Ilustração: João André e Gidão. Dupla de zagueiros do Águas Virtuosas dos anos 1950.
Faleceu no dia 14 de março de 2020, aos 89 anos de idade [11 de abril de 1931], João André dos Santos.
Natural de Natércia (MG), João André veio para Lambari nos anos 1950, onde logo ficou conhecido por sua atuação como vigoroso zagueiro do Águas Virtuosas.
João André. Reprodução. Facebook/Cristiane Bacha Santos
João André, Marialva e filhos
Aqui se casou com Marialva Borges Bacha, com quem teve 3 filhos: Cristiane, Jorge André e Ricardo, esses dois últimos também atletas do Águas Virtuosas nos anos 1980.
Da Série Futebol em Família (aqui)
Muito amigo de meu pai (Dé da Farmácia) e de meu tio (Joãozinho Bode), foi companheiro de caçadas e pescarias desses dois por longos anos.
João André, Dé e Joãozinho – três amigos amantes das caçadas
Neste post, recordamos algumas passagens de sua vida.
Alto e forte, João André foi um "beque das antigas", como se diz no futebol, tendo formado, ao lado de Gidão, uma grande dupla de zagueiros do excelente time do Águas Virtuosas dos anos 1950.
Gidão e João André, time do Águas, anos 1950
Algum tempo atrás, quando comecei a coletar, numa antiga camisa do Águas Virtuosas, assinaturas de jogadores que atuaram pelo clube [a qual pretendo expor num futuro local que venha a guardar a memória do do A.V.F.C. (aqui)], mostrei-lhe a foto abaixo e perguntei sobre o apelido que seu modo de atuar lhe rendeu no futebol: Zé do Diabo.
Ele deu uma risadinha marota, e respondeu:
— Hehehe! Porque chegava junto!
E aí eu brinquei:
— Mas por que "Zé" e não "João do Diabo"?
Ele então deu uma boa risada, e disse:
— Sei lá, coisas do futebol !
Time do Águas Virtuosas dos anos 1950. Em inscrição da época, João André aparece identificado pelo apelido: Zé do Diabo
A seguir, recordou alguns lances de sua carreira e assinou a camisa, ao lado de Quinzinho Modesto, seu companheiro de jornadas no time do Águas, também falecido recentemente (aqui).
João André (o Zé do Diabo) fez parte do grande time do Águas Virtuosas dos anos 1950 (aqui). Cartazes dos jogos da época (aqui), deixaram registros sobre suas atuações:
Cartaz do jogo Águas Virtuosas x E. C. Itanhandu, de 18, set, 1955, destacava o Zé do Diabo
Cartaz do jogo Águas Virtuosas x T.A.C. de Três Pontas, Anos 1950, destacava Joãozinho (João André, o Zé do Diabo)
Águas Virtuosas dos anos 1950. Na foto, entre outros, em pé: Dr. Ferreira, Cunha, Rely, Crisóstomo, Gidão, João André, Lilico, Vaca e Manoel Correia . Agachados: Professor Raimundo, Quinzinho, Nenê Nascimento, Laerte, Hélio Fernandes, Pinellinho e Chico de Castro.
Águas Virtuosas. 1953. Em pé, entre outros: Crisóstomo, Hélio, Vavá, Zé do Diabo, Nicola e Gidão. Agachados: Pinellinho, Val, Nenê e Quinzinho
Águas Virtuosas. Anos 1950. Em pé, entre outros: Hélio Fernandes, Crisóstomo, João André. Agachados: João Rely, Pinelinho, Quinzinho.
Algumas lembranças da vida social de João André.
João André entre Aparecida Carvalho e Benigna Borges (sua cunhada), na formatura dessa última
Conforme conto na série Aguinhas Elegante - 3 (aqui), João André foi grande dançarino e assíduo frequentador das noites dançantes do Cassino das Fontes.
Confira.
Em agosto de 2018, no Pesqueiro do Ganso, na festa de aniversário de 80 anos Marluce Santoro Krauss Villani, João André dança com Marialva
João André combinava bem com meu pai (Dé da Farmácia) e meu tio (Joãozinho Bode), não obstante as diferenças de gênio e estilo de caçadas desses dois.
De fato, meu pai tinha um gênio mais manso e mais brincalhão e preferia caçadas de mato e de pio (aqui). Meu tio, um grande coração num gênio mais severo, era dado a caçadas de campo, capivaras e pacas (aqui e aqui).
Abaixo vai um pequeno registro fotográfico das caçadas de João André com meu pai (Dé da Farmácia) e meu tio (Joãozinho Bode)
Essas são lembranças de um outro contexto histórico, de uma época em que a caça esportiva era legal no País. Atualmente, encontra-se proibida. Confira a Legislação de proteção à faúna. |
Caçada no Norte de Minas. Urucuia. Anos 1960. João André, Zé Maria (promotor) e João Bode
Caçada no Norte de Minas. Urucuia. Anos 1960. João André
Caçada no Norte de Minas. Urucuia. Anos 1960. João André
Caçada na Serra do Mar, em Caraguatatuba. Anos 1960. Na foto, em pé: Baianinho, Expedito, Josué, João André, Nezinho. Agachados: Dito Cozinheiro e Dorinho
Caçada na Serra do Mar, em Caraguatatuba. Anos 1960. Na foto, em pé: Dorinho, Josué, Nezinho. Agachados: Dé da Farmácia, João André e Expedito
Caçada na Serra do Mar, em Caraguatatuba. Anos 1960. João André
Ditoso o homem que se compadece e empresta.
(SALMOS, cap. 112, v. 5)
Num livro ainda inédito sobre minha juventude, recordo uma passagem dos meus 16 anos, um pouco antes de terminar o ginásio, quando — como a maioria dos meus colegas — eu "queria estudar fora". Apesar de ser filho único, as condições financeiras de meu pai, então um assalariado da Farmácia Santo Antônio, não permitiam me manter estudando longe de casa.
E ele então me fez aprender datilografia, tomar aulas de escrituração contábil com d. Zainha (aqui), e depois me levou a Varginha, na companhia de Armando, um viajante dos laboratórios Yatropan, para algumas entrevistas de emprego. Não conseguimos nada de imediato, e sim a promessa de que dentro de 3 a 4 meses eu seria empregado como auxiliar de escritório numa empresa do ramo de rações que estava expandindo suas atividades.
No dia em que embarquei no ônibus do seu Walter Junqueira (uma velha jardineira laranja, de que muitos vão se recordar), com destino a Varginha, meu pai me entregou um envelope com certa quantia, e me disse:
— Filho, tem aqui dinheiro pra você se manter por 3 meses. Depois disso, se não conseguir emprego, vai ter que voltar...
Fui e voltei por outras razões, mas quero registrar que foi ao seu amigo João André que meu pai tomou emprestado, sem juros, esse dinheiro. Gesto de amizade por que serei eternamente grato.
Ilustração: Mílton Campos, Governador de MG (1947-1951), na porta do Hotel Imperial, em 24 de outubro de 1948. Ao fundo, de terno branco, José Maia da Silva
Milton Soares Campos (político, advogado, professor, escritor e acadêmico) nasceu em Ponte Nova em 16/08/1900 e faleceu em Belo Horizonte em 16/01/1972.
Era filho do desembargador Francisco de Castro Rodrigues Campos, ex-presidente do Tribunal de Apelação de Minas Gerais, e de Regina Martins Soares Campos. Foi casado com Déa Dantas Campos.
Formado nas tradições políticas mineiras, teve longa vida pública na qual soube manter reputação de espírito liberal na política e de honestidade pessoal na gestão dos bens públicos.
Como tantos outros liberais brasileiros, Milton Campos protestou e denunciou o golpe de Vargas, e mais à frente, eleito governador de Minas, soube democratizar o poder político no Estado.
Como governador de 1947 a 1951, visionário e criativo, desenvolveu uma administração baseada na austeridade e na recuperação econômica e financeira, priorizando áreas como educação, agricultura e energia elétrica. No seu governo, foram dados os primeiros passos para a criação da CEMIG, que seria concretizada no governo de Juscelino Kubitschek (1951-54)
Nos anos 1960, participou das articulações que resultaram na Revolução de 1964. Foi ministro da Justiça e Negócios Interiores de Castelo Branco, demitindo-se em 1965, por não concordar com a edição do Ato Institucional Nº. 2.
Em 1966, foi reeleito senador por Minas, para a sexta e a sétima legislaturas. Faleceu durante seu último mandato, em Belo Horizonte, em 16 de janeiro de 1972
Exerceu os seguintes cargos:
Foi presidente da OAB (MG) de 1943/45; membro da Academia Mineira de Letras (1953), do Instituto Histórico e Geográfico de Minas Gerais (IHGMG) e do Instituto do Direito Civil Comparado, de Paris.
Como professor, deu aulas de Política da Faculdade de Filosofia da UMG e de Direito Constitucional na Faculdade de Direito da Pontifícia Universidade Católica, da qual foi cofundador.
É patrono das Faculdades Milton Campos, de Nova Lima, MG (aqui) e da Fundação Mílton Campos (aqui)
Fontes: www.miltoncampos.org.br — www.ihgmg.org.br — www.fgv.br/cpdoc
Em 24 de outubro de 1948, na gestão do prefeito Hélio Salles, Mílton Campos, então governador de Minas, visitou Lambari.
Confira esta sequência de fotos históricas:
Mílton Campos cumprimenta simpatizantes à porta do Hotel Imperial (1948)
Visita à piscina pública de Lambari (1948)
Mílton Campos visita o Parque das Águas (1948).
Mílton Campos (de chapéu) visita as fontes de águas minerais (1948). Ao lado, de terno branco, José Maia da Silva
Mílton Campos visita o Cassino de Lambari (1948). À direita, de terno branco, José Maia da Silva
Milton Campos transmite o cargo para Juscelino Kubitschek, que fora eleito governador (1951). Reprodução. Fonte: Wikipedia
Ilustração: Alfeu Belloni, sempre elegante, e também famoso pé-de-valsa (aqui)
Lambari já teve... Já teve isso, já teve aquilo... Isso não vingou, aquiloutro se acabou...
Entre desalentadas e saudosas, gerações de lambarienses ouviram — e ouvem — frases como essas.
Para recordar um pouco disso, criamos a Série AGUINHAS JÁ TEVE, iniciada com o seguinte post:
E já comentamos também sobre o seguinte:
E hoje vamos recordar um dos mais tradicionais estabelecimentos de nossa cidade, destacado pela excelência de seus produtos: o Laticínios Glória, de Alfeu Belloni.
Entre eles, como já anotamos aqui, a
especial manteiga da família Beloni, de sabor incomparável, com clientes do Rio de Janeiro — entre eles Gustavo Barroso — que a encomendavam e recebiam pelo serviço de entregas da rede ferroviária
Vamos lá!
Como já contei aqui, meu avô materno e dois irmãos de minha mãe trabalharam no Laticínios Silvestrini, sendo que meus tios (Rubens e Messias Lobo), anos mais tarde, trabalharam também no Laticínios Glória também.
Aliás, deixei registrado no livro MENINO-SERELEPE uma lembrança daquela época, tempos da Segunda Guerra Mundial (1939-1945):
Tio Messias trazia do laticínio do seu Alfeu Belloni, onde trabalhava, os jornais e os lia para a família, compondo quadros de horrores, devastação, fome, morte, um pavor sem conta (...)
ONDE FICAVA O LATICÍNIOS GLÓRIA
Situado próximo do Grupo João Bráulio, em alguns dias da semana, era comum ver uma pequena fila de alunos, na saída das aulas, passando pelos fundos do Laticínios Glória para receberem uma "raspadinha" do Creme Natália (o especial requeijão do Belloni).
Os funcionários levavam os tachos com a sobra do requeijão e, com uma colher, depositavam uma raspadinha na mão das crianças...
Neste prédio na Rua Garção Stockler ficava a entrada do Laticínios Glória. Reprodução. GoogleMaps
Esta entrada, na Rua Francisco de Castro Filho, dava acesso aos fundos do Laticínios Glória, onde eram servidas as "raspadinhas" de requeijão. Reprodução. GoogleMaps
Interior do Laticínios Glória (anos 1950)
Cliente à porta do Laticínios Glória (anos 1950)
Alfeu Belloni, com casais de amigos: Manuela Gama/Ângelo Astério; Dulce Faria/José Astério e a filha
Marília Maria, filha de Alfeu Belloni (formatura)
Os meninos e meninas dos anos 1950/60 hão de se lembrar de ter comprado manteiga a granel no Laticínios Glória, e do "jeitão" do seu Belloni, que nos parecia sempre "brabo", falando alto naquele italianado típico...
Esse fato fez nascer em nossa cidade a expressão cara de beloni, com este significado:
Coisas da linguagem, que é viva e está sempre se renovando...
Seu Toninho de Campos, que era muito amigo de Alfeu Belloni, foi quem me contou essa história da origem da expressão, isso nos anos 1970, ao tempo em que fui seu contador (aqui).
De fato, seu Toninho fez os primeiros registros escritos dessa gíria por ocasião das eleições presidenciais de 1960, no jornalzinho Sputinik, que editou nos anos 1950/60 (aqui).
Confira:
Reprodução. Sputnik n° 37, de 21 de agosto de 1960
Reprodução. Sputnik n° 44, de 9 de outubro de 1960
E nós também fizemos uso da expressão no livro Menino-Serelepe.
Confira este trecho, retirado do capítulo XXVIII – Furtação de frutas:
(...) E eu caí, meio que me esborrachando pelo chão, mas rodopiei pelo passeio afora, me pus de pé, espanei a sujeira da roupa, mostrei a língua pro Cuím que ficou lá tiririca, afuazado e com cara de beloni. Eu rachei fora com o bolso carregado de pasta de goiaba, que goiaba inteira num sobrou unzinha nem pra remédio. (pág. 154)
[O destaque não é do original.]
(*) Menino-Serelepe - Um antigo menino levado contando vantagem trata-se de uma ficção baseada em fatos reais da vida do autor, na Lambari dos anos 1960.
O livro é de autoria de Antônio Lobo Guimarães, pseudônimo com que Antônio Carlos Guimarães (Guima, de Aguinhas) assina a série MEMÓRIAS DE ÁGUINHAS. Veja acima o tópico Livros à Venda.
Ilustração: Rafa experimentando roupas, "combinando" gorro, roupão e sandálias...
Nesta série RECANTO DOS NETOS contamos histórias das únicas criaturas que são mais encantadoras do que nossos filhos: os filhos dos nossos filhos — os nossos netos.
A série RECANTO DOS NETOS está se alongando.
Confira os posts já publicados:
E hoje tem mais um com artes da Rafa — a menina espoleta da família.
Vamos lá, pois, conhecer O vocabulário da Rafa e a história do Vovô peludo.
— Dá água na casca do ovo pra essa menina, gente? — Receita da trisavó Margarida, dizia a vó Celeste.
E vó Mara retrucava: — Que nada! Destranca a boca dessa menina com uma chave, que ela vai falar, logo, logo...
Bem, acho que fizeram as duas simpatias ao mesmo tempo, pois a Rafa que até os dois anos só dizia umas poucas palavras (mas explicava tudinho com o corpo e os braços) de repente, numa noite, disparou a formar a frases e não parou mais de falar e gesticular como uma mamma italiana. E o pior: juntou os vezos da vó Mara e da vó Celeste e ficou mandona, mandona, com mania de comandar tudo e todos...
No começo, ansiosa por falar de tudo, às vezes, não encontrava as palavras e gesticulava para demonstrar o que queria dizer; depois, gesticulava e engrolava uma frase sem sentido, mas que todos entendiam como se fosse sinônimo de alguma coisa.
Falando alto e apressadamente, muitas vezes corta palavras e frases, e diz coisas muito engraçadas. Se a vó corrige, ela retruca:
— Vó, eu falo assim porque minha boca ainda é piquinininha!
Como toda criança de nosso tempo, num minutinho dominou o tablet e os truques do celular, da internet, dos controles da TV, dos brinquedos eletrônicos, do som do carro, etc. etc., etc. ...
Mais à frente, repontou o gênio da comandante. Numa rodinha de crianças, logo dá a ordem:
— Gente, vamos brincar de mamãe e filhinhos. Eu sou a mamãe!
E como se fora uma "diretora teatral", distribui os papéis, passa os diálogos, marca os lugares, comanda os movimentos, a entrada da fala e tudo o mais...
E no vocabulário da Rafa, estão coisas curiosas.
Vejam:
— Bêbo - Bêbado – O bêbo passou na rua e levou o cachorrinho, vovó! — Barrugo - Barrigudo – Vovô, papai não é barrugo! Ocê é que é! — Bikina - Biquini – Vovôôôô! Traz minha bikina!!!! — Bicôto - Biscoito – Vó Mara, me dá um bicôto! — Pópito - Próximo – Pópito! (ela diz brincando com um joguinho em que opera a caixa do supermercado e chama o cliente seguinte) — Camarrão - Macarrão – Eu só quero camarrão, mãe. — Bambali - Lambari – Mãe, a gente vai pra Bambali hoje? — Celulér - Celular – Não pega meu celulér! — Igabéla - Isabela (a irmã) – Igabeéelllaaa! Me dá o joguinho, que é meu! — Birrolho - Besouro – Óia, Igabela, é um birrolho! — Ecola - Escola – Esse ano eu vou pra ecola, viu vovó? — Caminhagem - Maquiagem – Vamo brincá de caminhagem, Igabela? — Cacaganda - Propaganda – Eu vi a cacaganda do iôgute. — Capotó - Pocotó – (Imitando o cavalo andando: capotó, capotó, capotó...) — Monta-cabeça - Quebra-cabeça – Quero brincar de monta-cabeça. — Equicóptero - Helicóptero – O equicóptero tá passando, papai Jô! — Icritório - Escritório – Rafa, cadê o vovô? – Tá no icritório dele! — Bibi - Vivi (Viviane, a tia) – Ganhei da tia Bibi! — Perepipi - Paralelepípedo – A chuva estragou o perepipi da rua — Aba - Água – Me dá aba, mãe. — Muneca - Boneca – Onde tá minha muneca, Igabela? |
Rafaela: Graça e bom humor, fazendo a alegria da família
Mas... tem dia que está de mau humor...
Desde bebezinha que a Rafa se incomodava com os pelos do vovô. Se eu a pegasse no colo sem camisa, ela se arrepiava, fazia cara de nojo e pulava para os braços da vó Celeste.
E foi sempre assim, mesmo depois de crescidinha: para pegá-la ou abraçá-la só se fosse de camisa!
Pois bem, uma das manias da vó Celeste é tomar banho com as netas.
E assim foi que certo dia Rafa e Celeste foram tomar banho juntas, no banheiro da vovó, o qual tem uma vassourinha e um rodinho, para dar uma geral no box, sempre que preciso.
Ocorre que naquele dia o vovô acabara de sair do banho — e deixara lá pelo chão do box uma boa porção de seus pelos...
Quando Rafa começou a vassourar foi juntando um monte de pelos do vô Guimão, que parece um lobo de tão peludo, ela sempre dizia.
E ela não resistiu:
— Ai, vovó! Que nojo!
— É assim mesmo, Rafa! Quando ele sai do banho tenho que catar seus pelos, que ele é muito peludo!
— Ah, vovó! Por que você casou com ele?
Rafaela, com 5 anos
Confira os posts já publicados:
Confira os áudios vinculados aos posts:
Ilustração: Montagem. Os tradicionais uniformes do Águas Virtuosas Futebol Clube, inspirados nas cores do América Futebol Clube (RJ).
Como se sabe, no ato de fundação do Águas Virtuosas Futebol Clube, em 26 de agosto de 1926, o artigo 61 estabeleceu o vermelho e o branco como as cores do clube, e bem assim o modelo da flâmula: toda vermelha, tendo ao centro uma bola branca, com as letras AV entrelaçadas.
Pois bem, sobre o uniforme do Águas Virtuosas já escrevemos os seguintes posts:
Hoje veremos o número 3 desta série, recordando um evento ocorrido em 1960: a bênção dos uniformes do clube.
Vamos lá.
Em 1960, o time do Águas Virtuosas sagrou-se campeão Sul Mineiro de Futebol, em torneio organizado pela Liga de Varginha, com diversos lances extracampo, como vimos (aqui).
Revejam esta foto histórica:
Dr. Ferreira, Crisóstomo, Lilico, Guinho, Zé Aírton, Zezé e Chanchinha. Agachados: Pinellão, Pé-de-ferro, Marron, Alemão e Pinellinho
Pois bem, naquele ano, no dia 21 de agosto, data que antecedeu a um jogo contra o Atlético de Três Corações, dois novos jogos de camisas do Águas Virtuosas foram objeto de uma benção efetuada pelo cônego José Ramos Leal.
Confiram as fotos desse evento:
O cônego José Ramos Leal abençoa o uniforme branco/vermelho do Águas Virtuosas (ago/1960). Na foto, entre outros: Pe. José Ramos Leal, Crisóstomo Fernandes, Geraldo Brito, Manoel Correia, José Prado de Carvalho, Mozart Magalhães, Chico de Castro, Egídio Giacóia (semiencoberto, de óculos). O menino com a bola é o Jorge Careca, então mascote do time do Águas Virtuosas
O cônego José Ramos Leal abençoa o uniforme vermelho/branco do Águas Virtuosas (ago/1960). Na foto, entre outros: Osvaldo Dutra, Pe. José Ramos Leal, Chico de Castro, Nélson Miranda (ao fundo), Manoel Correia