Guimagüinhas
Memórias familiares e de minha terra natal
Meu Diário
24/09/2015 08h56
LITERATURA DE AGUINHAS (21) - Trabalhos acadêmicos sobre Águas Virtuosas

Ilustração: brasão do município de Lambari (MG)


SUMÁRIO


Apresentação

O site GUIMAGUINHAS foi criado em março de 2013, mas começou a divulgar seus primeiros posts em maio de 2013, estando no ar, portanto, há dois anos e meio.

Nesse período, na bibliografia que conhecemos e utilizamos (MEMÓRIAS DE AGUINHAS - aqui), mencionamos alguns textos e trabalhos acadêmicos sobre a rica história de nossa cidade. E, também, fomos contatados algumas vezes por pessoas interessadas em informações e referências bibliográficas, com vistas à elaboração de artigos e textos escolares e universitários sobre aspectos de nossa história: descoberta e propriedade das águas, evolução administrativa do município, as obras fundadoras da cidade (Cassino, Lago, Farol), a Questão Minas X Werneck, etc.

Neste post vamos traçar alguns comentários sobre isso.

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Trabalhos acadêmicos

Trabalho acadêmico é o texto (em sentido lato ou estricto) resultante de algum dos diversos processos ligados à produção e transmissão de conhecimento executados no âmbito das instituições ensino, pesquisa e extensão universitária, formalmente reconhecidas para o exercício dessas atividades.

Como trabalhos acadêmicos longos citam-se: Tese (para doutorado), Dissertação (para mestrado), monografia (para gradução), Trabalho de Conclusão de Curso- TCC (para tecnlógos e técnicos). De outro lado, artigos, relatórios, fichamentos, resenhas, comunicações são considerados trabalhos curtos.

Para saber mais veja este texto (aqui)

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Monografias e artigos técnicos sobre ÁGUAS VIRTUOSAS (DO LAMBARY)

1 - Monumentos da água no Brasil: Pavilhões, fontes e chafarizes nas estâncias Sul Mineiras (1880-1925)

  


Francislei Lima da Silva. [Dissertação (Mestrado em História) – Universidade Federal de Juiz de Fora, Juiz de Fora, 2012. Disponível aqui


RESUMO: A região do Sul de Minas tem o seu passado histórico marcado pela edificação das estâncias balneárias de Águas Virtuosas de Lambary e Águas Virtuosas do Caxambu, em finais do século XIX e início do século XX. Duas vilas transformadas em Hidrópolis: centros difusores de hábitos saudáveis e civilizados, que fundaram seus princípios a partir do poder de cura das águas minerais. Sua particularidade esteve no esforço por equipar as vilas com monumentos da água, que ofereceram uma abundancia de recursos hídricos, combinando o conhecimento de hidráulica ao do engenheiro e do arquiteto. A construção de fontes, pavilhões e chafarizes favoreceu o processo de edificação do complexo aqüífero. Tais ações fazem dos balneários um importante objeto de estudo para compreendermos o processo de modernização das cidades mineiras, dentro de um exemplo particular, que se oferece por meio de uma política hidráulica. Com a execução dos trabalhos de modelação e embelezamento tinha-se o intuito de edificar imponentes fontaines d’art para a vila com vocação de terma. Criou-se em torno das fontes, utilizando-se de um vasto repertório hidromitológico, uma multiplicidade de interações sociais e um universo simbólico caracterizado pelos temas das águas de cura e da juventude. Palavras-chave: Monumentos da Água, estância balneária, arte das fontes.

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2 - Como Esaú e Jacó: Oligarquias Sul-Mineiras no final do Império e Primeira República

  • Ver o tópico: A construção da Estância Balneária de Águas Virtuosas, págs. 123/153.

 


Fábio Francisco de Almeida Castilho. Tese. Faculdade de Ciências Humanas e Sociais, Universidade Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, Programa de Doutorado em História, Área de Concentração em História e Cultura Política, Franca, 2012. Disponível aqui


RESUMO: Este trabalho busca problematizar o posicionamento da elite sul-mineira no processo de derrocada do Império e passagem para o regime republicano. Pretendemos averiguar quais foram, e se é que existiram, as alterações na forma de fazer política e se manter no poder após a Proclamação da República. Analisamos esta questão na região conhecida como “Sul de Minas”, pois a mesma é apontada pela historiografia como hegemônica no período em evidência e seus principais representantes ocuparam importantes cargos dentro do novo governo. Para melhor compreender as estratégias e ações de permanência no poder, abordamos uma série de episódios políticos que contaram com a participação de dois grupos sul-mineiros do início do novo regime. Destacamos a existência do grupo liderado por Silviano Brandão, os silvianistas, e a facção identificada com o republicanismo histórico. Os episódios averiguados; que cobrem disputas nos âmbitos local, estadual e nacional; revelam como o silvianismo construiu uma hegemonia estadual e posteriormente lançou-se à disputa nacional silenciando a oposição e perpetuando-se no poder com base em um discurso que afirmava a coesão e harmonia política em Minas Gerais, camuflando práticas e cabalas políticas de exclusão e alijamento de seus opositores. Palavras-chave: Sul de Minas. Primeira República. Elite Política. Coronelismo. Silviano Brandão. 

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3 - A lenda de Lambari por uma perspectiva semiótica: Construção de sentido, origens e ideologia

 

Roberto Junho de Carvalho. 2015. 142 f. Dissertação (Mestrado) – Universidade Vale do Rio Verde (UninCor), 2015. Disponível aqui


RESUMO: A origem da cidade de Lambari, situada no sul de Minas Gerais e conhecida mundialmente por suas águas minerais, é contada numa lenda. A lenda narra a história de um amor impedido de se concretizar, pois, a noiva do jovem Tancredo fora acometida por grave enfermidade e nenhum recurso disponível pela medicina conseguia curá-la. Então, por indicação de um escravo, a família de Cecília e seu noivo viajam para a região do Lambari e a moça, ao se tratar com as águas minerais, reveladas pelo cativo, fica curada. Como gratidão à Nossa Senhora da Saúde, Cecília, manda construir uma capela no local das águas e ali é celebrado seu casamento. Em torno da ermida, surgiria, mais tarde, a cidade de Lambari. Essa lenda circulou no domínio da oralidade por várias gerações tendo surgido, provavelmente, em torno de 1780, a data que se menciona oficialmente a existência das águas minerais em documentos da Câmara da cidade da Campanha, cidade a que, na época da revelação das águas, pertencia o território das fontes. Como nosso trabalho tem por finalidade estudar a construção de sentido na lenda de Lambari, para servir de corpus para nossa pesquisa desejávamos encontrar uma versão escrita da lenda. Esse objetivo foi alcançado através de pesquisa documental realizada na Biblioteca Pública Municipal Basílio de Magalhães. Nesse estabelecimento tivemos acesso às obras de Martins (1971) e Carrozo (1985). Nas duas obras encontramos versões escritas da lenda que foram usadas como corpus para as análises. Esses autores escreveram sobre a história e aspectos geográficos da cidade de Lambari, além de apresentar esclarecimentos sobre as águas minerais e a atividade turística desenvolvida no município. Convém ressaltar que a lenda das “águas santas” se insere entre os discursos fundadores do município, sendo um dos discursos de fundação e identidade mais significativos para a cidade de Lambari e apresenta em seu texto influência mítico-religiosa. Ao constatarmos esse fato buscamos compreender os caminhos percorridos pelo discurso mítico-religioso, até chegar à região de Lambari e projetar sua voz no texto da lenda. Além das influencias míticas contidas na lenda procuramos evidenciar também as ideologias que se apresentam no texto. Em primeiro plano destacando as ideologias de base, que migraram do texto oral para o texto escrito. Em segundo plano investigando vestígios ideológicos que os enunciadores das versões da lenda deixaram no texto escrito. Mas antes de chegar ao nível ideológico procuramos demonstrar como a semiótica, através do percurso gerativo de sentido, oferece ferramentas para a compreensão textual e aplicamos essas ferramentas de análise no texto da lenda. Como o discurso cita outros discursos, a fim de compreender melhor as ideologias presentes no texto da lenda, fez-se necessário algumas incursões na história de Lambari na tentativa de encontrar pontos de ligação entre a lenda e a história da cidade. Em nossas conclusões fizemos uma pequena discussão sobre como as ideologias do momento de fundação e do início do processo de formação ainda permanecem na memória social do povo lambariense influenciando seus ideais. Palavras-chave: Lenda; Mito; Semiótica; Ideologia.


4 - Américo Werneck: O Haussman de Águas Virtuosas

  


Fábio Francisco de Almeida Castilho. Artigo Técnico apresentado no XXVI Simpósio Nacional de História - ANPUH - São Paulo, julho de 2011. Disponível aqui


RESUMO: Nosso objetivo neste artigo será o de investigar a trajetória de Américo Werneck e a construção da estância balneária de Águas Virtuosas, estudando a cidade e seu processo de transformações no tempo, pois seus projetos e protagonistas lhe conferiram nova forma e novo sentido. Em outras palavras, com o estudo da história de Águas Virtuosa tencionamos identificar as motivações dos atos políticos do Estado e de seus agentes, estabelecendo a relação entre o crescimento da cidade, a urbanização e a organização da vida social e política, pretendemos historicizar as atitudes e comportamento dos indivíduos, dos grupos e das instituições envolvidas no processo modernizador em curso na cidade durante a passagem do regime imperial para o republicano, destacando os bastidores do jogo político que possibilitou a construção da pujante estância. 

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Referências

  • Site GUIMAGUINHAS - Bibliografia sobre Águas Virtuosas do Lambary - aqui
  • Site Wikipedia
  • Curso de Atualização em Normalização Bibliográfica - Mod. 2 - Trabalhos acadêmicos: monografias, dissertações, teses e memoriais - UFSJ - aqui

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Publicado por Guimaguinhas
em 24/09/2015 às 08h56
 
16/09/2015 22h45
ABI - Algumas pessoas da história da ABI

SUMÁRIO


Introdução

Lambari foi pioneira na produção de equipamentos para o mercado de laticínios, com a fundação das Indústrias ABI, em 1913. 

A ABI, pouco tempo depois, diversificou seus negócios (aqui), nos anos 1970, acabou sendo vendida, e depois encerrou suas atividades. Mas deu origem a diversas outras empresas especializadas na fabricação de máquinas para a indústria leiteira, bem como equipamentos para as indústrias alimentícia, química, farmacêutica e cosmética. (aqui). 

Nos primórdios dessa indústria, a matéria-prima era o aço estanhado, depois vieram o aço inoxidável, a fibra de vidro e os materiais plásticos. 

As fotos e informações abaixo resgatam algumas pessoas que construíram parte dessa história.

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Fotos

Funcionários da ABI, anos 1970. Na foto, entre outros: Tadeu Abraão, Paulinho do Argemiro, Wilson Costa, Guelinha, Paulinho Costa, Sérgio Teixeira, Aldo, Irineu, Vitão.


Dona Duca, no escritório da ABI. Fonte: Fonte: Reprodução. Facebook


Operários da Biasinox carregando um caminhão (1986). Na foto, entre outros: SérgioTeixeira, Tatá, Tadeu Abraão, Vitão, Paulo Amaro.


Visita do Ministro Mário Andreazza, anos 1970. Na foto, da esquerda para a direita, entre outros: Jairo Ferreira (prefeito), Sebastião Fernandes, Vera Schaib, Andreazza, Wadinho Biaso.


Domingos do Espírito Santo trabalhando uma peça de inox


Festa na ABI. Ao centro: João Batista, Raimundo e Silvinho. Fonte: Reprodução. Facebook


Time do GR. ABI, em 1972: Em pé: Edson, Tinz, Vaca, Delém, Guima e Celinho. Agachados: Roberto, Xepinha, Sérgio, Tatá e Pedro Guela

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Sites de empresas (Inox, Plástico e Fibra de Vidro)

Visite os sites de algumas empresas de Lambari

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Veja também

Veja também estas reportagens:

  • Empresas de Lambari são destaques no 26º Congresso Nacional de Laticínios - Expomaq (aqui)
  • Fabricantes de equipamentos de aço inox apostam no Nordeste (aqui)

E estes posts:

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Referências

  • Museu Américo Werneck
  • Ninho Costa e Hélcio do Espírito Santo, a quem agradecemos pela cessão de fotos
  • Organizações ​Globo (Pequenas Empresas, Grandes Negócios)
  • Varginha on-line
  • Facebook - Lambari em Textos e Fotos

(*) Se você, caro(a) visitante, tiver notícias, informações, casos e fotos dessa época, ou quiser fazer alguma correção ou complementação ao texto aqui publicado, entre em contato conosco neste e-mail: historiasdeaguinhas@gmail.com

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Publicado por Guimaguinhas
em 16/09/2015 às 22h45
 
09/09/2015 13h08
MEMÓRIAS POLÍTICAS DE AGUINHAS (4) - Intrigas políticas

SUMÁRIO


Introdução

Tão velha quanto o mundo, a intriga política está presente em toda disputa eleitoral que se conhece. Antigamente, eram boletins e jornaizinhos — a maioria com matérias apócrifas — que se distribuíam à soturna, ou denúncias anônimas que circulavam em meio ao eleitorado. Atualmente, além desses meios, há a boataria eletrônica — mais rápida e eficiente.

Resultado de imagem para /humberto-de-campos.jpg Pois bem, neste post, vamos resgatar uma crônica de autoria de Humberto de Campos em que o escritor lembra expedientes políticos dessa natureza na Parnaíba (PI) do início do Século XX, e também um velho boletim de intriga política que circulou em nossa terra em antiga década do século passado. Vamos lá.

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A crônica de Humberto de Campos

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Um antigo boletim político de Aguinhas

Como é sabido, na história de nossa cidade, houve dois longos intervalos de tempo sem eleições municipais, época em que os prefeitos eram nomeados, quais sejam:

  • de 1909 a 1947
  • de 1966 a 1985.

  • Veja este tópico: Prefeitos de Lambari (aqui)

​​Mas, claro, mesmo nesses períodos a disputa política permaneceu, e era comum a circulação de boletins, tal o que mostramos abaixo.

Mencionando um ou outro fato, misturados a sugestões e entrelinhas, tais boletins costumavam ser vazados num certo estilo: má redação, erros de português, linguagem grandiloquente, acusações sem prova, insinuações maldosas, surradas citações, frases de efeito...

Abaixo, trechos de um antigo boletim, dos tempos de Lambary com Y, provavelmente elaborado num mimeógrafo a tinta:



E nessa toada, vinham acusações, insinuações e intrigas de toda a espécie — perseguições a adversários, desvios e empreguismo —, como se pode ver da amostra abaixo:


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Vocabulário de Aguinhas

  • Prelo: Prensa tipográfica
  • Mimeógrafo: Aparelho para imprimir cópias de textos feitos sobre um papel especial chamado estêncil.
  • Quinzenário: Periódico quinzenal.

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Referências

CAMPOS, Humberto de. Memórias [Primeira Parte - 1886 - 1900] - Rio de Janeiro : W. M. Jackson Editores - 1962.

Museu Américo Werneck - Lambari

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Veja também estes textos da Série MEMÓRIAS POLÍTICAS DE AGUINHAS:


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Publicado por Guimaguinhas
em 09/09/2015 às 13h08
 
01/09/2015 07h17
VOCABULÁRIO DE AGUINHAS (9) - Topônimos de Aguinhas (1)

Ilustração: Gravura de camiseta da marca Minas Brasil.


SUMÁRIO


Também nos divertíamos muito, lembrando ditos, expressões e

trovas populares, além de colecionar palavras em desuso na

língua, catadas tanto aos clássicos como aos matutos do

Sul de Minas Gerais.

(Do livro inédito : Pai Véio, um contador de histórias, de Antônio Lobo Guimarães)

 

Pelo que respeita à linguagem, tanto culta, como familiar ou popular,

é lá [em Minas Gerais] que me parece estar a feição primitiva.


(Gladstone C. de Melo, linguista e professor, de Campanha, MG,no livro A língua do Brasil)


Introdução

Topônimo, segundo os dicionários, significa:

(1) Nome próprio de lugar, ou de acidentes geográficos. (2) Nome próprio de um lugar como rio, cidade, povoação, país etc.; GEÔNIMO. (3) História, procedência de um nome geográfico.

Assim, na história de nossa cidade, destacam-se alguns topônimos, como Lambari, Jacu, Mumbuca, Serrote, por exemplos.

É isso que veremos a seguir.

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Resumo Histórico

Como se sabe, Lambari é corruptela de Arambari, por sua vez corruptela de Araberi, topônimo tupi que significa sardinha, peixinho (MILEO, 1968).

A cidade de Lambari (MG) surgiu de extensão de terras desmembrada do município de Campanha (MG). Inicialmente, essa extensão chamou-se Águas Virtuosas de Campanha, e abrangia áreas correspondentes aos atuais municípios de LambariJesuânia e Conceição do Rio Verde (parte).

Em 1901, foi criado o município de Águas Virtuosas do Lambary, com dois distritos: Águas Virtuosas (sede) e Lambari (correspondente a Jesuânia).

Conceição do Rio Verde, com território desmembrado dos municípios de Lambari e Baependi, tornou-se município em 30 de agosto de 1911 (Lei Estadual nº 556).

Em 27 de dezembro de 1930, deu-se a mudança do nome da cidade, de Águas Virtuosas para Lambari, pela Lei Estadual nº 9.804. E em 27 de dezembro de 1948, Lambari perdeu o distrito de Jesuânia, emancipado pela Lei Estadual nº 336.

Assim, no mapa abaixo, "Lambari" correspondia à antiga "Lambari", que atualmente é a cidade de Jesuânia, e a Águas Virtuosas, indicada no mesmo mapa, se refere à atual Lambari.


Fonte: Álbum Chorográphico Municipal de MG (1927)


  • Veja também este texto sobre as origem do município de Lambari: (aqui)

Bairros rurais e outras localidades de Lambari

A origem dos nomes de rios, acidentes geográficos, localidades, bairros, etc. reflete a história das pessoas que ali viveram ou ainda vivem, e, assim, sofre transformações com  o passar do tempo. Decorre de alguma característica física ou cultural do lugar, podendo advir de um curso d'água, de um monte ou serra, de uma vegetação, de uma capela ou santo de devoção, de uma fazenda, de uma povoação, de uma família ou morador antigos, de um estabelecimento que lá existiu. Muitas vezes, o nome popularmente conhecido é diferente do nome oficial. O nome oficial é fixado por legislação administrativa do município. 

Neste primeiro post, vamos examinar alguns nomes de bairros e localidades rurais de Lambari.

Vamos lá.


Cafundó: Lugar deserto e distante, de difícil acesso, geralmente entre montanhas.

O Dicionário Aurélio diz que se trata de palavra de possível origem africana, e dá esta definição:  baixada estreita entre lombadas sensivelmente altas e íngremes.

Silveira Bueno diz que pode ter vindo de cabondó,  do Tupi caa [= mato] e bo-ho [= ir pelo mato a dentro]

De cafundó há uma grande sinonímia: cafundó-do-judas, caixa-prego, fim do mundo, calcanhar-de-judas.

Capelinha do Embirizal: Embirizal designa o lugar que tem muitas embiras [do Tupi imbira].

Embira é a fibra que se extrai de certas plantas ou arbustos da fam. das timeleáceas, esp. as do gên. Daphnopsis.

De embira saíram expressões tais como: Chupar (ou lamber) embira --> [= passar fome, não ter o que comer]. Meter (ou amarrar) nas embiras --> [= recolher preso, ou amarrar]

Congonhal: Congonha é designação comum a numerosos arbustos de várias famílias, entre elas as aquifoliáceas, cujas folhas servem para chás ou tisanas. Assim, congonhal designa o lugar que tem muitas congonhas.

Folheta: Dicionário Caldas Aulete dá os seguintes significados: (1) pequena folha ou lâmina de metal ou de madeira (2) Palheta, latão laminado, dourado ou prateado, com que se fazem obras de passamanaria*.

Já o Dicionário O Globo, anota esta outra acepção: lâmina de metal, que se põe por baixo das pedras preciosas engastadas.

Mandembo: [Entomologia] Certa abelha silvestre de Minas Gerais. 

Nos Dicionário Houaiss e Aurélio, há o vocábulo Mandembe [Var. mandengo], com o significado, em MG e GO, de lugar de mato cerrado, de difícil acesso. 

Mumbuca: s.f. Espécie de abelha preta. Origem tupi, mõ buca, que furta, que penetra. Var. mombuca.

Jacu: Segundo Silveira Bueno: Pássaro do Brasil, galináceo estimado pelo sabor da carne. Vem do Tupi yacu 'o que come grãos' --> [y = aquele] + [a = grão] + [cu = come].

Piripau: Não encontramos nenhum registro do significado da palavra piripau. O pouco que conseguimos foi isto:

Piri [ variações: piperi, pipiri, piripiri ] é o nome tupi de uma ou mais espécies de junco, que cresce nos alagadiços, utilizado na fabricação de esteiras. Do seu caule, fazem-se flautas de brinquedo.

Encontramos, também, o registro da palavra Pipiripau, de origem Tupi, como nome de alguns rios brasileiros, havendo mais de uma significação para a palavra. Por exemplos:

—  rio raso e cheio de pedras no meio. Ou: —  caminhos das ilhas dos juncos. E, ainda: — o que recebe. 

Já em outras publicaçõesPiripau aparece como sendo um componente da jangada nordestina, isto é: — a parte arredondada do fundo da canoa, com uma abertura no centro, para firmar o mastro. 

Serrote: Pequena montanha.  Monte ou serra pequenos. Em Lambari, corresponde à pequena serra, ao pé da qual o Rio Mumbuca desce em direção à foz do Rio Lambari, para formar o Rio Itaici, que acabou por dar nome ao bairro rural.


E Mantiva, o que significa?

Não conseguimos nenhuma informação acerca do vocábulo MANTIVA, que nomeia um dos nossos bairros rurais.

Assim, se você, caro visitante, tiver alguma informação sobre a origem e/ou significado de MANTIVA, entre em contato conosco neste e-mail:  historiasdeaguinhas@gmail.com


  • Observação 1

Em 4 de agosto de 2019, recebemos e-mails de Franciele, que fez as seguintes observações quanto à origem do termo MANTIVA:

  • Que sua avó Aneia Domingues do Espirito Santo informou que seu avô José Domingos dos Reis costumava dizer que os moradores da localidade tinham muita fé em Nossa Senhora, e assim passaram a chamar o lugar de mantiva, que derivaria do manto [*] característico daquela santa.
  • Acrescentou ainda que nas terras do seu bisavô há uma igrejinha do bairro, cuja padroeira é N. S. Aparecida.

Fica registrada a participação da nossa leitora, a quem agradecemos pela informação.


[*] Manto - Segundo os dicionários, manto deriva do latim ibérico mantus, significando:

  • capa sobreveste, agasalho
  • vestidura larga e sem mangas, para abrigo da cabeça e do tronco

De mantus vem ainda:

  • manta (feminino de manta): cobertar, agasalho, chale grande.
  • mantilha (diminutivo de manto): manto, chale usado pelas mulheres para cobrir a cabeça e metade do corpo.

O dicionário eletrônico Michaelis dá o seguintes significados para manto:

  • Capa com cauda e roda, que geralmente se prende aos ombros, usada por nobres e militares, em atos solenes.
  • Veste feminina semelhante a uma capa, larga, comprida e sem mangas, que se usa sobre o vestido, cobrindo a cabeça e o tronco.
  • Hábito usado por certas religiosas.
  • Véu preto, muito longo, usado antigamente por mulheres da nobreza em sinal de luto.

  • Observação 2

Em 28/9/2023, divulgamos este post Topônimos de Aguinhas em nosso Facebook, e recebemos a seguinte colaboração de Elton Siqueira, visando a esclarecer a origem do termo MANTIVA:


 Como curiosidade, registre-se que há uma empresa chamada CASA MANTIVA, que produz azeite extravirgem e outros produtos a base de azeite, com sede na Fazenda Serra dos Rosas, localizada entre os municípios de Gonçalves, Paraisópolis e Consolação, no Sul de Minas.

https://www.facebook.com/pg/casamantiva/about/


NOTA

Outros topônimos da zona rural de Lambari:

  • Acidentes geográficos: Barba de Bode, Campos, Cachoeirinha, Vargem Grande, Três Barras, Posses, Barro Branco, Trinta Alqueires, Serrinha, Água Limpa (Congonhal), Tijuco Preto
  • Fauna: Marimbondo
  • Moradores/famílias: Garcias
  • Homenagens a Santos:  Santa Quitéria, São João, São Bartolomeu, São Simão

(*) Há muita atividade religiosa católica nos bairros rurais de Lambari.

  • Confira neste link:  aqui

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Mapa dos bairros rurais de Lambari

  • Fonte: Wikimapia (aqui)

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Glossário

  • Aferese - [s.m. Ling.] Figura na diacronia da língua que, pela supressão de fonemas, explica a evolução e formação de palavras [Ex.: namorar < enamorar]
  • Corruptela - [s.m. Latim corruptela]Palavra que, por abuso, se escreve ou pronuncia erradamente.
  • Dissimilação: [s. f. || (gram.)] Modificação de vocábulos, letras ou sílabas, evitando-se a repetição de sons similares. [Opõe-se a assimilação.]
  • Haplologia - [Fonética] Supressão ou contração de elementos similares contíguos de um vocábulo: A forma 'bondadoso' evolui para 'bondoso' por um fenômeno de haplologia.
  • Nheengatu: [Bras. Gloss.] Língua geral do tronco tupi, usada no litoral brasileiro por vários povos indígenas até o séc. XVII, depois difundida e hoje falada na região amazônica por indígenas e não indígenas
  • Passamanaria - [passamanes] Galões, fitas, borlas, franjas ou enfeites similares, tecidos ou entretecidos de fios de ouro, prata, seda, us. como adorno ou acabamento de roupas, cortinas, estofados etc.
  • Sinonímia: 1. Relação de sentido entre dois vocábulos que têm significação própria. 2. Lista de sinônimos referentes a uma palavra ou noção. 3. Estudo ou teoria acerca dos sinônimos. 4. Qualidade das palavras sinônimas

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Pequena pesquisa sobre o topônimo LAMBARI

No livro A Diocese da Campanha, o Monsenhor José do Patrocínio Lefort informa que: 

Ocorre na histório-geografia mineira, desde o século XVIII, o topônimo Lambari. É a designação de um rio — Lambari, também chamado Taici, que nasce no município de Cristina. Após percorrer 85 km, deságua no Rio Verde (1), no município de Três Corações. Também é o nome de um antigo distrito, o do Senhor Bom Jesus de Matozinhos do Lambari, atual Jesuânia, de onde foi desapropriado o topônimo.

De origem tupi: araberi ou arabarê, tem a tradução de: baratinha ou peixinho. (2) Outros tupinólogos, entre eles Martius e Taunay, apresentam os vocábulos aramberi ou araveri, mediante a corruptela do r brando e a dissimilação da líquida, donde o aparecimento de Lambari. Na linguagem nheengatu, segundo Azevedo Marques (3), traduz a expressão rio de peixe cor de prata. Esses peixinhos comuns nas águas doces têm o nome científico de chálceus nematurus.

O topônimo Lambari aparece na carta-ofício do ouvidor sanjoanense, Cipriano José da Rocha, em 1737. Depois, em documentos esparsos de habiatantes diversos que se foram fixando em terras de cultura, nas margens desse rio.

  • (1) Anuário Fluviométrico  - Dr. Tasso Costa Rodrigues
  • (2) O Tupi na Geografia Nacional - 106, de Teodoro Sampaio
  • (3) Dicionário

No Grande Dicionário Etimológico, Prosódico da Língua Portuguesa, de Silveira Bueno,  encontramos:

Lambari - s.m. Peixe pequeno d'água doce. A forma correta é arambari e com aferese rambari, dando-se ao r som brando. A forma consignada pelos dicionários lambari, alambari é já acomodação portuguesa do termo tupi, isto porque, nesta língua geral do Brasil, não existe l nem lh.


E do Pequeno Vocabulário Português-Tupi, de Antônio Lemos Barbosa extraímos:

Registro da palavra "lambari" no Pequeno Vocabulário Português-Tupi, de Antônio Lemos Barbosa. 


  • Como se recorda, o padre Antônio Lemos Barbosa foi, por quase dez anos, nas décadas de 1930/40, pároco em Lambari. Homem culto, com cursos de aprimoramento em Roma, escreveu diversas obras sobre o Tupi-Guarani.
  • VEJA ESTE POST: Padre Barbosa e o Dicionário Português-Tupi (aqui)

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Referências

  • Grande Dicionário Etimológico, Prosódico da Língua Portuguesa [Silveira Bueno]  Vol. 2-4-5 - L/M - Saraiva,  SP, 1968.
  • Dicionário de Vocábulos Brasileiros. Beaupaire-Rohan. Garnier, BH, 2007.
  • Novo Dicionário Aurélio da Língua Portuguesa - Nova Fronteira, RJ, 1986.
  • Dicionário Brasileiro da Língua Portuguesa [O Globo] - Jornal O Globo, RJ, edição em fascículos.
  • Dicionário Contemporâneo da Língua Portuguesa [Caldas Aulete] - Editora Delta, RJ, 1964
  • Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa - Rio de Janeiro, Objetiva, 1a. edição, 2001
  • Aulete Digital - Dicionário on-line
  • Dicionário Miachaelis - on-line
  • Álbum Chorográphico Municipal de MG - Disponível aqui
  • Revista da Sociedade Brasileira de Geografia [Volumes 52-55] Google Books
  • Revista Brasileira de Filologia [Vols. 4-5, pág. 44] - Google Books
  • BERTRAN, Paulo. História da terra e do homem no Planalto Central. aqui
  • LEFORT, José do Patrocínio. A Diocese da Campanha, 1993.
  • MILEO, José N. A Água Mineral de Lambari. Cruzeiro, SP : Gráfica e Editora Liberdade, 3a. edição, 1968.

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Veja também

  • A Série VOCABULÁRIO DE AGUINHAS - aqui
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Publicado por Guimaguinhas
em 01/09/2015 às 07h17
 
27/08/2015 08h04
SUBSÍDIOS PARA A HISTÓRIA DO ÁGUAS VIRTUOSAS F.C. (2) - O Jockey Club

Ilustração: Recorte do timbre do Jockey Club de Lambary (anos 1930)


SUMÁRIO


Introdução

Nos anos 1920/30, em nossa cidade, corridas de cavalo eram realizadas em pistas improvisadas, em dois trajetos. O primeiro, na Volta do Lago, no trecho que vai do Cassino até a entrada do Pinhão Roxo; o segundo, na Volta do Ó, da Barragem até o Colégio Santa Terezinha (antes do antigo Hotel América). 

Alguns animais e jóqueis se notabilizaram nesses circuitos, como a égua Jandaia e o cavalo Paredão. Esse último, montado por Izolino Arantes, conquanto fosse um cavalo extraordinário, às vezes refugava o controle do jóquei, e chegou a provocar alguns incidentes. Num deles, venceu a corrida, mas não parou após a chegada, e seguiu galopando até a casa do Paulo Melo, do outro lado da cidade. Doutra feita, saiu da pista e derrubou o jóquei na entrada do Parque Novo, lançando-a contra um poste que ali havia.

Em tais corridas estão as origens do Jockey Club de Lambary.

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Fundação do Jockey Club de Lambari

Em 1926, ano de sua fundação, o Águas Virtuosas havia adquirido um espaço de terra, para sediar a futura Praça de Jogos do A.V.F.C.  (1) Esse terreno, situado à margem do Rio Mumbuca, tinha boa parte dele tomado por um brejo. Contratou-se à época o sr. Alberto Franco, que, com 12 carroças e um turma de trabalhadores, fez o aterramento do local. 

E, em 1936, foi criado o Jockey Club de Lambary, que viria a funcionar consorciado com Águas Virtuosas Foot-Ball Club. E no terreno mencionado acima, foi construída uma "pista própria para corridas de cavalo", que foi custeada por empréstimo tomado aos sócios fundadores do Águas Virtuosascomo se pode ver da ação abaixo, pertencente a José de Lorenzo:



Em 1940, já construído o hipódromo, fez-se um plano para edificação das arquibancadas, para o que foi elaborada a seguinte planta baixa da Praça de Jogos do A.V.F.C., que já incluía a pista de corridas:


Planta baixa, feita em 1940, da Praça de Jogos do Águas Virtuosas. A pista de corrida tinha 600 m de extensão, por 15 m de largura, em forma ovoide, com duas grandes retas, toda metrada e cercada de madeira.


 

Ao fundo, cercado de madeira em torno do antigo campo do Águas Virtuosas (anos 1940)

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Programas e corridas

Com o Jockey Club de Lambary em funcionamento, muitos criadores passaram a selecionar animais, procurar reprodutores de linhagem e treinar jóqueis. Muitos desses criadores ou proprietários de cavalos podem ser citados, tais como: Paulo Melo, Alberto Franco, Orlando Ribeiro, Francisco Prado, Josequinha Pinto, João Bibiano. A esse último, pertenceu o cavalo Tango, considerado o melhor de toda a história do jóquei.

Com o desenvolvimento das corridas, criadores de fora, do Rio e São Paulo, e bem assim de cidades próximas, passaram a trazer cavalos puros-sangues para participar do hipismo em Lambari.



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Proprietários e jóqueis

Lista de proprietários e jóqueis, anos 1930/40

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Construção da arquibancada

Em 13 de junho de 1940, a diretoria do Águas Virtuosas F. C. enviou ofício a Joaquim P. Salgado Filho, então presidente do Jockey Club Brasileiro, com sede no Rio de Janeiro, ao qual foi anexado um longo memorial, com descrições, fotos, programas e plantas, pedindo colaboração para a construção de arquibancadas na Praça de Jogos do Águas Virtuosas. 

Vejamos alguns documentos:


Ofício n. 15, de 3 de junho de 1940, assinado pelo presidente Dr. Manoel Airosa e demais diretores


Projeto da arquibancada

Planta baixa da arquibancada


Ofício do Jockey Club Brasileiro, assinado por Ademar de Faria, Secretário, comunicando o envio de Rs.500$000 (quinhentos mil réis) para disputa de um grande prêmio no hipódromo de Lambari e cobertura de parte das despesas de construção das arquibancadas.

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Monta e remonta

Jockey Club de Lambary mantinha contatos com a Diretoria dos Serviços de Remonta e Veterinaria do Exército, órgão do Ministério do Guerra, seja sobre a cobertura de animais, seja sobre as temporadas hípicas.

Vejam-se estes documentos:


Exemplar encaminhado ao Jockey Club de Lambary em 1940, com instruções sobre a cessão de reprodutores


A Temporada Hípica de 1940, organizada pela Diretoria dos Serviços de Remonta e Veterinaria do Exército, contemplava corrida e prêmio para o Jockey Club de Lambary.

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Glossário

  • Hipismo: Corrida de cavalos. O termo aplica-se também a outros esportes praticados a cavalo, como a equitação, o polo etc.
  • Hipódromo: Lugar adequado e equipado para a realização de corridas de cavalos.
  • Monta: Cobertura de animais de reprodução.
  • Pule: (do fr. poule). Bilhete de aposta nas corridas de cavalos.
  • Remonta: 1.Compra de gado cavalar ou muar para o exército. 2. Comissão militar ocupada nessa compra.
  • Turfe: (do ingl. turf) 1. Prado de corridas de cavalos; hipódromo. 2. O esporte das corridas de cavalos.

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Notas

(1) Trata-se do terreno do antigo campo do Águas Virtuosas, adquirido a Domingos Gonçalves de Faria, cuja entrada fica no início da atual Rua Francisco de Biaso (rua sem saída), como se vê abaixo:

Imagem Google Earth

 

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Referências

  • Esta série SUBSÍDIOS PARA A HISTÓRIA DO ÁGUAS VIRTUOSAS F.C. foi elaborada com base em livros, atas, correspondências e outros documentos existentes nos arquivos do clube.
  • Agradecemos a Benedito Moreira Franco, filho de Alberto Franco, pelas informações. Benedito, ainda menino, frequentava o Jockey Club. Seus irmãos mais velhos, Geraldo e João Franco, participavam das corridas, montando os cavalos do pai.

A Série

O número 1 (Fundação do A.V.F.C.) desta série SUBSÍDIOS PARA A HISTÓRIA DO ÁGUAS VIRTUOSAS FUTEBOL CLUBE está aqui

E o número 2,  aqui

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