Ilustração: Árvore derrubada sobre o muro da Casa Gorda pela tempestade de 1o. de janeiro de 2021, em Lambari, MG
Como dissemos em post anterior desta Série RECANTO DOS NETOS (Ano Novo na Casa Gorda/Shangrilá), a pandemia Covid19 afastou alguns membros da nossa família da convivência habitual de férias de final/início de ano.
Desse modo, parte das crianças estava em Lambari e outra em São Lourenço.
Na passagem do ano, Leonardo, Rafael, Maria, Paulinho e Cecília estavam em Lambari; Isabela e Rafaela, em São Lourenço
Pois bem, ocorre que no dia 1º de janeiro de 2022, pouco antes da hora do almoço, uma tempestade violenta — acompanhada de raios intensos, trovões assustadores e forte ventania — caiu sobre Lambari.
Vejamos como foi.
Naquele dia, várias ruas da cidade ficaram alagadas, barrancos desmoronaram, calçamentos foram arrancados, árvores caíram, casas foram destelhadas. Bairros inteiros ficaram sem eletricidade... Um caos!
Na Casa Gorda — graças a Deus! — os estragos foram pequenos, mas o susto foi enorme — plantas destruídas, calhas entupidas, água na laje, folhas e galhos por todo o lado.
E vó Celeste, logo que a chuvarada começou, saiu orando e gritando: — Gente, cadê o Paulinho! Cadê o Paulinho! — pois o Paulinho descera da piscina e estava "perdido" no terreiro da Casa Gorda...
Vó Celeste assutada com a árvore que caiu.
Uma árvore caiu do terreno vizinho sobre o nosso muro, com um grande estrondo, deixando todos assustados.
Havia ninhos de passarinhos na árvore que caiu:
Maria vistoriando a árvore a procura de ninhos
O filhote de sanhaço salvo pela vó Celeste, que no dia seguinte voou livremente com seus pais
Passado o susto, todos corremos aos celulares para saber notícias das crianças em São Lourenço, e vice-versa.
E os diálogos foram ótimos.
Especialmente os travados entre Rafaela e Paulinho, que regulam em idade e estavam há meses sem se ver.
Como se recorda, a Rafaela tem um modo todo seu de se expressar, conforme já contamos neste post (O vocabulário da Rafa). E foram dela e do Paulinho as passagens mais divertidas.
Confira:
Confira os posts já publicados:
Confira os áudios vinculados aos posts:
Ilustração: Antigo balneário construído dentro do Parque das Águas em 1872. Reprodução. Fonte: Lambary e Cambuquira - Hydro-estações ao Sul do Estado de Minas Gerais - Brazil. Dr. Pires de Almeida. Site: Codemge
O livro Lambary e Cambuquira - Hydro-estações ao Sul do Estado de Minas Gerais - Brazil, de autoria do Dr. Pires de Almeida, editado em 1896, do qual falamos aqui, traz um pequeno relato sobre nossas águas virtuosas, que reproduzimos neste post.
Confira:
BREVE RELATO SOBRE AS ÁGUAS VIRTUOSAS DE LAMBARY (SÉCULO XIX)
A descoberta das águas, seus efeitos curadores e formas de uso
As primeiras obras de proteção das fontes, notícias da "Água Santa" por viajantes e tropeiros e a família Breves
Quando em 1834 a Câmara de Campanha providenciou as primeiras obras de proteção das fontes, as "águas santas" ou "virtuosas" já eram conhecidas há mais de 60 anos por viajantes e tropeiros, que levavam notícias de suas "virtudes curativas" para as províncias de São Paulo e Rio de Janeiro.
Recorde-se, como dissemos no post A devoção a Nossa Senhora Aparecida e a descoberta da “Água Santa” em Lambari (aqui), que esses viajantes trouxeram de Guaratingueta notícias sobre o culto a Nossa Senhora da Conceição Aparecida e levaram os primeiros relatos de curas, atribuídas a Nossa Senhora da Saúde, que viria a ser padroeira de Águas Virtuosas de Lambari.
Proteção às fontes - Final anos 1800
Veja este texto:
Obras de melhoramento da povoação
Visita da Princesa Isabel e vinda de Garção Stockler
Veja este post:
A chegada da estrada de ferro e o novo contrato de concessão das águas
Ilustração: Alan e Carol com Cecília, na passagem do ano de 2020/21, na Casa Gorda
Como vimos relatando nesta Série RECANTO DOS NETOS, o reduto familiar dos Guimarães é a Casa Gorda, em Lambari, MG (aqui).
ANO NOVO NA CASA GORDA/SHANGRILÁ
É na Casa Gorda que geralmente passamos parte das férias da família, e também Carnaval, Semana Santa, Natal, Ano Novo, quando possível. Desse modo foi que em outubro/2020, em razão dos aniversários (meu filho José, e meus netos Paulinho e Cecília), estávamos todos reunidos.
E assim deveria ocorrer no Ano Novo: todos juntos em Shangrilá: nome escolhido para identificar a família unida, porém reclusa na Casa Gorda, em razão da pandemia Covid19, e para augurar um 2021 mais alegre e feliz do que fora o difícil ano de 2020.
Para ornar com o nome escolhido, demos um colorido tiedye nas camisetas e na decoração do salão.
Apenas o núcleo familiar mais íntimo estava reunido, em razão da pandemia
Infelizmente, na passagem do ano de 2020/2021, não conseguimos reunir toda a família, como combinado, pois José/Paula/Bebela/Rafa, que moram em São Lourenço, não puderam vir: — José contraíra Covid, naquele período de dúvidas sobre a doença: contágio, remédios, vacinas, etc.
Mas festejaram conosco a distância, vestindo o "uniforme oficial" de Shangrilá!
Paula, Rafaela, Isabela e José Batista (e Meg), em São Lourenço
Esperamos que 2022 nos traga um País — ou por outra, um mundo — melhor, não só quanto às questões sanitárias, mas também de relações humanas mais justas, fraternas e solidárias.
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Ilustração: Capa do livro Lambary e Cambuquira - Hydro-estações ao Sul do Estado de Minas Gerais - Brazil. Por Dr. Pires de Almeida - Typ. Leuzinger, Rio de Janeiro, 1896. Fonte: codemge.com.br
Editado em 1896 pela Typ. Leuzinger, do Rio de Janeiro, o livro Lambary e Cambuquira - Hydro-estações ao Sul do Estado de Minas Gerais - Brazil, de autoria do Dr. Pires de Almeida, sumariza a história das águas minerais desde os romanos, traz informações sobre antigas fontes águas minerais descobertas no Brasil e as primeiras análises químicas das águas minerais brasileiras, faz propaganda das águas minerais de Lambary e Cambuquira e comenta análises químicas de suas propriedades medicinais.
Esse livro raro está disponível, no formato PDF, no site da codemge.
Neste post, extraímos notícias e fotos históricas da Vila de Águas Virtuosas e de seu Parque das Águas, no final dos anos 1800.
Confira.
A VILA DE ÁGUAS VIRTUOSAS DE LAMBARY NO INÍCIO DO SÉCULO XX
O itinerário de trem para Águas Virtuosas de Lambary
Veja este post:
Descrição da Vila de Águas Virtuosas de Lambary
Vista da Vila de Águas Virtuosas de Lambari (1896)
Vista do estabelecimento balneário, construído em 1872 e demolido em 1922, quando do aumento do Parque das Águas
Vantagens de se conhecer as Águas Virtuosas de Lambary
Vista do Parque das Águas - Ao fundo, o balenário (1896)
Horários de trens para Águas Virtuosas de Lambary
Reprodução. Fonte: Lambary e Cambuquira - Hydro-estações ao Sul do Estado de Minas Gerais - Brazil. Por Dr. Pires de Almeida - Typ. Leuzinger, Rio de Janeiro, 1896
Ilustração: Logo da série MARCOS HISTÓRICOS DE ÁGUAS VIRTUOSAS DE LAMBARI
Nesta série MARCOS HISTÓRICOS DE ÁGUAS VIRTUOSAS DE LAMBARI, vimos listando marcos fundamentais da história de nossa cidade.
Neste número 4 da Série, veremos a chegada, em 1883, do comboio da Estrada de Ferro Minas e Rio, em Três Corações do Rio Verde, que fazia parada em Conceição do Rio Verde/Contendas, donde saíam cavalos, carruagens e tropas em direção a nossa cidade. Veremos também o início da imigração de famílias italianas para Lambari, vindas principalmente de Latrônico. E, depois, assinala-se a chegada de importantes homens públicos que contribuíram para o desenvolvimento da Vila de Águas Virtuosas: Américo Werneck, João Bráulio Júnior e João de Almeida Lisboa.
Confira a seguir.
VEIGA, Bernardo Saturnino da. Almanach Sul-Mineiro para 1874-1884. Monitor Sul Mineiro. Campanha, MG, 1874.
ALMEIDA, Dr. Pires de. Lambary e Cambuquira - Hydro-estações ao Sul do Estado de Minas Gerais - Brazil. Typ. Leuzinger, Rio de Janeiro, 1896
BUENO, Júlio. Almanaque do município de Campanha. Ed. Monitor Sul Mineiro, 1900.
LEFORT, José do Patrocínio [Mons.] A Diocese da Campanha. Campanha, MG. 1993.
LEFORT, José do Patrocínio [Mons.] 8o. Anuário Eclesiástico da Diocese da Campanha. Sul de Minas. 1946.
MARTINS, Armindo. Lambari – Cidade das Águas Virtuosas, 1949.
MILEO, José N. Ruas de Lambari. 1970.
MILEO, José N. A água mineral de Lambari. 1968
MILEO, José N. Subsídios para a história de Lambari. 1970.
CARROZZO, João. Lambari - Outrora "Cidade de Águas Virtuosas da Campanha". 3a. edição, 1985.
CARROZZO, João. História Cronológica de Lambari. 1988.
BARBOSA, RUI. Obras Completas. [Questão Minas x Werneck.] Volume XLV 1918 – Tomo IV e V. Rio de Janeiro: Fundação Casa de Rui Barbosa, 1980.