Guimagüinhas
Memórias familiares e de minha terra natal
Meu Diário
21/03/2025 06h46
RECORDAÇÕES DO MEU BEM-QUERER (8) - Flores para minha flor predileta

Ilustração:  Um casal de adolescentes, sob um ipê florido. (Imagem de Copilot/Microsof) - [A expressão Bem-querer é tomada aqui como nome próprio, daí a grafia diferente da indicada pelo VOLP]


SUMÁRIO


APRESENTAÇÃO

No número 7 da Série RECORDAÇÕES DO MEU BEM-QUERER, falei da parceria que mantive com minha mulher Celeste Krauss, por mais de 50 anos, fosse na vida, na profissão e nos livros. (aqui)

Ah, contei também alguns segredinhos que colhi em sua caixa de guardados...

Neste número 8 da Série, comentarei sobre leituras e livros, e como Celeste me ajudava na revisão dos livros que escrevi (*).

Falarei de um capítulo de livro, intitulado Flores para minha flor predileta, que não veio a lume...

Vamos lá!


(*) Ela gostava de lembrar, vaidosa, que ainda muito jovem recebera da tia Maria Rita lições de português, de literatura e de etiqueta...

 


O LIVRO A GUERRA DAS ESPINGARDINHAS

O meu livro A GUERRA DAS ESPINGARDINHAS, como contei no post A GUERRA DAS ESPINGARDINHAS (1) Os bastidores do livro e os cenários da história, tem como fundo as "guerras de espingardinhas de milho" com que se divertiam as crianças da minha época.


Aqui: https://guimaguinhas.prosaeverso.net/blog.php?idb=57716


A narrativa da história é feita pela menina Maria Bela (nome inspirado em minhas netas: Maria Elisa e Isabela) — personagem e heroína da história.

E no livro, muitas passagens do flerte entre os personagens Maria Bela e Serelepe foram inspiradas em fatos de minha época de namoro com Celeste Krauss — a quem também dediquei o livro.

É o caso, por exemplo, dos "presentes" que o personagem Serelepe ofereceu a Maria Bela e a outras meninas do grupo.

Confiram a seguir. 



Capa do livro. [À venda aqui: https://loja.uiclap.com/titulo/ua13587]

Voltar


PERFIL DO MENINO-SERELEPE

No Capítulo 11 do livro A GUERRA DAS ESPINGARDINHAS, intitulado O Menino-Serelepe, descreve-se a personalidade do Serelepe e os mimos com que presenteava as meninas da Turma da Tiradentes.

Todos os presentes ali descritos, eu os dei em algum tempo à minha Celeste...

De fato, no início dos anos 1970, quando ia buscá-la em casa, subia por um caminho próximo da velha estação do trem, no qual havia um rústico gramado, enormes pés de mamona e centenas de maravilhas esparramadas à margem. 

Ali colhi, muitas vezes, as joaninhas e as maravilhas que viravam presentes...

Ah, por essa época, eu já não furtava jabuticabas no seu Lili — e sim as buscava na horta do tio Messias Lobo, na Vila Nova.


Trecho do Cap. 11 - Menino-Serelepe do livro A GUERRA DAS ESPINGARDINHAS

Voltar


UM TRECHO "CENSURADO" DO LIVRO

Todos os livros que escrevi, a primeira leitura dos rascunhos foi feita por Celeste.

Dava opiniões, lembrava histórias e palavras esquecidas, sugeria mudanças, cortes e acréscimos, essas coisas.

Pois bem, quando rascunhava o livro A GUERRA DAS ESPINGARDINHAS, escrevi um capítulo (Flores para minha flor predileta) que acabou "censurado"...

Ah, esse título!... é uma expressão muita batida... E todo esse capítulo tá meloso demais... — ela disse.

Além disso, está frouxa a narrativa sobre a matinha-cuidar da árvore-esperar florir... E a poesia está longa...

Mas, bem, é Castro Alves! Recitei tantas poesias dele pra você...

Sim, muito antes de Bethânia, você recitava trechos de Navio Negreiros para mim: — Era um sonho dantesco... o tombadilho...

— Mas, olha, só o lance de colher as flores e jogá-las soa verdadeiro até porque você fez isso comigo uma vez, naquela pescaria, isso eu nunca esqueci...

Mas, Celeste, a passagem pede um contexto espacial, num tom romântico, para culminar no apanhar-e-jogar as flores! — respondi.

— Pode ser, mas não gostei. Acho melhor cortar este trecho! — ela disse — e encerramos a questão.

E assim foi acatei sua opinião e o capítulo não entrou no livro.


Pois bem, no ano passado, estávamos em Brasília, e lá os ipês floriram duas vezes: antes de agosto e depois de agosto, em razão das mudanças climáticas.


 

Ipês branco e rosa, Sudoeste/Brasília/DF - Setembro de 2024


E durante um passeio nas proximidades da nossa quadra, apreciando os ipês (re)floridos, recordei que ela "censurara" a passagem das flores amarelas de ipê que eu queria incluir no livro...

— E fiz muito bem! — ela disse com convicção.

— Mas Maria Bela e Serelepe são só personagens — e não pessoas reais — eu disse. — A Maria Bela não existiu, foi só uma criação literária — acrescentei.

— Além do mais, não fui eu que narrei a passagem, e sim a Maria Bela... tentei justificar.

— Sei!... — ela respondeu, com uma cara meio fechada, pois nunca gostou dessa história de Serelepe com Maria Bela...

E por aí acabou a conversa.

Hoje, depois que Deus a levou, eu gostaria tanto de poder me sentar novamente com ela sob um ipê florido...


Ilustração: Um casal de adolescentes, sob um ipê florido. (Imagem de Copilot/Microsof)


FLORES PARA MINHA FLOR PREDILETA

E agora acho também que posso divulgar o tal trecho censurado — e lembrar-me, com imensa saudade, do bobinho romântico que fui durante nosso namoro: 

contava-lhe histórias do tempo do onça, declamava versos de moda caipira e poemas de amor, cantava imitando a voz e os trejeitos do Joselito, soprava-lhe no ouvido trechos de músicas românticas, narrava passagens evangélicas e histórias do Cristianismo nascente, escrevia bilhetinhos de amor com letra talhada...

Pois bem, vamos ao texto, que foi inspirado em muitos lances do nosso namoro.

Aliás, o muxoxo mencionado no texto abaixo, de fato ocorreu no pátio do ginásio, em meados de 1972, algumas semanas antes de iniciarmos o namoro. Acho que foi aí que a fisguei!


  • (*) Note-se que a narradora é a personagem Maria Bela:

(*) Recordo que a narradora é a personagem Maria Bela, que rememora o caso, e fala, por fim, de sua vida pessoal.

Voltar


REFERÊNCIAS

Voltar


 

 

 

 

 

Publicado por Guimaguinhas
em 21/03/2025 às 06h46
 
09/02/2025 05h41
RECORDAÇÕES DO MEU BEM-QUERER (6) - Celeste, eu não disse que ia me casar com você?

Ilustração: O banco que mandei fazer pra Celeste, similar ao então existente na Praça da Fonte Luminosa, para recordar o dia do nosso primeiro encontro e a promessa que fiz a ela.


SUMÁRIO


APRESENTAÇÃO

Nesta série intitulada RECORDAÇÕES DO MEU BEM-QUERER, eu estou registrando episódios da nossa — minha e de Celeste — vida pessoal/familiar, que vivemos/recordamos nos últimos tempos.


Eu conhecia CELESTE de vista, mas passei a conviver com ela quando juntos trabalhávamos no escritório KRAUSS & LORENZO, pertencente aos seus tios FABIANO KRAUSS e JOSÉ DE LORENZO (este casado com CORDÉLIA KRAUSS, irmã de Fabiano).

Por pouco mais de um ano trabalhamos lado a lado, de novembro de 1971 a 9 de dezembro de 1972, quando, nesse dia 9/12/1972 a convidei para um encontro — e neste encontro — eu disse a ela com absoluta certeza: — CELESTE, VOU ME CASAR COM VOCÊ!

Anos depois, já casados, lhe dei de presente um banco similar ao então existente na Praça da Fonte, onde este primeiro encontro se deu.

E desde o primeiro encontro, em 1972, nunca nos separamos, a não ser agora no dia 3 de fevereiro de 2025...

Voltar


FOTOS FAMILIARES

Pequena sucessão de fotos na linha do tempo...


Celeste e Guima, aos 15/16 anos, antes de namorarmos


Passeio em Poços de Caldas, 1973, levados por Cordélia e José de Lorenzo, que viriam a ser nossos padrinhos de casamento


Celeste e Guima, aniversário de Margareth Nascimento, 1974


Celeste e Guima, 31 de janeiro de 1976 - Promessa cumprida!


O LIVRO E A DEDICATÓRIA

Como já disse, fiz duas promessas a Celeste, no banco da Fonte Luminosa, dia 9 de dezembro de 1972, no nosso primeiro dia de namoro:

— que ia me casar com ela; e

— que ia escrever um livro sobre a parentalha.

Como sabem, cumpri as promessas. A primeira, em 1976, quando nos casamos.

A segunda, em 2009, quando lancei o livro Menino-Serelepe. [aqui]


   

Dedicatória do livro Menino-Serelepe, cumprindo promessa que fiz a Celeste de escrever um livro sobre causos e modos da parentalha


NOSSA ÚLTIMA FOTO JUNTOS

No dia 1º. de janeiro de 2025, fomos toda a família passear no Parque de São Lourenço.

E lá tiramos a foto abaixo, que foi a nossa última juntos.

Dia 4 de janeiro, retornamos a Brasília.

Dia 12 de janeiro, ela foi internada.

Dia 3 de fevereiro de 2025, ela faleceu...


Comecinho de 2025, Parque de São Lourenço, nossa última fotos juntos

Voltar


REFERÊNCIAS

  1. RECANTO DOS NETOS - Celeste, eu vou me casar com você! - https://guimaguinhas.prosaeverso.net/blog.php?idb=66642
  2. Facebook.com/antoniocarlos.guimaraes.1675/ - https://www.facebook.com/share/p/17kJ2DGo1n/
  3. Fotos: Acervo da família Salles Krauss/Lobo Guimarães
  4. Textos de Celeste Krauss e Antônio Carlos Guimarães
  5. Menino-Serelepe. Antônio Carlos Guimarães - UICLAP, SP - https://loja.uiclap.com/titulo/ua14191

Voltar


 

 

 

Publicado por Guimaguinhas
em 09/02/2025 às 05h41
 
08/02/2025 05h39
RECORDAÇÕES DO MEU BEM-QUERER (5) - Os casamentos são feitos no céu?

Ilustração: Convite de Missa de Sétimo Dia pelo falecimento de Celeste Emília Krauss Guimarães - 9 de fevereiro de 2025


SUMÁRIO


APRESENTAÇÃO

Nesta série intitulada RECORDAÇÕES DO MEU BEM-QUERER, eu estou registrando episódios da nossa — minha e de Celeste — vida pessoal/familiar, que vivemos/recordamos nos últimos tempos.


Sete dias após o passamento de Celeste, foram celebradas missas em Lambari e Belo Horizonte em sua homenagem.

Neste mesmo dia, postei no meu Facebook a mensagem: Os casamentos são feitos no céu?

Confira a seguir.


MISSA DE SÉTIMO DIA

No dia 9 de fevereiro de 2025, foi realizada na Igreja Matriz de Nossa Senhora da Saúde, em Lambari, MG, Missa de Sétimo Dia pelo passamento de Celeste.


No mesmo dia, colegas fazendários da Celeste fizeram realizar em Belo Horizonte uma missa pelo sétimo dia de seu desencarne.

A missa foi realizada na Igreja de Santa Terezinha.

 

Voltar


OS CASAMENTOS SÃO FEITOS NO CÉU?

No link abaixo, narra-se pequena história, intitulada OS CASAMENTOS SÃO FEITOS NO CÉU?, que se conta sobre como o já idoso Moses Mendelssohn conquistou sua jovem esposa Frumtje, narrando-lhe uma lenda judaica.


Espíritas, acreditamos que há uma programação que antecede a encarnação dos Espíritos, e nela casais se ajustam para se (re)encontrarem na Terra. Isto é: Os casamentos são feitos no Céu!

Como já contei, isso se deu comigo e Celeste.

 


REFERÊNCIAS

Voltar


 

Publicado por Guimaguinhas
em 08/02/2025 às 05h39
 
06/02/2025 05h36
RECORDAÇÕES DO MEU BEM-QUERER (4) - E então eu me vejo sozinho como estou agora...

Ilustração: Guima e Celeste, passeio com a família, em Rio Quente, GO, 2024


SUMÁRIO


APRESENTAÇÃO

Nesta série intitulada RECORDAÇÕES DO MEU BEM-QUERER, eu estou registrando episódios da nossa — minha e de Celeste — vida pessoal/familiar, que vivemos/recordamos nos últimos tempos.


Em abril de 2024, estávamos em Rio Quente, com a família, e ela estava bem...

Em maio, no dia das mães, teve de ser internada às pressas, em razão de uma obstrução intestinal.

Fez uma cirurgia de urgência.

E duas semanas depois, fez outra, para combater uma infecção.

Ficou um mês na UTI, saiu com um bolsa de ilostomia.

E prosseguiu estoicamente na luta — disciplinada, resignada, com fé  até 3 de fevereiro de 2025, quando desencarnou.


E DE REPENTE...

... ela partiu, e eu...


E então eu me vejo sozinho como estou agora
E respiro toda a liberdade
Que alguém pode ter
De repente ser livre até me assusta
Me aceitar sem você certas vezes me custa
Como posso esquecer dos costumes
Se nem mesmo esquecí de você!

(Costumes, Roberto Carlos)


REFERÊNCIAS


 

Publicado por Guimaguinhas
em 06/02/2025 às 05h36
 
05/02/2025 05h34
RECORDAÇÕES DO MEU BEM-QUERER (3) - A família de Celeste Emília agradece

Ilustração: Celeste, Guima, filhos, noras e netos - aniversário da Celeste, Casa Gorda, Lambari, MG, dia 23 de dezembro de 2024.


SUMÁRIO


APRESENTAÇÃO

Nesta série intitulada RECORDAÇÕES DO MEU BEM-QUERER, eu estou registrando episódios da nossa — minha e de Celeste — vida pessoal/familiar, que vivemos/recordamos nos últimos tempos.


A FAMÍLIA DE CELESTE EMÍLIA AGRADECE   💔 💔 💔

Bendito seja o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, Pai das misericórdias e Deus de toda consolação (Paulo, 2 Cor 1, 3-4)
 

A toda a gente — e foram centenas e centenas — que manifestou ontem nas redes sociais votos de amizade, condolências e afeto pela passagem de minha esposa CELESTE EMÍLIA, a FAMÍLIA GUIMARÃES agradece de coração.
 

Seu corpo será velado hoje, de 9 às 11h, na Capela 7 do Cemitério do CAMPO DA ESPERANÇA em Brasília, de onde seguirá para o crematório local, como era seu desejo.
 

A Fé na VIDA ESPIRTIUAL e nos ANJOS DO SENHOR, que por toda a parte velam pela humanidade, nos consola e fortalece para que sigamos a jornada, nos dois lados da VIDA!
 

(As fotos que ilustram este post são do aniversário de 69 anos de Celeste, ocorrido em 23/12/2024,

quando registrou sua despedida da família terrena, ao lado de filhos, noras e netos)

Voltar


FOTOS FAMILIARES

Celeste, Guima e filhos: Antônio Carlos Jr., Alan Augusto, Carlo Emílio e José Batista


Celeste e as noras: Carol, Paula, Viviane e Flávia


Celeste e netos, pela ordem de nascimento: Leonardo, Rafael, Maria Elisa, Isabela, Paulo Emílio, Rafaela, Cecília e Gustavo


Família Guimarães reunida - Casa Gorda - Lambari, MG - 23/12/2024


Voltar


REFERÊNCIAS

Voltar


 

Publicado por Guimaguinhas
em 05/02/2025 às 05h34
Página 1 de 113
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 »

Espaço Francisco de Paula Vítor (Padre Vítor)

 

Aprendizado Espírita Net

 

 

PEQUENA HISTÓRIA DE ÁGUAS VIRTUOSAS DE LAMBAR... R$ 86,87
A FACE DESCONHECIDA DA MEDIUNIDADE - A sensib... R$ 29,78
A Guerra das Espingardinhas R$ 35,19
LIVROS/E-BOOKS DO AUTOR NA UICLAP E AMAZON/KI... R$ 1,00
As Águas Virtuosas de Lambari e a devoção a N... R$ 22,87
Os Curadores do Senhor R$ 36,40
Abigail [Mediunidade e redenção] R$ 33,55
Menino-Serelepe R$ 41,35
Site do Escritor criado por Recanto das Letras

Formas de interação com o site GUIMAGUINHAS

- Contato com o site - clique o link e envie sua mensagemhttp://www.guimaguinhas.prosaeverso.net/contato.php

- Contato com o autor - envie mensagem para este e-mail: historiasdeaguinhas@gmail.com

- Postar comentários sobre textos do site - utilize esta ferramenta que está ao pé do textoComentar/Ver comentários 

- Enviar textos: utilize acima: