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02/01/2020 12h39
IMIGRAÇÃO ITALIANA PARA ÁGUAS VIRTUOSAS DE LAMBARI (3) Breve histórico de famílias italianas de Lambari - (2) BASILE

 Ilustração: O emigrante italiano FRANCISCO MARIA BASILE, que veio de Latronico (Itália) para Águas Virtuosas de Lambari (MG), em fins do século XIX 1253689.png

SUMÁRIO

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APRESENTAÇÃO

Dentro da série Imigração italiana para Águas Virtuosas de Lambari, vimos comentando sobre os cidadãos italianos que emigraram para nossa cidade no final dos anos 1800, início dos 1900.

Neste post, falaremos sobre os FRANCISCO MARIA BASILE, um dos imigrantes italianos que vieram de Latronico para Águas Virtuosas de Lambari e formou grande família no Brasil.

Vamos lá.


Esta Série está dividida em 5  partes:

 

A parte 1 - Visão geral está aqui

A parte 2 - Latronico: terra de origem de famílias italianas de Lambari está aqui

A parte 3Breve histórico de famílias italianas de Lambari - 3.1. Família GESUALDI está aqui

A parte 3 - Breve histórico de famílias italianas de Lambari - 2 - Família BASILE (este post)

A parte 4 - Viagens à terra dos antepassados - Família Gesualdi está aqui

A parte 4 - Viagens à terra dos antepassados - Família BASILE está aqui

 

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VINDA PARA O BRASIL

Francisco Maria Basile nasceu em Latrônico (Itália) em 21 de novembro de 1856. Era filho de Michele Basile e Egidia Antonia Basile.

Em 1877, o jovem Basile de 18 anos emigrou sozinho para o Brasil, trazendo uma maleta de roupas e pequena quantia em dinheiro, para as despesas iniciais. 

Francisco, que não mais retornaria à Itália, veio a bordo do vapor francês Poitou, que saiu de Nápoli em 16 de abril, com escalas em Gênova e Marseille, chegando ao Porto do Rio de Janeiro em 26 de maio de 1877.

Basile veio depois para Águas Virtuosas de Lambari, onde se casou com Edwiges Furquim e teve seus primeiros filhos: Miguel e Judith.


Registro de nascimento de Francisco Maria Basile (21/nov/1856). Reprodução fotográfica do livro de Atto di nascita. Fonte: Prefeitura de Latronico. 2019


Trajeto e relatório de viagem do navio Poitou, que trouxe Francisco Basile em 1877


Francisco Basile aparece no Livro de registro de emigrantes. 1877. Fonte: Arquivo Nacional


A família Basile

Em Águas Virtuosas, pouco mais tarde,  Francisco Basile se casou com Edwiges Duquesa Furquim.

A família Furquim já estava em Águas Virtuosas antes da chegada de Francisco Basile. Os Furquins são originários da Alemanha, da cidade de Forccheim, na Baviera, cidade histórica.

O casal teve 5 filhos: Miguel e Judith, nascidos em Águas Virtuosas, MG; e Antônio, Reynaldo e Carmem, nascidos em Dois Córregos, SP.

Os registros de casamento e de nascimento dos dois primeiros filhos de Francisco Edwiges foram feitos na Paróquia de N. S. do Carmo (atualmente cidade de Carmo de Minas, MG).


A Paróquia de N. S. do Carmo, pertencente à Diocese de Campanha, foi criada em 1832



Certidão de casamento de Francisco Basile e Edwirges Furquim (6, nov, 1880)

Certidão de nascimento de Miguel Basile (4, set, 1882)


Árvore genealógica da família Basile


Mudança para o Estado de São Paulo

Após alguns anos no Sul de Minas, os BASILE foram para o interior de São Paulo, passando por Dois Córregos, Campinas e Jundiaí, cidade essa na qual a família se fixou.

Edwiges, esposa de Francisco, faleceu muito jovem, no ano de 1903, em Dois Córregos, e os filhos menores foram criados com a ajuda de Judith, a filha mais velha do casal.

Francisco Basile passou seus últimos anos em Campinas, com a filha Judith, cidade na qual veio a falecer em 1932.


Francisco Basile (sentado, à esquerda), ao lado do filho Miguel. Em pé, atrás de Francisco, à esquerda, o filho Reynaldo; e à direita João Savaglia (futuro esposo de Judith)

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MIGUEL BASILE

Nascido em Águas Virtuosas de Lambari no dia 4 de setembro de 1882, Miguel Basile casou-se em 7 de outubro de 1905, em Guariba, SP, com Guiomar de Castro.


Miguel Basile e Guiomar de Castro Basile


O casal Miguel e Guiomar vão constituir extensa família que se fixará, a partir dos anos 1910, na região de Jundiaí e Ribeirão Preto, interior de São Paulo.

Em 1930, na comemoração dos 25 anos de casamento, a família Castro Basile já é numerosa:


Família Castro Basile 

Da esquerda para a direita:

  • Em pé: 
    • Siomara de Castro Basile (filha do Miguel)
    • Maria de Castro Basile (filha do Miguel)
    • Miguel Basile
    • Mercedes de Castro Basile (filha do Miguel)
    • Francesco Basile
    • Guiomarina de Castro Basile (filha do Miguel)
  • Sentadas: 
    • Guiomar de Castro Basile (esposa do Miguel)
    • Maria Candida de Castro (mãe da Guiomar)
  • No chão: 
    • Roberto de Castro Basile (neto do Miguel)
    • Fani de Castro Basile (neta do Miguel)
    • Miguel de Castro Basile Jr. (neto do Miguel)  

A carreira esportiva de Miguel Basile

O lambariense Miguel Basile foi para Jundiaí, SP, a fim de trabalhar na Companhia Paulista de Estradas de Ferro, logo após a fundação do Paulista Futebol Clube, ocorrida em 1909, clube esse formado por funcionários daquela empresa — daí o nome do clube: Paulista.


 

Primeiro distintivo do Paulista Futebol Clube. Fonte: fanaticopaulista.blogspot.com


O Paulista sucedeu ao Jundiahy Foot Ball Club, que funcionou de 1903 a 1908. 


 

Conheça a história do clube (aqui)


No Paulista, Miguel Basile atuou como jogador e técnico, e ocupou ainda o cargo de presidente, durante certo período.

 Benedito Bonito

Foi ele quem levou para o Paulista o jogador Benedito Bonito, que atuara no Primavera de Indaiatuba.

Bonito viria a se consorciar com Mercedes de Castro Basile, dando origem à família Basile Bonito, muito conhecida naquela região do estado de São Paulo.


Benedito Bonito, grande artilheiro do Paulista Futebol Clube

O Campeonato do Interior de 1930, pela 6ª Região da Associação Paulista de Esportes Atléticos (APEA), equivaleu ao Campeonato Jundiaiense daquele ano.

A respeito, informa o site https://fanaticopaulista.blogspot.com:

Após figurar, entre 1926 e 1929, na Liga dos Amadores de Futebol (LAF), onde disputou o Campeonato Paulista destes anos, o Paulista viu-se obrigado, com o fim da Liga, a refiliar-se à APEA para manter-se em atividade contra as principais equipes do estado.

Numa rápida transição, o Tricolor voltou a enfrentar outras equipes da capital e das demais cidades do interior.

Em agosto, a APEA dava início ao seu Campeonato do Interior da chamada 6ª Região, que na verdade era composta pelos clubes da cidade de Jundiaí filiados a ela.

Cinco clubes foram inscritos na competição. O atual bicampeão Ipiranga (da Vila Arens), o Corinthians Jundiaiense (também da Vila Arens), o São João (da Ponte São João), o Palestra Itália (da Colônia) e o Paulista (do Centro).

Neste campeonato, o Paulista sagrou-se campeão, com apenas 1 ponto perdido, e Bonito foi um dos artilheiros do time (gol na partida contra o Ipiranga).


 Benedito e Mercedes: ele artilheiro, e ela madrinha do Paulista Futebol Clube

 

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Miguel Basile, árbitro de futebol

Miguel atuou também como árbitro e representante de arbitragem pela APEA (Associação Paulista de Esportes Atléticos - 6a. Reg), em diversos jogos, nas décadas de 1920/1930.

Numa partida entre o Paulista x América, em 16 de fevereiro de 1930, ocorreu algo curioso: Miguel Basile teve de substituir o árbitro da partida, em razão de reclamações do time do América, quanto à validação do terceiro gol do Paulista.

Confira:

 

Reprodução. Fonte: Blog do Marcão (brfut.blogspot.com/2016/11/)


Outros jogos dos quais Miguel Basile participou na arbitragem:


  

Reprodução: Diário Nacional, 1927. Braz-Jornal, 1928. Correio Paulistano, 1927.

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A família na Presidência do Paulista Futebol Clube

Além de Miguel Basile, o seu genro José Godoy Ferraz (casado com Maria Basile Ferraz) também foi Presidente do Paulista Futebol Clube, nos anos 1956 a 1958.

 José Godoy Ferraz

Sobre José Godoy Ferraz, veja aqui


 

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Torneio Miguel Basile

Nos anos 1960, organizou-se em Jundiaí o Torneio Miguel Basile, em homenagem ao grande desportista daquela cidade.

Em 4 de abril de 1960, o vereador José Pedro Raimundo parabeniza o campeão e o vice-campeão do Torneio Miguel Basile daquele ano

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Os Basile no Paulista de Jundiaí

Além de Miguel e Bonito (que se casou com uma Basile), outros membros da família Basile marcaram presença no Paulista de Jundiaí. 

Vejamos:


Miguel Basile Júnior

Filho de Miguel, Basile Júnior (Lelo) atuou no Corinthians e no Paulista de Jundiaí.

Reprodução. Correio de SP, 9, mar, 1933

Paulista de Jundiaí. Ao centro, Miguel Jr. e Roberto Basile


Roberto Basile

Um outro filho de Miguel —Roberto Basile (Beto Basile)  também atuou pelo Paulista de Jundiaí. Na foto abaixo (time do Paulista, campeão jundiaiense de 1939) ele é o último, em pé, à direita.


Reprodução. Fonte: site: fanaticopaulista.blogspot.com

Em pé: Sidney Normaton [presidente], Lazinho, Sanche, Polini, Ivo de Almeida e Roberto Basile. Agachados: Ferreira, Leoneto e Trevisan. Ajoelhados: Dedão, Zé Dica e Gaúcho

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A família de Miguel e Guiomar, no Natal de 1943

No Natal de 1943, engrandecida pelo consórcio das famílias Bonito, Rivelli, Ferraz e Lacerda, a grande família Castro Basile se reuniu para esta foto histórica: 

Da esquerda para a direita: Em pé: Benedito Bonito, Eugenio Lacerda, Miguel Basile Junior, Siomara Basile, Roberto Basile, Jose Godoy Ferraz, Roque Rivelli.
Sentados: Mercedes Basile Bonito, Guiomarina Basile Lacerda, Guiomar de Castro Basile, com Maria Candida Basile Rivelli. Depois Miguel Basile, com Ze Ricardo Basile Ferraz. Depois, Maria de Castro Basile, Fani Basile Rivelli.
No Chão: Jose Roberto Basile Bonito, Tereza Basile Ferraz, Estella Basile Ferraz, Paulo Basile Rivelli, Luis Geraldo Basile Lacerda.

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Homenagem póstuma a Miguel Basile

Nascido em Águas Virtuosas de Lambari, MG (4 de setembro de 1882), Miguel Basile faleceu em Jundiaí, SP em 6 de outubro de 1957, aos 75 anos de idade.

No dia seguinte, representantes da Câmara Municipal de Jundiaí — cidade que Miguel Basile escolhera para trabalhar, viver, atuar como desportista e criar sua grande família — aprovou voto de pesar pelo seu passamento, conforme projeto apresentado pelos vereadores Hermenegildo Martinelli, Antônio Avalone Jr. e Nélson Chacra.


Em nome da família BASILE, Roberto de Castro Basile agradeceu

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REYNALDO BASILE

Nascido em Dois Córregos, SP, no dia 5 de dezembro de 1898, Reynaldo de Montalvão Basile casou-se com Izaltina Ferraz de Barros Basile, em junho de 1930, em Jaboticabal.

Dessa união nasceram dois filhos: Gilberto de Barros Basile, engenheiro agrônomo, e Reynaldo Ferraz de Barros Basile, advogado, professor universitário e radialista esportivo.

Ferroviário, Reynaldo trabalhou na Companhia Paulista de Estradas de Ferro por quase quarenta anos, tendo lá exercido diversas funções auxiliares e de chefia, e gerenciado a divisão de acidentes de trabalho.

 Reynaldo de Montalvão Basile

Instrumentista exímio (clarinetista e saxofonista), participou de conjuntos amadores e profissionais, tendo também integrado a orquestra da Sociedade Jundiaiense de Cultura Artística, instituição da qual veio a ser, mais tarde, presidente. Foi também membro do Conselho Deliberativo do Gabinete de Leitura Ruy Barbosa, importante centro de cultura de Jundiaí.

A esposa Izaltina, educadora, exerceu sua função em diversos estabelecimentos de ensino de Jundiaí, entre eles o tradicional Instituto de Educação Jundiaí.

Reynaldo Basile faleceu no dia 28 de maio de 1983, em Jundiaí, SP. 


Seu nome foi dado a uma Escola Pública Municipal de Jundiaí:

Reprodução. Fonte: https://www.escol.as/205527-reynaldo-de-montalvao-basile-emeb

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JUDITH BASILE SAVAGLIA

Filha mais velha de Francisco Basile e Edwiges Furquim, nasceu Judith em Águas Virtuosas no ano de 1884. Seus avós paternos eram Michele Basile e Egídia Antônia Nubile, e os maternos: Sancho Furquim Ferreira e Felicidade Perpétua Pereira.


Certidão de batismo Judith Basile


Desde menina, com a morte prematura de sua mãe, em 1903, criou sozinha os irmãos mais novos com a ajuda de seu pai, Francesco. Por essa época, a família vivia em Dois Córregos, São Paulo.

Foi, praticamente, a mãe de Reynaldo, o irmão mais moço, e cuidou também do pai, que com ela viveu em Campinas, SP, até 1932, quando veio a falecer. 


Judith Basile


Judith casou-se com João Savaglia (1894-1977), em 1907, sendo ele filho dos imigrantes italianos Antônio e Teresa Savaglia (o pai, de San Marco Argentano; a mãe, de Pietrafita), que chegaram ao Brasil em 1893, quando João tinha 7 anos.

Judith e João Savaglia


Marceneiro, ofício de seu pai, João abriu a marcenaria São José na cidade de Dois Córregos e também uma espécie de lojas de departamentos. Foi vereador, fundou o time de futebol Mocaembu e a Associação da Sociedade Italiana da região.

 João Savaglia, esposo de Judith


 Judith dirigia a família com mãos de ferro. Os filhos depositavam em suas mãos todo o “ordenado” (como se chamava o salário à época). Pela manhã, quando saiam para trabalhar, ela repartia os cigarros e colocava alguns no bolso de cada um. Tudo era racionado carinhosamente pela matriarca.

Religiosa, comungava todos os dias, na primeira missa da manhã. Muito ativa, era admirada por sua fibra, firmeza e personalidade marcante, segundo sua nora, Ena Klemm.

Os nomes de seus filhos foram tirados dos romances e poesias que ela tinha o costume de ler. Mais uma de suas características.

Todos os seus filhos foram muito bem-educados. Apreciavam as artes, música e poesia.


Judith com o pai, o esposo e filhas


Judith, Francesco Basile, João Savaglia, e as filhas, Lily, Aidée, Edith, Vanda e Oneida, em Campinas, 1932


O trágico acidente que levou Judith

Era o aniversário de casamento de Nilcéa (Lily), filha de Judith, então grávida de 5 meses.

Lily viera com o marido, Egídio Forte, de Campinas, onde moravam,  comemorar a data com a família, e saiu com a mãe (Judith) e seu sobrinho, José Antônio. Foram à feira, na Vila Mariana, fazer compras para a festa.

Às 9 horas da manhã, desceram do bonde e, ao atravessarem a avenida, passaram por trás do coletivo exatamente no momento em que outro vinha descendo no sentido contrário.

Judith carregava seu neto José Antônio (filho de Aidée), de 2 anos de idade, mas, antes de ser atingida, teve tempo de reagir e arremessar a criança para a calçada, salvando sua vida.

Testemunhas dizem que Lily se assustou e ficou paralisada e Judith tentou ajudá-la e foi atropelada, também. José Antônio foi encontrado horas depois na Santa Casa, com o maxilar fraturado.

Judith morreu aos 55 anos, em fevereiro de 1940.

José Antônio teve uma vida longa e feliz (graças a Judith) e morreu aos 74 anos, em 2012, deixando esposa, dois filhos, três netos e 2 bisnetos.

Judith, José Antônio e João Savaglia

A descendência de João e Judith

Somam 55 pessoas os descendentes de João e Judith.

     8 filhos: Edith (1907), Nilcéa (Lily - 1909), Afonso (1911), Aidée (1913), Walter Antônio (1915), Ailema (1917), Vanda (1920) e Maria Eneida (1926), todos já falecidos. 

O casal perdeu uma filha, ainda bebê — Ailema Savaglia, nascida em 12 de novembro de 1917 e falecida em 2 de julho de 1918.

     8 netos: José Antônio, Luiz Carlos, Paulo Afonso, Nilcéa Maria (em homenagem a Lily), Walter Filho, Maria Lucia, José Henrique e Yara Cristina

     20 Bisnetos: Ana Beatriz, Cynthia, Fernando, Mario Sergio, Melissa, Joanna, Afonso Neto, Priscila, Walter Neto, Luiz Henrique, Vanessa, Milena, Maria Christina, Gilson, Julia, João Deodoro, Victoria, Sabrina, Valentina, Álvaro Afonso.

   17 Tataranetos: Fernanda e Guilherme (gêmeos), Yvens, Rodrigo, Giovanna, Ana Carolina, Marina, Maria Clara, Victor, Marina, Leonardo e Lucas (gêmeos), Manuella, Beatriz, Lisa, Mariana e Sophia.

     2 Tetranetos: Henrique e Eduardo (bisnetos de José Antônio, o neto que Judith salvou a vida, sendo o mais novo, nascido durante a pandemia).


 

Judith Basile Savaglia, em 1940, aos 55 anos (com 55 descendentes), retratada por sua bisneta, Cynthia (Basile) Savaglia de Camargo (Preturlon), em 2020, aos 55 anos, 80 anos depois.


CARMEM BASILE DE JESUS

Carmem Basile nasceu em Dois Córregos, SP, em 19 de outubro de 1886, e faleceu no dia 2 de abril de 1982, em São Paulo.

Carmem Basile de Jesus


Casou-se em 1908 com Jorge Gabriel de Jesus, filho de imigrantes portugueses, de Funchal, Ilha da Madeira, com quem teve treze filhos: Alcino, Ariobaldo, Rubens, Lucília, Gelásio, Haydméa, Maria, Ely, Ari, Eda, Ligia , Vinicius e Juarez.


Jorge Gabriel de Jesus


Fixou residência em Dois Córregos, até aproximadamente 1918, cidade em que foram concebidos e registrados 6 dos seus primeiros filhos: Alcino, Ariobaldo, Rubens, Lucília, Gelásio e Haydméa,

Transferiu residência para Coroados (Região metropolina de Araçatuba), onde nasceram os seus 7 últimos filhos, os treze de sua prole: Maria, Ely, Ari, Eda e Ligia, que  foram registrados na comarca de Penápolis, pois não havia ainda cartório em Coroados.

Os dois últimos, Vinicius e Juarez já foram registrados em Coroados.

Vovó Carminha e seus filhos. Ilustração


Em 1931, com a morte prematura do marido, Carminha — como era conhecida — sem qualquer experiência de administrar e prover uma família tão numerosa, deixou Dois Córregos a procura de novos horizontes, mudando-se para Jundiaí, e depois para Campinas, onde permaneceu por seis anos, e, finalmente, em 1941, foi para São Paulo.


  • Veja o documento A SAGA DE CARMEM BASILE - Vovó Carminha (em formato PPT/PDF), produzido por Marisa e Valéria Lemos Silveira, com um resumo histórico de Vovó Carminha, disponível aqui:


ANTÔNIO BASILE

Antônio Basile, tratado por Tonico, alfaiate de profissão, e também músico (trombone), nasceu em Dois Córregos, SP, no dia 16 de março de 1892 e faleceu, ainda muito jovem, em Itápolis, SP, em 1936, com 43 anos de idade.

Casou-se com Diva Pahim Neubern Basile (1899-1973), descendente de alemães, filha de Pacheco Neubern e Alice Pahim Neubern.

Tiveram 3 filhos: Antônio Basílio Júnior, Ayrton Neubern Basile Almyr Neubern Basile, que veio a se casar com Dorvalina Silva Basile.

Antônio e Diva Neubern Basile  


 

Nascida em Dois Córregos, SP, era tratada por Carminha, e faleceu ainda jovem.

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OS BASILE COMO NOMES DE RUAS E ESCOLAS DE JUNDIAÍ

Descendentes do jovenzinho italiano de 18 anos Francisco Basile (que emigrou sozinho de Latronico - Itália para Águas Virtuosas de Lambari - Minas Gerais) chegaram a Jundiaí nos anos 1910 e participaram ativamente da vida social, esportiva e cultural da cidade — uma cidade que gerações de Basile viram crescer e prosperar. 

O reconhecimento por essa participação foi expresso em nomes de prédios e vias públicas conferidos a membros da família Basile, ao longo dos anos.

Veja:


Escolas

  • Escola Professora Mercedes Basile Bonito
  • Escola Reynaldo de Montalvão Basile

Ruas

  • Rua Miguel Basile (filho mais velho de Francisco Basile)
  • Rua Reynaldo de Montalvão Basile (filho mais novo de Francisco Basile)
  • Rua Mercedes Basile Bonito (neta de Francisco Basile)
  • Rua Roberto de Castro Basile (neto de Francisco Basile)
  • Rua José Roberto Basile Bonito (bisneto de Francisco Basile)
  • Praça Doutor José Godoy Ferraz (casado com Maria de Castro Basile, neta de Francisco Basile)

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DOCUMENTÁRIO SOBRE A FAMÍLIA BASILE

Veja este documentário sobre Francesco Maria Basile, imigrante italiano e seus descendentes no Brasil, produzido por Rita Basile.

Disponível no YouTube: https://youtu.be/eWS3qk_ampw

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REFERÊNCIAS

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Publicado por Guimaguinhas
em 02/01/2020 às 12h39

Espaço Francisco de Paula Vítor (Padre Vítor)

 

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