Ilustração: Guima, o bom menino, nos tempos de Vila Nova e linha do trem
Dentre os guardados da Celeste, estava esta pequena caderneta de anotações, que ela ganhara de uma amiga no Natal de 2023, e que só agora, meses depois de sua passagem, encontramos:
Na caderneta há 5 páginas com "anotações do meu dia a dia" — que Celeste escreveu com a letra castigada pela neuropatia, a qual, por efeito da quimio, lhe dificultava movimentos musculares de mãos e pés, com sintomas de dor, formigamento, cãibras.
De modo que, aos poucos, foi decaindo a bela letra que ela cultivara em seus anos de escriturária contábil...
(Foi tio Edson [Rambaldi] que me ajudou a melhorar a letra — ela contava.)
(*) A amiga é Silvana Massa, colega na Secretaria de Fazenda/MG
No dia 31 de janeiro de 2024, anotou que comemorava várias coisas:
Nós dois, Madalosso, Curitiba, 1977
Nós dois, formatura do filho, 2000
Nós dois, 20 anos atrás...
Nós dois num Natal, mais de 25 anos atrás
E a seguir, Celeste escreveu:
De fato, como já contei em post anterior, sempre cantarolei [*] e declamei pra Celeste.
Confira:
Fonte: RECORDAÇÕES DO MEU BEM-QUERER (8) - Flores para minha flor predileta
Aqui: https://guimaguinhas.prosaeverso.net/blog.php?idb=67822#FLO
[*] Cantar baixo, fora do tom ou desafinadamente
E não só músicas românticas, como também
Fosse em casa, fosse caminhando, fosse dirigindo, sempre estava a cantarolar para Celeste..
Um hábito que adquiri com minha mãe:
Fonte: As cantigas de minha mãe
Aqui: https://guimaguinhas.prosaeverso.net/visualizar.php?idt=4947636
Pois bem, a tal musiquinha — O bom menino — surgia em nossa vida quando eu fazia um gesto qualquer de carinho — um café na cama, uma flor colhida ao acaso, um presente fora de época, um cálice vinho do porto depois do amor, uma bolsa de água quente nos pés... — e ela agradecia — e eu sempre retrucava, dizendo: — Você sabe que eu eu sou um bom menino!
E cantarolava a musiquinha:
O bom menino não faz pipi na cama
O bom menino não faz malcriação
O bom menino vai sempre à escola
E na escola aprende sempre a lição
................
Papai do céu protege o bom menino...
Mas sempre mudava ou adaptava a letra a determinada situação...
A música O bom menino foi composta por Altamiro Aquino Carrilho (Altamiro Carrilho) e Irany Carlos de Oliveira (Irany de Oliveira).
Tornou-se grande sucesso nacional na interpretação do palhaço Carequinha, tendo sido gravada também por Leandro e Leonardo, Patati Patatá, Xuxa, entre outros.
Ilustração: Gravura Etnias. Fonte: https://th.bing.com/
No e-book População, emigração e a Colônia de Nova Baden - Fascículo 7 da Coletânea PEQUENA HISTÓRIA DE ÁGUAS VIRTUOSAS DE LAMBARI [1], informo que:
A formação populacional de Águas Virtuosas de Lambari ocorreu, basicamente, no Século XIX, com a chegada de elementos brasileiros – paulistas, fluminenses – de imigrantes europeus e de etnias indígenas, africanas e mestiças, sendo que da cidade de Campanha saiu a maioria dos moradores da novel povoação das Águas Santas da Campanha, uma das primeiras denominações de nossa cidade.
A seguir, faço breves comentários sobre as Muitas etnias na povoação de Lambari.
Vamos lá!
Etnia significa grupo que é culturalmente homogêneo.
Do grego ethnos, povo que tem o mesmo ethos, costume, e tem também a mesma origem, cultura, língua, religião, etc. [2]
Desse modo, Etnia refere-se
a um grupo humano que compartilha uma herança cultural comum, incluindo tradições, língua e comportamentos.
É um conceito que distingue grupos com base em fatores como ancestralidade, nacionalidade ou região geográfica de origem.
A etnia é importante para a compreensão da diversidade cultural e da identidade individual e coletiva.
Além disso, é fundamental diferenciar etnia de raça, sendo que a etnia se baseia em afinidades culturais, enquanto a raça é um conceito socialmente construído que sugere diferenças biológicas. [3]
Acresça-se que
Existem dezenas de milhares de grupos étnicos diferentes no mundo, cada um valorizando uma identidade cultural própria. Os eslavos, os maoris, os semitas, os bantus, os germânicos, os timenés e os ianomâmis são alguns exemplos. As relações interculturais nos ensinam a respeitar a legitimidade mútua de cada etnia, o que significa o oposto do etnocentrismo.
As diferenças sociais e culturais significam que os indivíduos ou grupos são apenas diferentes e não superiores ou inferiores. O indivíduo originário de uma etnia africana é diferente de um chinês ou de um eslavo, mas essas características particulares só servem para perceber que todo ser humano é igual exatamente porque cada um é único. [4]
[**] Habitantes de Minas - Gravura - J. M. Rugendas
[**] Escravizados na senzala - Gravura - J. M. Rugendas
[**] Indígenas na plantação - Gravura - J. M. Rugendas
MUITAS ETNIAS NA POVOAÇÃO DE LAMBARI
No e-book já citado [1], escrevi:
[1] - Pág. 11
Na história de Campanha — cidade-mãe de inúmeras outras cidades do Sul de Minas — vamos encontrar dois casos simbólicos da miscenação que ocorria nos anos 1800.
Confira:
[1] - Págs. 11
A PASSAGEM DE MARIANNA BÁRBARA FERREIRA, MADRINHA DE PADRE VÍTOR
Registra GAETANO PASSARELI, no livro Francisco de Paula Victor, Apóstolo da caridade [5],
notável passagem de MARIANNA BÁRBARA FERREIRA, que casou-se com um indígena e adotou um escravizado chamado Francisco de Paula Victor — o nosso Padre Vítor.
Confira:
[1] - Págs. 11/12
[*] P. Francisco de Paula Victor - A história ilustrada
[1] PEQUENA HISTÓRIA DE ÁGUAS VIRTUOSAS DE LAMBARI - Vol. 7 - População, emigração e a Colônia de Nova Baden - https://rl.art.br/arquivos/7457123.pdf
[2] https://www.significados.com.br/etnia/
[3] IA/Copilot/Microsoft
[4] https://brasilescola.uol.com.br/sociologia/etnia.htm
[5] PASSARELI, Gaetano. Francisco de Paula Victor, Apóstolo da caridade. São Paulo, Paulinas, 2013
[*] P. Francisco de Paula Victor - A história ilustrada - Gaetano Passareli (autor) - Cristian Mirra (Ilustração) - Edizioni Valore Italiano™ Lilamé™ - Edição do Kindle.
[**] Gravuras de Johann Moritz Rugendas - Internet
Ilustração: Edu Coimbra, o maior craque da história do América do Rio, falando sobre o tom vermelho da famosa camisa, que inspirou as cores do nosso Águas Virtuosas
Como sabemos, o Águas Virtuosas Futebol Clube foi fundado a 2 de agosto de 1926, conforme consta da ata da assembleia, de 12 de junho de 1927, que aprovou o estatuto do clube. (aqui)
E as cores de sua camisa foram inspiradas pelo vermelho/branco do América do Rio de Janeiro.
Por essa razão, nasceu grande simpatia da torcida lambariense por esse clube, que visitou nossa cidade por duas vezes: em 1968 e 1988.
O Sputnik de janeiro de 1961 saudou o campeão.
O site GUIMAGÜINHAS já dedicou alguns posts ao América.
Confira:
Visitantes ilustres: http://www.guimaguinhas.prosaeverso.net/blog.php?idb=36972
Águas Virtuosas Futebol Clube (39) - Águas x América (RJ) - https://guimaguinhas.prosaeverso.net/blog.php?idb=38326
Os uniformes do AVFC: http://www.guimaguinhas.prosaeverso.net/blog.php?idb=37608
Na década de 60, o América montou times extraordinários, nos quais se destacaram craques como Djalma Dias, Ubirajara, Rosan, Alex, Almir, Antunes e Eduzinho, esses dois últimos irmãos do Zico (Flamengo).
Edu foi um jogador fora de série e o segundo maior goleador do clube, com 212 gols, atrás apenas de Luizinho (311 gols).
A PELADA COMO ELA É/MUSEU DA PELADA
Em seu blog A PELADA COMO ELA É, o jornalista Sergio Pugliese repercutiu diversos posts do site GUIMAGÜINHAS, como estes:
https://guimaguinhas.prosaeverso.net/blog.php?idb=38113
Sergio Pugliese tem também um canal no Youtube:
https://www.youtube.com/@MuseudaPelada
Pois bem, esta semana o Museu da Pelada trouxe um corte de vídeo com Edu Coimbra, no qual ele fala de sua admiração pelo uniforme do América.
Confira:
https://www.facebook.com/watch/?v=1377897786784249&rdid=ggWXUfqjlWZ8iZNE
Essa admiração de Edu Coimbra pelas cores da camisa do América (RJ) é também a nossa pelas cores da camisa do Águas Virtuosas Futebol Clube.
Confira abaixo o que o site GUIMAGÜINHAS já escreveu sobre isso.
Como bem disse o Edu Coimbra: — Tem o vermelho escuro, tem o claro, e tem o vermelho da camisa do América!
E nós dizemos — E assim também o vermelho da camisa do Águas Virtuosas!
Confira estes posts:
E como não podia deixar de ser, o HINO DO ÁGUAS VIRTUOSAS, composto por J. R. de Almeida Neto e Maria Letícia Carvalho, vai exaltar a impagável camisa vermelha do Águas Virtuosas:
Confira estes posts:
Ilustração: Celeste, semana após semana, na ACREDITAR/ONCOLOGIA D'OR, sempre sorrindo, pensamento positivo, na fé e esperança de ser curada [A expressão Bem-querer é tomada aqui como nome próprio, daí a grafia diferente da indicada pelo VOLP]
A caminho de Jerusalém, Jesus passou pela divisa entre Samaria e Galiléia.
Ao entrar num povoado, dez hansenianos dirigiram-se a ele. Ficaram a certa distância
e gritaram em alta voz: "Jesus, Mestre, tem piedade de nós! "
Ao vê-los, ele disse: "Vão mostrar-se aos sacerdotes". Enquanto eles iam, foram purificados.
Um deles, quando viu que estava curado, voltou, louvando a Deus em alta voz.
Prostrou-se aos pés de Jesus e lhe agradeceu. Este era samaritano.
Jesus perguntou: "Não foram purificados todos os dez? Onde estão os outros nove?
Evangelho de Lucas 17:11-17
Na passagem acima, nota-se que o Evangelista não ressalta a cura em si, e sim o que se dá em seguida: — a importância da gratidão.
Dos dez que foram curados, somente um retorna para agradecer a Jesus.
Pois bem, hoje — 3 de maio de 2025 — completam-se 3 meses do retorno da minha Celeste para a Vida Maior.
Daí, esse agradecimento ao Médico dos Médicos e aos que cuidaram dela, desde o início de sua doença até os últimos dias.
GRATIDÃO AOS QUE CUIDARAM DA CELESTE
Celeste sentiu os primeiros sintomas da doença no dia 9 de dezembro de 2022, quando estávamos em Campos do Jordão, comemorando 50 anos do início do nosso namoro.
E descobriu seu câncer em abril de 2023, em Varginha.
Tratou-se, em Brasília, por quase dois anos, vindo a falecer em 3 de fevereiro de 2025.
Ela passou pelo doloroso ciclo da doença/tratamento/desencarnação sem esmorecer.
Sempre foi assim: tenaz, insubmissa, resiliente!
Sofreu resignada, sem reclamar, suportando estoicamente três cirurgias, diversas internações e todos os incômodos, perrengues e dores do seu tratamento.
Disciplinada, seguiu todas as recomendações médicas: repouso, regime, exercícios, fisioterapia, medicamentos, exames, quimio intravenosa e oral.
Manteve acesa a chama da Fé: orou, cultivou pensamentos sadios, exerceu a paciência e aceitou sua provação — certa de que Deus é o Senhor do Tempo!
Rezou com todos os credos e buscou ajuda espiritual nas igrejas, nos centros espíritas, nas correntes espiritualistas!
E em inúmeros lances desse processo pudemos sentir a mão da Providência agindo em seu favor!
Lutou com todas as suas forças para continuar a viver!
Queria aproveitar a aposentadoria, curtir a família por mais tempo, ver os netos crescerem — queria vê-los todos formados!
Teve por perto durante esses dois anos seus filhos, noras e netos — que lhe deram assistência, carinho, energia!
Perseverou até o fim, e se não pôde ser curada aqui dos males do corpo físico, o foi certamente no corpo celestial de que fala o Apóstolo Paulo.
Confiante nas Leis Cósmicas da Evolução Espiritual, partiu serena, conversando com os amigos espirituais que a assistiam.
Pois era, como diz o Espírito Irmã Sheilla: uma doente saudável do ponto de vista espiritual!
Aos médicos que trataram de Celeste, inicialmente, em Varginha, e depois em Brasília, e assim também às equipes do HOSPITAL SANTA LUZIA, da CLÍNICA ACREDITAR, do H-DIA, da QUALIFISIO ADVANCE e do UNAFISCO SAÚDE, deixamos aqui consignada nossa gratidão!
Os médicos de Varginha, são eles: Dr. Marcelo Figueiredo Filardi (gastroenterologista) e Dr. Leandro Tibúrcio Regina (endoscopista).
Os de Brasília: Dr. Bruno Carvalho de Oliveira (oncologista); Dra. Paula Miranda Moraes (oncologista); Dr. Diego Burgardt (cirurgião); Dr. Francisco Diogo (urologista).
No HOSPITAL SANTA LUZIA, onde fez cirurgias e outras intervenções, agradecemos aos médicos, enfermeiros, técnicos e demais profissionais que a assistiram com dedicação e carinho, especialmente na UTI oncológica.
https://www.rededorsaoluiz.com.br/hospital/santa-luzia
Na CLÍNICA ACREDITAR (Pio X), agradecemos a todos os funcionários que nos atenderam, quase que semanalmente, da recepção ao ambulatório.
No H-DIA, onde recebeu nutrição oncológica, agradecemos aos especialistas de saúde que deram a ela reforço nutricional e apoio emocional.
Na QUALIFISIO ADVANCE, agradecemos à equipe que cuidou de suas dores, incômodos e perrengues, por efeito da quimioterapia.
Celeste, semana após semana, na ACREDITAR/ONCOLOGIA D'OR, sempre sorrindo, calma e confiante.
Eu batia a foto e ela dizia: — Poste nos grupos da família, para que todos vejam que estou bem e em busca da cura!
E no UNAFISCO SAÚDE, agradecemos à concierge Sabrina Moreira e sua equipe, à Mariana e a todos os demais funcionários que nos atenderam.
E agradeço particularmente ao meu amigo e colega da RFB Ricardo França (e aos seus amigos).
E agradecendo a ele, agradeço aos parentes e amigos que a visitaram e cuidaram dela, que escreveram e mandaram presentes e livros, e assim também aos demais amigos e parentes dos meus filhos — pelo apoio de todas as horas.
https://www.researchgate.net/profile/Leandro-Regina
rededor/acreditar
https://drdiegoburgardt.com.br/
https://www.doctoralia.com.br/francisco-diogo-rios-mendes/urologista/brasilia#profile-reviews
A concierge Sabrina Moreira e sua equipe (UNAFISCO SAÚDE)
Rede Oncológica D'Or/ACREDITAR
Dr. Diego Burgartd com Celeste, na Clínica ACREDITAR
Dr. Diego Burgartd com meu filho, Guimarães Júnior, em seu consultório
Ilustração: Rafaela e Paulo Emílio lendo o livro de histórias da vovó Celeste
Como já dissemos, Celeste e eu escrevemos uma coletânea de histórias de nossos netos, intitulada CASA GORDA - O RECANTO DOS NETOS - Coletânea Histórias da Casa Gorda, e imprimimos alguns tomos da coleção para leitura da família:
Coletânea Histórias da Casa Gorda - https://guimaguinhas.prosaeverso.net/blog.php?idb=66338
LER, CONTAR E ESCREVER HISTÓRIAS
No Tomo II - LER, CONTAR E ESCREVER HISTÓRIAS narramos como divertimos os netos com desenhos, leituras e contação de histórias, seguindo o modelo de nossos avós, eles que foram grandes contadores de histórias.
E as crianças já estão se deliciando com as histórias, nas quais eles são também personagens.
Veja:
Rafaela e Paulo Emílio lendo as histórias da vovó Celeste
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