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Memórias familiares e de minha terra natal
Meu Diário
20/05/2014 11h34
Aguinhas musical (4) - Lambari em Serenata

SUMÁRIO


Foto de abertura: Augusto Wildhagen (de camisa branca) entre Geraldo e Hélio Fernandes, no Vasquinho dos anos 1960.


Apresentação

Augusto Osmar Spíndola Wildhagen (Rio de Janeiro, 23/11/1923; Lambari, 02/03/1991) desde jovem frequentava Lambari. Aqui conheceu Vilma Bacha, com quem se casou — passando a ser conhecido por Augusto da Vilma. Tiveram 3 filhos: Alexandre, Sandra e Soraya.


Cruzmaltino ardoroso, foi durante anos presidente do Vasquinho, de Lambari, time pelo qual eu joguei, no início dos anos 1970. 

 Guima, Sérgio, Adão e Augusto (1971)


      

Vasquinho de 1971: Em pé: Guinho (técnico) e Augusto Wildhagen (Presidente) . Agachado: Chá


Veja também estes posts (aqui) e (aqui).

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Augusto da Vilma, compositor

Augusto foi também apaixonado por música, tendo frequentado as rodas de serenatas e a vida boêmia de Lambari, ao lado de Aloisio Krauss, Acácio Barros, João Vital, Cauby Gorgulho, Fernando Dias, entre outros. 

  Acácio e Aloísio, companheiros de serestas

Ele não tinha formação musical, mas era poeta e compositor inspirado, e deixou três lindas canções sobre nossa terra, cidade que adotou como sua. São estas as músicas: Lambari em Serenata, Dama de Verde e Vilma. A primeira, uma espécie de hino sobre nossa cidade; a segunda, uma homenagem à Serra das Águas; a terceira, uma canção de amor para sua esposa Vilma.

Aliás, essa conquista amorosa teve lances de grande romantismo, como olhares e galanteios lançados do Parque das Águas em direção à loja de seu Elias Bacha (onde Vilma trabalhava) e uma serenata na qual Augusto dedicou à futura esposa a valsa Vilma.


   

Aloísio Krauss e João Vital  — intérpretes das músicas de Augusto Wildhagen


  

Augusto no aniversário de seu cunhado Celso Bacha. Na foto: João Guimarães, Nambu, Celso, Augusto e Dé da Farmácia (meu pai)

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Miniatura 

Ouça Lambari em Serenata, com o Grupo ARUS (Associação Recreativa Unidos para Sempre), de Lambari, MG. (aqui)

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Letras das músicas

Lambari em Serenata

É o cheiro da mata/ é um lago que dorme/ é a cascata a correr.

Lambari em serenata, se você nunca viu/ venha ver para crer.

É a turma juntinha/ cantando e tocando/ as nossas canções.

Por detrás da janela/ nas madrugadas de luar/ palpitam devagarinho/ os jovens corações.

É a lua mais clara/ é o céu mais azul/ e o amor que não tem guerra.

Lambari em serenata/ com amor e com bondade/ pedacinho do Céu na Terra.

Dama de Verde

Dama de verde/ que o sol beija todas as manhãs

Num novo exemplo de amor/ que a natrueza vem nos dar

Dama de verde, esperança, raios dourados/ num novo amor entrelaçado

Dama de verde/ se a noite chega, tudo é luto

Já não te vejo/ já não és mais que um simples vulto

Resta a esperança de um novo amanhã que virá

E um novo exemplo de amor/ tu nos darás.

Vilma

És a rainha das águas brasileiras/ tens um clima sem igual

És Lambari pequena e boa/ cidade sensacional

E além de tudo que a natureza criou/ ainda me deste,

Lambari, um grande amor.

És a cidade dos corações, das serenatas e dos nossos violões

Oh Lambari, a sua água é virtuosa!

Conhecida Brasil afora/ tu és a mais formosa

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Estúdio "Faixa Preta"

Segundo informa Aloísio Krauss, nos anos 1960, a turma de seresteiros referida acima se reunia, todas as tardes, nos fundos do açougue do Acácio Barros, no centro da cidade. Como o estabelecimento era todo forrado de azulejos brancos, com uma faixa de azulejos pretos, o local improvisado tomou o nome de Estúdio "Faixa Preta". Nesse local, as músicas eram ensaiadas e algumas delas lá foram compostas, como Lambari em Serenata (A. Wildhagen/C. Gorgulho) e Por quê? (F. Dias). 

  • O Estúdio Musical Faixa Pretaaqui

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Agradecimentos

  • A Vilma Bacha Wildhagen, que nos deu informações sobre Augusto e os filhos do casal, bem como sobre as composições de seu marido, e emprestou-nos antiga e valiosa fita cassete, do final dos anos 1960, com falas de Augusto e amigos, e gravações das músicas acima, na voz de Aloísio Krauss e João Vital, que postaremos futuramente.
  • A Aloísio Pereira Krauss, o tio Aloísio (tio de minha mulher), que relembrou serestas e encontros com os companheiros acima citados, bem como a história das composições e a letra da música Lambari em Serenata. 
  • A Maria Celina dos Santos, integrante do Grupo Arus, que nos presenteou com o CD Seresta, do maestro Fernando Bonjorni, que contém a faixa Lambari em Serenata.
  • A Carmen Delfini, que nos apresentou à música Lambari em Serenata, no coreto do Parque das Águas.

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Série Aguinhas Musical

  • Hino de Lambari aqui
  • G. Machado e seus Rancheiros - aqui
  • Cris Fernandes - aqui
  • Lambari em Serenata - aqui
  • O Estúdio Musical Faixa Preta - aqui
  • Fernando Dias e o Bolero Poema - aqui
  • Festival O Som das Águas - Lambari - 1987 - aqui
  • A Fonte do Lambary - Ernesto Nazareth - aqui
  • Os Mineirinhos - Luiz Paulo & Eduardo - aqui

Referências: Youtube, Lambari em Fotos & Textos, Coral Arus.


(*) Se você, caro(a) visitante, tiver notícias, informações, fotos das pessoas ou famílias aqui mencionadas, ou quiser fazer alguma correção ou complementação ao texto aqui publicado, entre em contato conosco neste e-mail: historiasdeaguinhas@gmail.com

Publicado por Guimaguinhas
em 20/05/2014 às 11h34

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