Ilustração: Zezé Gregatti assinando a camisa do Águas Virtuosas, ele que foi o maior atacante da história do clube.
Dias atrás, noticiamos aqui no site GUIMAGUINHAS o falecimento de Guinho Gregatti (aqui).
E nesta madrugada partiu outro talento futebolístico da família Gregatti e de nossa cidade: faleceu Zezé Gregatti (1939-2021) — o maior atacante do Águas Virtuosas.
Sobre ele, tempos atrás escrevi aqui no site:
Ainda menino, frequentando os treinos e os jogos do Águas no campo novo, vi Zezé Gregatti jogar algumas vezes. Joguei com ele também diversas partidas no Vasquinho de 1971 e num campeonato que disputamos em Heliodora, também nos anos 1970.
Atacante alto, forte, rápido, chute potente com ambas as pernas, e o melhor cabeceador que vi atuar. Uma contusão no joelho, infelizmente, fez que encerrasse muito cedo sua carreira.
Foi meu técnico no time Juvenil do Águas Virtuosas em 1970 e também no time do Veteranos do AVFC, na campanha do título Sul Mineiro de 1982.
Abaixo vai um pouco de sua história.
Deus lhe acompanhe, meu amigo!
Assinatura de Zezé Gregatti na camisa do Águas, que vai compor o acervo de futuro museu do clube (confira aqui)
ZEZÉ GREGATTI E SEU GOL MAIS ESPETACULAR
Como já contei aqui no site GUIMAGUINHAS, em 1967, no Estádio do Águas Virtuosas, contra o Flamengo de Varginha, foi que Zezé Gregatti fez seu gol mais espetacular.
Confira:
Ano 1967, Estádio do AVFC cheio. Águas e Flamengo de Varginha, finalzinho do jogo, 2 X 1 para o Flamengo. Jogo importantíssimo, nervos à flor da pele, envolvendo dois grandes rivais da época. Falta de meia distância a favor do Águas, no gol que dá para o Farol do Lago. 43 minutos do segundo tempo, a cinco metros da entrada da área, mais pelo lado esquerdo. Zezé ajeita carinhosamente a bola, posiciona o pé esquerdo ao lado dela, e recua alguns passos. Corre e bate forte de pé direito. Cobrança perfeita - a bola entra na gaveta esquerda do goleiro. Apito! Confusão! Gritos! Xingamentos! Empurra-empurra! Vaias e vaias da grande torcida do Águas! O juiz anulara a cobrança, alegando que não autorizara! Jogo interrompido! Xingamentos! Brigas! Confusão! Vaias! Vaias! Vaias! Pobre da mãe do Juiz! Ameça de invasão! Polícia! Quase meia hora depois, é que a cobrança pôde ser repetida. Zezé segue exatamente o mesmo ritual da primeira cobrança: ajeita a pelota, posiciona o pé esquerdo ao lado da bola, e recua alguns passos. E respira fundo, mão na cintura, e espiando pelo lado da barreira o posicionamento do goleiro, aguarda a autorização. Cobrança mais que perfeita! A bola entra exatamente no mesmo ângulo da primeira cobrança! Gol do Águas!!! Gol do Águas!!! O jogo termina, a torcida invade o campo. Todos carregam o Zezé às costas e dão com ele a volta olímpica. |
Zezé fazendo gol de pé esquerdo. Amistoso Águas Virtuosas x Itanhandu, anos 1960
Veja estes posts sobre Zezé Gregatti:
ZEZÉ GREGATTI E SUAS HISTÓRIAS
Em janeiro de 2017, fizemos uma entrevista com Zezé Gregatti e gravamos um vídeo, no qual ele conta histórias de futebol.
Veja esta história sobre o — Chá um dos maiores amigos de Zezé:
Time do Vasquinho. 1960. Em pé: Guinho, Zoinho, Cabritinha, Gil, Nambu, Tinz, Delém, Jaú e Chanchinha. Agachados: ?, Zé Aírton, Sérgio, Zezé, Betinho e Chá
Águas Virtuosas com a faixa de Campeão Sul Mineiro de 1960. Em pé: entre outros: Dr. Ferreira (treinador), Crisóstomo, Lilico, Guinho, Zé Aírton, Zezé Gregatti, Chanchinha. Agachados: Pé-de-ferro, Marron, Alemão e Pinellinho
Águas profissional, anos 1960: Zezé Gregatti, Betinho, Bulau, Paulinho, Miltinho e Liu
Time do Veteranos do Águas Virtuosas, campeão Sul Mineiro de 1982. Em pé: João Fubá (presidente), Édson, Bita, Chá, João do Banco, Zoinho, Nem e Zezé Gregatti (técnico). Agachados: Xepinha, Alemão, Paulo, Betinho, Guima e Véio.
Ilustração: Guinho, em 2020, após assinar a camisa do Águas Virtuosas, que ele honrou como jogador e técnico multicampeão
Faleceu ontem DOMINGOS GREGATTI FILHO (1943-2021), conhecido por Guinho, um dos maiores personagens do nosso futebol.
De fato, como jogador pelo Águas Virtuosas e pelo Vasquinho, e também como técnico desses dois clubes, foi o maior ganhador de títulos do futebol lambariense.
Pelo Vasquinho, foi campeão interno em 1964.
Pelo Águas Virtuosas , como jogador, foi campeão Sul Mineiro em 1960.
E depois, como técnico, tetracampeão pela Liga de São Lourenço (1986, 1987, 1988, 1990).
Sempre ligado ao futebol, descobriu, incentivou e formou gerações de jogadores lambarienses.
Este post é uma homenagem ao nosso grande amigo. Deus te acompanhe, Guinho!
Guinho Gregatti, em 2020, na Bitaca do Veiaco, local onde se reúniam ex-jogadores, ex-técnicos, ex-árbitros, ex-torcedores e cornetas ainda em atividade, para (re)contar histórias, causos e lendas do glorioso futebol lambariense.
GREGATTI - UMA FAMÍLIA DE GRANDES JOGADORES DE FUTEBOL
A família Gregatti teve grandes jogadores que atuaram pelo Águas Virtuosas.
Confira:
Time do Vasquinho. 1960. Em pé: Guinho, Zoinho, Cabritinha, Gil, Nambu, Tinz, Delém, Jaú e Chanchinha. Agachados: ?, Zé Aírton, Sérgio, Zezé, Betinho e Chá
Time do Vasquinho. Campeão da cidade. 1964
Vasquinho. Final dos anos 1960. Em pé: Motinha, Chá, Jaime, Gil, Alencar, Zé Carlos Guinho e Zé Roberto (árbitro) - Agachados: Cabritinho, Zezé Gregatti, Alemão, Pé-de-Ferro e Sérgio
Vasquinho. 1971. Em pé: João Fubá, Zezé Gregatti, Edson, Vaca, Celinho, Cafezinho, Guima, Sérgio e Adão. Agachados: Roberto, Valmando, Egberto, Picolé, Betinho, Pedro Guela, Xepinha e Tucinho
Vasquinho. 1971. Guinho (técnico), Augusto (presidente) e Chá (atleta)
Time do Águas Virtuosas. Campeão Sul Mineiro - 1960. Em pé: Dr. Ferreira, Crisóstomo, Lilico, Guinho, Zé Aírton, Zezé e Chanchinha. Agachados: Pinellão, Pé-de-ferro, Marron, Alemão e Pinellinho
Jogadores, diretores, colaboradores e Guinho Gregatti com a faixa de Campeão de 1986.
Águas Virtuosas. Bicampeão 1986-87
Águas Virtuosas. Tricampeão. 1988. Em pé: Guinho, Márcio Krauss, Luiz Cláudio, Edílson, João Pretinho, Pedro, Zé Luiz, Turquinho, Amador, Chiquinho e Cafuringa. Agachados, entre outros: Chá, Gadiego, Heitor, Gabriel, Zé Mauri, Luizinho e Sansão.
Águas tetracampeão. 1990. Em pé: Márcio, Joãozinho, Rildo, Pedro Luiz, Jorge André e Gadiego. Abaixo: Zé Amauri, Sansão, Zé Gabriel, Zé Luiz, Beto e Nambu
VÍDEO - LAMBARI E AS MEMÓRIAS DO ÁGUAS VIRTUOSAS FUTEBOL CLUBE
No final de 2020, Guinho Gregatti participou do documentário acima, produzido pelo Museu Américo Werneck.
Confira aqui: https://guimaguinhas.prosaeverso.net/blog.php?idb=59460
Instagran Museu Américo Werneck - 5, março, 2021
Ilustração: Árvore derrubada sobre o muro da Casa Gorda pela tempestade de 1o. de janeiro de 2021, em Lambari, MG
Como dissemos em post anterior desta Série RECANTO DOS NETOS (Ano Novo na Casa Gorda/Shangrilá), a pandemia Covid19 afastou alguns membros da nossa família da convivência habitual de férias de final/início de ano.
Desse modo, parte das crianças estava em Lambari e outra em São Lourenço.
Na passagem do ano, Leonardo, Rafael, Maria, Paulinho e Cecília estavam em Lambari; Isabela e Rafaela, em São Lourenço
Pois bem, ocorre que no dia 1º de janeiro de 2022, pouco antes da hora do almoço, uma tempestade violenta — acompanhada de raios intensos, trovões assustadores e forte ventania — caiu sobre Lambari.
Vejamos como foi.
Naquele dia, várias ruas da cidade ficaram alagadas, barrancos desmoronaram, calçamentos foram arrancados, árvores caíram, casas foram destelhadas. Bairros inteiros ficaram sem eletricidade... Um caos!
Na Casa Gorda — graças a Deus! — os estragos foram pequenos, mas o susto foi enorme — plantas destruídas, calhas entupidas, água na laje, folhas e galhos por todo o lado.
E vó Celeste, logo que a chuvarada começou, saiu orando e gritando: — Gente, cadê o Paulinho! Cadê o Paulinho! — pois o Paulinho descera da piscina e estava "perdido" no terreiro da Casa Gorda...
Vó Celeste assutada com a árvore que caiu.
Uma árvore caiu do terreno vizinho sobre o nosso muro, com um grande estrondo, deixando todos assustados.
Havia ninhos de passarinhos na árvore que caiu:
Maria vistoriando a árvore a procura de ninhos
O filhote de sanhaço salvo pela vó Celeste, que no dia seguinte voou livremente com seus pais
Passado o susto, todos corremos aos celulares para saber notícias das crianças em São Lourenço, e vice-versa.
E os diálogos foram ótimos.
Especialmente os travados entre Rafaela e Paulinho, que regulam em idade e estavam há meses sem se ver.
Como se recorda, a Rafaela tem um modo todo seu de se expressar, conforme já contamos neste post (O vocabulário da Rafa). E foram dela e do Paulinho as passagens mais divertidas.
Confira:
Confira os posts já publicados:
Confira os áudios vinculados aos posts:
Ilustração: Antigo balneário construído dentro do Parque das Águas em 1872. Reprodução. Fonte: Lambary e Cambuquira - Hydro-estações ao Sul do Estado de Minas Gerais - Brazil. Dr. Pires de Almeida. Site: Codemge
O livro Lambary e Cambuquira - Hydro-estações ao Sul do Estado de Minas Gerais - Brazil, de autoria do Dr. Pires de Almeida, editado em 1896, do qual falamos aqui, traz um pequeno relato sobre nossas águas virtuosas, que reproduzimos neste post.
Confira:
BREVE RELATO SOBRE AS ÁGUAS VIRTUOSAS DE LAMBARY (SÉCULO XIX)
A descoberta das águas, seus efeitos curadores e formas de uso
As primeiras obras de proteção das fontes, notícias da "Água Santa" por viajantes e tropeiros e a família Breves
Quando em 1834 a Câmara de Campanha providenciou as primeiras obras de proteção das fontes, as "águas santas" ou "virtuosas" já eram conhecidas há mais de 60 anos por viajantes e tropeiros, que levavam notícias de suas "virtudes curativas" para as províncias de São Paulo e Rio de Janeiro.
Recorde-se, como dissemos no post A devoção a Nossa Senhora Aparecida e a descoberta da “Água Santa” em Lambari (aqui), que esses viajantes trouxeram de Guaratingueta notícias sobre o culto a Nossa Senhora da Conceição Aparecida e levaram os primeiros relatos de curas, atribuídas a Nossa Senhora da Saúde, que viria a ser padroeira de Águas Virtuosas de Lambari.
Proteção às fontes - Final anos 1800
Veja este texto:
Obras de melhoramento da povoação
Visita da Princesa Isabel e vinda de Garção Stockler
Veja este post:
A chegada da estrada de ferro e o novo contrato de concessão das águas
Ilustração: Alan e Carol com Cecília, na passagem do ano de 2020/21, na Casa Gorda
Como vimos relatando nesta Série RECANTO DOS NETOS, o reduto familiar dos Guimarães é a Casa Gorda, em Lambari, MG (aqui).
ANO NOVO NA CASA GORDA/SHANGRILÁ
É na Casa Gorda que geralmente passamos parte das férias da família, e também Carnaval, Semana Santa, Natal, Ano Novo, quando possível. Desse modo foi que em outubro/2020, em razão dos aniversários (meu filho José, e meus netos Paulinho e Cecília), estávamos todos reunidos.
E assim deveria ocorrer no Ano Novo: todos juntos em Shangrilá: nome escolhido para identificar a família unida, porém reclusa na Casa Gorda, em razão da pandemia Covid19, e para augurar um 2021 mais alegre e feliz do que fora o difícil ano de 2020.
Para ornar com o nome escolhido, demos um colorido tiedye nas camisetas e na decoração do salão.
Apenas o núcleo familiar mais íntimo estava reunido, em razão da pandemia
Infelizmente, na passagem do ano de 2020/2021, não conseguimos reunir toda a família, como combinado, pois José/Paula/Bebela/Rafa, que moram em São Lourenço, não puderam vir: — José contraíra Covid, naquele período de dúvidas sobre a doença: contágio, remédios, vacinas, etc.
Mas festejaram conosco a distância, vestindo o "uniforme oficial" de Shangrilá!
Paula, Rafaela, Isabela e José Batista (e Meg), em São Lourenço
Esperamos que 2022 nos traga um País — ou por outra, um mundo — melhor, não só quanto às questões sanitárias, mas também de relações humanas mais justas, fraternas e solidárias.
Confira os posts já publicados:
Confira os áudios vinculados aos posts: