Ilustração: Placa indicativa da CASA GORDA - homenagem aos nossos filhos, noras e netos
Como dissemos em post anterior, eu e Celeste tivemos quatro filhos — todos homens — e uma filha de criação. Eles nos deram muitos netos.
Dois homens (Léo e Rafa) e duas mulheres (Maria Elisa e Isabela). Aqueles estão completando 14 anos (julho), e as meninas estão com 9 e 8 anos (são de julho e agosto).
Mas chegaram outros... Em outubro de 2015, chegou o Paulo Emílio, em junho de 2016, a Rafaela, em outubro de 2019 chegou Cecília e tempos depois, Gustavo, seu irmão.
Pois bem, hoje, em homenagem aos aniversariantes de junho, julho e agosto, vamos contar a história da Casa Gorda e a Coitado do Lobo Mau.
Vamos lá.
Morando em Brasília, Leo e Rafa sempre passam as férias de julho em Lambari, alternando a estadia entre as casas dos avós maternos — Alencar e Beatriz — e paternos — eu e Celeste.
Pois bem, eles deviam ter pouco mais de 3 anos, e estavam na casa dos avós maternos há alguns dias, quando disseram pra sua mãe, Flávia:
— Mããeee, a gente quer ir pra outra casa!
— Outra casa? Que casa, meninos?
— A outra...
— Que outra?...
— Aquela outra...
— A casa da vó Celeste? — Flávia perguntou.
— É... a casa... a casa... a casa gorda! Eles disseram.
No caso, a casa era "gorda", porque era maior do que a da vó Bia (Beatriz).
E assim foi que batizamos a nossa casa, que é mais dos netos do que nossa, de
Celeste, netas e neto, no Alto do Cruzeiro
Rafael e Leonardo, em Brasília
Rafaela e Paulo Emílio, em Brasília
Isabela foi quem escolheu o nome da irmãzinha que iria nascer... E quis que rimasse!
Daí veio a Rafaela — uma menininha esperta e... mandona! E que demorou a falar, mas hoje, três anos completados, fala pelos cotovelos!
Pois bem, vejam o que essa menina aprontou com o pobre do Lobo Mau:
Nesse último dia das mães, fomos almoçar no Restaurante do Gerardo, em Nova Baden. Estavam presentes os pais e avós de Rafaela e Isabela, e logo terminou o almoço saí para dar um passeio com as meninas, e fomos por uma estradinha em direção ao Horto Florestal.
E fui conversando e lhes mostrando as árvores, o ribeirão, a mata, os pássaros, os insetos. Já estávamos distantes do restaurante, quando Rafaela insistiu que entrássemos numa pequena mata que havia a beira da estrada. E eu fiz o que todo avô faz numa hora dessas, e disse:
— Aí não, minha filha! Aí mora o Lobo Mau!
E ela me respondeu na lata:
— Num tem perigo não, vovô! Eu sou amiga do Lobo Mau!
— Amiga?! perguntei intrigado.
— Sim. Eu disse pra ele: — Cê num vai mais comer a vó Celeste, nem vó Mara, nem vô Guimão, nem vô Paulão, nem minha irmã, viu?
— É..., filha...??? — eu disse. — E o que o Lobo Mau respondeu? — perguntei.
— Tá bããaoooo!!!... Ela disse num tom elevado, bravo e conformado...
De volta a casa, contei a história pro restante da família e tornei a perguntar à Rafaela o que o Lobo Mau dissera, esperando que ela confirmasse a história:
— E o que o Lobo Mau respondeu, Rafa?
E ela tornou do mesmo modo, mas com as seguintes palavras:
— Pôooxaaa!!!...
Pobre Lobo Mau, já não te respeitam mais!
Olhem só a cara do lobo: — Pobre Lobo Mau, já não te respeitam mais! [*]
[*] Reprodução. Fonte: Biblioteca Mario de Andrade expõe obras
infantis raras. Revista Exame.28/05/2019. Disponível aqui
Dizem que o Lobo Mau que anda por aí, bonzinho, contando
histórias para criançada, é o tal Lobo amansado pela Rafa...
Estas e outras histórias estão no segundo livro que Celeste Krauss está escrevendo sobre os netos.
Como se recorda, ela já escreveu
que pode ser baixado gratuitamente neste link:
https://rl.art.br/arquivos/4273942.pdf?1402659908
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