Ilustração: André Gesualdi, em 2012, em viagem a Latronico (Itália), terra de seus bisavós, os emigrantes italianos Egydio Di Vicenzo Gesualdi e Felicia Di Nunziato Mileo, que chegaram a Águas Virtuosas de Lambari em 1893
Fomos dormir [em Latronico, 24-05-2012] com a lembrança dos antepassados, em quem não podíamos pensar muito, devido a forte emoção, como a que agora me atinge ao escrever tudo isto, e, também, ao lembrar que estava realizando o sonho do meu pai e — por que não dizer? — de meu avô ou algum tio querido.
ANDRÉ LUIZ MARTINS GESUALDI (*) - Relato de viagem a Latronico, 2012.
(*) Filho de Ismael, neto de Annunciato e sobrinho-neto de Vicente, Maria, Egídia e Isabel — todos esses GESUALDI
Dentro da série Imigração italiana para Águas Virtuosas de Lambari, vimos comentando sobre os cidadãos italianos que emigraram para nossa cidade no final dos anos 1800, início dos 1900.
Neste post, falaremos sobre a viagem que André Gesualdi e sua esposa Deborah fizeram a Latronico, terra dos antepassados de André — os GESUALDI que chegaram a Águas Virtuosas de Lambari, em 1893.
Vamos lá.
Esta Série está dividida em 5 partes:
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A parte 1 - Visão geral está aqui. A parte 2 - Latronico: terra de origem de famílias italianas de Lambari está aqui. A parte 3 - Breve histórico de famílias italianas de Lambari - 1 - Família GESUALDI está aqui. A parte 3 - Breve histórico de famílias italianas de Lambari - 2 - Família BASILE está aqui. A parte 4 - Viagens à terra dos antepassados - Família GESUALDI (este post) A parte 4 - Viagens à terra dos antepassados - Família BASILE está aqui. |
Vejamos, agora a parte 4 - Viagens à terra dos antepassados - Família GESUALDI (Latronico, Itália).
Este post foi feito com a grande colaboração de André Gesualdi (veja aqui), que gentilmente cedeu cópias de fotos e do relatório da viagem que fez a Latrônico, em 2012, para conhecer a terra de seus bisavós: Egydio Di Vicenzo Gesualdi e Felicia Di Nunziato Mileo.
Egydio Di Vicenzo Gesualdi e Felicia Di Nunziato Mileo, italianos de Latronico
Nessa viagem a Latronico, André e Déborah seguiram um roteiro pouco habitual aos turistas brasileiros, que geralmente ali chegam pelas autoestradas, via Napoli. O casal escolheu subir as montanhas, passar por rodovias secundárias (até estradas de fazendas) e chegar vindo do alto.
Nesse trajeto, passaram por Campobasso, cidade da família Biaso, que também migraram para Águas Virtuosas. O avô de André, Annunciato Gesualdi, viria a se consorciar com uma Biaso: Thereza, filha de Francisco de Biaso e Pascoalina de Biaso.
O imponente Monte Alpi (1800 m), próximo ao roteiro seguido por André Gesualdi
Depois, por Pietrelcina, San Giovanni Rotondo e dormiram em Foggia, partindo em direção a Latronico, passando por Potenza.
De Foggia para Potenza, seguiram pela tradicional E 847, e desviaram a seguir pela estrada que passa por Tito: a SS 95var, uma "Strada Statale". A seguir, tomaram a SS 598, até encontrar a SS 104, passando por pequenos vilarejos tão comuns na Itália. Alguns desses caminhos, apesar de asfaltados, somente davam passagem para um veículo por vez.
Pequena estrada vicinal asfaltada
No dia 24/05/2012, às 13h15min, o casal chegou a Latronico pela SS 104, de onde se tem uma magnífica vista da cidade.
André e Deborah na foto tradicional com Latronico ao fundo
E não se vai à Itália sem comer bem e beber bom vinho!
O primeiro almoço foi na La taverna dei gesuiti (que quer dizer taverna do jesuíta, e não dos Gesualdi, como pode parecer).
Excelente escolha pela recepção e pela comida, talvez a melhor de toda a viagem: um antepasto de vários salames, pães, bacon, peperoni da região e brusqueta, seguido por um macarrão largo com bacalhau, acompanhado de um vinho próprio do estabelecimento.
Isso tudo ao som de Caetano, Vinicius e bossa nova — paixão de Benito Vecchio, o simpático e caloroso proprietário da taverna.
Um antepasto generoso e um vinho da casa
Saiba mais
Reprodução. Fonte: Tripadvisor.com.br
Após o almoço, o casal se hospedou num b&b - bed&breakfast (quarto com sala, cozinha e banheiro), de propriedade do geólogo Vincenzo Delcimarotto, cuja mãe, já falecida, chamava-se Maria Gesualdi, mas não era parenta de André.
Nessa mesma tarde, acompanhados por funcionários do b&b, rumaram à prefeitura (comune), para obter informações sobre a família: sua origem, cópias de documentos, existência de parentes ainda vivos, etc. Foram bem recebidos e orientados a retornar no dia seguinte.
Após a visita à prefeitura, André e Deborah foram conhecer a cidadezinha.
Sim, Latronico é uma pequena cidade, cuja população, historicamente, nunca ultrapassou 7.000 habitantes. Chegou a possuir 3.000 habitantes no início do século XIX e cerca de 5.000 à época da imigração (final do Século XIX). Em 2008, havia 4.906 moradores, conforme dados oficiais da prefeitura.
Era uma quinta-feira — nesse dia o comércio de Latronico não funciona — e assim, em cerca de duas horas, o casal completou um giro pela cidade, visitando lugares tradicionais e tirando centenas de fotos.
Ao cair da tarde, foram ao mirante, onde recolheram algumas pedras e fizeram esta bela foto da cidadezinha:
Latronico vista do alto. No centro da foto, pode-se ver o local de hospedagem (casa amarela, com telhado cinza)
Durante aquele passeio, conversa aqui, pergunta acolá, conseguiram identificar 5 diferentes famílias de sobrenome Gesualdi, e dentre eles duas parentas: Dra. Fellicetta Gesualdi, médica, e Emma Gesualdi, lojista.
Loja de Emma Gesualdi
Placa da loja de Emma Gesualdi
Placa existente no consultório de Felicetta Gesualdi
Outros Gesualdi não parentes também foram localizados.
Na visita ao pequeno cemitério, por exemplo, havia 22 túmulos de pessoas com sobrenome Gesualdi — o que faz pensar ser Latronico a "terra dos Gesualdi"...
Passaram por uma oficina mecânica pertencente a Egidio Gesualdi, mas o proprietário não se encontrava. Um jovem atendente, de sobrenome Gesualdi, que não era parente do citado Egídio, estava no local, e, parecendo ocupado, pouca atenção lhes deu.
Mas é natural que eventual parentesco não seja reconhecido pelas distantes gerações futuras, separadas por dezenas de anos e milhares de quilômetros...
Após breve descanso e um banho, retornaram à La taberna dei gesuiti, lugar onde os esperavam uma gentil acolhida, uma boa refeição e um excelente vinho. Os pratos foram pizza al baccio (de atum) e capricciosa (de queijo, presunto, cogumelo). Que pizza! Que molho! Ao fim, levaram um vino rosso para desgutarem com os filhos no Brasil e guardar a garrafa como lembrança.
Fora um dia intenso e pleno de emoções, e ao dormir veio-lhes suave lembrança dos antepassados e, para André, a certeza de que estava realizando o sonho do pai e — por que não dizer? — do avô ou de algum tio querido.
Ao acordar, Vincenzo serviu-lhes um café simples, mas preparado com carinho (afinal, a mãe era uma Gesualdi!), e também, claro, com o interesse profissional de bem servir o cliente.
Em busca de antigos documentos
Era hora de voltar à prefeitura, em busca de antigos documentos da genealogia dos Gesualdi que, há mais de um século, haviam emigrado para Águas Virtuosas.
O arquivo da comune é bem organizado, sendo catalogado a partir de 1870, data essa posterior ao nascimento dos bisavós. Havia arquivos mais antigos, mas entre esses faltava exatamente a pasta de 1851 — ano em que nascera o bisavô Egydio Gesualdi.
No entanto, a busca não fora de toda infrutífera, pois conseguiram uma cópia do registro de nascimento do tio-avô Vincenzo, nascido em 1883.
Certidão de nascimento de Vicenzo Gesualdi. Obtida em Latronico. 2012
Foram ainda à casa paroquial, onde os recebeu o pároco Dom Gioavanni, que aparentemente os esperava, mas nem lá foi possível encontrar as antigas informações de que necessitavam. Afinal, os bisavós italianos haviam deixado Latronico há mais de 120 anos!
Santo Egídio, Abade — protetor de Latronico
Fizeram duas tentativas de conhecer a antiga igreja matriz dedicada a Santo Egídio, Abade, o protetor de Latronico, e em ambas ela se encontrava fechada.
Santo Egídio, Abade. Protetor de Latronico.
Visitaram assim a atual matriz, onde fizeram este registro fotográfico:
Interior da igreja de Santo Egídio. Latronico. 2012
O casal acabou conhecendo alguém da família Ponzo, que tem parentes no Rio de Janeiro. Há também uma família Ponzo em Cambuquira, MG, terra dos Martins, de Dona Leda, mãe de André.
Com o citado Ponzo, André conseguiu cópias de antigas fotos de Latronico, como esta:
Antiga foto de Latronico (meados dos anos 1800)
Poderia ser a emoção de rever a terra dos bisavós, mas André de fato achou Latronico uma pequena bela cidade.
Com razão, pois trata-se de uma cidade no topo da montanha, tão comum na Itália, composta de duas partes: a antiga com suas ruas muito estreitas, labirintos para pedestres, casas antigas, algumas de pedras com varandas, como na maioria das cidades italianas; e uma área mais nova, mas ainda pequena.
Cidade muito limpa, com nenhum carro mais moderno, e muitos triciclos motorizados, conduzidos por senhores, alguns deles distribuindo verduras pela manhã.
No comércio, nos poucos lugares em que tiveram tempo de procurar, não encontraram antiguidades ou artesanatos, ou, ainda, livros sobre a história da cidade, que existem, mas as edições estavam esgotadas.
A maioria da população é composta por pessoas mais velhas, poucos jovens andavam pelas ruas. À noite, há um ponto de encontro para a juventude na praça principal (Piazza Umberto I) — um local chamado Rendez-vous.
O Rendez-vous, ponto de encontro dos jovens em Latronico (2012)
Hora de retornar! Chegara ao fim a rápida visita de 24 horas à terra dos bisavós...
Pagaram 60 euros pelo apartamento (café da manhã, aquecimento central regulado a 20 graus e muito conforto), e Delcimarotto, o proprietário, ajudou-os com as malas e foi com eles ainda ao mirante e às termas, para novas fotos e um olhar de despedida.
E partiram... Talvez para nunca mais voltar!
Na viagem de volta, no aeroporto de Roma, André dirige-se à Alfândega, para tratar do reembolso de alguns euros. Lá foi recebido por um funcionário, já idoso (Genaro?), que ao ver o sobrenome Gesualdi no passaporte pergunta-lhe se é italiano.
— Sim, responde André, de família de Latronico.
E o senhor diz:
— Ah, da região de Lagonegro e Maratea!
Após isso, sai André a procura da caixa vermelha do correio, onde deveria postar documentos do reembolso, mas não a encontra, e volta então ao sr. Genaro, que, ao vê-lo, comenta com um colega:
— Ele é um italiano, Gesualdi.
E o senhor Genaro, gentilmente, se dispõe a postar a encomenda e acompanha o casal à sala de embarque.
No fim da aventura na Itália, tratado como um italiano!
Natural de Lambari, MG (29-04-1955), casado com Deborah Maura Gorgulho Valério Gesualdi, pai de dois filhos, ANDRÉ LUIZ MARTINS GESUALDI é filho de Ismael Gesualdi e Leda Maria Martins Gesualdi, descendendo, pelo lado materno, de João Paulino Martins e Joana de Oliveira Martins, e, pelo lado paterno, de Annunciato Gesualdi e Thereza de Biaso.
Pelo lado paterno, é bisneto de Egydio Di Vicenzo Gesualdi e Felicia Di Nunziato Mileo, casal de italianos que veio para o Brasil em 1893, originários de Latronico (Itália), e se instalaram em Águas Virtuosas de Lambari.
Formado em Engenharia Elétrica pela Escola Federal de Engenharia de Itajubá - EFEI e Gestão Avançada pelo INSEAD, na França, André tem vasta experiência empresarial (Schlumberger/Balteau, Alstom e Areva).
Residindo em Itajubá desde 1971, André Gesualdi é empresário e Diretor Administrativo/Financeiro da Balteau Produtos Elétricos Ltda. e Presidente do Sindicato das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Matérias Elétricos de Itajubá - SIMMMEI.
Fonte: https://www7.fiemg.com.br/
Reprodução. Fonte: https://www7.fiemg.com.br/
Ilustração: O emigrante italiano FRANCISCO MARIA BASILE, que veio de Latronico (Itália) para Águas Virtuosas de Lambari (MG), em fins do século XIX
Dentro da série Imigração italiana para Águas Virtuosas de Lambari, vimos comentando sobre os cidadãos italianos que emigraram para nossa cidade no final dos anos 1800, início dos 1900.
Neste post, falaremos sobre os FRANCISCO MARIA BASILE, um dos imigrantes italianos que vieram de Latronico para Águas Virtuosas de Lambari e formou grande família no Brasil.
Vamos lá.
Esta Série está dividida em 5 partes:
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A parte 1 - Visão geral está aqui A parte 2 - Latronico: terra de origem de famílias italianas de Lambari está aqui A parte 3 - Breve histórico de famílias italianas de Lambari - 3.1. Família GESUALDI está aqui A parte 3 - Breve histórico de famílias italianas de Lambari - 2 - Família BASILE (este post) A parte 4 - Viagens à terra dos antepassados - Família Gesualdi está aqui A parte 4 - Viagens à terra dos antepassados - Família BASILE está aqui |
Francisco Maria Basile nasceu em Latrônico (Itália) em 21 de novembro de 1856. Era filho de Michele Basile e Egidia Antonia Basile.
Em 1877, o jovem Basile de 18 anos emigrou sozinho para o Brasil, trazendo uma maleta de roupas e pequena quantia em dinheiro, para as despesas iniciais.
Francisco, que não mais retornaria à Itália, veio a bordo do vapor francês Poitou, que saiu de Nápoli em 16 de abril, com escalas em Gênova e Marseille, chegando ao Porto do Rio de Janeiro em 26 de maio de 1877.
Basile veio depois para Águas Virtuosas de Lambari, onde se casou com Edwiges Furquim e teve seus primeiros filhos: Miguel e Judith.
Registro de nascimento de Francisco Maria Basile (21/nov/1856). Reprodução fotográfica do livro de Atto di nascita. Fonte: Prefeitura de Latronico. 2019
Trajeto e relatório de viagem do navio Poitou, que trouxe Francisco Basile em 1877
Francisco Basile aparece no Livro de registro de emigrantes. 1877. Fonte: Arquivo Nacional
Em Águas Virtuosas, pouco mais tarde, Francisco Basile se casou com Edwiges Duquesa Furquim.
A família Furquim já estava em Águas Virtuosas antes da chegada de Francisco Basile. Os Furquins são originários da Alemanha, da cidade de Forccheim, na Baviera, cidade histórica.
O casal teve 5 filhos: Miguel e Judith, nascidos em Águas Virtuosas, MG; e Antônio, Reynaldo e Carmem, nascidos em Dois Córregos, SP.
Os registros de casamento e de nascimento dos dois primeiros filhos de Francisco e Edwiges foram feitos na Paróquia de N. S. do Carmo (atualmente cidade de Carmo de Minas, MG).
A Paróquia de N. S. do Carmo, pertencente à Diocese de Campanha, foi criada em 1832
Certidão de casamento de Francisco Basile e Edwirges Furquim (6, nov, 1880)
Certidão de nascimento de Miguel Basile (4, set, 1882)
Árvore genealógica da família Basile
Mudança para o Estado de São Paulo
Após alguns anos no Sul de Minas, os BASILE foram para o interior de São Paulo, passando por Dois Córregos, Campinas e Jundiaí, cidade essa na qual a família se fixou.
Edwiges, esposa de Francisco, faleceu muito jovem, no ano de 1903, em Dois Córregos, e os filhos menores foram criados com a ajuda de Judith, a filha mais velha do casal.
Francisco Basile passou seus últimos anos em Campinas, com a filha Judith, cidade na qual veio a falecer em 1932.
Francisco Basile (sentado, à esquerda), ao lado do filho Miguel. Em pé, atrás de Francisco, à esquerda, o filho Reynaldo; e à direita João Savaglia (futuro esposo de Judith)
Nascido em Águas Virtuosas de Lambari no dia 4 de setembro de 1882, Miguel Basile casou-se em 7 de outubro de 1905, em Guariba, SP, com Guiomar de Castro.
Miguel Basile e Guiomar de Castro Basile
O casal Miguel e Guiomar vão constituir extensa família que se fixará, a partir dos anos 1910, na região de Jundiaí e Ribeirão Preto, interior de São Paulo.
Em 1930, na comemoração dos 25 anos de casamento, a família Castro Basile já é numerosa:
Família Castro Basile
Da esquerda para a direita:
A carreira esportiva de Miguel Basile
O lambariense Miguel Basile foi para Jundiaí, SP, a fim de trabalhar na Companhia Paulista de Estradas de Ferro, logo após a fundação do Paulista Futebol Clube, ocorrida em 1909, clube esse formado por funcionários daquela empresa — daí o nome do clube: Paulista.
Primeiro distintivo do Paulista Futebol Clube. Fonte: fanaticopaulista.blogspot.com
O Paulista sucedeu ao Jundiahy Foot Ball Club, que funcionou de 1903 a 1908.
Conheça a história do clube (aqui)
No Paulista, Miguel Basile atuou como jogador e técnico, e ocupou ainda o cargo de presidente, durante certo período.
Benedito Bonito
Foi ele quem levou para o Paulista o jogador Benedito Bonito, que atuara no Primavera de Indaiatuba.
Bonito viria a se consorciar com Mercedes de Castro Basile, dando origem à família Basile Bonito, muito conhecida naquela região do estado de São Paulo.
Benedito Bonito, grande artilheiro do Paulista Futebol Clube
O Campeonato do Interior de 1930, pela 6ª Região da Associação Paulista de Esportes Atléticos (APEA), equivaleu ao Campeonato Jundiaiense daquele ano. A respeito, informa o site https://fanaticopaulista.blogspot.com: Após figurar, entre 1926 e 1929, na Liga dos Amadores de Futebol (LAF), onde disputou o Campeonato Paulista destes anos, o Paulista viu-se obrigado, com o fim da Liga, a refiliar-se à APEA para manter-se em atividade contra as principais equipes do estado. Numa rápida transição, o Tricolor voltou a enfrentar outras equipes da capital e das demais cidades do interior. Em agosto, a APEA dava início ao seu Campeonato do Interior da chamada 6ª Região, que na verdade era composta pelos clubes da cidade de Jundiaí filiados a ela. Cinco clubes foram inscritos na competição. O atual bicampeão Ipiranga (da Vila Arens), o Corinthians Jundiaiense (também da Vila Arens), o São João (da Ponte São João), o Palestra Itália (da Colônia) e o Paulista (do Centro). Neste campeonato, o Paulista sagrou-se campeão, com apenas 1 ponto perdido, e Bonito foi um dos artilheiros do time (gol na partida contra o Ipiranga).
Benedito e Mercedes: ele artilheiro, e ela madrinha do Paulista Futebol Clube |
Miguel Basile, árbitro de futebol
Miguel atuou também como árbitro e representante de arbitragem pela APEA (Associação Paulista de Esportes Atléticos - 6a. Reg), em diversos jogos, nas décadas de 1920/1930.
Numa partida entre o Paulista x América, em 16 de fevereiro de 1930, ocorreu algo curioso: Miguel Basile teve de substituir o árbitro da partida, em razão de reclamações do time do América, quanto à validação do terceiro gol do Paulista.
Confira:
Reprodução. Fonte: Blog do Marcão (brfut.blogspot.com/2016/11/)
Outros jogos dos quais Miguel Basile participou na arbitragem:
Reprodução: Diário Nacional, 1927. Braz-Jornal, 1928. Correio Paulistano, 1927.
A família na Presidência do Paulista Futebol Clube
Além de Miguel Basile, o seu genro José Godoy Ferraz (casado com Maria Basile Ferraz) também foi Presidente do Paulista Futebol Clube, nos anos 1956 a 1958. José Godoy Ferraz Sobre José Godoy Ferraz, veja aqui
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Nos anos 1960, organizou-se em Jundiaí o Torneio Miguel Basile, em homenagem ao grande desportista daquela cidade.
Em 4 de abril de 1960, o vereador José Pedro Raimundo parabeniza o campeão e o vice-campeão do Torneio Miguel Basile daquele ano
Os Basile no Paulista de Jundiaí
Além de Miguel e Bonito (que se casou com uma Basile), outros membros da família Basile marcaram presença no Paulista de Jundiaí.
Vejamos:
Miguel Basile Júnior
Filho de Miguel, Basile Júnior (Lelo) atuou no Corinthians e no Paulista de Jundiaí.
Reprodução. Correio de SP, 9, mar, 1933
Paulista de Jundiaí. Ao centro, Miguel Jr. e Roberto Basile
Roberto Basile
Um outro filho de Miguel —Roberto Basile (Beto Basile) — também atuou pelo Paulista de Jundiaí. Na foto abaixo (time do Paulista, campeão jundiaiense de 1939) ele é o último, em pé, à direita.
Reprodução. Fonte: site: fanaticopaulista.blogspot.com
Em pé: Sidney Normaton [presidente], Lazinho, Sanche, Polini, Ivo de Almeida e Roberto Basile. Agachados: Ferreira, Leoneto e Trevisan. Ajoelhados: Dedão, Zé Dica e Gaúcho
A família de Miguel e Guiomar, no Natal de 1943
No Natal de 1943, engrandecida pelo consórcio das famílias Bonito, Rivelli, Ferraz e Lacerda, a grande família Castro Basile se reuniu para esta foto histórica:
Da esquerda para a direita: Em pé: Benedito Bonito, Eugenio Lacerda, Miguel Basile Junior, Siomara Basile, Roberto Basile, Jose Godoy Ferraz, Roque Rivelli.
Sentados: Mercedes Basile Bonito, Guiomarina Basile Lacerda, Guiomar de Castro Basile, com Maria Candida Basile Rivelli. Depois Miguel Basile, com Ze Ricardo Basile Ferraz. Depois, Maria de Castro Basile, Fani Basile Rivelli.
No Chão: Jose Roberto Basile Bonito, Tereza Basile Ferraz, Estella Basile Ferraz, Paulo Basile Rivelli, Luis Geraldo Basile Lacerda.
Homenagem póstuma a Miguel Basile
Nascido em Águas Virtuosas de Lambari, MG (4 de setembro de 1882), Miguel Basile faleceu em Jundiaí, SP em 6 de outubro de 1957, aos 75 anos de idade.
No dia seguinte, representantes da Câmara Municipal de Jundiaí — cidade que Miguel Basile escolhera para trabalhar, viver, atuar como desportista e criar sua grande família — aprovou voto de pesar pelo seu passamento, conforme projeto apresentado pelos vereadores Hermenegildo Martinelli, Antônio Avalone Jr. e Nélson Chacra.
Em nome da família BASILE, Roberto de Castro Basile agradeceu
Nascido em Dois Córregos, SP, no dia 5 de dezembro de 1898, Reynaldo de Montalvão Basile casou-se com Izaltina Ferraz de Barros Basile, em junho de 1930, em Jaboticabal.
Dessa união nasceram dois filhos: Gilberto de Barros Basile, engenheiro agrônomo, e Reynaldo Ferraz de Barros Basile, advogado, professor universitário e radialista esportivo.
Ferroviário, Reynaldo trabalhou na Companhia Paulista de Estradas de Ferro por quase quarenta anos, tendo lá exercido diversas funções auxiliares e de chefia, e gerenciado a divisão de acidentes de trabalho.
Reynaldo de Montalvão Basile
Instrumentista exímio (clarinetista e saxofonista), participou de conjuntos amadores e profissionais, tendo também integrado a orquestra da Sociedade Jundiaiense de Cultura Artística, instituição da qual veio a ser, mais tarde, presidente. Foi também membro do Conselho Deliberativo do Gabinete de Leitura Ruy Barbosa, importante centro de cultura de Jundiaí.
A esposa Izaltina, educadora, exerceu sua função em diversos estabelecimentos de ensino de Jundiaí, entre eles o tradicional Instituto de Educação Jundiaí.
Reynaldo Basile faleceu no dia 28 de maio de 1983, em Jundiaí, SP.
Seu nome foi dado a uma Escola Pública Municipal de Jundiaí:
Reprodução. Fonte: https://www.escol.as/205527-reynaldo-de-montalvao-basile-emeb
Filha mais velha de Francisco Basile e Edwiges Furquim, nasceu Judith em Águas Virtuosas no ano de 1884. Seus avós paternos eram Michele Basile e Egídia Antônia Nubile, e os maternos: Sancho Furquim Ferreira e Felicidade Perpétua Pereira.
Certidão de batismo Judith Basile
Desde menina, com a morte prematura de sua mãe, em 1903, criou sozinha os irmãos mais novos com a ajuda de seu pai, Francesco. Por essa época, a família vivia em Dois Córregos, São Paulo.
Foi, praticamente, a mãe de Reynaldo, o irmão mais moço, e cuidou também do pai, que com ela viveu em Campinas, SP, até 1932, quando veio a falecer.
Judith Basile
Judith casou-se com João Savaglia (1894-1977), em 1907, sendo ele filho dos imigrantes italianos Antônio e Teresa Savaglia (o pai, de San Marco Argentano; a mãe, de Pietrafita), que chegaram ao Brasil em 1893, quando João tinha 7 anos.
Judith e João Savaglia
Marceneiro, ofício de seu pai, João abriu a marcenaria São José na cidade de Dois Córregos e também uma espécie de lojas de departamentos. Foi vereador, fundou o time de futebol Mocaembu e a Associação da Sociedade Italiana da região.
João Savaglia, esposo de Judith
Judith dirigia a família com mãos de ferro. Os filhos depositavam em suas mãos todo o “ordenado” (como se chamava o salário à época). Pela manhã, quando saiam para trabalhar, ela repartia os cigarros e colocava alguns no bolso de cada um. Tudo era racionado carinhosamente pela matriarca.
Religiosa, comungava todos os dias, na primeira missa da manhã. Muito ativa, era admirada por sua fibra, firmeza e personalidade marcante, segundo sua nora, Ena Klemm.
Os nomes de seus filhos foram tirados dos romances e poesias que ela tinha o costume de ler. Mais uma de suas características.
Todos os seus filhos foram muito bem-educados. Apreciavam as artes, música e poesia.
Judith com o pai, o esposo e filhas
Judith, Francesco Basile, João Savaglia, e as filhas, Lily, Aidée, Edith, Vanda e Oneida, em Campinas, 1932
O trágico acidente que levou Judith Era o aniversário de casamento de Nilcéa (Lily), filha de Judith, então grávida de 5 meses. Lily viera com o marido, Egídio Forte, de Campinas, onde moravam, comemorar a data com a família, e saiu com a mãe (Judith) e seu sobrinho, José Antônio. Foram à feira, na Vila Mariana, fazer compras para a festa. Às 9 horas da manhã, desceram do bonde e, ao atravessarem a avenida, passaram por trás do coletivo exatamente no momento em que outro vinha descendo no sentido contrário. Judith carregava seu neto José Antônio (filho de Aidée), de 2 anos de idade, mas, antes de ser atingida, teve tempo de reagir e arremessar a criança para a calçada, salvando sua vida. Testemunhas dizem que Lily se assustou e ficou paralisada e Judith tentou ajudá-la e foi atropelada, também. José Antônio foi encontrado horas depois na Santa Casa, com o maxilar fraturado. Judith morreu aos 55 anos, em fevereiro de 1940. José Antônio teve uma vida longa e feliz (graças a Judith) e morreu aos 74 anos, em 2012, deixando esposa, dois filhos, três netos e 2 bisnetos.
Judith, José Antônio e João Savaglia |
A descendência de João e Judith
Somam 55 pessoas os descendentes de João e Judith.
8 filhos: Edith (1907), Nilcéa (Lily - 1909), Afonso (1911), Aidée (1913), Walter Antônio (1915), Ailema (1917), Vanda (1920) e Maria Eneida (1926), todos já falecidos.
O casal perdeu uma filha, ainda bebê — Ailema Savaglia, nascida em 12 de novembro de 1917 e falecida em 2 de julho de 1918.
8 netos: José Antônio, Luiz Carlos, Paulo Afonso, Nilcéa Maria (em homenagem a Lily), Walter Filho, Maria Lucia, José Henrique e Yara Cristina
20 Bisnetos: Ana Beatriz, Cynthia, Fernando, Mario Sergio, Melissa, Joanna, Afonso Neto, Priscila, Walter Neto, Luiz Henrique, Vanessa, Milena, Maria Christina, Gilson, Julia, João Deodoro, Victoria, Sabrina, Valentina, Álvaro Afonso.
17 Tataranetos: Fernanda e Guilherme (gêmeos), Yvens, Rodrigo, Giovanna, Ana Carolina, Marina, Maria Clara, Victor, Marina, Leonardo e Lucas (gêmeos), Manuella, Beatriz, Lisa, Mariana e Sophia.
2 Tetranetos: Henrique e Eduardo (bisnetos de José Antônio, o neto que Judith salvou a vida, sendo o mais novo, nascido durante a pandemia).
Judith Basile Savaglia, em 1940, aos 55 anos (com 55 descendentes), retratada por sua bisneta, Cynthia (Basile) Savaglia de Camargo (Preturlon), em 2020, aos 55 anos, 80 anos depois. |
Carmem Basile nasceu em Dois Córregos, SP, em 19 de outubro de 1886, e faleceu no dia 2 de abril de 1982, em São Paulo.
Carmem Basile de Jesus
Casou-se em 1908 com Jorge Gabriel de Jesus, filho de imigrantes portugueses, de Funchal, Ilha da Madeira, com quem teve treze filhos: Alcino, Ariobaldo, Rubens, Lucília, Gelásio, Haydméa, Maria, Ely, Ari, Eda, Ligia , Vinicius e Juarez.
Jorge Gabriel de Jesus
Fixou residência em Dois Córregos, até aproximadamente 1918, cidade em que foram concebidos e registrados 6 dos seus primeiros filhos: Alcino, Ariobaldo, Rubens, Lucília, Gelásio e Haydméa,
Transferiu residência para Coroados (Região metropolina de Araçatuba), onde nasceram os seus 7 últimos filhos, os treze de sua prole: Maria, Ely, Ari, Eda e Ligia, que foram registrados na comarca de Penápolis, pois não havia ainda cartório em Coroados.
Os dois últimos, Vinicius e Juarez já foram registrados em Coroados.
Vovó Carminha e seus filhos. Ilustração
Em 1931, com a morte prematura do marido, Carminha — como era conhecida — sem qualquer experiência de administrar e prover uma família tão numerosa, deixou Dois Córregos a procura de novos horizontes, mudando-se para Jundiaí, e depois para Campinas, onde permaneceu por seis anos, e, finalmente, em 1941, foi para São Paulo.
Antônio Basile, tratado por Tonico, alfaiate de profissão, e também músico (trombone), nasceu em Dois Córregos, SP, no dia 16 de março de 1892 e faleceu, ainda muito jovem, em Itápolis, SP, em 1936, com 43 anos de idade.
Casou-se com Diva Pahim Neubern Basile (1899-1973), descendente de alemães, filha de Pacheco Neubern e Alice Pahim Neubern.
Tiveram 3 filhos: Antônio Basílio Júnior, Ayrton Neubern Basile e Almyr Neubern Basile, que veio a se casar com Dorvalina Silva Basile.
Antônio e Diva Neubern Basile
Nascida em Dois Córregos, SP, era tratada por Carminha, e faleceu ainda jovem.
OS BASILE COMO NOMES DE RUAS E ESCOLAS DE JUNDIAÍ
Descendentes do jovenzinho italiano de 18 anos Francisco Basile (que emigrou sozinho de Latronico - Itália para Águas Virtuosas de Lambari - Minas Gerais) chegaram a Jundiaí nos anos 1910 e participaram ativamente da vida social, esportiva e cultural da cidade — uma cidade que gerações de Basile viram crescer e prosperar.
O reconhecimento por essa participação foi expresso em nomes de prédios e vias públicas conferidos a membros da família Basile, ao longo dos anos.
Veja:
Escolas
Ruas
DOCUMENTÁRIO SOBRE A FAMÍLIA BASILE
Veja este documentário sobre Francesco Maria Basile, imigrante italiano e seus descendentes no Brasil, produzido por Rita Basile.
Disponível no YouTube: https://youtu.be/eWS3qk_ampw
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Ilustração: Os emigrantes italianos Egydio Di Vicenzo Gesualdi e Felicia Di Nunziato Mileo que vieram de Latrônico (Itália) para Águas Virtuosas de Lambari em 1893
Dentro da série Imigração italiana para Águas Virtuosas de Lambari, vimos comentando sobre os cidadãos italianos que emigraram para nossa cidade no final dos anos 1800, início dos 1900.
Neste post, falaremos sobre os GESUALDI, uma das famílias que vieram para Águas Virtuosas de Lambari, originárias de Latronico.
Vamos lá.
Esta Série está dividida em 5 partes:
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A parte 1 - Visão geral está aqui. A parte 2 - Latronico: terra de origem de famílias italianas de Lambari está aqui. A parte 3 - Breve histórico de famílias italianas de Lambari - 1 - Família GESUALDI está aqui. A parte 3 - Breve histórico de famílias italianas de Lambari - 2 - Família BASILE está aqui. A parte 4 - Viagens à terra dos antepassados - Família Gesualdi está aqui A parte 4 - Viagens à terra dos antepassados - Família BASILE está aqui |
Os emigrantes italianos Egydio Di Vicenzo Gesualdi (20/out/1857 - 11/fev/1897) e Felicia Di Nunziato Mileo (09/mai/1867 - 15/fev/1932) vieram para o Brasil em 1893, originários de Latronico (Itália), e se instalaram em Águas Virtuosas de Lambari.
Tiveram 5 filhos: Vicente (11/jun/1883 - 05/nov/1955) e Maria Elizabetta (04/jul/1887 - 04/mar/1967), ambos nascidos na Itália; Annunciato (5/out/1893- 7/mar/1975), concebido ainda na Itália e nascido em Águas Virtuosas de Lambari, e mais Egídia (28/abr/1897 - 27/ago/1980) e Isabel (31/out/1895 - 23/ago/1966) , as duas nascidas também em Lambari.
Conta-se que Annunciato Mileo — pai de Felícia — pagou as passagens em um camarote, para que a família viajasse com um mínimo de conforto. Ao despedir-se, Annunciato, sabendo que jamais veria a filha e os netos, beijou os pés de Felícia e permitiu que sua outra filha — Paschoalina — viesse também em companhia de Egydio e Felícia.
Na viagem, um surto de varíola acometeu diversas pessoas, e aqueles que morriam eram jogados ao mar. Felícia trancou-se no camarote, durante todo o percurso, para cuidar de Vicente, que contraíra a doença. Vicente só deixou o camarote quando da chegada ao Brasil.
A família desembarcou no Rio de Janeiro e seguiu para o Sul de Minas, e depois para Águas Virtuosas, onde se estabeleceu. Mais tarde, Paschoalina se casaria em Águas Virtuosas de Lambari com outro italiano imigrante: Francisco de Biaso.
Em Águas Virtuosas, Egydio Gesualdi, que na Itália havia sido agricultor, foi trabalhar com desmatamento, ao lado de Francisco de Biaso, seu concunhado.
Tempos depois, praticou o ofício de barbeiro, atividade, aliás, que futuramente alguns de seus filhos e netos viriam a também exercer.
Faleceu ainda jovem, em Águas Virtuosas, com 40 anos de idade (11/fev/1897).
Seus filhos Annunciato, Isabel e Egídia viveram e faleceram em Lambari.
Vicente mudou-se para Itajubá, MG e faleceu no Rio de Janeiro.
E Maria Elizabetta, que se casou com Vicente De Lorenzo, também de família imigrante, viveria e viria a falecer em São Lourenço.
Em documento emitido na Itália, consta a profissão de Egydio Gesualdi: Contadino (agricultor)
Vicente Gesualdi veio para o Brasil em 1893, com 10 anos de idade, viajando em companhia dos pais, Egydio e Felícia, da irmã Maria Elizabetta e da tia Paschoalina, irmã de sua mãe.
Certidão de nascimento de Vicenzo Gesualdi. Obtida em Latronico. 2012
A família Gesualdi, já em 1893, passou a morar em Águas Virtuosas, e Vicente aqui viveu durante anos, onde se casou com Noêmia, natural de Carmo de Minas.
Em 1914, Vicente contava 31 anos e se mudou com a esposa e três filhos para Itajubá, MG. Duas dessas crianças faleceram muito cedo, mas outros filhos nasceriam naquela cidade.
Fonte: PANE, VINO E MOLTO LAVORO! ...ANCHE AMORE - A saga da imigração Italiana em Itajubá, p. 176.
Em Itajubá, Vicente, depois de alguns outros trabalhos, se estabeleceu com um salão de cabeleireiro, enquanto Noêmia se tornou zeladora do Colégio Coração de Jesus.
No salão de Vicente Gesualdi, o maior de Itajubá, havia seis cadeiras, em que trabalhavam excelentes profissionais, entre eles, seus filhos Egydio e Felício. Esses dois — Egydio e Felício — mais tarde fundariam no Rio de Janeiro, em Copacabana, o Salão Gesualdi. Tempos depois, mudaram-se para Nova York, e continuaram no exercício da profissão. |
Vicente se tornou também, em Itajubá, representante de vendas das "Águas Lambari" e do "Guaraná Lambari", e, além do salão, a família montou outro empreendimento: a Casa São Jorge.
Em 1954, com 71 anos, já aposentado, Vicente se mudou para o Rio de Janeiro, onde viria a falecer em 5 de novembro de 1955.
A grande família de Vicente e Noêmia:
Família de Vicente Gesualdi
Annunciato Gesualdi foi concebido ainda na Itália e nasceu em Águas Virtuosas de Lambari em 5 de outubro de 1893, no mesmo ano em que seus pais chegaram ao Brasil.
Casou-se com Thereza de Biaso e tiveram 9 filhos: Alayde, Ismael, Hélio, Marcello, Alda, Jorge, Max, Icléa e Edson.
(*) Alayde e Hélio, mencionados acima, também já faleceram.
Annunciato exerceu diversas profissões: em criança, foi engraxate; mais à frente, trabalhou na profissão do pai: cabeleireiro; e depois atuou como gerente do Parque das Águas de Lambari por muitos e muitos anos. Em 1934, chegou a ser nomeado adjunto de promotor.
O menino Annunciato Gesualdi, engraxando sapatos de um turista. Águas Virtuosas (fim do Século XIX)
Dos anos 1910 aos anos 1980, a exploração das águas minerais de Lambari passou por diversos concessionários: Empreza Águas Lambary S/A, que foi sucedida pelo Serviço de Águas de Lambari e, em 1961, pela Hidrominas - Águas Minerais de Minas Gerais S/A, tendo esta última encerrado suas atividades em meados dos anos 1980.
Em 1924, Annunciato já era encarregado da Sucursal de Lambari da Empreza Águas Lambary S/A e como gerente permaneceu por mais de cinco décadas, até seu falecimento em 1975.
Correspondência em papel timbrado, datada de 3 de maio de 1924, destinada a Annunciato Gesualdi, então Encarregado da Sucursal de Lambari, da Empresa das Águas de Lambary, que tinha sede em Belo Horizonte.
Nos anos 1930, a "Empreza", como era conhecida a concessionária das águas minerais, fabricava também guaraná, água tônica e soda limonada, fazendo uso das águas minerais da cidade.
Reprodução. Revista Nação Brasileira n. 134, de 1934 (bn.digital.gov.br) Reprodução. Revista Nação Brasileira n. 144, de 1935 (bn.digital.gov.br) |
Annunciato Gesualdi residiu por muitos anos em casa situada ao lado do trabalho, o que facilitava seu acesso às dependências administrativas do Parque das Águas de Lambari, o qual, em 1975, levaria o seu nome.
Annunciato residia na casa de 4 janelas
O Parque das Águas Annunciato Gesualdi
Em 1975, Annunciato ainda estava à frente da administração do Parque das Águas quando, no dia 7 de março, veio a falecer, com 81 anos de idade.
Em 1°. de agosto de 1975, na Administração de Aureliano Chaves (1975-1978), o deputado Cyro Maciel, vice-líder do governo, sensibilizado por diversos pedidos emanados de autoridades municipais e da sociedade lambariense, encaminhou ofício ao governador de Minas solicitando fosse dado pela Hidrominas — então concessionária das águas de Lambari — ao Pavilhão das Fontes o nome de Annunciato Gesualdi:
"...em homenagem póstuma ao extinto servidor daquela sociedade (na qual exercera)... por mais de 50 anos o cargo de superintendente..."
Em resposta, no dia 20 de agosto de 1975, por meio do ofício BHZ/DE/1313/75, Nélson Lombardi, diretor-executivo da Hidrominas, assim respondeu ao pleito supracitado:
Desse modo foi que o Parque das Águas de Lambari, em homenagem ao seu longevo administrador, passou a se chamar Parque das Águas Annunciato Gesualdi.
Revitalizado em 2013 pelo Governo de Minas, na gestão de Antonio Anastazia (2011-2014), o Parque das Águas de Lambari recebeu a placa com o nome de Annunciato Gesualdi.
Confira:
Sobre o Parque das Águas de Lambari, veja a série abaixo:
A família de Annunciato e Thereza:
Alayde, Ismael, Thereza, Annunciato e Hélio. Sentados: Marcello, Alda, Jorge, Max, Icléa e Edson
Vovó Felícia Gesualdi tendo ao colo o neto Ismael
Sobre o médico Ismael Gesualdi, veja este post:
MARIA ELIZABETTA GESUALDI (LORENZO)
Maria Elizabetta Gesualdi, depois Lorenzo, nascida na Itália em 1887, casou-se em Águas Virtuosas de Lambari, em 5 de novembro de 1904, com o também imigrante Vicenzo Mileo De Lorenzo, nascido em 1873.
Vicenzo De Lorenzo e Maria Elizabetta Gesualdi
Os Lorenzo chegaram em Águas Virtuosas no final do século XIX, e há ainda hoje na cidade diversos descendentes dessa família de imigrantes italianos.
Em quase 60 anos de união, o casal Vicenzo-Maria Elizabetta formou grande família.
Fonte: IV Encontro das Famílias Lorenzo e Gesualdi resgata história, em São Lourenço. Site Correio do Papagaio
Exímio mestre de obras, Vicenzo De Lorenzo executou diversos trabalhos para a Secretaria de Estado de Obras Públicas (MG), nas cidades de Três Corações, Lambari e Baependi.
Vicente De Lorenzo gostava também de música clássica e óperas, e tocava bombardino na banda musical de Lambari, fundada pelo maestro Francisco Nisticó, conforme informação da historiadora sãolourenciana Teresinha Maria Silveira Villela, no livro Nossa Gente, Nosso Orgulho, no qual há pequeno registro biográfico de Vicente.
Reprodução. Fonte: http://www.ipatrimonio.org/itajuba-flauta-do-maestro-francisco-nistico
Vicenzo e Maria Elizabetta se mudaram para São Lourenço, MG, em 1932, cidade na qual Vicenzo fora trabalhar, juntamente com os filhos, na construção da Estação Ferroviária.
No citado livro Nossa Gente, Nosso Orgulho, a autora conta que Vicente foi o construtor de inúmeras obras importantes da cidade, como a Casa Diamante, o Grupo Escolar Melo Viana, a Escola Estadual Mário Junqueira e os hotéis Metrópole, Sul América, Aliança, Jina e Guanabara, entre outras.
Encontro das famílias Gesualdi-Lorenzo
Em 1°. de novembro de 2015, foi realizado em São Lourenço, MG, o IV Encontro das famílias Lorenzo e Gesualdi.
O evento foi documentado pelo Correio do Papagaio, e pode ser visto neste link:
Netos de Vicenzo e Elizabetta, reunidos em São Lourenço (2015). Reprodução. Fonte: Correio do Papagaio
Capa do livro PANE, VINO E MOLTO LAVORO! ...ANCHE AMORE - A saga da imigração Italiana em Itajubá
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Ilustração: Imagem de abertura da exposição "Imagens de Lambari", na entrada do Parque das Águas
Produzida pela AMEL (Associação Municipal de Empreendedores Pró-Lambari), pode ser vista no Pavilhão das Fontes do Parque das Águas de Lambari a exposição de fotos
IMAGENS DE LAMBARI - Um passeio por nossa história |
com painéis fotográficos e relatos da história de Águas Virtuosas de Lambari.
Feita com base em cartões, postais e gravuras pertencentes a coleções públicas e privadas, a exposição possibilita um passeio pelas épocas mais marcantes da história de nossa cidade e de nossa gente.
A exposição foi dedicada ao sr. Nascime Bacha, fundador do Museu Américo Werneck e grande personagem na luta pela preservação da memória de Lambari.
A curadoria da exposição está sob a responsabilidade do historiador Francislei Lima da Silva, presidente do mencionado museu.
O espaço foi cedido pela Prefeitura Municipal de Lambari, por intermédio da Secretaria Municipal de Turismo, órgão encarregado da manutenção e vigilância da exposição.
Colaboraram no projeto funcionários da AMEL, o historiador Francislei Lima da Silva e o site GUIMAGUINHAS.
A montagem dos painéis e do espaço da exposição ficaram sob a responsabilidade da arquiteta e cenógrafa Juliana Carneiro Rodrigues e da designer gráfico Ruth Paiva.
A coordenação geral do projeto ficou a cargo de Lúcia Bandeira de Melo, da AMEL.
Algumas fotos da exposição, com a colaboração de Joseane Astério:
O painel abaixo fala da importância dos afrodescendentes para a cultura, religiosidade e história de nossa cidade, e destaca a figura marcante de tia Ia, a mais que centenária mulher-símbolo da humildade, caridade e festas religiosas de Lambari.
Confira:
Nos anos 1960, quando a Hidrominas reformou o Pavilhão das Fontes, havia este mural, intitulado Lambari e seus passeios, pintado na parede lateral:
Pois bem, o mural abaixo objetivou trazer do fundo da história aquele painel.
Confira:
Ilustração: Montagem. Escudo de Latronico (Itália) e centro histórico da cidade. Fonte: www.latronico.eu/
Nesta série Imigração italiana para Águas Virtuosas de Lambari, comentamos aspectos da vinda de cidadãos italianos para nossa cidade, ocorrida no final dos anos 1800, início dos 1900.
Esta Série está dividida em 5 partes:
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A parte 1 - Visão geral está aqui. A parte 2 - Latronico: terra de origem de famílias italianas de Lambari está aqui. A parte 3 - Breve histórico de famílias italianas de Lambari - 3.1. Família GESUALDI está aqui. A parte 3 - Breve histórico de famílias italianas de Lambari - 1 - Família GESUALDI está aqui. A parte 3 - Breve histórico de famílias italianas de Lambari - 2 - Família BASILE está aqui. A parte 4 - Viagens à terra dos antepassados - Família Gesualdi está aqui A parte 4 - Viagens à terra dos antepassados - Família BASILE está aqui |
Vejamos, agora a parte 2 - Latronico: terra de origem de famílias italianas de Lambari.
Neste post, além da pesquisa que realizamos, nos baseamos também na colaboração de André Gesualdi e Paulo, Ricardo e Marcelo Castro Alves [Basile] — descendentes das famílias GESUALDI e BASILE, que visitaram a terra de seus ascendentes.
André Gesualdi e sua esposa Deborah. Viagem a Latronico. 2012.
Os irmãos Paulo, Ricardo e Marcelo Castro Alves [Basile], ao lado do vice-prefeito de Latronico (Vincenzo Castellano, de gravata). Viagem a Latronico. 2019
GESUALDI e BASILE estão entre as cerca de 40 famílias de italianos oriundos de Latronico, que vieram para Águas Virtuosas de Lambari no final do século XIX/início século XX.
Vamos lá.
Os Gesualdi e os Basile de Latronico
Egídio e Felícia Gesualdi
Annunciato Gesualdi
Vindos de Latronico (Itália) para Águas Virtuosas de Lambari, os emigrantes italianos Egydio Di Vicenzo Gesualdi e Felicia Di Nunziato Mileo tiveram 5 filhos: Vicente e Maria Elizabetta (nascidos na Itália), Annunciato (concebido ainda na Itália, nascido em Águas Virtuosas de Lambari em 1893, ano da chegada da família ao Brasil) e Egídia e Isabel (nascidas também no Brasil). André Gesualdi, colaborador deste site, é bisneto de Egydio e Felícia, e neto de Annunciato e Thereza. |
Francisco Basile
Miguel Basile e Guiomar de Castro Basile
Francisco Maria Basile, aos 18 anos, emigrou sozinho da Itália (Latronico) para o Brasil a bordo do vapor francês Poitou, aqui chegando em 26 de maio de 1877. Depois, veio para Águas Virtuosas de Lambari. Mais tarde se casou com Edwiges Duquesa Furquim Basile. O casal teve 5 filhos: Miguel (Carmo de Minas-04/09/1882, casado com Guiomar de Castro Basile), Judite, Antônio, Reynaldo e Carmen. Paulo, Ricardo e Marcelo Castro Alves [Basile], colaboradores deste site, são bisnetos de Miguel e Guiomar e e trinetos de Francisco e Edwiges. |
ITALIANOS DE LATRONICO CHEGAM A ÁGUAS VIRTUOSAS
Vindo da cidade de Campanha, MG, a partir de 1880, um grupo de famílias originárias de Basilicata — uma região da Itália meridional, que fica entre as regiões da Campânia e da Calábria, se instalou em Águas Virtuosas de Lambari.
Esses migrantes italianos todos eram provenientes do mesmo paese* (Latronico) e muitos eram parentes próximos. Ordeiros, operosos, respeitosos à lei, muito contribuíram para o progresso de nossa cidade.
Exerciam ofícios diversos na construção civil (pedreiros, mestre de obras, marceneiros), nas pequenas fábricas (calderarias, olarias, laticínios) e nos serviços em geral (barbeiros, alfaiates, sapateiros), como também atividades no comércio.
Lista de famílias italianas que vieram para Águas Virtuosas de Lambari
Basile, Beloni, Bianguli, Biasi, Bongiorni, Bordigoni Carelli, Carlini, Coli, Conti De Capua, De Paula, Dieco, Dotti Eoli Franceschi Gentili, Gesualdi, Giacoia, Giovanini, Gonelli, Grandinetti, Greco, Gregatti Ieno, Ielpo Lamberti, Léo, Lofiego, Lorenzo Magaldi, Maglioni, Mandarano, Manes, Marzano, Metidieri, Mileo Negri Papaléo, Papandréia, Patia, Pestile, Plantuli, Ponzo Raimundi, Rambaldi, Rosatti Santoro, Serruti, Sgarbi, Sinforoso, Silvestrini Tucci Viola (*) Os Biasi vieram de Campobasso; os Gentili, de Massa; os Pestile, de Nápoles. Os Giovanini de Badia de Tedalda, província de Arezzo Fonte: JOSÉ NICOLAU MILEO, 1970, págs. 107 a 114. |
Francesca Bordigoni e Giuseppe Gentili, bisavós italianos do autor deste site, que vieram de Massa
Conforme a Constituição de 1948, a Itália se subdivide em 20 regiões, quais sejam:
As vinte regiões da Itália. Reprodução. Wikipedia
A Itália, pois, contém:
ABRUZZO |
BASILICATA |
CALABRIA |
CAMPANIA |
EMILIA-ROMAGNA |
FRIULI- |
LAZIO |
LIGURIA |
LOMBARDIA |
MARCHE |
MOLISE |
PIEMONTE |
PUGLIA |
SARDEGNA |
SICILIA |
TOSCANA |
TRENTINO- |
UMBRIA |
VALE D'AOSTA |
VENETO |
As Regiões, que correspondem aos Estados brasileiros, por sua vez, se subdividem em:
E as Províncias contém centenas de
Fonte: http://www.imigrantesitalianos.com.br/Provincias_Italianas.html
Região Itália meridional (cor marron): da qual fazem parte as regiões de Abruzos, Campânia, Molise, Apúlia, Basilicata e Calábria. Reprodução. Wikipedia
A região de Basilicata, cuja capital é Potenza, possui cerca de 600 mil habitantes e 10073 km², e faz fronteira a sudeste com o mar Jônico (golfo de Tarento), a este com a Apúlia, a oeste com a Campânia, a sudoeste com o mar Tirreno e a sul com a Calábria.
Região da Basilicata, Itália (Reprodução: GoogleMaps)
Dados da Região de Basilicata. Itália. Reprodução. Wikipedia
LATRONICO é comuna da Província de POTENZA na região de BASILICATA.
Reprodução. Fonte: www.maps-of-italy.blogspot.com
Reprodução. Fonte: https://www.pinterest.ru/ |
Um resumo da divisão geopolítica da Itália (regiões, províncias, comunas) pode ser vista neste link:
Latronico é uma comuna italiana da região da Basilicata, província de Potenza, com cerca de 5.150 habitantes.
A origem do nome Latronico é controversa; de acordo com alguns, derivaria de dois termos do idioma grego que significam lugar escondido, enquanto outros afirmam que é uma derivação do termo também grego Latomia (pedreira, que a cidade ainda possui) com a adição do sufixo -ico.
Estende-se por uma área de 75 km², tendo uma densidade populacional de 65 hab/km².
Faz fronteira com Carbone, Castelluccio Inferiore, Castelluccio Superiore, Castelsaraceno, Episcopia, Fardella, Lauria.
Fonte: WIKIPEDIA/Latronico e www.latronico.eu/storia
Reprodução. Fonte: http://www.latronico.eu/
No endereço eletrônico http://www.latronico.eu/ está o site oficial da Comune di Latronico.
As abas
subdividem-se em diversos outros títulos com excelentes informações e imagens sobre a cidade.
Na página de abertura do site, alternam-se belissimas paisagens da cidade e região. Entre elas, selecionamos três imagens de Latronico que guardam semelhanças com as serras, a vila montanhosa e as águas minerais que as famílias de imigrantes encontraram em Águas Virtuosas de Lambari.
Confira:
Um lugarejo cercado de serras
Latronico. Agromonte. Reprodução. Fonte: http://www.latronico.eu/
Uma vila sobre montes
Latronico. Centro histórico. Reprodução. Fonte: http://www.latronico.eu/
Fontes de águas minerais
Latronico. Fontes de águas sulforosas. Reprodução. Fonte: http://www.latronico.eu/
Nota: imagens e informações reproduzidas conforme Termos e condições de uso do site. aqui: http://www.latronico.eu/note-legali
Abaixo vão duas antigas fotos das vilas de Latronico e Águas Virtuosas.
E, a seguir, algumas fotos de Latronico, a maioria dos acervos pessoais de André Gesualdi e Paulo, Ricardo e Marcelo Castro Alves [Basile]:
Confira:
Latronico antigo. Anos 1800. Fonte: André Gesualdi
Águas Virtuosas antiga. Fins anos 1800. Fonte: Museu Américo Werneck
Latronico moderno. 2012. Fonte: André Gesualdi
Latronico. Vista. 2012. Fonte: André Gesualdi
Latronico. Vista. 2012. Fonte: André Gesualdi
Latronico. Vista noturna. 2012. Fonte: André Gesualdi
Vista de Latronico. Fonte: Paulo, Ricardo e Marcelo Castro Alves [Basile]
Montnhas de Latronico.Fonte: Paulo, Ricardo e Marcelo Castro Alves [Basile]
Latronico num monte ao pé da grande serra. Fonte: Paulo, Ricardo e Marcelo Castro Alves [Basile]
Casa antiga de pedra, em Latronico. Fonte: Paulo, Ricardo e Marcelo Castro Alves [Basile]
Latronico. Bairro Capadavutu. Reprodução. Wikipedia
Outras imagens de Latronico podem ser vistas aqui:
PAULO, RICARDO e MARCELO CASTRO ALVES [Basile], trinetos de FRANCESCO BASILE, imigrante italiano que veio para Águas Virtuosas em 1887, estiveram em Latronico em novembro de 2019.
Em contato com o site GUIMAGUINHAS, MARCELO CASTRO ALVES [Basile] forneceu informações, fotos e documentos sobre a origem italiana de sua família, bem como os vídeos abaixo, com imagens de sua visita à terra de seus antepassados.
Confira:
SANTO EGÍDIO - PROTETOR DE LATRONICO
O padroeiro de Latronico é Santo Egídio, Abade, e a procissão dedicada a esse santo constitui a maior festa de Latronico.
Santo Egídio Abade. Protetor de Latronico. Fonte: André Gesualdi
Interior da igreja de Santo Egídio. Latronico. 2012. Fonte: André Gesualdi
Capela de Santo Egídio. Fonte: Paulo, Ricardo e Marcelo Castro Alves [Basile]
Reprodução. Fonte: VIOLA, 2002, p. 73
Em sua estada em Latronico, os irmãos Paulo, Ricardo e Marcelo de Castro Alves [Basile] receberam de presente da prefeitura estes dois belos exemplares:
Fotos antigas de Latronico. Fonte: Paulo, Ricardo e Marcelo de Castro Alves [Basile]
Dicionário de antigo dialetro latronico para italiano. Fonte: Paulo, Ricardo e Marcelo de Castro Alves [Basile]
As rendas e bordados de Latronico são uma marca da cultura e artesanato da cidade, e os trabalhos executados mediante a técnica do Il pontino ad ago (o ponto à agulha) são exclusivos da tradição do território latrônico.
Bandeira italiana feita de crochê típico de Latronico
De fato,
Na história da cultura material em Latronico, a de rendas e bordados ocupa um lugar importante. As origens dessa tradição remontam a algumas gerações atrás: sabe-se que algumas mulheres latrônicas do início do século XX conheciam sua execução. Produzidos no início do século passado, existem alguns artefatos valiosos que ainda são preservados em casas particulares, mais numerosos do que você pensa.
Entre os vários tipos de rendas e bordados, o do ponto à agulha Latronico é exclusivo da tradição do território Latronico.
Sua origem é desconhecida, acredita-se que essa renda seja um derivado do bordado clássico difundido no município de Latronico e exportado para países vizinhos.
A tradição do ponto à agulha Latronico ainda hoje é praticada, tanto para os kits quanto para enriquecer as roupas. Muitas e variadas são as obras que podem ser feitas com essa técnica, na qual as mulheres latrônicas são hábeis (...)
Fonte: http://www.ilpuntinoadagodilatronico.it/studi-e-ricerche.html, com tradução do Google (com alterações).
Concurso “La finestra piú bella de Latronico” (2013)
Em agosto de 2013, Josemary Omena Passos Ferrare, arquiteta e professora da Universidade Federal de Alagoas (UFAL), cuja família é de origem italiana (FERRARE), participou, como membro do Júri de Qualidade do Concurso “La finestra piú bella de Latronico”, e produziu interessante relatório sobre o evento e as famosas rendas e bordados de Latronico.
Confira:
Reprodução. Fonte: RELATÓRIO da viagem à Latronico em Potenza, Basilicata-Itália (2013)
Reprodução. Fonte: RELATÓRIO da viagem à Latronico em Potenza, Basilicata-Itália (2013)
RELATÓRIO da viagem à Latronico em Potenza, Basilicata-Itália (2013) – Concurso “La finestra piú bella de Latronico”, PARA PESQUISA COMPLEMENTAR AO INVENTÁRIO: SINGELEZA: uma história de rendas e de mulheres.
Por Josemary Omena Passos Ferrare (arquiteta e professora)
OUTRAS INFORMAÇÕES SOBRE LATRONICO
Veja também:
Nota: a pesquisa acima foi feita na internet, via Google, e não temos informações sobre a qualidade dos serviços anunciados.
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