Recorte. Reprodução. Original colorizada. Fonte: Museu Américo Werneck


Reprodução. Mileo, 1970

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CENTRO DA CIDADE

Nos anos 1940, o centro de Lambari ainda apresentava traços do início dos anos 1900.

Confira:


(1) Hotel Central [não existe mais] - (2) Fábrica de gelo [não existe mais] - (3) Farmácia Santo Antônio [não existe mais] - (4) Edifício de Pedro José de Souza [ainda existente] - (5) Casa Viola [ainda existente] - (6) Prédios comerciais na esquina do Parque das Águas [Antiga esquina Rua Tiradentes com Rua São Paulo [atual Dr. Wadih Bacha]. Não existem mais] - (7) Rua Tiradentes, esquina com Rua Silviano Brandão [atual Dr. José dos Santos] - (8) Esquina Rua São Paulo [Atual Dr. Wadih Bacha] com Rua Dr. Garção Stockler


Os estabelecimentos comerciais referidos nesta série, em sua maioria, situavam-se na Rua Tiradentes ou São Paulo e/ou na esquina dessas duas ruas.

Vamos lá.


A mercearia de Francisco de Castro Filho e a carroça para transporte de mercadorias. Início anos 1900. Reprodução. Original colorizada. Fonte: Museu Américo Werneck


Comerciantes de Águas Virtuosas em 1915. Fonte: Almanaque Laemmert, 1915 (bn.digital.gov.br)

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A PRIMAVERA

A Primavera, de propriedade de Francisco de Castro Filho, vendia miudezas, ferragens, louças, armarinhos,  e possuía também uma seção de secos e molhados.

Veja a seguir:


Propaganda. Reprodução. Capri, 1918


Francisco de Castro Filho ao lado de caixeiros de seu armazém. Início anos 1900. Reprodução. Original colorizada. Fonte: Museu Américo Werneck

Amostra das mercadorias expostas à venda. Início anos 1900. Reprodução. Original colorizada. Fonte: Museu Américo Werneck

Os caixeiros do armazém. Início anos 1900. Reprodução. Original colorizada. Fonte: Museu Américo Werneck

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A FAMÍLIA CASTRO

Fotos da família Castro:


Família Castro: Ao centro, Dona Olímpia, a matriarca, ladeada pelo casal Francisco de Castro Filho e Júlia de Castro. Em pé, da direita para a esquerda, os filhos do casal: Francisco de Castro (Netto), Ignês, Creusa, Therezinha (entre sua mãe e sua avó) e José de Castro


Júlia de Castro e seu marido Francisco de Castro Filho

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PEQUENO GLOSSÁRIO

Um dos objetivos do site GUIMAGÜINHAS é trazer — especialmente para as gerações mais novas — memórias de Águas Virtuosas de Lambari, e assim também palavras e expressões praticadas no passado de nossa cidade.

Daí a Série Vocabulário de Aguinhas deste site (aqui) e o pequeno glossário posto a seguir.


Armarinho: Loja em que se vendem tecidos, material de costura, atavios etc.; loja de miudezas.

Armazém: Estabelecimento comercial onde se vendem bebidas e gêneros alimentícios a varejo; mercearia; venda.

Caixeiro: Empregado que tem a seu cargo as vendas em uma casa comercial; balconista.

Estabelecimento: Casa comercial ou lugar onde se faz comércio.

Fazenda: Qualquer tipo de pano ou tecido.

Secos e molhados : a) gêneros alimentícios sólidos e líquidos; b) local que vende esses produtos.

Fontes: Michaelis on-line

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REFERÊNCIAS

  • CAPRI, Roberto. Águas Virtuosas de Lambary. São Paulo : Pokay & Comp., 1918.
  • MILEO, José Nicolau. Ruas de Lambari. Graficávilla, Guaratinguetá, SP, 1970
  • Almanaque Laemert, 1915 (bn.digital.gov.br)
  • Museu Américo Werneck
  • Agradecemos a Ruth de Castro Campos, filha de Therezinha de Castro, a cessão de fotos da família Castro

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Publicado por Guimaguinhas
em 01/06/2021 às 07h57
Página 15 de 111

Espaço Francisco de Paula Vítor (Padre Vítor)

 

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