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29/03/2019 13h41
MEMÓRIAS DE AGUINHAS - AS ÁGUAS VIRTUOSAS - Origem e circulação das águas minerais do Sul de Minas

Ilustração: Recorte capa Projeto SIGA-CIRCUITO DAS ÁGUAS. Codemge/MG


SUMÁRIO


Apresentação

As primeiras nascentes de águas minerais do Sul de Minas foram descobertas em 1780/90, aos pés da Serra da Campanha (atual Serra das Águas) — e ficaram conhecidas, inicialmente, por:

  • Águas Virtuosas de Campanha do Rio Verde,
  • Águas Santas da Campanha e 
  • Águas Virtuosas da Campanha

Essas fontes deram origem à cidade de Águas Virtuosas de Lambary, município criado em 1901, cujo nome foi alterado para Lambari, no ano de 1930.

A expressão águas virtuosas foi associada também às águas de Caxambu e Cambuquira, descobertas posteriormente às de Lambari. 

As Águas Virtuosas de Baependy (depois Caxambu) foram descobertas em 1814, e as Águas Virtuosas de Cambuquira, nos anos 1860.

Em dezembro de 2018, vieram à luz os resultados da pesquisa denominada Projeto Circuito das Águas de Minas Gerais, promovida pelo Governo Mineiro, por intermédio da CODEMG/Fundep/UFMG, que trouxe novos e interessantes dados sobre a origem das nossas águas e os fatores que as influenciam.

Confiram o resumo a seguir.


Posts sobre as ÁGUAS VIRTUOSAS DE LAMBARY

 

AS ÁGUAS VIRTUOSAS DE LAMBARI E A DEVOÇÃO A NOSSA SENHORA DA SAÚDE - E-book

 Este livreto, escrito por Antônio Carlos Guimarães, é um resumo da história da descoberta das Águas Santas, depois Águas Virtuosas, do outro lado da Serra da Campanha, donde surgiu o povoado de Águas Virtuosas da Campanha, depois paróquia de Águas Virtuosas de Lambari e atualmente a cidade de Lambari, na região Sul de Minas Gerais, e de sua padroeira Nossa Senhora da Saúde. Sua finalidade é divulgar a história de nossa cidade, criada em torno dos mananciais das Águas Virtuosas, cujas propriedades medicamentosas e curativas estão cultural e religiosamente associadas à devoção a Nossa Senhora da Saúde – a Senhora das Águas. 

Baixe gratuitamente o e-book AQUI

 

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Projeto Circuito das Águas (Sul de Minas Gerais)

O Projeto Circuito das Águas, realizado pela Companhia de Desenvolvimento de Minas Gerais (Codemge), atualizou e aprofundou os conhecimentos técnico-científicos sobre as áreas de fontes hidrominerais na Bacia do Rio Verde, que abrange a estâncias hidrominerais de Caxambu, Cambuquira (Marimbeiro), Conceição do Rio Verde (Contendas) e Lambari.

Os estudos, feitos por intermédio da Fundação de Desenvolvimento da Pesquisa (Fundep/UFMG), trouxeram nova visão da origem e dos fatores que influenciam as águas minerais da região.

A pesquisa, coordenada por Antônio Carlos Pedrosa Soares, da UFMG, durou 11 meses e custou 2 milhões de reais ao Governo do Estado. 

Em dezembro de 2018, Pedrosa Soares, da UFMG, que apresentou os resultados da pesquisa, informou:

Foi, na verdade, uma verdadeira revolução no entendimento da origem e da circulação das águas minerais do Circuito das Águas.

Trata-se de um projeto que estuda as águas minerais dessa região com métodos robustos e detalhamento de campo. Ou seja, uma verdadeira quebra de paradigma, no entendimento da Codemge, pois, com os resultados e conclusões do projeto, a Empresa agora pode colocar a público um grande acervo de informações transformadoras do modelo hidrogeológico que vinha sendo adotado para a região.


Prof. Pedro Soares apresentando os resultados da pesquisa. Reprodução/Fonte: Fundep/UFMG


Fonte: http://www.fundep.ufmg.br/projeto-circuito-das-aguas/

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Os principais pontos das novas descobertas

A pesquisa traz importantes descobertas e conclusões sobre o maior patrimônio da região do Circuito das Águas — as nossas Águas Virtuosas.

Vejamos os pontos principais:

  • As águas minerais do Circuito das Águas Sul Mineiro são águas de chuvas antigas, que se infiltraram profundamente no subsolo rochoso da região, segundo fluxos de circulação com até mais de 5 mil metros de profundidade.
  • São também muito antigos os gases extraídos dessas águas minerais, chegando a idades superiores a 30 mil anos.
  • As áreas de captação das águas do Circuito ultrapassam os limites das sub-bacias dos parques da região e podem ir além dos limites da Bacia do Rio Verde.
  • Em condições naturais normais e sem interferências humanas (quando não se misturam com águas rasas e superficiais), as águas minerais do Circuito mantêm suas características preservadas e sem contaminação.
  • Os dados sugerem que as águas minerais do Circuito se originaram em bacias subterrâneas bem distantes da nossa região, provavelmente na Serra da Mantiqueira.
  • Comparativamente, pode-se dizer que as águas são mais antigas que Luzia, a mulher paleolítica que viveu em Minas Gerais, cerca de 11 mil anos atrás.
  • No caso de Caxambu, observou-se que as águas do Parque têm assinatura das rochas alcalinas, sendo mais salinizadas, padronizadas e diferenciadas. Após seu longo trânsito, essas águas circulam na parte profunda de um edifício vulcânico alcalino, do qual herdam características químicas. Esse edifício vulcânico está hoje parcialmente exposto no Morro do Caxambu.
  • Nos demais parques, as águas têm assinaturas das rochas regionais e, mesmo sendo diversificadas, são geralmente menos salinizadas.
  • Os dados indicam que as águas se originam em mananciais distantes dos parques onde brotam, e que os gases dessas águas não têm relação com as turfeiras (tipo de depósito raso feito de turfa, material com elevada acumulação de matéria orgânica resultante da deposição de restos vegetais) presentes nas sub-bacias dos parques, como se pensava anteriormente.

Fonte: http://www.fundep.ufmg.br/projeto-circuito-das-aguas/

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SIGA - Circuito das Águas

Os produtos do Projeto Circuito das Águas de Minas Gerais (CODEMGE – FUNDEP) são o Sistema de Informações Geoambientais do Circuito das Águas, sob a denominação geral de

  • SIGA – Sistema de Informações Geoambientais do Circuito das Águas (SIGA - CIRCUITO DAS ÁGUAS)

O livro acima faz parte do sistema supracitado

O livro SIGA - CIRCUITO DAS ÁGUAS está disponível AQUI


A plataforma informatizada SIGA – CIRCUITO DAS ÁGUAS tem como objetivo a ampla e ágil divulgação da informação, bem como o seu uso em computadores e outros dispositivos eletrônicos, facilitando a sua utilização para fins científicos, educacionais e de controle, assim como para elaborar materiais informativos de divulgação pública.

Fonte: http://www.fundep.ufmg.br/projeto-circuito-das-aguas/

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Vídeo - EPTV Sul de Minas

Estudo descobre que fontes do Circuito das Águas são resultado de acúmulo de mais de 30 mil anos

Pesquisadores concluíram que águas minerais são resultado de acúmulo das chuvas.

Reprodução. Fonte: G1 - EPTV - Sul de Minas

Confira este vídeo aqui


Outras informações

Referência à Água virtuosa da Campanha (a nossa água mineral de Lambari), no Formulário ou Guia Médico do Brasil,  de Pedro Luiz Napoleão Chernoviz, 6a. edição, 1864


Livros sobre as ÁGUAS VIRTUOSAS DE LAMBARY

        

  • CHAVES, Benício. Água de Lambary. Lambary, MG : Pinto & Cia., 1932
  • LISBOA JÚNIOR, João. Aplicações terapêuticas das águas minerais de Águas Virtuosas do Lambary e épocas de estação. 1928
  • MILEO, José N. A água mineral de Lambari. Cruzeiro, SP : Ed. Liberdade, 3a. ed., 1968

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Referências

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Publicado por Guimaguinhas
em 29/03/2019 às 13h41

Espaço Francisco de Paula Vítor (Padre Vítor)

 

Aprendizado Espírita Net

 

 

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