Ilustração: Logo da série MARCOS HISTÓRICOS DE ÁGUAS VIRTUOSAS DE LAMBARI
Nesta série MARCOS HISTÓRICOS DE ÁGUAS VIRTUOSAS DE LAMBARI, vimos listando marcos fundamentais da história de nossa cidade.
Neste número 4 da Série, veremos a chegada, em 1883, do comboio da Estrada de Ferro Minas e Rio, em Três Corações do Rio Verde, que fazia parada em Conceição do Rio Verde/Contendas, donde saíam cavalos, carruagens e tropas em direção a nossa cidade. Veremos também o início da imigração de famílias italianas para Lambari, vindas principalmente de Latrônico. E, depois, assinala-se a chegada de importantes homens públicos que contribuíram para o desenvolvimento da Vila de Águas Virtuosas: Américo Werneck, João Bráulio Júnior e João de Almeida Lisboa.
Confira a seguir.
VEIGA, Bernardo Saturnino da. Almanach Sul-Mineiro para 1874-1884. Monitor Sul Mineiro. Campanha, MG, 1874.
ALMEIDA, Dr. Pires de. Lambary e Cambuquira - Hydro-estações ao Sul do Estado de Minas Gerais - Brazil. Typ. Leuzinger, Rio de Janeiro, 1896
BUENO, Júlio. Almanaque do município de Campanha. Ed. Monitor Sul Mineiro, 1900.
LEFORT, José do Patrocínio [Mons.] A Diocese da Campanha. Campanha, MG. 1993.
LEFORT, José do Patrocínio [Mons.] 8o. Anuário Eclesiástico da Diocese da Campanha. Sul de Minas. 1946.
MARTINS, Armindo. Lambari – Cidade das Águas Virtuosas, 1949.
MILEO, José N. Ruas de Lambari. 1970.
MILEO, José N. A água mineral de Lambari. 1968
MILEO, José N. Subsídios para a história de Lambari. 1970.
CARROZZO, João. Lambari - Outrora "Cidade de Águas Virtuosas da Campanha". 3a. edição, 1985.
CARROZZO, João. História Cronológica de Lambari. 1988.
BARBOSA, RUI. Obras Completas. [Questão Minas x Werneck.] Volume XLV 1918 – Tomo IV e V. Rio de Janeiro: Fundação Casa de Rui Barbosa, 1980.
Ilustração: Logo da série MARCOS HISTÓRICOS DE ÁGUAS VIRTUOSAS DE LAMBARI
Nesta série MARCOS HISTÓRICOS DE ÁGUAS VIRTUOSAS DE LAMBARI, vimos listando marcos fundamentais da história de nossa cidade.
Neste número 3 da Série, veremos as primeiras obras de melhoramento do entorno das fontes, a visita da Princesa Isabel a Águas Virtuosas de Lambari, as primeiras regras de utilização da água e a primeira análise das águas minerais, a criação do balneário, a lenta evolução do povoado e a chegada de Garção Stockler, que será considerado o criador da estância hidromineral de Águas Virtuosas de Lambary.
Confira a seguir.
VEIGA, Bernardo Saturnino da. Almanach Sul-Mineiro para 1874-1884. Monitor Sul Mineiro. Campanha, MG, 1874.
ALMEIDA, Dr. Pires de. Lambary e Cambuquira - Hydro-estações ao Sul do Estado de Minas Gerais - Brazil. Typ. Leuzinger, Rio de Janeiro, 1896
BUENO, Júlio. Almanaque do município de Campanha. Ed. Monitor Sul Mineiro, 1900.
LEFORT, José do Patrocínio [Mons.] A Diocese da Campanha. Campanha, MG. 1993.
LEFORT, José do Patrocínio [Mons.] 8o. Anuário Eclesiástico da Diocese da Campanha. Sul de Minas. 1946.
MARTINS, Armindo. Lambari – Cidade das Águas Virtuosas, 1949.
MILEO, José N. Ruas de Lambari. 1970.
MILEO, José N. A água mineral de Lambari. 1968
MILEO, José N. Subsídios para a história de Lambari. 1970.
CARROZZO, João. Lambari - Outrora "Cidade de Águas Virtuosas da Campanha". 3a. edição, 1985.
CARROZZO, João. História Cronológica de Lambari. 1988.
BARBOSA, RUI. Obras Completas. [Questão Minas x Werneck.] Volume XLV 1918 – Tomo IV e V. Rio de Janeiro: Fundação Casa de Rui Barbosa, 1980.
http://www.camaralambari.mg.gov.br
Ilustração: Montagem. Vídeo Lambari e as memórias do Águas Virtuosas Futebol Clube. Produção: Museu Américo Werneck
O Museu Américo Werneck, de Lambari, MG, realizou o documentário LAMBARI E AS MEMÓRIAS DO ÁGUAS VIRTUOSAS FUTEBOL CLUBE (Parte 1), no qual são registradas "histórias e memórias do eterno Time do Águas".
Confira a seguir.
Produzido pelo Museu Américo Werneck (Lambari, MG), com incentivo da Lei Aldir Blanc e apoio da Prefeitura Municipal de Lambari e do Governo de Minas Gerais, a parte 1 do documentário registra a criação do clube (2 de agosto de 1926), a história do antigo campo (atual ABI) e do Estádio do A.V.F.C., a camisa e o escudo do Águas, o hino do clube, a vinda da seleção brasileira em 1966, a rotina dos treinos e depoimentos de
Domingos Gregatti Filho (Guinho), ex-atleta e técnico campeão pelo Águas Virtuosas, de
Carlos Roberto da Silva (Roberto), ex-atleta do Águas Virtuosas, e
Antônio Carlos Guimarães (Guima), ex-atleta e autor do site GUIMAGUINHAS (História do A.F.V.C.)
O vídeo está disponível na página do Facebook do Museu Américo Werneck, neste link:
https://m.facebook.com/story.php?story_fbid=162261515648345&id=102588608282303
Ilustração: Recorte do "Diário de Menina" de Maria Bela, personagem-narradora do livro A GUERRA DAS ESPINGARDINHAS.
Dentro da Série A GUERRA DAS ESPINGARDINHAS, já publicamos dois posts:
(1) Os bastidores do livro e os cenários da história e
(2) Uma disputa na Quadra da S.O.L.
No primeiro post, tratamos dos personagens (reais e ficcionais), dos locais em que história se deu, dos recursos literários utilizados e livros inspiradores, e demos outras informações de autor.
No segundo, antecipamos um capítulo do livro aos leitores do site GUIMAGUINHAS.
Pois bem, neste post vamos falar de Maria Bela, personagem central e narradora da história, e desvelar um pouquinho de sua personalidade.
Vamos lá.
Maria Bela. Ilustração (Fonte: Canva/Pixton)
O "DIÁRIO DE MENINA", de MARIA BELA
No primeiro post da série, no subtítulo QUEM É MARIA BELA? (AQUI), dissemos que
não existiu uma Maria Bela, trata-se de uma personagem fictícia, com o duplo papel de ser a narradora e a heroína da história.
Dissemos também que com esse artifício
Maria Bela funciona como uma "testemunha fictícia" da história e a narra do seu ponto de vista, além de colar trechos de um "diário" que supostamente elaborara na sua infância/adolescência.
Para introduzir a personagem-autora Maria Bela, e contar como ela escreveu o livro, extraímos também desse "diário" duas páginas, e as pusemos no capítulo 4 intitulado Pequena história dos meus oito anos.
Do suposto diário mencionado, colamos estas duas páginas:
Na sequência deste post, traremos outros trechos do DIÁRIO DE MENINA, de Maria Bela, com elementos para se compreender a personalidade da narradora: família, criação, cidades em que morou, escolas que frequentou, etc.
Aguardem.
Lançamento em 2021. Aguarde.
Ilustração: Capa do livro A GUERRA DAS ESPINGARDINHAS, a ser brevemente lançado. As figuras correspondem aos personagens Maria Bela, Serelepe e Espicula.
No número 1 desta Série A GUERRA DAS ESPINGARDINHAS, falamos sobre os bastidores e os cenários da história (AQUI).
Hoje apresentamos a capa do livro, a ser lançado no próximo ano, e um trechinho da história.
Vamos lá.
Como dissemos no post anterior desta série, a esquina da Tiradentes é o ponto de partida desta história, pois era lá
onde se reunia um grupo de meninos e meninas — a Turma da Tiradentes — que eram muito unidos, ativos e arteiros, e que, para se defender de um grupo rival agressivo e malvado, tiveram que fazer uma guerra — que ficou conhecida nas tradições de Aguinhas como A guerra das espingardinhas.
Pois bem, um dos encontros da nossa turma com elementos da Cupincharia dos Boys — o grupo rival — se deu na antiga Quadra da S.O.L., durante uma partida de futebol.
Anos 1960. Time de futebol de salão mirim. Quadra da S.O.L. Lambari, MG, com o prof. Carlinhos Castilho. Na foto, aparecem Xandi (primeiro em pé) Magrelo (quarto em pé) e Xepinha (último agachado), personagens da história
*S.OL. - Sociedade Olímpica Lambariense
Alexandre, Zé Elias e Guima, do time Juvenil do Águas Virtuosas, personagens da história
Time Mirim do Águas Virtuosas - 1966. Na foto: Andrezinho, Zé Maria, Xepinha, Rubinélson e Roberto (os nomes em negrito são de dois personagens da história)
Confira a narrativa deste encontro, feita pela personagem Maria Bela, "criadeira de caso, mandona e goleira do time":
A partida estava quente:
o time adversário, formado pelos meninos
que não eram da rua, começou a achar que eles estavam
ridicularizando, dando dribles humilhantes a toda hora...
(Lucília Junqueira de Almeida Prado. Uma rua como aquela)
Numa bela tarde de verão, antes da aula de educação física, a turma se reuniu na Quadra da S.O.L. para conversar e bater bola – as meninas de mistura. Logo, dois times se formaram e a brincadeira se tornou mais disputada e divertida. Eu estava no gol do time do Serelepe; Nice, pegava no gol do time do Binelson.
Mas a alegria pouco durou, pois Formigão, Pele-e-osso, Voçoroca e Mola-Solta, assim chamado por causa do tique de estalar o pescoço e balançar a cabeça, acompanhado de mais três elementos da Cupincharia dos Boys, chegaram, tomaram a bola e puseram termo ao nosso jogo. E como precisavam ter um pé pra armar confusão, Formigão disse:
– Se quisé a bola de novo, cêis têm que disputá ela cunosso time. Se perdê, perde a bola, se ganhá, a gente devolve.
Então me adiantei, e, decidida como sempre, falei pro valentão:
– Olha aqui, Formigão, seu covarde de uma figa! Por que não enfrentam gente do seu tope, como a turma do Muque, em vez de atazanar nossa vida? Mas tudo bem, se for jogo de bola, sem canelada e roubalheira, nós enfrentamos vocês. Dois tempos de quinze minutos, vamos lá!
Eu mesma escalei nosso time: Eu, Maria Bela, no gol, Serelepe e Magrelo na zaga, Binelson e Xandi no meio e Xepinha na frente. Zé Elias e Careca aguardam na reserva, que vão entrar no segundo tempo. E o jogo começou.
Como era de se esperar, a turma do Formigão era só pancada, bicuda e jogo sujo. Técnica que é bom, eles não tinham. Formigão tentava toda hora dar caneta no Serelepe, mas não conseguia, que Serelepe era grande marcador. Mas tivemos de fazer duas trocas por contusão; numa o Formigão, com aquela testa de bater sola, cortou a fronte do Xandi; noutra, Pele-e-osso quase arrancou a unha do Binelson. Em compensação, o Magrelo deu uma travada no Voçoroca, que deixou ele por um bom tempo pulando numa perna só. Em jogo duro, não se pode afinar, isso a gente sabia.
E a disputa seguia. Gol cá na força e correria, gol lá na técnica e habilidade. Partida disputada, jogo parelho, escore apertado, mas era preciso vencer a partida, para recuperar nossa bola, pois Formigão, vendo que não ia ganhar a disputa, mudou a regra e gritou: – O empate é nosso, frangotes!
Finzinho da partida, jogo empatado, e eles vieram num contra-ataque fulminante, Formigão à frente, em desabalada carreira, atropelou o Careca, que entrara no lugar do Magrelo, que se machucara, e ao se aproximar do gol, armou a bicuda e gritou:
– Sai, língua-de-pimenta, que lá vai bomba!
E eu, que trazia debaixo da língua resposta pra tudo, retruquei na lata:
– Língua-de-pimenta é a mãe!
Isso mais aumentou a ira do Formigão, que fez cara feira, acelerou a passada e veio que veio feito uma bala. Dei, então, um passo à frente, abri os braços e esperei a pancada, gritando:
– Vem, frouxo, que aqui tem tutano!
Foi quando Serelepe, na cobertura (acho que vendo uma donzela em perigo...), deu um carrinho daqueles que só ele sabia dar: e jogou Formigão, bola e valentia por cima do mureta da quadra. E foi um bafafá: segura um, segura outro, Formigão e Mola-Solta querendo pegar o Serelepe.
Nossa salvação foi a chegada da dona Terezinha Machado, professora de educação física e mãe do Magrelo. Ela tomou tento da disputa, pegou a bola, marcou falta do Serelepe e deu um minuto pro jogo terminar. Formigão falou: – Tudo bem, falta, mas sem barreira! E carcou uma bicuda no ângulo! Eu voei na bola, nem espalmei, segurei a bichinha com as duas mãos, dei uma piscadinha pro Formigão, e entreguei a bola pro Serelepe, que abrira na lateral. Ele meteu de três dedos no Zé Elias, no outro lado da quadra, que balançou o corpo, e mesmo mancando, em razão da bicuda que levara na barriga da perna, cortou o Voçoroca e enfiou pro Xepinha.
Formigão desenfreou quadra abaixo, que nem mercedão na banguela, e partiu pra cima do nosso craque, que fez o que sabia fazer como ninguém: driblar. Pois Xepinha, ao receber a bola, deu uma bicudinha, a pelota levantou, e ele aplicou no brigão uma rouparia inteira de lençóis: da direita pra esquerda, da esquerda para direita, e desta novamente para a esquerda, e, antes que a bola caísse, fuzilou o gol.
Fim de jogo e Formigão, ainda tonto, olhando pra cima, vendo se achava a bola, babava e rosnava como cão raivoso, mas não pôde fazer nada. Dona Terezinha apanhou a bola e nos devolveu, passou uma bela carraspana no Formigão e sua turma e rematou: – Cêis levanta a mão pro céu de eu não contar nada pra diretora dessa vez, pois, com a ficha que cêis tem, era suspensão na certa!
Essa Dona Terezinha tinha um grande coração!