PARTIDAS MEMORÁVEIS - LDSL/1951-53
Ilustração: Manchete do jornal O CRACK, São Lourenço, a respeito da derrota do Ubiratan para o Baependi, em 1951
Em posts anteriores desta série, vimos falando dos campeonatos regionais organizados pela Liga Desportiva de São Lourenço (LDSL), no início dos anos 1950. Confira:
Hoje, neste post intitulado PARTIDAS MEMORÁVEIS - LDSL/1951-53, veremos a quarta e última parte da série, recordando duas partidas do campeonato LDSL/1951: uma derrota do vice-campeão Esporte e outra do campeão Ubiratan - o fantasma amarelo!
Vamos lá.
Neste jogo, ocorrido em agosto de 1951, o Esporte — campeão de 1950 —foi derrotado pelo Industrial de Itanhandu, deixando livre o caminho do Ubiratan, que viria a se sagrar campeão daquele ano.
Confira:
Em setembro de 1951, numa partida recheada de grandes jogadores — Tek, Nelson, Rolo, Pinelli, Pinellinho, Bacelar, Luizinho — o Ubiratan foi a Baependi e perdeu de goleada.
No entanto, a derrota não tirou o Ubiratan da liderança do campeonato da LDSL/1951, o qual acabou conquistando com méritos.
Ilustração: Capa do livro: Exposição Universal de Paris em 1889. Reprodução. Arquivo Nacional. Apud: brasilianafotografica.bn.gov.br
Como anotamos no post: MEMÓRIAS DE AGUINHAS - D. Pedro II e as Águas Minerais de "Alambary" (aqui), sabe-se que
(...) em 1876, D. Pedro (foi) à Alemanha, Suécia, Finlândia, Rússia, Turquia, Palestina, Egito, Itália, Áustria, França, Inglaterra, Escócia, Irlanda, Holanda, Suíça e Portugal, onde conviveu com imperadores, czares, reis, rainhas e artistas importantes como Richard Wagner e Leon Tolstoi. (Grifamos.)
(Fonte: http://gallasdisperati.com.br/viagens-ao-exterior-de-d-pedro-ii/)
E que nessa viagem D. Pedro distribuiu uma cópia do livro-livro propaganda do Brasil a governantes de diversos países, inclusive ao da Finlândia, em cuja Biblioteca Nacional fora encontrado o exemplar que serviu de base ao artigo que Lícia Bandeira, da ATURLAM, escreveu para o jornal O Farol (mar/abr/2019).
Pois bem, neste post, complementando esse artigo de Lícia Bandeira, veremos que o livro — O Império do Brasil na Exposição Universal de 1867 em Paris — fora editado em 1867, por ocasião da exposição, visando a dar, ainda que de forma precária,
(...) uma idéa approximada de suas immensas riquezas naturaes, e forças productivas. (Grafia original.)
Como se verá, o texto sobre as águas virtuosas que aparece nessa edição de 1867 está um pouco diferente da edição de 1876, ofertada ao Governo da Finlândia. Esse último está mais desenvolvido.
Vamos lá!
O IMPÉRIO DO BRASIL NA EXPOSIÇÃO UNIVERSAL DE PARIS (1867)
Segundo referências no Diccionario bibliographico portuguez,de Innocencio Silva [4], o livro O Império do Brasil na Exposição Universal de 1867 em Paris
constou no Diario do Rio n. 88 e 97 que o trabalho foi redigido no espaço de 20 dias por Luiz Pereira do Couto Ferraz e José Ildefonso de Sousa Ramos, tendo sido revisto pelo próprio imperador D. Pedro II. Apareceu também nas páginas do Diário que a intenção era imprimir versões em inglês, alemão e em francês, sendo a última pelo Conde d'Eu. Inclui o catálogo dos objetos enviados à exposição, antecedido por um apanhado acerca do Brasil nos idos de 1867. Contém estatísticas e aborda temas tais como a geografia, clima, organização dos poderes, direitos dos brasileiros, instrução primária e secundária, bibliotecas, indústria, comércio, agricultura, infraestrutura, instituições e outros.
Aguas gazózas (Águas Virtuosas e Caxambu) [Grafia original]
Nova carta chorographica do Imperio do Brazil / reduzida pelo bacharel Pedro Torquato Xr. de Brito ..., da que foi confeccionada pelo Coronel Conrado Jacob de Niemeyer e outros officiaes engenheiros, em 1856.
O livro O Imperio do Brasil na Exposição Universal de 1867 em Paris está disponível na Biblioteca do Senado Federal, e em formato digital pode ser visto ou baixado gratuitamente, neste link:
https://www2.senado.leg.br/bdsf/handle/id/242455
VEJA COMO FOI A EXPOSIÇÃO UNIVERSAL DE PARIS EM 1889
No tocante à participação do Brasil na Exposição Universal de Paris em 1889, há o seguinte livro de fotos do Arquivo Nacional, cujas imagens permitem imaginar como se deu a exposição de 1867, objeto do livro que comentamos no post.
Capa. Reprodução
Veja aqui:
https://brasilianafotografica.bn.gov.br/?p=12604
Ilustração: Logo do Cap. 18 - Fontes de pesquisa da nossa história. Coletânea ÁGUAS VIRTUOSAS DE LAMBARI
Águas Virtuosas de Lambari, outrora Águas Virtuosas da Campanha, a cidade que começou com "uma fonte, depois um povoado, depois uma estância".
JOSÉ BENEDITO RODRIGUES. Apresentação da 2a. edição de Lambari - outrora "Cidade de Águas Virtuosas da Campanha", de JOÃO CARROZZO, 1985
A descoberta das águas santas, depois águas virtuosas, do outro lado da Serra da Campanha, fez surgir o povoado de Águas Virtuosas da Campanha, depois Águas Virtuosas de Lambari e atualmente a cidade de Lambari.
ANTÔNIO CARLOS GUIMARÃES. As Águas Virtuosas de Lambari e a Devoção a Nossa Senhora da Saúde, 2017
Como sabemos, o mais precioso bem de LAMBARI são suas ÁGUAS VIRTUOSAS. E a história de nossa cidade é a história de nossas águas.
Lambari é uma das poucas cidades que tem uma lenda a secundar-lhe a história — a Lenda das Águas Virtuosas.
Águas Virtuosas de Lambari — uma história tão rica — e uma memória tão pobre!
ANTÔNIO CARLOS GUIMARÃES. Pequena História de Águas Virtuosas de Lambari (em preparo)
Site GUIMAGÜINHAS.
Ícone da Seção Memórias de Aguinhas
Na Seção MEMÓRIAS DE AGUINHAS deste site (aqui), listamos livros, monografias e publicações, além de museus e acervos, em que podem ser encontradas informações sobre a história da cidade de LAMBARI, MG — que já foi chamada ÁGUAS VIRTUOSAS DA CAMPANHA e ÁGUAS VIRTUOSAS DE LAMBARI —, e assim também esclarecimentos acerca de suas ÁGUAS MINERAIS.
E, como se poderá verificar, são bastante escassas informações históricas sobre Lambari. É, como se diz:
Águas Virtuosas de Lambari tem muita história, mas pouca memória. |
De fato, é precária a memória histórica de Lambari, e quem pretende estudá-la vai encontrar imensa dificuldade em localizar fontes para desenvolver o seu trabalho — seja porque são poucas, seja porque são de difícil acesso.
As obras mais próximas de nós, como as de CAPRI, CHAVES, AIROSA, LISBOA JÚNIOR, MILEO, MARTINS, CARROZZO, VIOLA, por exemplos, mencionadas na bibliografia, há muito estão esgotadas, e nem nossa principal biblioteca possui a maioria delas.
José Nicolau Mileo, João Lisboa Júnior e Benício, médicos cronologistas e autores de livros sobre a água mineral de Lambari
Armindo Martins, João Carrozzo e Paulo Roberto Viola, memorialistas e autores sobre a história de Lambari
Neste post, resumimos o resultado de nossa busca de fontes da história do Sertão do Rio Verde, da Região do Lambari e de Águas Virtuosas de Lambari, visando à confecção da série PEQUENA HISTÓRIA DE ÁGUAS VIRTUOSAS DE LAMBARI.
Vamos lá.
Capa da série PEQUENA HISTÓRIA DE ÁGUAS VIRTUOSAS DE LAMBARI, de Antônio Carlos Guimarães, em preparo. Título escrito sobre o recorte de antigo mapa contemplando a região da cidade de Campanha e sua situação geográfica entre os rios Verde e Sapucaí (parte da antigo Sertão do Rio Verde)
Historiador: Um historiador é um indivíduo que estuda e escreve sobre a história e é considerado uma autoridade neste campo. Historiadores se preocupam com a narrativa contínua e metódica, e também com a narrativa que pode ser descontínua e subjetiva, bem como a pesquisa dos eventos passados relacionados ao ser humano, e o estudo dos eventos ocorridos ao longo do tempo e também no espaço. Embora o termo historiador possa ser usado para descrever tanto os profissionais quanto os amadores da área, costuma ser reservado para aqueles que obtiveram uma graduação acadêmica na disciplina. Alguns historiadores, no entanto, são reconhecidos unicamente com mérito em seu treinamento e experiência no campo. Tornou-se uma ocupação profissional no fim do século XIX.
(O negrito não é do original.)
(Fonte: https://educalingo.com/pt/dic-pt/historiador)
Memorialista: Autor de memórias históricas ou literárias. Aquele que escreve memórias. = MEMORISTA.
(Fonte: Dicionário Aulete Digital )
Este autor é um memorialista: Posto isso, este autor, com suas Histórias de Aguinhas e suas Memórias de Águas Virtuosas de Lambari, pode ser definido como memorialista.
Memórias de Águas Virtuosas de Lambari
Abaixo vão cópias de eslaides da apresentação PPT Memórias de Águas Virtuosas de Lambari, elaborada para divulgação do site Guimagüinhas, com informações e definições que interessam aos objetivos deste post.
Confira:
BIBLIOGRAFIA DA PEQUENA HISTÓRIA DE ÁGUAS VIRTUOSAS DE LAMBARI
Não é pequeno serviço ajuntar o disperso, abreviar o longo, apartar o seleto.
ANTÔNIO DE SOUSA MACEDO, citado por PEDRO GRANJA
Está listada abaixo a bibliografia da história de Águas Virtuosas de Lambari que pudemos encontrar, num trabalho formiguinha de “ajuntar escassas informações dispersas” e tentar “reajuntá-las” numa sequência lógica e didática para sobre elas debruçar e rabiscar a primeira etapa dos textos.
Para essa tarefa, e para escrever a série Pequena História, compulsamos material ao alcance de nossas mãos: aquele que possuímos, o que está disponível em meio digital e o que se encontra nos museus de nossa região.
Se a Pequena História e a bibliografia que levantamos puder servir como um contributo a quantos se têm dirigido ao site GUIMAGÜINHAS em busca de informações, livros, documentos e bibliografia para trabalhos escolares e acadêmicos, já teremos nossa paga.
Mas sobretudo esperamos que a história do Sertão do Rio Verde, da Região do Lambari, da Campanha da Princesa e de Águas Virtuosas de Lambari atraia leitores, especialmente os mais jovens, desejosos de conhecer a rica história da nossa região.
Esta PEQUENA HISTÓRIA DE ÁGUAS VIRTUOSAS DE LAMBARI não se trata de trabalho acadêmico nem de historiador, e sim de um memorialista que quer divulgar a história de sua terra, dentro do espírito do site GUIMAGÜINHAS:
Compartilhar histórias, preservar memória! |
MEMORIALISTAS E HISTORIADORES DE LAMBARI
Comentamos linhas acima sobre carências documentais e empecilhos para localizar e pesquisar a memória histórica de Águas Virtuosas de Lambari.
São poucos, ou de difícil acesso, os documentos, fontes e registros históricos originais — mapas, atas, manuscritos, escrituras, certidões, livros históricos — a que um estudante, pesquisador ou memorialista pode pôr as mãos, situação essa agravada por perdas lamentáveis de arquivos, pela inacessibilidade a certos clássicos, pelo esgotamento de edições lançadas décadas atrás, pela indigência do acervo das bibliotecas mais próximas.
De fato, trata-se de uma história tão rica, para uma memória tão pobre, como vimos dizendo.
Quanto a esses pontos, recorde-se que GARÇÃO STOCKLER, no jornal A Peleja, de 15 de maio de 1898, já escrevia:
A seu tempo, VIOLA (2012, 43) comentou também que seu pai, o lambariense Paulo Grandinetti Viola, certa feita, buscou informações sobre a história de Lambari e aqui não as encontrou, e as existentes nos anais da Câmara Municipal de Campanha de pouco serviram.
O professor JOÃO CARROZZO (1988), em suas pesquisas, também constatou a destruição de documentos de atos e fatos da vida política e administrativa de Lambari.
Narramos no site GUIMAGÜINHAS não só a história do acervo extraordinário do historiador Basílio de Magalhães sobre a história de Lambari [1], como a perda lamentável das obras que doou para a Prefeitura da cidade, que, décadas atrás, foram desviadas ou vendidas, e, o mais lamentável, queimadas no incêndio que destruiu quase totalmente a biblioteca municipal em 1987 [2]
Nesse incêndio, ocorreu também a inestimável perda de documentos, mapas e plantas originais dos projetos de embelezamento e modernização da estância de Lambari, empreendido por Américo Werneck, em 1909/1911.
Foram-se também importantes arquivos da cidade de Lambari, entre eles o patrimonial, o de recursos humanos, o financeiro e tributário. E, ainda, perdeu-se o acervo fotográfico de João Gomes D’Almeida [Filho] – primeiro fotógrafo de nossa cidade, aqui chegado no final da década de 1890 – com a memória fotográfica de Águas Virtuosas de Lambari.
O trabalho mais completo sobre a nossa história veio pela pena do lambariense José Nicolau MILEO (1970b), membro do Instituto Histórico e Geográfico da Campanha, que compulsou “240 documentos sobre as Águas Virtuosas que nos chegaram às mãos por oferta do Reverendíssimo Monsenhor José do Patrocínio Lefort”. Sem esses documentos, hoje arquivados em Campanha, no Instituto supracitado, a monografia histórica de MILEO não teria vindo a lume.
Têm também seu valor as obras de CARROZZO (1985, 1988) e MARTINS (1949, reeditada com alterações em 1971), e nós as usamos proveitosamente em nossa Pequena História. E assim também utilizamos ALMEIDA (1896), CAPRI (1918), CHAVES (1932) e VIOLA (2002).
Quanto a autores campanhenses que contaram nossa história (a nossa e a deles, pois elas em muitos pontos se confundem, e a princípio era uma só: a deles), podemos citar: LEFORT (1946, 1993), VALLADÃO (1973), BUENO (1900), NAVARRO (Apud CARROZZO), VEIGA (1874), cujos trechos de obras foram referidos em muitos dos nossos opúsculos.Uma obra pioneira para nossa historia, a se destacar, é a de PIRES (1896).
Há, ainda, como pudemos constatar, documentação relevante sobre nossa história em Campanha e em Belo Horizonte, que não pudemos compulsar visto a limitação editorial desta Pequena História.
Estão lá esses documentos, aguardando pesquisadores mais habilitados, acadêmicos, historiadores, como disse LEFORT (1993, p. 76):
Nos preciosíssimos Códices do Arquivo Público Mineiro existem documentos de real valor à espera de alguém que venha ler os manuscritos e conheça algo de história para serem aplicados a esta ou aquela localidade.
Registre a possibilidade de consulta eletrônica a parte desses acervos, conforme anotamos no tópico Bibliotecas digitais logo abaixo.
Por fim, é de se louvar esforço do sr. Nascime Bacha na coleta de documentos, livros e informações para compor o acervo do Museu Américo Werneck, recentemente reaberto.
[1] Basílio de Magalhães e a Bibliografia da História de Águas Virtuosas de Lambari – Disponível em: https://guimaguinhas.prosaeverso.net/blog.php?idb=60664
[2] O incêndio da Prefeitura de Lambari – Disponível em: https://guimaguinhas.prosaeverso.net/blog.php?idb=45060
ARQUIVO PÚBLICO MINEIRO. http://www.siaapm.cultura.mg.gov.br/
INSTITUTO CULTURAL AMÍLCAR MARTINS. http://site.icam.org.br/
COMO ESCREVER A HISTÓRIA DE SUA CIDADE. http://site.icam.org.br/publicacoes/como-escrever-a-historia-da-sua-cidade/
CENTRO DE MEMÓRIA DIGITAL (UNB) - Documentos do Brasil Colônia no Arquivo Histórico Ultramarino de Lisboa. https://cmd.unb.br/index.php
HALFED, Henrique Guilher Fernando; TSCHUDI, Johann Jakob von. A Província Brasileira de Minas Gerais. Belo Horizonte, Fundação João Pinheiro - Centro de Estudos Históricos e Culturais, 1998
VASCONCELOS, Diogo de. História antiga das Minas Gerais. Belo Horizonte, Imprensa Oficial de Minas Gerais, 1904. Disponível em: https://digital.bbm.usp.br/view/?45000011821#page/10/mode/2up
TOPONÍMIA E CARTOGRAFIA HISTÓRICA DE MINAS GERAIS. Disponível aqui: https://www.ihgmg.org.br/pagina/toponimia-e-cartografia-historica-de-minas-gerais
BUENO, Júlio. Almanaque do município de Campanha. Ed. Monitor Sul Mineiro, 1900.
LEFORT, José do Patrocínio [Mons.] A Diocese da Campanha. Campanha, MG : 1993.
LEFORT, José do Patrocínio [Mons.] 8o. Anuário Eclesiástico da Diocese da Campanha. Sul de Minas. 1946.
OLIVEIRA, Deocleciano Martins de. História da Literatura Mineira. Belo Horizonte, Imprensa Oficial, 1963, 2ª. edição
REZENDE, Francisco de Paula de. Minhas Recordações. Belo Horizonte : Imprensa Oficial, 1987.
VALLADÃO, Alfredo. A Princesa Isabel e o Príncipe Consorte na cidade da Campanha da Princesa; As estâncias hidrominerais do Sul de Minas através da história da cidade da Campanha da Princesa. In Da Aclamação à Maioridade (8122-1840) e outros trabalhos históricos. Rio de Janeiro, Freitas Bastos, 1973, 3ª. edição
VEIGA, Bernardo Saturnino da. Almanach Sul-Mineiro para 1874-1884. Monitor Sul Mineiro. Campanha, MG, 1874
ALMEIDA, Dr. Pires de. Lambary e Cambuquira - Hydro-estações ao Sul do Estado de Minas Gerais - Brazil. Typ. Leuzinger, Rio de Janeiro, 1896
CAPRI, Roberto. Águas Virtuosas de Lambary. São Paulo : Pokay & Comp., 1918.
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CARROZZO, João. História Cronológica de Lambari. Piracicaba, SP : Shekinah Editora, 1ª. edição, 1988.
MAGALHÃES, Basílio. Política de Lambari - A eleição municipal de 23 de novembro e a defesa da administração decenal (1936-46) do prefeito dr. João Lisboa Júnior. Tipografia Guarani, São Lourenço, MG, 2a. edição, 1948
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MARTINS, Armindo. Lambari – Cidade das Águas Virtuosas. 1ª. edição, 1949.
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MILEO, José Nicolau. Ruas de Lambari. Guaratinguetá, SP : Gráfica Vila, 1ª. edição, 1970.
MILEO, José Nicolau. Subsídios para a história de Lambari. Guaratinguetá, SP : Graficávila, 1a. edição, 1970.
MILEO, José N. Descoberta da Água Mineral de Lambari. Separata da Voz Diocesana de Campanha n°s. 792-793-794, s/d
MILEO, José N. O Comendador Inácio Gomes Midões e Lambari. Separata da Voz Diocesana de Campanha n°. 796, s/d
VIOLA, Paulo Roberto. Lambari, como eu gosto de você. Rio de Janeiro : Editora Navona, 2ª. edição, 2002.
AIROSA, Manoel. Ensaio dos banhos hidrocarbogasosos com as águas de Lambari – Folha Médica, 15 de março de 1937
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VIOLA, Paulo Roberto. Dom Pedro II e a Princesa Isabel. Rio de Janeiro, Lorenz, 2008
CORRÊA, Viriato. História do Brasil para crianças. São Paulo, Cia. Editora Nacional, 1957
CAMINHO PARA MINAS GERAIS - SÉCULOS XVIII/XIX - www.novomilenio.inf.br
BIBLIOTECA NACIONAL DIGITAL. https://bndigital.bn.gov.br/
EVOLUÇÃO DO TERRITÓRIO BRASILEIRO. DGP Mundo/YouTube: https://www.youtube.com/watch?v=6JugVFF3SM0
PINSKY, Jaime [Org.]. O ensino de História e a criação do fato. São Paulo, Contexto, 2009 [E-book Kindle]
OLIVEIRA, Lúcia Lippi [Org.]. Cidade: História e desafios. Rio de Janeiro : Editora FGV, 2002.
CARVALHO, Bruno Leal Pastor de; MULLET, Nilton. Professores e professoras de história são mesmo doutrinadores? (Artigo) In: Café História. Disponível em: https://www.cafehistoria.com.br/professores-e-professoras-de-historia-sao-mesmo-doutrinadores/. Publicado em: 27 jul. 2021. ISSN: 2674-5917.
MEMÓRIAS DE AGUINHAS - BIBLIOGRAFIA SOBRE ÁGUAS VIRTUOSAS DE LAMBARI
Confira no site GUIMAGÜINHAS a seção MEMÓRIAS DE AGUINHAS - Bibliografia sobre Águas Virtuosas de Lambari com mais informações sobre a bibibliografia da história de nossa cidade.
Clique aqui:
https://guimaguinhas.prosaeverso.net/blog.php?idb=37327
E veja também:
História da fundação de Águas Virtuosas
Imigração italiana para Águas Virtuosas de Lambari
Série ABI
Série As Águas Virtuosas de Lambary
Série Aguinhas Elegante
Série Aguinhas Musical
Série Basílio de Magalhães
Série Cromos de Aguinhas
Série Farmácias de Aguinhas
Série Hotéis de Aguinhas
Série Memórias Políticas de Aguinhas
Série Nova Baden
Série Postais de Aguinhas
Série Recordações de Aguinhas
Veja ainda estes posts:
A Vila de Águas Virtuosas de Lambary no final do Século XIX
A vila de Águas Virtuosas e seu Parque das Águas em 1908
Quando LAMBARI era ÁGUAS VIRTUOSAS DA CAMPANHA (1870)
Revista do IBGE, de 1947 - Artigo sobre Lambari
Águas Virtuosas no Anuário de Minas Gerais de 1913
E então ÁGUAS VIRTUOSAS virou LAMBARI
Evolução Administrativa de Águas Virtuosas de Lambari
Bibliotecas digitais - História, dicionários, obras raras e outros temas
A seguir, alguns sites que disponibilizam (download ou leitura on-line) e-books/livros de história, dicionários e obras raras
Confira:
REFERÊNCIAS
Ilustração: Reprodução. Capa do livro História antiga das Minas Gerais, de Diogo de Vasconcelos, com introdução de Basílio de Magalhães
Duvido haja no Brasil quem possua e guarde, mais carinhosamente do que eu, tantos elementos relativos à esta encantadora estância, quer no tocante ao seu mais remoto passado, quer no seu imerecido infortúnio presente.
BASÍLIO DE MAGALHÃES
Sobre BASÍLIO DE MAGALHÃES — famoso historiador, filósofo, lexicógrafo, político, escritor, jornalista, professor, poliglota (que falava também o tupi-guarani) — que durante muitos anos fez estações de águas em Lambari e depois passou a residir entre nós — já escrevemos toda uma série de posts (aqui).
BASÍLIO escolheu Lambari para viver, aqui quis ser enterrado (em 1957) e por diversas vezes declarou seu amor por nossa cidade, como neste trecho:
meu comprovado amor por esta aprazível estância (da qual me desvaneço de ser tido em conta de filho adotivo). [MAGALHÃES, 1948]
Daí porque ter dito também:
Duvido haja no Brasil quem possua e guarde, mais carinhosamente do que eu, tantos elementos relativos à esta encantadora estância, quer no tocante ao seu mais remoto passado, quer no seu imerecido infortúnio presente. [MAGALHÃES, 1950]
BASÍLIO DE MAGALHÃES E A HISTÓRIA DE LAMBARI
De fato, como historiador renomado e bibliófilo extraordinário — sua biblioteca chegou a ter mais de 30.000 volumes, dos quais cerca de 3.000 v0lumes foram doados à biblioteca municipal — infelizmente, esses últimos, quase todos perdidos — BASÍLIO também se interessou pela história de ÁGUAS VIRTUOSAS DE LAMBARI e das ÁGUAS MINERAIS DE LAMBARI, mas, ao que sabemos, não chegou a escrever extensivamente sobre esses temas.
Em dois artigos do historiador que colhemos, há referências ao material que colecionou sobre nossas origens históricas, quais sejam:
1. Política de Lambari - A eleição municipal de 23 de novembro e a defesa da administração decenal (1936-46) do prefeito dr. João Lisboa Júnior. 1948
2. Lambari, cidade das Águas Virtuosas [Análise crítica do livro de Armindo Martins, editado em 1949]. 1950.
Nesses artigos, MAGALHÃES fez as seguintes referências à nossa história:
Vejo-me ainda forçado a fazer referência a outro documento, que chegou às minhas mãos em janeiro do ano recém-começado [1948], a que devo a gentileza do dr. Hélio Salles: a entrevista dada pelo novo prefeito de Lambari ao "Diário da Noite" e inserta neste a 23 de dezembro de 1947. Lamento que no conceituado jornal carioca hajam saído tantos erros graves, como os topônimos Baden-Baden e Royart, em vez de "Royat" e "Badnauheim", tendo eu oferecido à biblioteca da Prefeitura há cerca de dois anos, um opúsculo em alemão, lindamente ilustrado a cores, sobre a última das citadas estâncias européias.
(MAGALHÃES, 1948)
(...) mantendo ele [Armindo Martins] comigo antigas e cordiais de confraternidade jornalística, não lhe custava recorrer ao meu saber de experiências feitos e à minha bem provida biblio-hemeroteca, parte no Rio e parte aqui, no concernente à história, à geografia e às águas medicinais deste rincão sul-mineiro. Duvido haja no Brasil quem possua e guarde, mais carinhosamente do que eu, tantos elementos relativos à esta encantadora estância, quer no tocante ao seu mais remoto passado, quer no seu imerecido infortúnio presente.
Não só eu lhe teria fornecido cópia da melhor e mais recente análise das águas minerais daqui, trabalho a que procedeu gratuitamente um dos mais abalisados cientistas, o professor emérito ... o sr. Martins corrigindo suas páginas 18 e 19 o correto emprego deste adjetivo da Faculdade Nacional de Filosofia, o meu preclaro amigo Dr. Djalma Hasselmann, como lhe permitiria preencher algumas lacunas de sua "Bibiliografia" de página 133. Mais ainda: estou que obteria permissão do meu eminente consócio do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, o Dr. Virgílio Corrêia Filho — cujo trabalho sobre Lambari saiu primeiramente no Jornal do Commercio de 2 de março de 1947, e, depois, acompanhado de copiosas ilustrações, às páginas 521-553 do n. 4 do ano IX. Outubro-Dezembro de 1947, da "Revista Brasileira de Geografia" — para que o Sr. Martins se utilizasse, transcrevendo-a em seu livro, do excelente mapa de página 522 (...)
Um dos documentos mais velhos que possuo (devo-o à gentileza de Júlio Pinto) é a cópia de um artigo intitulado "As Águas Virtuosas de Lambari" e assinado "S. B.", dado à estampa em 30 de agosto de 1861, no n. 9 do Ano II, de "O Sul de Minas", dirigido então na Campanha por João Pedro da Veiga Sobrinho. É um apelo sensato e patriótico dirigido ao governo provincial, em prol da capacitação das fontes medicinais e da urgente realização dos melhoramentos desta linda estância. Tenho ainda a fortuna de possuir o n. 4 do tomo XXVI dos "Anais Brasilienses de Medicina" de Setembro de 1874, e cujas páginas 150-160 são consagradas às "Águas Virtuosas da Campanha", isto é, de Lambari. Aí é que vem (começa à página 125) o "Relatório da análise qualitativa e quantitativa das águas minerais de Baependi e da Campanha, na Província de Minas Gerais", pela respectiva comissão. Compunha-se esta dos Drs. Ezequiel Correia dos Santos, Agostinho José de Souza Lima e José Borges Ribeiro da Costa.
(MAGALHÃES, 1950)
ÁGUAS VIRTUOSAS DE LAMBARI — UMA HISTÓRIA TÃO RICA — E UMA MEMÓRIA TÃO POBRE!
Como referimos acima e já contamos no post LITERATURA DE AGUINHAS - A biblioteca de Basílio de Magalhães (aqui), quase todos os mais de 3.000 livros que Basílio doou à biblioteca municipal de Lambari se perderam, e entre eles — desviada, vendida, queimada — foi-se parte extraordinária da memória de nossa cidade.
E, como a tornar inesquecível tão inestimável perda, a nossa biblioteca pública leva o nome do seu benfeitor: Biblioteca Pública Municipal - Basílio de Magalhães.
Ilustração: Telha (tipo francesa), importada de Marselha, França, que pertenceu a primitivo telhado do Cassino de Lambari. Reprodução. Fonte: Instagram Felipe Messias Lobo (felipemessias582) [1]
Neste post, vamos recordar antigas cerâmicas de Lambari, contar um pouquinho da história das olarias de tijolos/telhas de nossa cidade e de materiais importados utilizados na construção de nosso Cassino.
Vamos lá!
Telhas cerâmicas A mais usada em projetos residenciais é a telha cerâmica. Além de ser esteticamente bonita, ela oferece conforto térmico e é eficiente na hora de vedar o telhado. Também chamadas “telhas de barro”, elas podem ser naturais ou esmaltadas. Os modelos cerâmicos podem variar, dependendo do design da peça e suas características. É possível encontrar a telha romana, que tem um design sofisticado, a telha colonial, que apresenta excelente vazão de água e facilidade para instalar, ou a telha americana, que é sofisticada e possui boa estabilidade. Além delas, há ainda a telha italiana, que dispensa o uso de argamassa e oferece excelente conforto térmico, a telha francesa, com design plano, e a telha portuguesa, com design moderno e boa estabilidade. Fonte: Archtrends Portobello - https://archtrends.com/ [2] |
ANTIGAS OLARIAS DE ÁGUAS VIRTUOSAS
Desde meados dos anos 1800, as primeiras olarias da povoação de Águas Virtuosas faziam escavações para tirar barro para fábrica de tijolos e telhas e construir edificações no entorno das fontes. [3]
Sabe-se também que existiram diversas olarias no vale em que se formou o lago Guanabara, das quais saíram milhares de tijolos para edificação das obras de Werneck.
No vale do Mumbuca, no trecho em que esse rio corta o bairro Serrote, há décadas se instalaram olarias, aproveitado um tipo de barro lá existente, apropriado à feitura de telhas e tijolos. [4]
Há ainda referências a três olarias históricas, fundadas por imigrantes italianos, das quais falaremos a seguir.
Reprodução. Almanak Laemmert 1915, n. 71. (bn.digital. gov.br) [5]
A primeira, fundada na colônia de Nova Baden por Domenico Silvestrini, como já contamos aqui.
Antijo tijolo fabricado em Nova Baden (NB) por DS (Domênico Silvestrini)
Também em Nova Baden, havia uma olaria pertencente a José Gregatti
Antijo tijolo fabricado em Nova Baden (NB) por JG (José Gregatti)
A terceira pertenceu à família Biaso e localizava-se no bairro hoje conhecido por Cerâmica, da qual também já falamos (aqui).
Antijo tijolo fabricado no bairro Cerâmica por Annunciato Biaso e Irmãos (ABI)
A cerâmica de Annunciato Biaso & Irmãos (ABI) fabricou também telhas, cujo modelo foi copiado da telha francesa importada de Marselha, utilizada no telhado do Cassino de Lambari, possivelmente, em reforma/remodelação do telhado da edificação, que passou por modificações, ao longo do tempo.
Confira:
Telha (tipo francesa), fabricada por Annunciato de Biaso & Irmãos, cujo modelo foi copiado de telha que pertenceu ao primitivo telhado do Cassino de Lambari.
Confira com a original francesa logo abaixo.
Reprodução. Fonte: Instagran Felipe Messias Lobo (felipemessias582)
OS TIJOLOS E TELHAS DO CASSINO DE LAMBARI
Como sabemos, grande parte dos materiais utilizados por Américo Werneck na construção do Cassino de Lambari foram importados, tais como
cimento, pisos, forros, madeiramento da cobertura (pinho de Riga), azulejos e peças sanitárias — vindos da Ásia, Inglaterra, Portugal e e França.
Material elétrico e pisos importados para a construção do Cassino. Reprodução. Jornal do Comércio, 1910
Veja este post: Importação de materiais para o Cassino de Lambari:
https://guimaguinhas.prosaeverso.net/blog.php?idb=57771#import
Conquanto alguns autores mencionem telhas e tijolos importados, é certo porém que esses últimos vieram de olarias da própria região.
De fato, o historiador Francislei Lima da Silva, baseado em BARBOSA (1980, XLV 1918 – Tomo V, p. 105 [12]), refere a
"uma grande olaria a vapor no quilômetro 54 da rede Sul-Mineira para o fornecimento de quatro milhões de tijolos"
para as obras de remodelação e embelezamento da estância de Águas Virtuosas. [6]
Note-se, ainda, que gigantesca quantidade de tijolos foi empregada na base da barragem do lago e no aterramento da vargem existente às margens direita e esquerda do ribeirão Mumbuca, onde se formou o Parque Wenceslau Braz e foi instalada a antiga leiteiria.
Reprodução. Jornal O Paiz - Edições 24 e 25 de abril de 1911 (bn.digital)
No tocante às telhas, de fato essas vieram da França, e foram utilizadas para substituir o primitivo telhado de ardósia do prédio do Cassino. [7]
Telha (tipo francesa), importada de Marselha, França, que pertenceu ao primitivo telhado do Cassino de Lambari. Reprodução. Fonte: Instagran Felipe Messias Lobo (felipemessias582)
Como se pode ver, o telhado do Cassino de Lambari sofreu modificações ao longo do tempo. Reproduções. Museu Américo Werneck e Mercado Livre