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Memórias familiares e de minha terra natal
Meu Diário
06/06/2022 07h19
MEMÓRIAS DE AGUINHAS - Dr. Manoel Airosa, antigo crenólogo de Águas Virtuosas de Lambari

Ilustração: Dr. Manoel Airosa - médico. Reprodução. Acervo da família Airosa.

SUMÁRIO

 

APRESENTAÇÃO

"UBI SUNT THERMOMIRALES FONTES, IBI SALUS"

Onde houver fontes termominerais, encontra-se saúde.


Na série de posts a seguir, vamos falar do médico Dr. Manoel Airosa, que atuou longos anos em Águas Virtuosas de Lambari, onde foi Diretor-clínico do Estabelecimento Hidroterápico de Lambari e Médico efetivo da Santa Casa Boa Vista.

Aqui, praticou a crenoterapia, estudou nossas águas minerais e escreveu artigos e livros sobre seus efeitos medicamentosos.

Foi fundador e diretor da Santa Casa Boa Vista.

Dividimos esta série de posts da seguinte maneira:

  • 1 - Dr. Manoel Airosa, antigo crenólogo de Águas Virtuosas de Lambari
  • 2 - Receituário de crenologia do Dr. Manoel Airosa
  • 3 - Obras literárias do Dr. Manoel Airosa

Vamos lá ao post número 1.

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ESBOÇO BIOGRÁFICO

Manoel Airosa nasceu em Paracambi, RJ, em 25/10/1889, sendo filho do Capitão-Tenente José Antônio Airosa e D. Adelaide Xavier Airosa. Formado pela Faculdade de Medicina da Universidade do Rio de Janeiro, era médico operador e especializado em crenologia.

Em sua formatura, em 1912, defendeu a seguinte tese, aprovada com distinção:

Sempre atualizado com sua profissão, fez cursos especializados, participou de congressos e encontros médicos, escreveu ativamente artigos técnicos em revistas de medicina.

Além da atividade médica e intelectual, foi sócio-fundador e diretor do Jockey Club de Lambari e do Águas Virtuosas Futebol Clube (veja aqui e aqui).


Em 26 de julho de 1948, o AVFC comunica à Liga de Futebol Caxambuense sobre a nova diretoria do Águas Virtuosas Futebol Clube, na qual Manoel Airosa figurava como vice-presidente


Teve também atividade política em nossa cidade.

De fato, na nota seguinte, publicada no jornal O Fluminense (11-jan-1930), o dr. Airosa é designado como chefe político da situação dominante do Estado de Minas e Presidente do Direcório Político de Águas Virtuosas.

Confira:

Jornal O Fluminense, 11, jan, 1930. Reprodução. [bn.digital.gov. br]

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A SANTA CASA BOA VISTA

Manoel Airosa foi fundador, diretor e clínico geral da Santa Casa Boa Vista, atividade pela qual, ao lado do dr. José dos Santos, não recebia nenhuma remuneração.

Confira abaixo:

 

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LIVROS SOBRE NOSSAS ÁGUAS MINERAIS

Além de outros trabalhos mencionados no tópico a seguir, publicou o Dr. Manoel Airosa o seguinte:

  • AIROSA, Manoel. Ensaio dos banhos hidrocarbogasosos com as águas de Lambari – Folha Médica, 15 de março de 1937
  • AIROSA, Manoel. A propósito dos 21 dias. Guaratinguetá: Gráfica e Editora “EDIGRAF” Ltda, 1947

Neste trabalho apresentado ao II Congresso Nacional de Hidro-Climatismo, ocorrido no Rio de Janeiro em 1942, concluiu o dr. Airosa:

  • (...) devemos repetir que a permanência de um doente em uma estância hidro-mineral-climática, com o fim de submeter-se a um tratamento creno-termal, deverá ser de um prazo nunca inferior a 30 dias, pois do contrário não obterá, podemos afirmar, uma cura completa.

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OUTROS TRABALHOS DO DR. AIROSA

Dono de um estilo escorreito, claro e didático, Manoel Airosa, ao tempo em que viveu e praticou sua profissão em Águas Virtuosas de Lambari, escreveu sobre nossas águas, sobre homens públicos daqui e sobre a beleza de nossa terra.

Confira este post:

  • 3 - Obras literárias do Dr. Manoel Airosa

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FOTOS

O dr. Manoel Airosa residia e mantinha escritório no centro da cidade, na Rua Tiradentes.

Confira estas fotos:

Rua Tiradentes antiga

Consultório e casa do dr. Airosa

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REFERÊNCIAS

  • Informações e fotos pertencentes ao acervo da família Airosa foram gentilmente enviadas por Míriam Airosa Villano e Maria Alice Airosa, netas do Dr. Manoel Airosa, a quem agradecemos.
  • Regimento Interno da Santa Casa Boa Vista de Lambari, MG - Rio de Janeiro, Papelaria Queirós, 1941 - Oferta da família de José Sgarbi Astério, a quem agradecemos.
  • Airosa, Manoel. A propósito dos 21 Dias. Guaratinguetá: Gráfica e Editora “EDIGRAF” Ltda, 1947
  • Jornal O Fluminense, 11, jan, 1930. [bn.digital.gov. br]
  • Museu Américo Werneck

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Publicado por Guimaguinhas
em 06/06/2022 às 07h19
 
25/04/2022 15h23
MEMÓRIAS DE AGUINHAS - Planta de Águas Virtuosas ao tempo de Werneck (1909) - Parte 3 - Antigos hotéis

Ilustração: Reprodução. Hotel Bibiano, ao tempo do prefeito Américo Werneck (1909). Nesse local, atualmente, funciona a Pousada do Duque.


SUMÁRIO


APRESENTAÇÃO

No número 1 desta série sobre a Planta cadastral mandada organizar por Américo Werneck em 1909, falamos sobre a área central e o Parque das Águas de Lambari (veja aqui).

No número 2, falamos sobre o ribeirão Mumbuca (veja aqui).

Neste terceiro post vamos tratar de antigos hotéis de Águas Virtuosas, mostrados na referida planta.

Vamos lá.

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ANTIGOS HOTÉIS DE ÁGUAS VIRTUOSAS

Na série HOTÉIS DE AGUINHAS (aqui), falamos a respeito de nossos hotéis.

No post Retrospectiva histórica dos hotéis de Aguinhas, mencionamos os seguintes hotéis:

  • Brazil, Bibiano, Mineiro, Mello, Central

Esses e alguns outros mais aparecem registrados na planta de 1909, que estamos comentando.

Sobre os hotéis de nossa cidade, existentes no início dos anos 1900, MILEO (1970) informa que:

  • [Com o tráfego de trens foi facilitada] a vinda de veranistas, e consequentemente, a frequência às águas aumentou, exigindo a instalação de novos hotéis, o que se verificou a partir de 1895. Desse ano em diante, ombreando-se com o HOTEL MELLO que já vinha funcionando desde 1884, surgiram o HOTEL CENTRAL de propriedade de Joaquim Cândido de Araújo, o HOTEL BIBIANO e o HOTEL DOS ESTADOS de propriedade de Bibiano José da Silva, o HOTEL BRASIL de propriedade de Oscar Paes Pinheiro, o HOTEL UNIÃO de propriedade de Domingos Pereira Pinto, o HOTEL LAMBARI de propriedade de Antônio Olinto Ribeiro, o HOTEL MINEIRO de propriedade de Mateus Gomes de Paiva, o HOTEL MUZAMBINHO de proprieade de Lúcio Augusto Nogueira (...)

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PROPAGANDA DE HOTÉIS - INÍCIO ANOS 1900

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HOTÉIS NA PLANTA CADASTRAL DA VILA, EM 1909

     Hotéis Bibiano e Brasil

  • Os Hotéis Brasil e Bibiano ficavam na esquina da antiga Rua Dr. João Bráulio (atual Francisco de Biaso, saída para o bairro Corredor). 
  • O Hotel Bibiano é a atual Pousada do Duque (veja aqui).
  • No terreno do antigo Hotel Brasil foi construída a quadra de esportes do Colégio Estadual Prof. Maria Rita Santoro.

Hotel Bibiano. Início dos anos 1900

Hotel Brasil. Início dos anos 1900

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    Hotel dos Estados

  • O Hotel dos Estados, que pertenceu a Bibiano José da Silva, situava-se na antiga Rua Dr. João Bráulio (atual Francisco de Biaso), na área após o Córrego do Mello, que faz divisa com a quadra da Escola Estadual Maria Rita Santoro.

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     Hotel Mello

  • O Hotel Mello, um dos mais antigos hotéis de Águas Virtuosas, começou a funcionar em 1884. Próximo do Parque das Águas, ficava na margem esquerda do Rio Mumbuca, a qual era alcançada pela primitiva Ponte da Rua João Silva
  • Note-se na planta acima, a vala de esgoto das águas gasosas, que saía do Parque das Águas em direção ao Rio Mumbuca.

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Hotel Central

O Hotel Central localizava-se na antiga Rua Comendador José Breves (atual José Ieno), do lado esquerdo da Praça N. S. da Saúde.

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Hotel Mineiro

  • O Hotel Mineiro, de propriedade de Mateus Gomes de Paiva, situava-se na Rua Comendador Boa Vista (atual Avenida Renato Nascimento), quase esquina com Rua Marechal Deodoro (atual Rua Maria José Bibiano Siqueira).
  • Nesse local funcionaram, mais tarde, o Colégio Minas e o Santa Terezinha (veja aqui e aqui), e posteriormente a Prefeitura Municipal de Lambari.
  • Em 1987, o prédio, que à época abrigava a Prefeitura Municipal, foi incendiado. Veja aqui: O incêndio do Coleginho

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O prédio, que serviu de hotel, colégio e dependências da Prefeitura Municipal, foi incendiado em 1987

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Hotel Lúcio

  • O Hotel Lúcio situava-se na Rua Marechal Deodoro (atual Rua Maria José Bibiano Siqueira) esquina com a atual Joaquim Manoel de Melo.

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REFERÊNCIAS

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Publicado por Guimaguinhas
em 25/04/2022 às 15h23
 
20/04/2022 15h22
MEMÓRIAS DE AGUINHAS - Planta de Águas Virtuosas ao tempo de Werneck (1909) - Parte 2 - Rio Mumbuca

Ilustração: Reprodução. Recorte da planta cadastral da Villa de Águas Virtuosas, ao tempo do prefeito Américo Werneck (1909), mostrando o rio Mumbuca em seu trajeto pelo centro da cidade com seu leito retificado, bem como, na linha tracejada, em seu trajeto original. Acervo de Bibianinho Carvalho Rocha.


SUMÁRIO


APRESENTAÇÃO

No número 1 desta série sobre a Planta cadastral mandada organizar por Américo Werneck em 1909, falamos sobre a área central e o Parque das Águas de Lambari (veja aqui).

Neste número 2, vamos enfocar o ribeirão Mumbuca.

Vamos lá.

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O QUE É MUMBUCA?

Mumbuca, nos dicionários, significa uma

  • espécie de abelha preta. Palavra de origem tupi, mõ buca, que fura, que penetra. Var. mombuca. (BUENO, 1968)

Para os lambarienses, é o riozinho que corta a cidade, e que já foi chamado de Ribeirão Lambarizinho e Lambari Pequeno.

Em 1860, seu curso foi modificado, pois, em épocas de cheias, com frequência as águas invadiam as fontes das águas minerais. [*]

[*] Ainda nos dias de hoje, por vezes, ocorre essa invasão.]

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O VALE DO MUMBUCA

A cidade de Lambari localiza-se no Vale do Mumbuca, numa depressão em que foram descobertas, em 1780, as fontes de águas minerais.

A cidade — com 901 metros de altitude, circundada por serras, morros e colinas — se desenvolveu ao redor das fontes, no côncavo da baixada formado pelo vale do Ribeirão Mumbuca, que cruza toda a zona urbana de oeste para leste.


Mapa de acidentes geográficos. Reprodução (Internet, com adaptações)



O Ribeirão Mumbuca em seu longo percurso atravessa o vale que ora se estreita, ora se alarga, tomando feição assimétrica. Em sua parte mais larga se situa a região central da cidade, encravada entre serras e montanhas que a protegem dos fortes ventos.

O Mumbuca nasce no bairro Mantiva, passa pelos bairros Mumbuca e Jacu, recebe águas dos córregos: Barreiro, Lobos e do Lago Guanabara, passa pelo bairro Serrote e deságua no Rio Lambari, município de Jesuânia, MG.

À esquerda do Ribeirão Mumbuca empina-se a Serra das Águas, cuja altitude varia de 1200 a 1350 metros. À direita do Mumbuca, em faixa de terreno menos acidentada, no entorno das fontes de água mineral, desenvolveu-se o centro da cidade, com ruas planas, cruzadas por ruas mais íngremes. 


Reprodução. SIGA - Circuito das Águas/CODEMGE

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AS CHUVAS E O DESVIO DO RIO MUMBUCA

Em 1834, os poços das duas nascentes de águas minerais de Lambari não possuíam nenhuma proteção e se localizavam em um largo denominado Largo da Fonte.

Com as chuvas, os poços costumavam ser invadidos pelas águas do Ribeirão Lambarizinho (atualmente, Mumbuca).

Em 1850, os poços foram protegidos por esteiras, para evitar a queda de pequenos animais. [MILÉO, 1970, págs. 25-26]

Em 1860, deu-se o desvio do Rio Mumbuca, então vizinho às fontes.  [CARROZO, 1998, p. 72]


Obras de mudança do curso do Rio Mumbuca. Trecho em frente da atual Praça da Fonte Luminosa. Anos 1860. Reprodução colorizada. Fonte: Museu Américo Werneck


O RIO MUMBUCA

Na mapa abaixo, figura o Rio Mumbuca no seu novo leito (desviado nos anos 1860).

Veja também, na linha tracejada, o curso do antigo leito, que ficava no trecho de terreno em que foi construído o Parque Wenceslau Braz (Parque Novo).

Note-se que inauguração do Parque  Wenceslau Braz, em 1911, Werneck aproveitou parte da água do Mumbuca fazendo-a serpentear por sobre a área do novo parque, formando pequenas ilhotas.

Confira nesta foto da época águas desviadas do Mumbuca serpeando nos terrenos do Parque Novo:

Parte da água do rio Mumbuca serpenteava pela área do Parque Wenceslau Braz, formando pequenas ilhas


  • O leito original do Mumbuca passava defronte as nascentes das águas minerais. Depois seu curso foi corrigido, formando duas linhas retas. A primeira da ponte do Parque Hotel até o Condomínio Imperial; a segunda, do Posto Gregatti até as Duchas, no encontro com as águas da cascata do Lago Guanabara.

O Rio Mumbuca, da Ponte do Parque Hotel até defronte os jardins do Condomínio Imperial


o Rio Mumbuca segue em linha reta do Posto Gregatti até as Duchas 

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  • Como se vê acima, do ponto onde hoje é o Posto Gregatti até as proximidades das Duchaso leito primitivo do ribeirão Mumbuca ziguezagueava pela área na qual foi construído o Parque Novo.
  • Note-se, também, o registro de duas valas de águas pluviais que desaguavam no Mumbuca: uma que descia pela Travessa Progresso (atual Garção Stockler) e outra que descia pela Rua Tiradentes. 
  • A primeira das valas acima, ainda existente, foi canalizada e separa o Grupo João Bráulio do Campo do Águas Virtuosas.

REFERÊNCIAS

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Publicado por Guimaguinhas
em 20/04/2022 às 15h22
 
19/04/2022 10h16
MEMÓRIAS DE AGUINHAS - Planta de Águas Virtuosas ao tempo de Werneck (1909) - Parte 1 - Área central e Parque das Águas

Ilustração: Reprodução. Planta cadastral da Villa de Águas Virtuosas, ao tempo do prefeito Américo Werneck (1909). Acervo de Bibianinho Carvalho Rocha.


SUMÁRIO


APRESENTAÇÃO

Em 1909, tão logo assumiu a prefeitura de Águas Virtuosas, Américo Werneck providenciou a planta cadastral da vila, a qual tomou como base dos projetos das obras a executar para melhoramento da localidade.

Tais obras abrangiam duas partes:

  • Saneamento e urbanizaçãovoltada diretamente para as condições particulares do lugar: o território e arquitetura urbana, e as instalações sanitárias;  e
  • Remodelação e embelezamentovoltada à estação de águas, propriamente dita.

Pois são aspectos desse documento raro que vamos comentar neste post.

Vamos lá!


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NOME DAS RUAS E PRAÇAS DA VILA EM 1902

Em 1902, mediante a Lei n. 7, de 26 de abril de 1902, na gestão de Eustáquio Garção Stockler, então agente executivo de Águas Virtuosas, foram dados nomes a ruas, praças e travessas da vila, como se vê logo a seguir.

As denominações dadas por essa lei — que em parte prevalece até nossos dias — é a que aparece registrada na planta cadastral que estamos examinando.

Curioso notar que já em 1902 dava-se o nome de Américo Werneck a uma das ruas da vila.


O CENTRO DA VILA E O PARQUE DAS ÁGUAS

Nesta Parte 1 veremos o centro da vila e o Parque das Águas.

Centro da cidade e Parque das Águas

  • Em 1909, a área do Parque das Águas ocupava pequena faixa de terreno entre a Rua João Silva (que não existe mais) e a Rua Américo Werneck (ainda existente). Nessa área estavam as fontes das águas, o local de engarrafamento, o antigo cassino e as duchas.
  • A Rua João Silva partia da confluência com a Rua Comendador José Breves (atual José Ieno), cruzava a Rua São Paulo (atual Dr. Wadih Bacha), passava ao lado da Praça da Liberdade (atual Praça Conselheiro João Lisboa/Fonte Luminosa) e terminava no Rio Mumbuca, sobre o qual havia uma ponte denominada Ponte da Rua João Silva, que dava acesso ao Hotel Mello.
  • Na administração de Werneck (1909-1911), o Parque das Águas foi ampliado, sendo nele incorporada a área correspondente ao quarteirão formado pelas ruas São Paulo/Tiradentes e João Silva/Comendador José Breves.
  • Ao fundo do Parque das Águas, onde mais tarde seria erguido o Palace Hotel (atual Supermercado BH), situava-se a Praça Santos Dumont.
  • No fundo do Parque das Águas havia a chamada Rua da Cava, que em 1902 passou a ser designada por Rua Teófilo Otoni (atual Rua Fabiano Pereira Krauss).
  • A Rua da Cava foi cortada na base do Morro do Castelo, em cujo sopé foram encontradas as nascentes das águas minerais de Lambari.

O centro da Vila de Águas Virtuosas e o Parque das Águas, início dos anos 1900


REFERÊNCIAS

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Publicado por Guimaguinhas
em 19/04/2022 às 10h16
 
23/03/2022 13h37
MEMÓRIAS DE AGUINHAS - População primitiva de Águas Virtuosas de Lambari

Ilustração: Instrumentos de pedra encontrados na região de Lambari (Alto Boa Vista)

SUMÁRIO

APRESENTAÇÃO

As informações deste post foram extraídas do Fascículo 7 - População, emigração e Colônia de Nova Baden, da Coletânea PEQUENA HISTÓRIA DE ÁGUAS VIRTUOSAS DE LAMBARI. [1]

São pequenas notas acerca da população indígena que habitou primitivamente a Região Sul do Estado de Minas, especialmente o chamado Sertão do Rio Verde, no qual estavam localizadas a cidade de Campanha e de Águas Virtuosas de Lambari.

Vamos lá.

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POPULAÇÃO PRIMITIVA DO SUL DE MINAS

No final do século XVII, à procura de riquezas minerais, os bandeirantes paulistas com seus aliados indígenas atravessaram a garganta do Embaú na Mantiqueira e adentraram as matas Sul do Sertão do Cataguases – como era então chamada a região do centro, oeste e sul de Minas, ocupada por indígenas Cataguases ou Cataguás, conhecidos ainda por Catauás. [2]

O Sul de Minas, além dos Cataguás, era habitado também por Puris, Abatinguaras, Mandiboias, Moropaks, entre outros.  À medida que vilas e cidades foram sendo criadas, as aldeias indígenas foram perdendo espaço e desaparecendo ao longo dos anos.

Esses povos indígenas e diversas outras etnias viviam há milhares de anos na região correspondente ao Sul de Minas e deixaram marcas em diversos lugares:

em Andrelândia é possível encontrar utensílios para uso doméstico e pessoal, utensílios para sepultamento dos mortos e cerâmicas pintadas em vermelho e branco. Tais objetos também podem ser encontrados em outros lugares do sul de Minas Gerais, como, por exemplo, os instrumentos de pedra e cachimbos presentes no Museu Regional do Sul de Minas, em Campanha, e os objetos (cachimbos, instrumentos de pedra e vasos funerários) expostos no Museu Municipal de Varginha.  [3]

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UTENSÍLIOS DE PEDRA

Instrumentos de pedra encontrados na região de Lambari (Alto Boa Vista)

Ferramenta primitiva de pedra, encontrada no bairro rural do Cafundó (Lambari, MG)

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REFERÊNCIAS

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Publicado por Guimaguinhas
em 23/03/2022 às 13h37
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