Foto de abertura: Augusto Wildhagen (de camisa branca) entre Geraldo e Hélio Fernandes, no Vasquinho dos anos 1960.
Augusto Osmar Spíndola Wildhagen (Rio de Janeiro, 23/11/1923; Lambari, 02/03/1991) desde jovem frequentava Lambari. Aqui conheceu Vilma Bacha, com quem se casou — passando a ser conhecido por Augusto da Vilma. Tiveram 3 filhos: Alexandre, Sandra e Soraya.
Cruzmaltino ardoroso, foi durante anos presidente do Vasquinho, de Lambari, time pelo qual eu joguei, no início dos anos 1970.
Guima, Sérgio, Adão e Augusto (1971)
Vasquinho de 1971: Em pé: Guinho (técnico) e Augusto Wildhagen (Presidente) . Agachado: Chá
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Augusto foi também apaixonado por música, tendo frequentado as rodas de serenatas e a vida boêmia de Lambari, ao lado de Aloisio Krauss, Acácio Barros, João Vital, Cauby Gorgulho, Fernando Dias, entre outros.
Acácio e Aloísio, companheiros de serestas
Ele não tinha formação musical, mas era poeta e compositor inspirado, e deixou três lindas canções sobre nossa terra, cidade que adotou como sua. São estas as músicas: Lambari em Serenata, Dama de Verde e Vilma. A primeira, uma espécie de hino sobre nossa cidade; a segunda, uma homenagem à Serra das Águas; a terceira, uma canção de amor para sua esposa Vilma.
Aliás, essa conquista amorosa teve lances de grande romantismo, como olhares e galanteios lançados do Parque das Águas em direção à loja de seu Elias Bacha (onde Vilma trabalhava) e uma serenata na qual Augusto dedicou à futura esposa a valsa Vilma.
Aloísio Krauss e João Vital — intérpretes das músicas de Augusto Wildhagen
Augusto no aniversário de seu cunhado Celso Bacha. Na foto: João Guimarães, Nambu, Celso, Augusto e Dé da Farmácia (meu pai)
Ouça Lambari em Serenata, com o Grupo ARUS (Associação Recreativa Unidos para Sempre), de Lambari, MG. (aqui)
Lambari em Serenata
É o cheiro da mata/ é um lago que dorme/ é a cascata a correr.
Lambari em serenata, se você nunca viu/ venha ver para crer.
É a turma juntinha/ cantando e tocando/ as nossas canções.
Por detrás da janela/ nas madrugadas de luar/ palpitam devagarinho/ os jovens corações.
É a lua mais clara/ é o céu mais azul/ e o amor que não tem guerra.
Lambari em serenata/ com amor e com bondade/ pedacinho do Céu na Terra.
Dama de Verde
Dama de verde/ que o sol beija todas as manhãs
Num novo exemplo de amor/ que a natrueza vem nos dar
Dama de verde, esperança, raios dourados/ num novo amor entrelaçado
Dama de verde/ se a noite chega, tudo é luto
Já não te vejo/ já não és mais que um simples vulto
Resta a esperança de um novo amanhã que virá
E um novo exemplo de amor/ tu nos darás.
Vilma
És a rainha das águas brasileiras/ tens um clima sem igual
És Lambari pequena e boa/ cidade sensacional
E além de tudo que a natureza criou/ ainda me deste,
Lambari, um grande amor.
És a cidade dos corações, das serenatas e dos nossos violões
Oh Lambari, a sua água é virtuosa!
Conhecida Brasil afora/ tu és a mais formosa
Segundo informa Aloísio Krauss, nos anos 1960, a turma de seresteiros referida acima se reunia, todas as tardes, nos fundos do açougue do Acácio Barros, no centro da cidade. Como o estabelecimento era todo forrado de azulejos brancos, com uma faixa de azulejos pretos, o local improvisado tomou o nome de Estúdio "Faixa Preta". Nesse local, as músicas eram ensaiadas e algumas delas lá foram compostas, como Lambari em Serenata (A. Wildhagen/C. Gorgulho) e Por quê? (F. Dias).
Série Aguinhas Musical
Referências: Youtube, Lambari em Fotos & Textos, Coral Arus.
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